Guerra de Sentimentos
Por.Nayome Isuy
Capítulo 08 – Aparição
Inuyasha permanecia parado, o olhar distante, não sabia há quanto tempo ficara ali, naquela mesma posição, fitando o local onde a estrada de terra se fundia com um fino delinear ao belo horizonte do entardecer. As cores alaranjadas tingiam-no, fazendo com que se parecesse com uma suave pintura da qual somente a natureza seria capaz de criar. Mas ele parecia não perceber a esplendida imagem atrás de si, estava ocupado demais com suas próprias magoas.
Em sua mente ele continuava a ver a jovem sacerdotisa, caminhando lentamente, seguindo para uma direção da qual ela desconhecia. Uma morna e suave brisa passou pelo seu belo rosto entristecido pela perda. Sim. Aquele fora sua grande derrota, que lhe tirara seu bem mais valioso. Fechou os punhos, segurando a vontade de demonstrar seus sentimentos, mesmo que não houvesse ninguém por perto, não se permitiria tomar uma atitude tão fraca. Afinal de contas, ela não era tão importante assim, logo ele se esqueceria dela, assim como ela se esqueceria dele. Assim ele esperava, mas será que era o que seu coração realmente queria?
Ergueu o olhar, seus olhos cor de âmbar não possuíam mais o brilho costumeiro, estavam opacos e frios. Ele se virou e seguiu, lentamente, na direção oposta que a um certo tempo ela havia seguido.
Não havia mais nada no local que o pertencesse, conteve a vontade de entrar na cabana, para simplesmente ter o aroma dela mais uma vez perto de si. Entretanto ele não precisava retornar para a mesma, para se recordar do doce aroma da jovem, pois este o acompanharia, gravado em sua mente. Como ele poderia se esquecer?
Seguiu na direção do reino Oeste, sabia que ficara muito tempo ausente e que, provavelmente, todos estariam preocupados, afinal não havia ninguém governado o reino (OBS: lembrem-se de que ele não sabe que o Sesshoumaru retornou). Suspirou pesadamente, só por causa de sua responsabilidade com o reino, ele tivera de abandoná-la. Droga, sua atenção havia retornado a ela. Será que seu estúpido coração apaixonado não conseguia entender que fizera tudo aquilo pelo bem dela?
Por que não conseguia parar de pensar nela? Ele tinha de se acostumar, tinha de aceitar. Mas a grande realidade era que ele tinha medo. Medo de perdê-la para sempre, medo de que um outro alguém a roubasse dele, medo de que ela se esquecesse dele.
Não agüentava mais, tudo aquilo o angustiava, se proibiu mentalmente de continuar daquele jeito, ele tinha uma vida a seguir, assim como ela teria. Tinha de se conformar, assim como ela provavelmente se conformaria. Apressou o passo, o que mais queria naquele momento era chegar no reino Oeste.
o.o.o.o
Sesshoumaru andava de um lado para o outro, dentro da grande sala de reuniões, de certa forma já estava angustiado. Somente o jovem escrivão encontrava-se lá, o que não era a melhor das companhias. A noite já havia caído do lado de fora do castelo, o céu estava negro e as estrelas o enfeitavam com seus cálidos brilhos. As verdejantes e frondosas árvores na floresta haviam sido banhadas pela escuridão noturna, e há esta hora, as únicas criaturas que a rondavam, se não fosse as únicas durante o dia também, eram os youkais.
Estava tão nervoso que era capaz de pular no pescoço do primeiro que o interrompesse ou incomodasse. E como sempre, de maneira que faria com que muitos pensassem que atraia má sorte, o jovem escrivão aproximou-se de Sesshoumaru. Será que era tão tapado a ponto de não perceber o perigo a espreita? Depois de tantos anos de convivência parecia que aquele miserável escrivão ainda não havia percebido quando era a hora de manter a boca fechada.
- Senhor Sesshoumaru... – começou um pouco hesitante, se aproximando e parando ao lado do príncipe, a princípio este permaneceu parado. Então o jovem supôs que talvez ele não tivesse escutado. Um grande erro por sinal. Decidiu tentar novamente – senhor Sesshoumaru?
