Guerra de Sentimentos
Por: Nayome Isuy
Capítulo 09 – Traidor
O quarto estava às penumbras. O sol ainda nem havia nascido, entretanto perdera o sono cedo naquela manhã. Não sabia se era por causa da horrível dor nas costas que tinha arranjado, por mais uma vez dormir em uma posição desaconselhável, ou se era por conta de todos os problemas que estava enfrentando. Realmente, parecia que haviam decidido mandar todos eles ao mesmo tempo com o único propósito de tirar-lhe o sono.
Levantou-se rápido, o que lhe provocou uma breve tontura, mas ele não deu muita importância. Seu longo cabelo prateado estava todo embolado, suspirou, dava tanto trabalho arrumá-lo. Depois de alguns minutos, quando finalmente vencera a luta contra a escova, pegou uma camisa qualquer, sapatos e uma calça, vestiu-se rapidamente e seguiu apressado pelos corredores do castelo. Não ouvira e nem vira ninguém, provavelmente ainda estavam dormindo. Será que era tão cedo assim?
Aquilo não lhe interessava, tinha de arrumar um jeito de descobrir quem havia o traído, denunciando-o para o Norte. Não podia negar, só de pensar naquele assunto seu humor piorava drasticamente. Pensou em todos que participavam das reuniões, não conseguia acreditar que um deles havia feito algo do gênero, tinha plena confiança em todos, pensou nos motivos que poderia ter levado alguém àquilo: 1- Dinheiro; 2- Respeito; 3- Vingança. Com certeza esse era o motivo mais forte. Vingança. Um sentimento tão frio, mas que a maioria das vezes levam pessoas a cometer diversos erros. Com certeza aquilo envolvia todos os três motivos.
Agora, quem o odiaria a tal ponto? Quem queria o destruir por vingança? Não achava necessário se perguntar por alguém que tivesse ganância, pois por ser príncipe, obviamente, existiam milhares de pessoas, cobiçosas e amarguradas com a própria vida. Bufou, já estava com dor de cabeça, foi quando lhe veio pequenos flashes de memórias.
"- Ah questão é, acho que não mereço isso... Sei lá, eu seria um ótimo general – disse Naraku." – cobiça, ganância.
"- Ah, bom, você poderia me devolver meu antigo cargo de assistente social... - disse um pouco pensativo, Inuyasha parou de escrever e olhou para ele." – Respeito, por um cargo digno e de altura.
"- Acredite se quiser, ainda estou recebendo queixas por causa dessa sua estupidez! – reclamou Inuyasha – Agora me deixe em paz, tenho muito mais o que fazer..." – Vingança.
Naraku era um grande suspeito e ele com certeza não depositava total confiança no homem, não se surpreenderia se ele fosse realmente o traidor, afinal, faxineiro não é um cargo de altura como Naraku estava acostumado. Ele se lembrava muito bem da ameaça que Naraku fizera no dia do "pequeno" incidente.
o.o.o.o.o.Flash back.o.o.o.o.o
O caos estava armado e espalhado pela aquela grande bagunça. O que antes era o quintal de uma casa mais parecia um depósito de lixo. Realmente, Naraku se superara daquela vez. Maldito assistente social, não prestava para nada! Inuyasha bufou enquanto abria caminho pela multidão, que contornava a casa, que pessoalmente estava fedendo muito, isso o incomodava por causa de seu olfato apurado. Miroku vinha logo em seu calcanhar, apressado e resmungando palavras ininteligíveis, o que Inuyasha fez questão de ignorar, já estava nervoso o suficiente, não precisava que Miroku lhe irritasse mais.
As pessoas sussurravam enquanto ele passava, umas ainda tinham a ousadia de apontar. Um bando de fofoqueiros que não têm nada para fazer a não ser falar da vida dos outros. Mas também não era todo dia que o depósito de lixo estava no quintal do seu visinho, era um momento histórico, do qual ele, Inuyasha, seria obrigado a responder pela incompetência de Naraku. Quando finalmente alcançou a casa fedorenta, pode ver Naraku aos berros com o morador que erguia uma pá e tentava acertá-lo. Sesshoumaru estava parado, ao lado, entediado com a cena e um tanto irritado.
