Guerra de sentimentos

Por.Nayome Isuy

Capítulo 06 – Sentimentos

Naquela noite não havia estrelas no céu, estava liso e tomado por um azul profundo e negro, parecia demonstrar seu desgosto pela batalha que acontecera há pouco tempo. O vento soprava gélido, talvez para afastar momentos de puro ódio e dor.

O clima estava pesado por causa da grande quantidade de mortes, o cheiro forte de sangue impregnava os locais próximos de onde ocorrera o combate.

Kagome estava exausta, entretanto a possibilidade de desistir não passou por sua cabeça, juntou forças que não tinha e continuou o caminho até sua cabana. Inuyasha permanecia desacordado, o que não facilitava, afinal tinha de arrastá-lo até um local seguro.

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Miroku entrou pelas portas do castelo nervoso, não agüentava mais, dera tudo errado, tudo o que haviam trabalhado nas ultimas duas semanas dera errado, mas a pergunta que martelava em sua cabeça era "Por quê?" Como não haviam conseguido apreender o exército inimigo? Por que dera tudo errado? E a principal pergunta "Por que haviam perdido?!"

- Droga! Não consigo pensar em nada que possa explicar o ocorrido... E o pior é que o príncipe Inuyasha desapareceu no meio do campo de batalha... – comentou Miroku em voz alta "Tem que haver uma explicação!" pensava o conselheiro nervoso enquanto andava de um lado para o outro no hall do castelo "É melhor eu convocar uma reunião urgente com todos da assembléia, isso me lembra que terei de comunicar o senhor Sesshoumaru, afinal o reino não pode continuar sem alguém governando! Droga, por que eu que tenho de dar essa notícia?!"

Seguiu em passos ligeiros pelo corredor de pedras que antecedia a sala de reuniões, abriu as portas com violência assustando o escrivão que estava quase dormindo na própria cadeira.

- Senhor M-Miroku, e-eu n-não estava dormindo, estava só... – o jovem não pode terminar sua explicação, pois Miroku o interrompeu.

- Não quero explicações agora! Seja útil. Convoque todos os participantes da assembléia real! Depressa! – exclamou Miroku nervoso, enquanto recomeçava a andar de um lado para o outro pela sala.

- S-Sim senhor! – disse o jovem e saiu correndo pelo castelo. Logo os raios de sol apareceriam no horizonte e iluminariam o reino Oeste.

Miroku se sentou em uma das cadeiras tamborilando os dedos nervosamente sobre a superfície plana da mesa, mexeu em alguns papeis tentando se distrair, mas logo já havia abandonado-os para continuar sua espera. Sua mente se resumia em um grande nó de pensamentos, perguntas incompletas e sem respostas.

Os minutos passavam e ninguém aparecia na sala (posso dizer que se passaram só 5 minutos ') se levantou novamente, não conseguia ficar quieto. Até que começou a ouvir passos apressados pelo corredor. Levantou-se, provavelmente eram os participantes da assembléia real que já deveriam estar chegando, arrumou as vestes e ficou observando a bela porta de madeira negra.

As portas se abriram com um estrondo dando lugar a figura nervosa de um de cabelos prateados que irrompeu o salão na direção do conselheiro.

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No alto de um das montanhas localizadas próximo ao reino Norte, onde a fumaça ainda impregnava o céu, um homem com uma pele de babuíno lhe cobrindo o rosto sorria convencido.

- Huh, huh, huh, Inuyasha, parece que essa batalha não ocorreu como planejava... – disse para a leve brisa que soprava entre as árvores do local – eu conseguirei o que quero em questão de tempo, como o rei do reino Norte me prometeu serei seu conselheiro e irei aniquilá-lo, Inuyasha.

O homem olhou para o céu negro e seguiu na direção do castelo.

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Kagome finalmente avistou a cabana que se encontrava no meio da mata, com um ultimo suspiro arrastou o príncipe para dentro. Colocou-o sobre um futon que estava arrumado no fundo da cabana, e acendeu uma fogueira para aquecer o local, por causa da noite fria.