Sesshoumaru fechou os punhos, sentindo o sangue ferver, subitamente se virou fazendo com que o jovem escrivão caísse no chão assustado com o olhar frio e ameaçador que ele lhe lançara. Sesshoumaru se aproximou lentamente do jovem, que praticamente se arrastou para trás.
- Será que não consegue perceber que quero silêncio?!!!!! – ralhou o youkai em um tom de voz exaltada, o jovem de cabelo castanho claro, balbuciou palavras inteligíveis – Então?!!! Não vai dizer nada?!
Era totalmente impossível, o jovem não conseguia dizer nada, ainda continuava traumatizado e em estado de choque. Saiu se arrastando para debaixo da grande mesa de madeira que se encontrava no centro da sala. O que, para Sesshoumaru, pareceu uma atitude ridícula e incrivelmente covarde. Pelo visto ele não possuía uma honra pela qual zelar e proteger o título de coragem.
Sesshoumaru franziu o cenho, depois de ter o estressado aquele maldito humano não iria escapar, foi andando até a mesa lentamente e se abaixou na frente da mesma. O pobre escrivão se encolheu, chegando para trás e colidindo com uma cadeira, engoliu em seco ao perceber que não havia escapatória. Como subitamente o príncipe podia ter se transformado em algo tão aterrorizador?
- Houjo, seu maldito, você não irá escapar!! – avisou Sesshoumaru, pegando o escrivão pelo colarinho e tirando-o debaixo da mesa. (Coitado, já perceberam que todo mundo desconta a raiva nele? XD) Sesshoumaru começou a ouvir passos apressados do lado de fora e assim se virou para a porta, àquilo era mais interessante do que aquele humano covarde.
As grandes portas de madeira foram abertas subitamente com um estrondo ao baterem contra a parede, revelando o semblante de Inuyasha, sua expressão não era das melhores, parecia estar de péssimo humor, sem contar que estava nervoso, por causa de Jakotsu que vinha agarrado a seu braço e Miroku que vinha atrás fazendo inúmeras perguntas as quais não se dava ao trabalho de responder.
- Sesshoumaru?!!!!! – exclamou Inuyasha surpreso ao ver o irmão na sala, quando ele havia retornado? Será que Miroku não achava necessário avisa-lo de que o irmão havia voltado? Sesshoumaru largou Houjo, ao ver que finalmente poderia descontar sua raiva pelo exército destruído em Inuyasha, como havia esperado por isso... Houjo aterrissou com um baque abafado – O que diabos está fazendo aqui? Pensei que ficaria livre da sua odiosa presença durante mais tempo...
- Ora, Inuyasha, sempre reclamando, mais parece um velho... – ponderou Sesshoumaru cínico. Aproximou-se do irmão parado no meio do salão.
- Maldição! Responda longo minha pergunta! Que diabos Jakotsu, solte-me! – reclamou Inuyasha empurrando o mensageiro para cima de Miroku que quase caiu no chão com Jakotsu em cima.
- Ei, por que sempre joga o Jakotsu em cima de mim, Inuyasha? Sou um conselheiro e não uma isca para distrair mensageiros problemáticos... – reclamou Miroku tentando se livrar dos braços calorosos do mensageiro, este pareceu não se ofender com o comentário de forma que não o largou. Inuyasha não escutou, ou fingiu não ouvir.
Sesshoumaru achou aquela uma discussão inútil, resolveu interromper, tinha coisas mais importantes a tratar com o irmão como, por que cometera a besteira de promover um ataque, quando a principal instrução de Sesshoumaru antes de deixar o reino, fora, não se meter em confusão? Bom, ou ele havia feito aquilo, pois não tinha consciência de que tudo poderia terminar em um desastre, como havia terminado, ou ele havia feito tudo para contradizer o irmão. Sesshoumaru acreditava que era pela segunda opção. Mas, conhecendo Inuyasha, talvez envolvesse os dois motivos.
- Apesar de não lhe dever explicações... – começou Sesshoumaru em meio a um suspiro – retornei por causa da maldita carta que me mandou, presumi que nada de bom poderia vir de um ataque comandado por uma pessoa inexperiente como você... – Por que sempre o perturbava daquele jeito? Quando isso acontecia, sentia seus nervos arderem em raiva. Por mais que tentasse se controlar, era em vão, ele nunca conseguia por causa de sua pouca paciência... Um de seus maiores defeitos.