- Que bagunça! Que bagunça! – murmurava Miroku, olhando para os lados e logo em seguida balançando a cabeça em reprovação. Inuyasha bufou, olhando para o conselheiro. Concentrou-se na cena que estava presenciando.
- Já chega! Isso é ridículo! – exclamou Inuyasha surpreendendo os dois, que se viraram para ele, o velho homem que brigava com Naraku se virou com um olhar assassino no rosto. Por um breve minuto chegou a assustar Inuyasha, que fez questão de virar o rosto para que as pessoas não percebessem.
- Como pode me dizer que isso é ridículo?! – berrou o homem exaltado se aproximando de Inuyasha, ainda segurando a pá – ridículo é esse homem que você chama de assistente social! – completou apontando um dedo um tanto próximo do rosto do príncipe. Inuyasha, por um breve momento, manteve a atenção no dedo, antes de recobrar os sentidos e se defender.
- Eu entendo perfeitamente que esteja nervoso...-
- Ora, se não entendesse seria muita falta de consideração da sua parte! – exclamou o homem praticamente soltando fogo. Inuyasha ficou espantado ao ver a ousadia do homem, será que se esquecera que ele era o príncipe? Bom, não se incomodaria em fazê-lo se lembrar, pigarreou, fazendo o homem se calar.
- Acho que está se esquecendo que eu continuo sendo príncipe desse reino. Já disse que compreendo que esteja nervoso! – exclamou Inuyasha nervoso com o velho homem.
- Espero que parem de gritar para resolvermos isso de uma forma mais civilizada... – sibilou Sesshoumaru interrompendo os dois. Será que eles não tinham um senso de ridículo? Estavam agindo de maneira incrivelmente infantil, e aquilo o perturbava bastante, principalmente porque estavam atraindo muita atenção. Inuyasha bufou e virou a cara contrariado, cruzando, logo em seguida, os braços. O homem parou de gritar e fechou a cara.
- Ótimo! – comentou, Sesshoumaru se virou para Naraku com uma expressão nada amigável – Afinal, por que fez essa estupidez?! – Naraku subitamente se virou com uma expressão de ultraje.
- Ora, que estupidez?! Não vejo nenhuma estupidez! – ralhou o homem de longos cabelos negros – somente um velho caduco reclamando da vida! Ora! A vida não é perfeita! Se não gosta, é melhor se conformar e parar de reclamar, pedindo que pessoas façam algo para melhorá-la, enquanto ele fica com esse traseiro velho e gordo sentado em uma cadeira comida por cupins! – exclamou. Sesshoumaru ficou um tempo o fitando um tanto perdido. Naraku estava mesmo irritado, por um breve momento chegou a pensar que ele tivesse razão, mas rapidamente se lembrou dos fatos, e confirmou, ele não tinha razão alguma.
- Pois é, você poderia até estar certo, se o seu trabalho não fosse fazer exatamente isso! – comentou Inuyasha sádico, olhando para o homem de soslaio e se mantendo de costas. Não estava a fim de ficar observando Naraku mudar de cor ao se irritar com seu comentário. O ouviu bufar e resmungar.
- Parem vocês dois. Naraku! Eu exijo que responda a minha pergunta! – resmungou Sesshoumaru, Naraku se calou e cruzou os braços, depois de um tempo tornou a falar :
- Olhe, eu já estou cansando de pessoas reclamando e exigindo que eu melhore suas vidas miseráveis! – exclamou se virando para Sesshoumaru – e eu não fiz nada demais...
- Nada demais?! Eu digo que o cheiro do lixo está me incomodando, pois está chegando na minha casa e você coloca o lixo no meu quintal?! – ralhou o morador tornando a se pronunciar.