Recolheu algumas ervas que tinha guardado na cabana e pegou uma pequena tigela, colocou água em uma panela e pôs para ferver. Ficou um pequeno espaço de tempo pensando no ocorrido. Realmente não havia sido como imaginava, quem diria que depois daquela batalha ela acabaria salvando a vida de Inuyasha "Afinal, por que eu fiz isso? Quer dizer ele atacou o meu reino mesmo sabendo que eu era de lá e agora eu o trago para a minha cabana para cuidar dos seus ferimentos? Eu devo estar ficando louca..." suspirou resignada, agora era tarde demais para se arrepender, e também, ela não conseguiria abandoná-lo naquele estado.

Baixou a cabeça enquanto esperava a água aquecer "Droga! Eu estou traindo meu próprio reino... Por sua culpa Inuyasha, aliás, tudo que tem ocorrido é por sua culpa!" Resmungou. "Não consigo culpá-lo. Neste estado, ele parece tão tranqüilo enquanto dorme, tem uma expressão tão serena...".

Ela se aproximou lentamente enquanto o observava, seu coração acelerou de forma que ela mesma se assustou, que sentimentos eram esses que possuía pelo jovem afinal? "De novo? Por que me deixa assim Inuyasha?" Levou uma das mãos ao rosto do jovem jogando, delicadamente, uma parte de sua franja para o lado.

Ela olhou para o kimono dele – estava todo sujo de sangue – sentiu o rosto corar levemente "para fazer os curativos eu vou ter que tirar..." levou as mãos ao rosto rubro, mordendo levemente o lábio inferior.

Encostou o jovem em uma das paredes de forma que pudesse retirar a parte superior de seu kimono vermelho. Suas mãos estavam tremulas, e mais vermelha do que estava era impossível ficar, seu coração acelerado não contribuía com a confusão de sentimentos e pensamentos.

Respirou fundo "Eu tenho que ficar calma... Esse nervosismo só está me atrapalhando, afinal, não sei porque estou tão nervosa, ele há de entender que para fazer os curativos eu necessitava que ele retirasse o kimono". Por fim, ela conseguiu tirar a parte superior do kimono, colocou-a dobrada em um canto e deitou o jovem novamente sobre o futon.

Parou um tempo, estática, não conseguia formular nem uma única frase coerente, seu coração estava acelerado "Ele tem o corpo tão bonito e... Definido" pensava enquanto observava o jovem adormecido "Acorde Kagome! O que pensa que está fazendo?!" se repreendeu ao perceber que chegara a entrar em transe "Os remédios, isso os remédios, eu tenho que terminar de preparar..." pensou distraída.

Ela se levantou e foi verificar a água que havia deixado fervendo, parecia que já estava pronta, pegou a pequena vasilha e colocou as ervas, e depois começou a amassá-las e misturá-las. Levou certo tempo para isso, contudo ao terminar, foi até o jovem adormecido, pegou um pano e molhou-o na água passando-o delicadamente sobre os enormes ferimentos. Após desinfetar os ferimentos ela passou a mistura de ervas e enfaixou-os.

"Agora tudo depende de voc" pensou ao se levantar, ela arrumou a cabana e foi verificar novamente a temperatura do jovem.

- Parece que a febre diminuiu um pouco... – comentou consigo mesma – acho que posso descansar um pouco agora... – ela se sentou em um dos cantos da cabana e acabou adormecendo, por estar muito cansada depois da batalha.

o.o.o.o

Miroku ficou atônito ao perceber que Sesshoumaru havia retornado. Não havia mais ninguém na sala, além dos dois. Sesshoumaru parecia realmente nervoso com alguma coisa e Miroku temia que ele descontasse sua raiva em si. Pensou cinco vezes até ter certeza do que deveria falar, pois se houvesse uma única palavra que o príncipe não concordasse, sabia que aquele nervoso todo cairia sobre si.