- Maldita hora em que respondi sua carta... – ralhou Inuyasha em tom de voz meio perturbado. Sesshoumaru suspirou resignado, o que esperava afinal? Que o irmão agradecesse por ele ter se incomodado em retornar? Hah! Aquilo não era do feitio de Inuyasha, infelizmente, nunca reconheceria um ato de generosidade.
- Certo, isso pouco me importa, quero saber onde esteve. Contaram-me que uma mulher, trajando roupas de sacerdotisa, o tirou do campo de batalha inconsciente... Afinal quem é essa mulher? – perguntou Sesshoumaru, eram muitas perguntas que tinha de fazer ao irmão. Passara um tempo fora, e quando retornava só recebia novidades desagradáveis, será que não seria abençoado com algo digno de comemoração?
Inuyasha se mexeu inquieto. Droga! Por que ele tinha de tocar justo nesse assunto? Justo o que menos queria falar no momento, não estava preparado para se abrir, principalmente com o irmão. Era o que queria esquecer e não se incomodar. O que queria colocar de lado e criar a falsa ilusão de que estava concertado, quando na verdade estava aos destroços, longe de chegar à perfeição. O que o abalava e que ele fingia não ligar, mas sempre sabendo que por dentro estava amaldiçoado por uma estúpida paixão e que ela o perseguiria fazendo-o sempre se recordar.
O assunto que nada contribuiria para seu humor, o que o entristeceu imediatamente e o fez esquecer-se de que haviam pessoas ao seu redor esperando por uma resposta, que, para ele, era quase impossível dizer. Sim. Aquele com certeza não chegava perto de ser um de seus assuntos favoritos ( '')
- Ninguém... – suspirou. Doía dizer aquilo quando na verdade seu coração clamava por ela e ele somente fingia não perceber. Sesshoumaru o olhou de soslaio, percebera que o irmão havia estranhamente se aquietado, percebeu a certa resistência do mesmo quanto o assunto, achou melhor não continuar a forçar, talvez tentasse falar sobre aquilo depois, quando ele não se mostrasse tão resistente.
- Ok, não quero saber da mulher... – suspirou - Quero saber como teve coragem de praticamente destruir meu exército?!!! – Inuyasha pareceu levar um tempo para se tocar que assunto já havia mudado, droga, será que agora, mesmo longe, ela iria tirar-lhe a concentração?
Inuyasha caminhou até a mesa e pegou um pequeno objeto que lhe parecia mais atraente que o olhar ameaçador do irmão. Não achava necessário responder aquela pergunta. Afinal, já havia passado e acontecido, não havia como voltar atrás, então por que tinha que ficar dando explicações inúteis ao irmão? Bom, Sesshoumaru não parecia pensar assim.
- Sesshoumaru, a droga de seu exército não está completamente destruído... – comentou Inuyasha – se não percebeu, deixei metade dele cuidando do castelo, caso houvesse algum ataque. Hytone já está reorganizando o exército... Passei lá antes de vir aqui... E pelo que vi, aquele grupo de busca que você mandou, já retornou... –
- Sim, retornou... – respondeu Sesshoumaru, se conformando de que não receberia uma resposta do irmão. Achou melhor continuar a conversarem e comentarem sobre o reino e as modificações que deveriam ser feitas. Também achou necessário convocar uma reunião com todos os participantes da assembléia real, assim poderiam decidir o que fazer a respeito de todos os problemas que o reino estava passando. Inuyasha não se contrapôs à idéia, ainda precisava descobrir quem era o maldito que havia os traído.
o.o.o.o
Kagome caminhava entristecida, pela estrada de terra, que já estava sendo banhava pela escuridão. Isso não lhe incomodava, pois a escuridão não superava a de seu coração. Sentia-se mais calma agora, a brisa fraca e gélida acalmara seu coração aquecido pela dor. Como poderia continuar a viver se estava praticamente acabada com a despedida? Será que algum dia conseguiria se conformar?
Suspirou, não ligava por estar andando a tarde inteira, o cansaço não era nada comparado com a dor de seu coração. Será que ele ficara tão abalado com a sua partida como ela ficara? Será que chegara a se importar? As dúvidas a atormentava, não importava se tentasse parar de pensar naquilo porque o máximo que conseguia era fazer sua mente martelar sobre aquilo mais forte e o desespero a banhar por não ter um lugar para onde ir e alguém para a confortar.