- Ora, eu não o obriguei a construir a sua maldita casa do lado do depósito! Pensasse nisso antes de se instalar ai! – respondeu Naraku com o tom de voz um tanto elevado, as pessoas ao redor cochichavam, murmuravam e repreendiam os presentes.
- Os depósitos de lixo deveriam ser instalados em lugares afastados da vila!! – exclamou um dentre a multidão, houve uma grande seção de murmúrios e de consentimento. Inuyasha bufou nervoso aquilo já estava o estressando, por que todos tinham de reclamar de alguma coisa? Será que não podiam aceitar uma coisinha ou outra? Sesshoumaru se cansou daquilo, aquilo estava se estendendo e do jeito que ia era melhor colocar um fim logo.
- Senhor, eu darei um jeito de tirar todo esse lixo ainda hoje, e pagarei uma certa quantia em dinheiro para reparar os danos... – comentou Sesshoumaru, o senhor se acalmou e consentiu com um breve balançar de cabeça – isso não se repetirá novamente, dou-lhe minha palavra...-
- Assim espero... – respondeu um pouco mal educado e retornou para casa, as pessoas ao redor foram, indo, uma por uma, embora, em fim não restava mais ninguém ao redor deles, foi quando Sesshoumaru se virou para Naraku com um olhar ameaçador. Este continuou com uma expressão antipática, sem se importar com a reação do príncipe.
- Agora, deixe-me pensar o que farei com você... – disse em meio a um rosnado, sabia que aquilo não aquietaria completamente o problema, sabia que continuaria recebendo reclamações e precisava punir o culpado – Tem alguma idéia Inuyasha? – Inuyasha sorriu maldoso.
- Devíamos deixar ele mesmo limpar a sujeira! –
- Não... – comentou Sesshoumaru – isso é muito pouco... Talvez, fazê-lo limpar coisas por um bom tempo, que tal rebaixá-lo para faxineiro?! – perguntou sarcástico. Inuyasha começou a rir compulsivamente, enquanto Naraku ficava vermelho de nervoso, Sesshoumaru se virou para ele perguntou com naturalidade – o que acha, Naraku?
- Maldito! Vai me pagar por isso! Isso não vai ficar assim! Eu não vou ser um faxineiro, vocês se arrependerão por isso! – ele gritou enquanto Inuyasha, Sesshoumaru e Miroku retornavam para o castelo, eles não ligaram para as ameaças, o homem estava só nervoso. Depois de terem uma distancia considerável caíram na gargalhada. Naraku pagaria pelo que fez!
o.o.o.o.o.Fim do Flash back.o.o.o.o.o
Recordar-se daquele dia um tanto estranho o fez sentir vontade de rir, mas o momento não era muito apropriado para rir, pois, talvez por causa daquele acontecimento a batalha que ocorrera há alguns dias atrás tivesse sido perdida. Incrível o que um sentimento de vingança podia fazer. Naraku era o único que Inuyasha acreditava poder ter feito aquilo. Decidiu falar com Sesshoumaru quando ele acordasse. Naraku não aparecia no castelo há alguns dias o que só aumentava mais as chances de ele ser o traidor.
Começou a ouvir passos e supôs que finalmente alguém havia acordado naquele castelo, decidiu descobrir quem era, seguiu pelos corredores, apressado, sobre os longos tapetes expostos no chão, logo descobrira que quem acordara era Sesshoumaru, ele andava de um lado para o outro, ergueu a cabeça ao perceber que Inuyasha estava se aproximando. Ele havia chegado em uma ótima hora, queria mesmo conversar com o irmão, o ataque que tivera na reunião não o permitira dormir, ficou se atormentando a noite inteira, imaginado quem era o traidor.
- Inuyasha, precisamos conversar! – ele avisou e Inuyasha suspirou se aproximando lentamente.