- A-A-Alteza! Não sabia que voltaria tão cedo, vosso irmão disse que iria demorar um pouco mais... – disse Miroku trêmulo diante do príncipe.

- Eu sei... – respondeu rude – mas por causa de uma maldita carta que meu irmão me passou retornei mais cedo! – Miroku o olhou de forma interrogativa – é verdade essa história de batalha?!

- Senhor Sesshoumaru, eu sinto confirmar... – Sesshoumaru rosnou diante da resposta recebida, o que fez Miroku gelar.

- Miroku vá chamar o idiota do meu irmão! – exclamou exaltado, Miroku sentiu as pernas bambearem "É agora, eu tenho que dizer..." pensou tomando uma certa coragem que talvez não possuísse no momento.

- Não p-posso senhor... – disse Miroku fechando os olhos para não ver a expressão nervosa de Sesshoumaru. Este se aproximou e pegou-o pelo colarinho, erguendo-o do chão.

- Como é?! Vai me desobedecer?

- N-N-N-Não s-senhor... É que... Seu irmão desapareceu durante a batalha... – Sesshoumaru soltou Miroku que caiu no chão com um baque abafado.

- Como assim desapareceu?! As pessoas não desaparecem Miroku! – exclamou Sesshoumaru, que bufava de raiva.

- Senhor, eu não sei o que houve... Só sei que por desaparecer durante o combate os guerreiros humanos ficaram inseguros e abandonaram o campo de batalha e por isso tivemos que bater em retirada... – disse Miroku.

- O QUÊ?! VOCÊS ABANDONARAM A BATALHA?! – exclamou Sesshoumaru, Miroku se encolheu com os gritos do príncipe.

- Senhor, se não tivéssemos abandonado a batalha não teríamos sobrevivido... – disse Miroku – nós acabamos ficando em desvantagem, e é isso que eu não entendo... – Sesshoumaru olhou para Miroku de forma interrogativa – Não entendo como isso pode acontecer...

- Miroku, eu pensei que você fosse uma pessoa racional... – disse Sesshoumaru se sentando em uma das cadeiras tentando se acalmar.

- O que quer dizer com isso, Alteza? – perguntou Miroku confuso com a afirmativa do príncipe, este girou os olhos de forma entediada.

- Digo isso, pois não consigo acreditar que consentiu com essa idiotice do meu irmão... – respondeu Sesshoumaru. Suspirou pegando um dos papeis na mesa, e percebendo que não eram interessantes, colocou-os novamente sobre a mesa.

- Alteza, o plano era realmente excelente, não sei como pode ter dado errado... Era quase impossível uma falha... – ponderou Miroku se relembrando das diversas reuniões que tiveram antes do combate.

- Eu sei o que deu errado Miroku... – disse Sesshoumaru se levantando, Miroku o olhou curioso – o erro é o fato de ter sido uma idéia do meu irmão...

- Senhor Sesshoumaru, se desejar posso lhe passar o planejamento e provar-lhe que este era merecido de uma vitória... – comentou Miroku – entretanto, algo aconteceu, um plano como aquele não tinha como falhar...

- Sim Miroku, mostre-me esse plano, e convoque uma reunião urgente com a assembléia real, afinal, ainda temos de achar meu irmão... –

- Senhor, eu estava esperando, a pouco, os participantes da assembléia... Afinal, como o senhor estava ausente e o príncipe Inuyasha também, precisávamos de alguém que pudesse governar enquanto o senhor estava fora... – respondeu Miroku.

- "timo... Bom, parece que cheguei em boa hora... – disse Sesshoumaru, Miroku assentiu a cabeça.

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Kagome acordou com uma enorme dor nas costa, havia adormecido em uma posição nada confortável. Sentia sua cabeça latejar um pouco, mas nada que pudesse atrapalhá-la. Levantou-se depressa e olhou ao redor, demorou um certo tempo para perceber que estava sozinha na cabana, e ao perceber correu para o lado de fora.