Seus olhos azuis refletiam a sua dor, a sua solidão, o seu desespero, a sua falta de esperança. Falta de esperança... Como poderia ter esperanças se não podia retornar? E se não retornasse como o veria novamente? Todos dizem que a esperança é a última que morre, pois bem, ela morrera para a jovem, assim como todos seus outros sentimentos. Seus olhos brilharam com o nascer das lágrimas, ela não tomara providências para que elas parassem, queria se livrar daquela dor, as lágrimas escorreram por suas bochechas rosadas para morrerem em seu queixo.
A jovem sacerdotisa cansara-se de esconder seus sentimentos, reprimi-los apenas piorava a situação. E foi nesse momento que se recordou das doces palavras de seu amado, palavras que lhe ensinou a demonstrar seus sentimentos.
Demonstrar seus sentimentos não a torna uma pessoa fraca, Kagome... E sim, prova, acima de tudo, que você é uma humana... Uma mulher... E isso você não pode mudar... Você foi treinada como sacerdotisa, mas não pode negar o seu lado humano...
Um sorriso amargado pelas lágrimas brotou em sua face, não queria, não podia, já era tarde demais para fingir que não se importava. Tarde demais para mudar as suas escolhas, mas nunca é tarde para mudar o futuro, quem sabe algum dia ela não mude seu futuro? Quem sabe...? (Eu XD)
Um pouco além das frondosas árvores, ela podia ver um pequeno vilarejo, suspirou, tentaria seguir com sua humilde vida ali. Talvez, pudesse, finalmente, levar uma vida comum, como sempre sonhara, uma vida onde não teria o cargo de ser sacerdotisa e sim, uma simples mulher.
o.o.o.o
Deus, como uma reunião podia ser TÃO chata?! Já não agüentava mais aquele bando de generais falando e falando, cada um tentando provar que era superior ao outro. Verdade, eles tinham de dar suas opiniões... Mas tinham que falar tudo junto?! Suspirou pelo que parecia ser a décima vez em uma hora, já havia perdido a linha da conversar a tempos atrás. Bom, não parecia que Sesshoumaru estava entediado, porque continuava a dar corda para aqueles generais tagarelas. Será que tinha tanto assunto assim para discutir?
A questão era, estava há décadas naquela maldita reunião e ainda não havia chegado na parte que interessava Inuyasha. Por mais que falassem a única coisa que discutiam era sobre o bem estar da sociedade. Será que não tocariam no assunto guerra? Não tinham curiosidade de saber o que ele, Inuyasha, havia descoberto? Parecia que não...
Começou a tamborilar os dedos sobre a mesa de forma agitada, pouco tempo depois estava batendo o pé no chão enquanto sua face se contorcia em nervoso. Por que não falavam sobre outra coisa? Parecia até que estavam evitando a droga do assunto. Será que eles sabiam de alguma coisa e não queriam contar-lhe? Ora, ele era um dos príncipes, tinha de saber! Aqueles idiotas pensavam que o enganava, mas ele sabia perfeitamente, sentia o cheiro da mentira ao redor dos malditos. Descobriria o que escondiam custe o que custasse. (Ele não é tem nem um pouco de imaginação fértil ")
Não admitia a idéia de estar sendo passado para trás, sentia a raiva correndo por suas veias, estava a ponto de explodir, descobriria o que estavam escondendo e seria agora. Subitamente se levantou, empurrando a cadeira para trás fazendo barulho, todos se viraram para ele, curiosos, até mesmo Sesshoumaru parou de falar para ver o que estava acontecendo com o irmão, achou a cena um tanto cômica, ele estava vermelho, e tinha um olhar muito irritado, e Sesshoumaru se dera conta que aquilo seria mais divertido do que continuar a conversar sobre o nível social.
- Maldição! Vocês parecem um bando de retardados! Eu sei muito bem que estão me escondendo alguma coisa!!!! – gritou Inuyasha indignado, os demais presentes na sala ficaram com cara de tacho diante da reação do príncipe, afinal, ele sabia do quê? Será que durante o tempo que estivera fora ele tinha batido a cabeça e não estava dizendo coisa com coisa?