- Sim, precisamos... – concordou, o que fez com que Sesshoumaru erguesse uma sobrancelha de forma interrogativa – eu acho que sei quem nos traiu... – comentou Inuyasha. Sesshoumaru arregalou os olhos e o puxou para dentro do próprio quarto de forma apresada e para Inuyasha um pouco paranóica, o irmão não costumava a agir assim. Talvez os problemas o tivessem afetado de uma forma engraçada – O-o que houve? – perguntou Inuyasha preocupado.
- Eles podem estar nos ouvindo... – Sesshoumaru respondeu em um sussurro.
- Eles quem? – Inuyasha perguntou interessado, não havia visto e nem ouvido ninguém, todos provavelmente estavam dormindo. Será que Sesshoumaru percebera a presença de alguém? Mas então por que ele não conseguia sentir?
- Não seja idiota Inuyasha, eles estão em todos os lugares, sempre nos observando! – ralhou o youkai.
- Você está se sentindo bem? – Inuyasha perguntou preocupado com a sanidade do irmão, ele não estava falando coisa com coisa – todos ainda estão dormindo...
- Inuyasha, eu estou sendo precavido, você também deveria ser, depois dessa traição, deve haver espiões por toda parte! Querem saber o que estamos tramando e qual será nosso próximo passo. Não é muito confiável conversarmos na presença de alguém – respondeu Sesshoumaru recobrando o tom de voz calmo. Inuyasha suspirou, se enchera de esperanças do irmão está com os parafusos soltos, mas errara feio, ele só estava sendo cauteloso. Devia ter imaginado, Sesshoumaru não ficaria louco por causa de meros problemas.
- Humf... Certo... Espiões... – comentou Inuyasha desanimado em meio a breves suspiros. Se bem que ele tinha razão, poderia mesmo ter espiões no castelo, ele não tinha pensado nisso antes, agora com certeza ele teria de tomar mais cuidado ao falar com alguém, as únicas pessoas em que tinha total confiança naquele castelo eram Sesshoumaru, Miroku e seus guerreiros. (olha em quem ele confia... ")
- Isso não importa agora... – cortou Sesshoumaru, sentando-se na beira de sua cama e observando Inuyasha sentar-se em uma cadeira próxima, olhou ao redor se certificando de que era seguro falar – você disse que sabia quem era o traidor... – comentou calmo. Inuyasha respirou fundo e tornou a falar, no mesmo tom de voz do irmão:
- Acho que foi Naraku que nos traiu... –
- Como? Naraku? Por que acha isso? Quero dizer, sei que você não gosta dele, mas... – comentou Sesshoumaru curioso, não que duvidasse que Naraku seria capaz de fazer isso, muito pelo contrario, mas ele precisava saber o que tinha levado o irmão a achar aquilo. Porque do jeito que Inuyasha era, não duvidava nada que ele acusasse Naraku apenas por se odiarem.
- Ora Ssshoumaru, pense bem! – exclamou Inuyasha se erguendo subitamente da cadeira e começando a andar de um lado para o outro – aquele canalha não é confiável! E se você não se lembra ele ainda está bravo por termos rebaixado-o! Outro dia mesmo ele veio reclamar comigo por causa disso!
- Inuyasha, o homem só está nervoso, seja compreensível... – pediu Sesshoumaru com calma, observando o irmão andando de um lado para o outro.
- Nervoso! Sesshoumar, aquele maldito não aparece no castelo há dias! Obviamente está enfiado no castelo do Norte! – exclamou Inuyasha exaltado, se acalmou um pouco e tornou a falar – olha, ele é a única pessoa que acho que poderia ter feito isso, claro que concordo que haja espiões pelo castelo, mas acho que o único com mais ódio e sede de vingança aqui é ele! – completou Inuyasha, Sesshoumaru permaneceu um tempo calado considerando a idéia. Sabia que Naraku com certeza não sentia simpatia pelos príncipes depois do ocorrido.
- É, você pode estar certo irmãozinho... – ponderou Sesshoumaru – mas como faremos para provar isso, e descobrir os espiões, porque continuando assim, teremos problemas nessa guerra...