Os raios da manhã que iluminavam a floresta acabaram ofuscando sua vista com a claridade. Levou uma das mãos para tampar o sol. Após se acostumar com a luminosidade ela olhou a redor e pode ver Inuyasha parado, em pé, olhando para a paisagem enquanto uma leve brisa lhe esvoaçava o longo cabelo prateado.

Baixou o olhar, não sabia o que falar, tudo que havia acontecido no dia anterior passou em sua mente como um filme. Um sentimento de tristeza a dominou "O que eu devo fazer? Eu não quero brigar com ele... Ele parece tão distraído..." pensou o observando.

- Por que fez isso? – Inuyasha perguntou de costas para a jovem – por que me salvou depois do que eu lhe fiz? – Kagome respirou fundo pensando em uma resposta para a pergunta do jovem, porém não encontrou.

- Me desculpe, mas... Eu não sei responder a sua pergunta... – murmurou a jovem baixando o olhar para observar a relva verde. Ambos permaneceram em silêncio, envoltos em seus próprios pensamentos e dúvidas.

- Eu sinto muito... – sussurrou Inuyasha de forma que Kagome pudesse ouvir, esta ergueu o olhar, não sabia o que responder. Deveria perdoá-lo depois de tudo? Depois do sofrimento que tivera ao descobrir que ele era o príncipe do reino Oeste.

- Inuyasha, por mais que eu queria culpá-lo ou odiá-lo agora, isso, realmente, parece impossível... – ela respondeu de forma suave. Inuyasha se virou e aproximou-se dela.

- Kagome, eu sei que a magoei e que a enganei, não a culpo se nunca mais voltar a falar comigo... Contudo, quero que saiba que eu pensei muito em você esses dias... – disse levando uma das mãos ao rosto da jovem e lhe acariciando a bochecha rosada. Ela apenas continuou a fitá-lo.

- Como poderia negar a mim mesma o que mais desejo? Estar ao seu lado... Desde que eu te conheci não consigo ficar um único dia sem pensar em você... – uma lágrima pura escorreu, contornando o rosto da jovem.

Inuyasha se sentiu mal por fazê-la chorar, ela havia confiado nele e ele simplesmente, a enganou. Por que tinha que ser tudo tão difícil? Por que não podia ser uma historia comum? Ele não sabia o que dizer, apenas a fitou durante um longo tempo, permitindo que seus sentimentos falassem por ele.

- Inuyasha... – a jovem sussurrou – eu sou uma sacerdotisa treinada para não demonstrar fraquezas... Entretanto, já não consigo controlar meus sentimentos desde que lhe conheci... E por esse motivo eu me sinto tão vulnerável... Fraca... – Inuyasha impediu que ela continuasse a frase.

- Demonstrar seus sentimentos não a torna uma pessoa fraca, Kagome... E sim, prova, acima de tudo, que você é uma humana... Uma mulher... E isso você não pode mudar... Você foi treinada como sacerdotisa, mas não pode negar o seu lado humano...

"Meu lado humano..." a jovem fechou os olhos sentindo uma suave brisa passar por seu corpo "A parte por mim esquecida há tempos". As lágrimas começaram a escorrer por seu rosto sem que ela pudesse controlá-las, cansada de sempre guardar seus sentimentos e dores, ela o abraçou, e ele retribui o abraço de forma consoladora, ficou a afagar os cabelos negros da jovem esperando que ela se aliviasse de toda dor de seu coração.

"Eu não sei o que eu sinto por você Inuyasha... Mas sei que isso aflorou em meu peito de forma que eu não pude deixar de sentir..." a jovem pensou enquanto o abraçava mais forte.

"Kagome, não há definição para um sentimento, assim como eu não sei lhe explicar os meus..."