- Hum, Alteza, tem certeza que... Hum... O senhor está bem? – perguntou de uma forma receosa um dos demais presentes. Quer dizer, ninguém em sã consciência faria aquilo, gritar no meio de uma reunião. Todos tinham os olhos fixos em Inuyasha e esperavam a sua resposta. Inuyasha direcionou um olhar tão feio e ameaçador para o jovem que este se encolheu e num fio de voz murmurou um pedido de desculpas.
-Eu estou PERFEITAMENTE bem! – exclamou – exceto pelo fato de que pessoas que ERAM da minha confiança estarem me escondendo coisas! E mentindo para mim! – Sesshoumaru cruzou os braços com um olhar divertido no rosto - Traidores! Todos! Um bando de traidores! Já não bastava um idiota ter contado sobre o ataque contra o Norte e agora vocês me escondendo coisas!!!!
- O QUÊ?! – exclamou Miroku se erguendo subitamente. Não podia acreditar nas palavras de Inuyasha ele não podia estar falando sério sobre um traidor que os denunciara para o Norte. Mas, ele mesmo concordara há algum tempo atrás que algo estava realmente errado - Não havia como aquele plano dar errado era algo completamente planejado, não permitia falhas... Não sei como pode ter acabado como acabou... – se recordou de suas próprias palavras – esta falando sério, Inuyasha? Sobre, alguém ter nos denunciado?
- Sim, ora, vocês não sabiam? Ah, é verdade, não tive oportunidade para falar sobre isso... Quem sabe eu tivesse falado se vocês ao menos tivessem tocado no assunto do ataque... – comentou Inuyasha de forma cínica, cruzando os braços e ignorando os olhares surpresos dos demais, a sala foi preenchida por sussurros.
- Inuyasha! – chamou Sesshoumaru irritado com aquela cena que o irmão estava fazendo – Já chega! Se sabia disso, por que não disse antes? Nós não tínhamos como adivinhar que você sabia algo sobre a sua falha! Afinal, sabe quem é o maldito traidor?! – perguntou Sesshoumaru curioso, ele faria questão de dar cabo da vida do maldito com as próprias mãos. Inuyasha se aquietou e virou o rosto irritado.
- Não... Não sei... – disse emburrado e bufou logo em seguida, Sesshoumaru suspirou, era pedir demais que ele soubesse, afinal, ele era inútil por natureza. Não ligou, o que importava naquele momento era descobrir quem era o maldito traidor. Foi nesse momento que olhou para os demais na mesa com uma cara desconfiada. Podia ser qualquer um. Podia ser o cara mais gordo à esquerda, ou o outro com dedo no nariz (eca!), quem sabe ele não estivesse planejando algo? Ou talvez aquele ruivo no fim da mesa, ele bem que tinha cara de malvado.
Certo, estava começando a ficar paranóico e isso não era muito bom. Era melhor conversar sobre isso depois, a só com Inuyasha. Não sabia mais se podia conversar sobre isso com os demais, desconfiava até mesmo do papagaio que ficava por ali.
Decidiu que já era hora de terminar com aquela reunião, não suportava a idéia de um espião entre eles. Dispensou todos com uma desculpa qualquer. Inuyasha se levantou cansado, a raiva havia passado, decidiu ir para seu aposento, refrescar seus pensamentos, organizar suas dúvidas e aflições.
Seguiu pelos corredores, subiu as longas escadas, e em fim chegou no quarto. Entrou sem cerimônias, não se incomodou em acender alguma luz, preferia o escuro, estava desanimado, era incrível como subitamente um desanimo havia o atingido assim como a tristeza. Seu coração se comprimira, agora sabia que não seria tão fácil esquecê-la como pensava que seria.
Aproximou-se da cama e se sentou, virado para a janela aberta, a lua do lado de fora iluminava seu quarto, com seu cálido brilho. Não havia estrelas no céu, o vento gélido soprava suave, refrescando o cômodo, trazendo consigo o cheiro das flores fazendo com que ele se recordasse do doce perfume dela. Onde ela estaria a essa hora? Ele apenas esperava que ela estivesse segura.