- Eu realmente estraguei a sua noite... – ele comentou tentando animá-la, ela deu um pequeno riso que soou meio embargado com as ultimas lágrimas.

- Sim estragou... – disse secando as lágrimas do rosto e sorrindo. Inuyasha se sentiu melhor ao perceber que a tentativa de animá-la havia funcionado.

- Bom, pretendo compensar outro dia qualquer... – ele comentou, ela apenas sorriu e olhou para o céu claro da manhã, já se sentia mais calma, não estava brava com ele. Porém não pode evitar que certos pensamentos, evitados por ela, viessem a sua mente "Acho que eu devo te contar Inuyasha..."

- Inuyasha... – Kagome começou séria, voltando sua atenção para o jovem a sua frente, este se virou para encará-la – eu já sabia que o encontraria ontem no festival... – Inuyasha ficou surpreso com a afirmativa da jovem e somente conseguiu proferir uma única palavra:

- Como?

- Ontem, durante o entardecer... Eu tive de ir ao castelo... – Inuyasha a olhou de forma interrogativa, não entendia no que ir ao castelo fazia-a saber, que ele estaria lá.

- Quando estava esperando para falar com o rei eu ouvi uma conversa... - a jovem respirou fundo "Por que eu estou contando isso para ele? Eu sinto como se devesse contar-lhe, mas..." ela ergueu o olhar, encarando-o nos olhos dourados e esquecendo-se das duvidas, de alguma forma ela confiava nele. Os belos orbes dourados fizeram com que ela enrubescesse – O rei estava falando com um homem muito estranho...

Inuyasha permaneceu pensativo, talvez o que ela estava dizendo fosse, realmente, de seu interesse, afinal, como ela saberia que o encontraria lá? Ele fez um breve aceno de cabeça pedindo que ela prosseguisse.

- Esse homem disse ser do seu reino e que trabalhava no castelo... Ele avisou o rei daqui, do Norte, que haveria um ataque durante o festival e que vocês pretendiam apreender o exercito... E acabou mencionando o seu nome... – sussurrou a jovem baixando o olhar, para que ele não visse sua tristeza e mágoa.

Inuyasha permaneceu parado pensando em tudo que ouvira "Então foi isso! Claro, por isso não conseguimos apreender o exercito deles, eles já sabiam que viríamos! Agora eu preciso descobrir quem foi o maldito que nos traiu!" pensou nervoso "Eu vejo isso depois...".

Inuyasha olhou para a jovem que ergueu o olhar e sorriu, pensou em algo que pudesse falar para ele, mas teve duvidas quanto algumas coisas, e decidiu não falar nada "Droga, se o rei ficar sabendo disso eu terei problemas...".

- Inuyasha, eu acho melhor você ir embora, provavelmente, eles mandaram tropas para verificar a floresta, para ver se não sobrou nenhum inimigo ao redor do reino, e se pregarem você aqui, eu não quero nem pensar... – ela disse preocupada, ele assentiu. Ambos seguiram para a cabana da jovem onde o rapaz pegou a parte superior do seu kimono e vestiu-o.

- Está como fome? – ela perguntou, guardando as ervas.

- Não, obrigado... – ele comentou, nesse momento lembrou-se, de algo, que ele preferia não ter se recordado "Eu tenho de ir embora, entretanto, se eu for e deixá-la viva estarei traindo a mim, meu irmão e meu reino, mas eu não posso matá-la. Eu não conseguiria, eu não me perdoaria. Droga! O que eu faço?" Inuyasha olhou para jovem que arrumava a cabana distraída e calmamente.

"Tem de haver um jeito!"

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Sesshoumaru estava sentado na mesa da sala de reuniões esperando Miroku – que foi buscar os planejamentos do ataque que ocorrera – e os participantes da assembléia real. Afinal, por que demoravam tanto? Será que era tão difícil assim levantar no meio da madrugada para ir falar com o príncipe?

- Humf, bando de molengas... – comentou Sesshoumaru distraído – ora, Inuyasha, onde será que se meteu... Não acredito que vai me fazer te procurar ou te resgatar... Eu avisei para não fazer nada, mas como é teimoso promove um ataque nos primeiros dias que o deixo sozinho... O pior foi que não sobrou quase nada do meu exercito!!! Você me paga Inuyasha! – rosnou Sesshoumaru, fechando um dos punhos nervoso – Pelo menos você teve o bom senso de deixar metade do exercito fora desse combate...

Sesshoumaru começou a ouvir passos e decidiu parar de falar sozinho, logo as portas da sala se abriram e Jakotsu entrou, histericamente.

- ONDE ESTÁ O MEU INU-CHAN?! DISSERAM-ME QUE ELE DESAPARECEU NO COMBATE! – Sesshoumaru girou os olhos de forma entediada, aquela cena já era esperada, mas por que tinha que ser logo quando ele estava presente?

- Jakotsu, feche essa sua boca! – ralhou Sesshoumaru. Em fim Jakotsu percebeu que Sesshoumaru havia retornado e levou as mãos à boca ao ver que este estava um tanto nervoso, achou melhor não estressá-lo mais.

- Sesshy-kun não sabia que havia voltado... – comentou fazendo uma breve vênia – afinal, onde estão os outros? – perguntou ao perceber que a sala estava vazia.

- Ainda não chegaram! – rosnou Sesshoumaru – e não me chame por esse apelido ridículo!

- Ridículo?! Eu não sei porque você acha ridículo Sesshy... – comentou Jakotsu, mexendo em uma das unhas e sentado em uma das cadeiras ao redor da grande mesa, onde aconteciam as reuniões – afinal, é o seu nome, não é?

- Jakotsu, hoje eu não estou de bom humor, será que dá para fechar essa maldita boca! – exclamou Sesshoumaru nervoso com os comentários inúteis do mensageiro.

- Humf, como se você não estivesse sempre nervoso... – disse Jakotsu. Sesshoumaru lançou-lhe um olhar tão feio que este chegou a se encolher – ta certo, eu vou deixar meus comentários para mim mesmo.

- Humf. "timo! – comentou o príncipe cruzando os braços. Foi um grande aliviou quando as portas se abriram e deram lugar a Miroku e o general Hytone.

Hytone fez uma vênia ao perceber que Sesshoumaru estava presente na sala, assim como Miroku. O conselheiro foi até Sesshoumaru com uma pequena pilha de papeis e colocou sobre a mesa.

- Senhor Sesshoumaru é um prazer revê-lo... – disse Hytone – o senhor conseguiu fazer a aliança com algum reino?

- Infelizmente não, Hytone... Quando recebi a carta de meu irmão voltei antes que pudesse ir ao reino Sudoeste como meu irmão havia mencionado.

- Entendo... – comentou o general – e o senhor pretende ir depois falar com o rei do Sudoeste?

- Sim... Mas não agora, primeiro tenho que achar meu irmão... E recolocar esse reino em ordem... E então Miroku trouxe o planejamento?

- Sim senhor... – disse Miroku que, primeiro, pegou o mapa antigo do reino Norte começou a mostrar a Sesshoumaru o túnel e explicar o plano por completo, Hytone vez por outro dava sua opinião e corrigia Miroku, enquanto Jakotsu fingia que não existia mais ninguém na sala, já que estava sendo ignorado, e arrumava as unhas.

Os minutos passavam à medida que os participantes da assembléia real adentravam no salão e se acomodavam nas diversas cadeiras enquanto esperavam que Miroku, Hytone e Sesshoumaru terminassem a conversa.

Quando terminaram a explicação o salão já estava cheio e Sesshoumaru se levantou para começar reunião.

- Antes de qualquer coisa, para que não haja dúvidas, retornei por causa de uma carta que meu irmãozinho me mandou, já estou informado do combate que houve e sobre seu desaparecimento...