Suspirou, como doía estar sem ela por perto. Por que só se sentia assim agora que ela havia partido? Anteriormente, mesmo ela não estando com ele, ele não sentia essa angustia, essa vontade de revê-la. Provavelmente por saber que ela não estava próximo e que talvez não voltasse a vê-la, ele estivesse assim, tão atordoado, e de certa forma desesperado para vê-la, esse era apenas o primeiro dia, e ele já estava assim, imaginou como estaria em uma semana.
And I'd give up forever to touch you
(E eu desistiria da eternidade para tocá-la)
'Cause I know that you feel me somehow
(Pois eu sei que você me sente de alguma maneira)
You are the closest to heaven that I'll ever be
(Você é o mais perto do paraíso do que eu jamais estarei)
And I don't want to go home right now
(E eu não quero ir para casa agora)
And all I can taste is this moment
(E tudo que eu sinto é esse momento)
And all I can breathe is your life
(E tudo que eu respiro é a sua vida)
'Cause sooner or later it's over
(Porque mais cedo ou mais tarde isso irá acabar)
I just don't want to miss you tonight
(E eu não quero sentir a sua falta essa noite)
I don't want the world to see me
(Eu não quero que o mundo me veja)
'Cause I don't think that they'd understand
(Porque eu não acho que eles entenderiam)
When everything's made to be broken
(Quando tudo é feito para não durar)
I just want you to know who I am
(Eu só quero que você saiba quem eu sou)
And you can't fight the tears that ain't coming
(E você não pode lutar com as lágrimas que não estão vindo)
Or the moment of truth in your lies
(Ou o momento da verdade em suas mentiras)
When everything feels like the movies
(Quando tudo parece como nos filmes)
Yeah you bleed just to know you're alive
(É, você sangra só para saber que está vivo)
I don't want the world to see me
(Eu não quero que o mundo me veja)
'Cause I don't think that they'd understand
(Porque eu não acho que eles entenderiam)
When everything's made to be broken
(Quando tudo é feito para não durar)
I just want you to know who I am
(Eu só quero que você saiba quem eu sou)
Inuyasha se deixou cair sobre a cama, e ficou a fitar teto, seus sentimentos correndo nas veias tentando mostrar a ele o quanto ele se importava o quanto a queria de volta, o quanto ele necessitava dela. As lembranças corriam em sua mente, pareciam que queriam torturá-lo mais do que já estava sendo, se recordar dos momentos vividos com ela era demais, só fazia com que sua tristeza aumentasse. Quem disse que ele não se importava? Que ela não significava nada? Estava totalmente errado...
I don't want the world to see me
(Eu não quero que o mundo me veja)
'Cause I don't think that they'd understand
(Porque eu não acho que eles entenderiam)
When everything's made to be broken
(Quando tudo é feito para não durar)
I just want you to know who I am
(Eu só quero que você saiba quem eu sou)
I don't want the world to see me
(Eu não quero que o mundo me veja)
'Cause I don't think that they'd understand
(Porque eu não acho que eles entenderiam)
When everything's made to be broken
(Quando tudo é feito para não durar)
I just want you to know who I am
(Eu só quero que você saiba quem eu sou)
I just want you to know who I am
(Eu só quero que você saiba quem eu sou)
I just want you to know who I am
(Eu só quero que você saiba quem eu sou)
I just want you to know who I am
(Eu só quero que você saiba quem eu sou)
Acabou caindo no sono. Aconteceram coisas demais nos últimos dias, ocorrera tudo junto, ele precisava de um descanso. Sua mente necessitava assimilar os fatos e colocar em ordem seus sentimentos.
Estava em um lugar ao qual não reconhecia, apesar da paisagem ser indecifrável era um lugar que passava um ar aconchegante. Ouvia vozes e murmúrios. Sentia calor e depois frio. Tristeza e alegria, estava confuso.
"Am... Posso me sentar?" A voz soará pelo lugar, fina e delicada. Era a voz que tanto queria retornar a ouvir, mas não em um sonho, queria ouvir e ver seus lábios se movendo ao pronunciar cada palavra.
"Humf... Vai em frente..." Reconhecera a própria voz, tão indiferente, como sempre fora e talvez, sempre seria.
"Você não tem medo?"
"Am? Medo do que?"