- Senhor. O que pretende fazer? O exército está muito enfraquecido... – comentou um dos demais presentes.

- Bom, pretendo, primeiramente, encontrar meu irmão, porque assim poderei deixar nas mãos dele o reino, apesar de ser um tanto arriscado, assim poderei partir para o Sudoeste para propor uma aliança ao rei... Como o apoio deles, acredito que poderemos restabelecer o exercito... – os demais assentiram.

A reunião envolveu diversos assuntos, Sesshoumaru conferiu se havia problemas nas áreas sócias como econômicas, e após tudo esclarecido deu a reunião por encerrada.

Todos abandonaram a sala e retornaram ao que anteriormente faziam.

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Inuyasha começou a ficar nervoso precisava arranjar uma solução não podia matá-la, esse pensamento o deixava extremamente bravo, e fazia com que pensasse que jamais deixaria alguém encostar nela.

"Só tem um jeito... Ela tem que fugir, ir para bem longe daqui! Entretanto, eu não quero que ela vá, não quero ficar sem ela" Inuyasha pensou triste "Ora, eu não posso ser egoísta agora, essa é a única maneira, eu prefiro que ela continue viva e longe de mim a ter de matá-la".

Ele se aproximou lentamente da jovem, e ficou observando-a de forma triste e sentindo a saudade antecipadamente. Ela percebeu o olhar sobre si e parou o que estava fazendo e se virou para encará-lo curiosa:

- Por que está me olhando? – ela perguntou erguendo uma sobrancelha.

- É que... – ele começou, mas parou para pensar como deveria dizer isso a ela.

- O que houve, Inuyasha? – Kagome perguntou se aproximando do rapaz.

- Precisamos conversar, e eu peço que me entenda... – Inuyasha disse segurando a mão da jovem fazendo com que ela se sentasse ao seu lado.

- Certo...

- Eu não posso ir embora e deixá-la viva, entretanto... – Kagome se surpreendeu com a afirmativa do rapaz e já ia se levantar quando Inuyasha a segurou pelo pulso – por favor, me escute... – ela voltou a se sentar – eu não posso matá-la, eu jamais me perdoaria se fizesse isso, entenda...

- Eu confio em você Inuyasha, apesar de ter me enganado uma vez... – ela sussurrou, ele baixou o olhar.

- Do que eu, realmente, me arrependo... – sussurrou – mas, eu quero te pedir que fuja! Você tem que ir para bem longe!

- I-ir embora? – ela perguntou surpresa.

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BOA TARDE!

Dessa vez eu realmente não sei se demorei... Se tiver demorado, sinto muito, sei não, então está tudo ok! Espero que o capítulo tenha agradado a todos! Agora, como terminei a fic "Amor é para sempre", eu estou com mais tempo para escrever essa fic...

Hoje, eu não tenho, absolutamente, nada para ficar falando e comentando sobre o capítulo, por isso vou pular para o que interessa...

.o.o.o.o.o....Aviso os interessados....o.o.o.o.o.

É o seguinte, não sei se isso é realmente do interesse de vocês, é só para, ao lerem, entenderem melhor.

1- Eu costumo dizer que essa fic é dividida em duas partes, (não vou dividi-la, ok?.') digo isso, pois em um certo pedaço da história – quando a Kagome vai embora – eu, pessoalmente, acho que a história, de certa forma, ela é dividida. Não posso dizer mais, pois se não estarei contando alguns pedaços da fic. Bom, de qualquer forma eu digo que a fic tem duas fases, e posso dizer que a primeira fase já está no fim. Tentarei, de alguma forma, não deixar essa "divisão" transparecer...

2- Acho que todos perceberam que a Sango ainda não apareceu na história, eu sinto muito, é que ainda não havia acha um lugar para coloca-la, mas esses dias tive uma idéia e provavelmente ela aparecerá no próximo capítulo.