"Você nunca me viu... Como pode ter certeza de que não farei alguma coisa?"
"Simples, eu não tenho... Mas, algo me diz que posso confiar em você... E além do mais, se fosse fazer algo não teria perguntado isso..." Pode ver de longe o belo sorriso em sua face. Como queria rever aquele sorriso!
"Feh! Humanos..."
"A propósito, eu sou Kagome..." Sim, ele se lembrava muito bem, fora quando se conheceram. Jamais se esqueceria.
A hora da partida é quando percebemos o quão importantes as pessoas são em nossas vidas.
"Inuyasha... Eu sou uma sacerdotisa treinada para não demonstrar fraquezas... Entretanto, já não consigo controlar meus sentimentos desde que lhe conheci... E por esse motivo eu me sinto tão vulnerável... Fraca..."
Aquilo havia acontecido há tão pouco tempo, estava gravado em sua memória. Assim como a ferida era recente, e os sentimentos transpareciam em seus olhos. Doía rever a cena, sentir todos os sentimentos que o atravessou durante a escolha e a despedida, parecia que o ferimento voltava a sangrar.
"Eu... Sinto muito, é o único jeito..."
"'Certo Inuyasha... Vou... Arrumar minhas coisas..." Aquele tormento continuaria por quanto tempo?
Continuaria enquanto se recordasse...
o.o.o.o
Sob a luz do luar e das estrelas, onde o vento reinava sobre qualquer outro elemento, onde era possível ter uma vista completa do reino Oeste. Uma carruagem seguia pela estrada de terra, parou próxima a colina, sobre a relva verdejante. Ao longe se via o castelo, próximo a ele o grande vilarejo.
O cocheiro foi até a porta do automóvel e a abriu com delicadeza. Estendeu a mão que foi recebida pela suave e pequena, coberta por luvas, mãos de uma lady. Ela se levantou e deixou a carruagem indo até a beira da colina. Seu cabelo longo e escuro, como o céu sobre sua cabeça, balançava de acordo com o vento. Suas vestes, delicadas, formais e elegantes, azuis, um longo vestido ao qual lhe caia muito bem. Andava com charme e passava a impressão de superioridade.
Seus olhos castanhos claros, frios, admiravam o reino a sua frente. Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios.
- Lady Kikyou... – chamou o cocheiro a sua espera, ela se virou e retornou para a carruagem, onde se sentou confortavelmente e agradada pelo que vira. Daria tudo certo, como ela esperava por isso.
-Vamos indo... – comunicou com sua voz suave, mas que não passava sentimento algum. Vazia. O cocheiro fez uma breve vênia e respondeu cortes:
- Sim, milady... – ele voltou ao banco, se acomodou, e tornou a bater nos garanhões brancos estimulando-os a continuar, seguindo em direção ao castelo distante, cercado pela floresta e o vilarejo.
o/oo/oo/oo/oo/oo/oo/oo/oo/oo/oo/oo/oo/oo/oo/oo/oo/
N/R: o/ legal legal!
Boa tarde!
Finalmente o capítulo 08! Sei que muitos de vocês, leitores, provavelmente, agora, tentem me matar ;.; Que coisa injusta! Se querem matar alguém matem a Kikyou, ok? Me poupem por favor! Acho que esse capítulo ficou um pouco sentimental, mas o que posso fazer? Queriam que ele saísse por ai pulando todo feliz? Ô.o Bom, de qualquer forma espero que tenham gostado do capítulo!
Ah sim, o nome da música que coloquei nesse capítulo é "Iris" cantada pelos Goo Goo Dolls. Eu achei que ela tinha tudo a vê com o capítulo! Sabe, eu tava ouvindo essa música, e comecei a prestar atenção na letra, vi que era perfeita, sem contar que é muito bonita. Espero que vocês tenham gostado!
Quero agradecer a Lily por ter revisado o capítulo e a todo pessoal que está comentando! Fico muito grata!
Agora vamos as reviews!
Otaku-IY: Olá amiga! Muito obrigada por ter comentado! Não se preocupe, não farei eles sofrerem demais, mas sabe como é, né? Tem que haver um pouco de drama! XD Muito obrigada por tudo! Espero que o capítulo tenha te agradado! Beijocas!!!