Acho que são só esses avisos... Agora eu quero agradecer a Lily por ter revisado esse capítulo! Muito obrigada amiga! E agora vou responder as reviews:

Otaku-IY: Olá miga! Muito obrigado pela review, fico muito feliz que esteja gostando da fic! E pode deixar não vou fazer o Inu e a Kagome sofrerem muito .' Mil beijos!

Ifuryta: Oie amiga! Muito obrigado por ter deixado sua opinião, não sabe como é importante para mim! E que bom que tenha gostado do capítulo passado, espero que esse também tenha te agradado! Beijocas!

Nina-chan: Olá miga!! Valeu pelo comentário! A principio eu não tinha me lembrado do Kouga, só depois, quando eu precisava de coisa para enrolar a história foi que eu me lembrei dele e decidi coloca-lo XD Que bom, que você gostou, pois sua ajuda foi de grande utilidade para escrever o outro capítulo . Mil beijinhos...

Ayame a Garota Lobo: Olá!!! Obrigada pelo comentário! Nossa, fico muito feliz que dentre tantas fics tenha escolhido a minha fic para ler T.T Muito obrigada! Fico feliz que eu tenha conseguido mudado o estilo comum das histórias, sabe eu gosto de escrever sobre batalhas, e envolver um pouco de história no meio ." Bom, quanto os trabalhos que cada um dos personagens desempenham no castelo eu procurei o que combinasse mais com cada um deles, exceto Naraku, claro XD Beijinhos!

Hell's Angel-Heaven's Demon: Oieeeee! Sempre acompanhando, né? Eu fico muito grata por sempre deixar a sua opinião! Sempre me ajuda, você diz o que acha que está faltando e eu sempre tento mudar ou acrescentar, muito obrigada! E fico muito feliz e gostaria muito de conversar com você! Você tem MSN? Se tiver me deixe seu e-mail porque o meu não está aparecendo, não sei porquê.

Mil beijos!

Aaliah: Olá miguinha!!! Valeu pelo elogio e saiba que eu acho que você revisa muuuiittto bem?!!! - Beijões!!

Tassi Higurashi: Olá!!! Sou má! XD Sim eu concordo, mas tudo vai mudar, e espero que os leitores não me matem ¬¬" muito obrigada pela review! Mil beijos moxa!

CaHh kinomoto: Olá miga! Muito obrigada pela review! Parece que a gente tem o mesmo gosto, afinal, também gosto de guerra, não da guerra, ok? o.o Só de escrever sobre ela XD Espero que tenha ficado feliz com a inesperada aparição do Sesshy - Beijocas!

Alexandra: Oieeee! Obrigada por comentar, e espero que esse capítulo tenha a agradado! Beijinhos e até a próxima!

Kishu Arashi: Olá moxa! Tudo bem contigo? A gente não tem quase se falado... Obrigado pelo comentário e pelos elogios! Fico feliz em saber que você está gostando da fic... Sanguinária? XD Bom eu vou deixar quieto... Beijokas!

Monkey Minamino H. U.: OLÁ! XD ficou tão bom assim o capitulo anterior? Nossa... Obrigada! Fico contente que tenha gostado a ponto de ficar sem palavras .' espero que esse tenha ficado tão bom quanto o outro! Mil beijinhos!

Bianca Himura: Olá! Maruja! XD Qual é a da criança sensível? Moxa, você, por favor, não me encontre uma barata, ok? Sem ataque histéricos! .' Percebeu como esse capítulo está limpinho, né?! Sem nenhum sangue - Beijoquinhas!

Vi: Olá miga! Obrigada pela review! A gente se fala depois, beijos!!!

Finalmente terminamos o capítulo 06! o/ Obrigada a todo pessoal que leu e que comentou! E por favor, deixem comentários nesse capítulo também .

Quem quiser falar comigo no MSN deixe o e-mail porque, por algum motivo que eu ainda não descobri o meu e-mail não está aparecendo.

Beijosss para todos!

Nayome Isuy