Biba-chan: Aloha maruja! XD Há quanto tempo não digo isso! XD Que bom que tenha gostado do capítulo 07! E espero que esse também tenha agradado!!! Desculpe-me caso tenha demorado! . Veremos quando Rin-chan aparecerá! XD Mil beijocas miga!
Dessa-chan: Olá! Obrigada pela review miga! XD assediada! Que coisa feia! Sorte que é pelo Inu se fosse por outro acredito que ele não estaria vivo para contar história XD Sim, Sango-chan! XD Muito obrigada pela review miga! Beijos!
Kyotsu: Olá miguinha! Que bom que tenha gostado do capítulo! O Kikyou apareceu, e a Rin provavelmente no 10! Muito obrigada por comentar, espero que goste desse capítulo! Mil beijocas!
Yukyuno Hikari: Olá miga! Que bom que gosta do Jakotsu! XD o Coloco de vez em quando pra descontrair! E as vez para enrolar XD Acredite, também não sou fã do Naraku XD Espero que esse capitulo tenha a agradado! Mil beijocas! Ja ne!
Hell's Angel-Heaven's Demon Olá! Saiba que sua opinião é muito importante moça! E eu também achei o beijo repentino, mas eu queria que antes que dela fosse embora tivesse acontecido algo, entende? Quanto o papo deles, eu estava meio sem idéias ¬¬"
Ayme Suzuy: Olá!!!!! Nossa que bom que tenha gostado do capitulo passado, espero que esse tenha sido bom também. E eu é que não quero ser a sua presa #Nayome se encolhe com medo# Bom, a Kikyou apareceu nesse capitulo e não fez nada que você possa chamar de "malvado" o que poupa a minha vida por este capitulo, correto? #Fazendo figa# Mil beijos!
Vi: Olá miga! Que bom que tenha gostado do capitulo passado! E eu, pessoalmente, odeio cigarras, não é apenas o barulho, sorte que não encontrei nenhuma por ai! Mil beijocas!
Gy-chan: Olá miguxa! XD Sabia que você me diverte, né? XD Não sou má, somente dramática! Acostume-se baby! E logo eles estarão juntos de novo! XD E eu não descrimino o Jakotsu!
Jakotsu: Mentirosa! (fazendo-se de vítima)
Nayome: ¬¬" é verdade, ta?!
Jakotsu: Não é, você nem ao menos me deixa como o MEU Inu-chan! (fazendo beicinho)
Inu: Não me envolva nisso!
Jakotsu: INU-CHAN! (sai correndo atrás de InuYasha)
Nayome: Satisfeito? (entediada) Bom, continuando, eu não o descrimino u.ú Apenas o julgo! XD Também te adoro mana! Mil beijinhos!
CaHh Kinomoto: Olá miga! Pensa que me esqueci do meu peixe?!!! Estou esperando até hoje! O açougue estava fechado por acaso? ¬¬" Fico feliz que tenha gostado do capítulo 07 e espero que esse também tenha agradado. Não tem problema se você demorou para comentar o que importa é que você comentou e leu! - Bom, teve Sesshy como você pediu! E também gostei da parte do Jakotsu, nesse capitulo o Sesshy e o Inu estavam um tanto paranóicos! XD Mil beijocas!
Honeysuckle: Olá! Nossa, muito obrigada pelos elogios! Fico lisonjeada! Que bom que esteja gostando da fic! Espero que esse capítulo tenha te agradado! Obrigada por comentar! Beijos!
Mari Felton Malfoy: Olá miga! Alcançou! Êeee! Que bom que gostou! . Muito obrigada por comentar!! Mil beijos!
Samy Higurashi: Olá miga!!!! XD o Jakotsu ganharia a guerra! XD Sim, concordo! Obrigada por comentar amiga! A gente se fala! Mil beijoquinhas!
Kimo: Olá! Obrigada por comentar! Espero que tenha gostado desse capitulo! Que bom que esteja gostando da fic! Fico muito feliz! E ai está! Finalmente o capitulo 08! Como estou emocionada! ;.; Finalmente! XD Beijos!
Em fim terminei! Espero que esse capítulo tenha agradado a todos! Então até o 9° capítulo!
Mil beijocas pessoal!
Nayome Isuy