- Talvez, em vez de chamarmos todos os participantes da assembléia real, durante as reuniões, devêssemos chamar apenas os lideres das áreas nas quais pretendemos conversar, seria mais seguro... – comentou Inuyasha pensativo, voltando a se sentar na cadeira. Sesshoumaru concordou com um balançar de cabeça – não devemos espalhar por ai, que atacaremos o reino Norte, seria muito arriscado e tudo poderia falhar novamente... E por falar em espiões, onde estão os malditos que você mandou ao reino Norte? Eles já deveriam ter retornado... – resmungou Inuyasha.
- Eles devem estar com problemas lá... Talvez não estejam se arriscando a sair, afinal, após aquela batalha o rei do Norte deve estar pondo em ordem seus empregados e revistando a floresta, se eles forem pegos atravessando a fronteira terão muitos problemas... – respondeu Sesshoumaru.
- Feh! -
- Acho que devemos falar com Miroku sobre isso... – comentou Sesshoumaru olhando para o irmão a sua frente – talvez ele tenha alguma idéia... Acha que... Ele já está acordado? – Sesshoumaru perguntou para o irmão de forma pensativa. Inuyasha se levantou e foi na direção da porta.
- Se não estiver... Vou acordá-lo! – e logo em seguida saiu, Sesshoumaru apenas balançou a cabeça negativamente, pobre Miroku, começaria o dia muito mal. Ficou um tempo pensando nas palavras de Inuyasha para depois considerar as opções.
o.o.o.o
Inuyasha seguia apressado pelos corredores do castelo, desceu algumas escadas, e finalmente chegou na porta do quarto do conselheiro. Não ouviu nenhum barulho, abriu a porta lentamente, provocando um pequeno rangido, ao adentrar no aposento notou que a luz estava apagada e as cortinas fechadas, o quarto estava às penumbras, caminhou lentamente até a cama e percebeu que Miroku estava dormindo todo embolado nas colchas. Um sorriso maroto surgiu em seus lábios.
- CUIDADO! O JAKOTSU! – Inuyasha gritou subitamente, quebrando o silêncio no cômodo. Miroku pulou assustado da cama e saiu correndo.
- ONDE?! ONDE?! – gritava enquanto corria pelo cômodo escuro, bateu em uma cadeira por não enxergar e trombou com o armário, começou a ouvir risos e rapidamente acendeu a luz, para ver Inuyasha aos risos – Há, há, Inuyasha, muito engraçado... – disse nervoso voltando para se sentar na cama, para se acalmar – afinal, o que está fazendo aqui? Duvido muito que tenha vindo apenas para rir de mim enquanto tenho um ataque do coração... Sabe muito bem o que passo com Jakotsu, e que isso não é nada agradável... – reclamou Miroku. Inuyasha tentou se recompor, mas isso estava se tornando algo totalmente impossível, ainda conseguia ver o conselheiro de cabelos embolados e em pé, correndo pelo quarto feito um doido, desesperado, e balançando os braços freneticamente. Miroku apenas suspirou diante das tentativas frustradas do príncipe.
- Miroku... – começou tentando se manter sério, mas o riso parecia querer irromper dos seus lábios, parou, subitamente ficou sério ao se lembrar do assunto, pigarreou e tornou a falar – eu e Sesshoumaru precisamos conversar com você, nós achamos que sabemos quem é o maldito traidor... – Miroku recobrou a compostura, curioso – Faça o seguinte, se arrume e nos encontre na sala de reuniões... – Inuyasha completou e seguiu na direção da porta, saindo logo em seguida.
Miroku ficou um tempo olhando para a porta, se levantou com um suspiro, já havia perdido o sono. Começou a se trocar, estava bem curioso para saber sobre a conversa que teria com os príncipes.
o.o.o.o
Inuyasha saiu do quarto de Miroku e permitiu que os risos escapassem, enquanto seguia na direção do quarto do irmão. Subiu a escada e seguiu pelo longo corredor cheio de quadros. Parou na frente da porta de madeira, achou melhor bater, afinal, o irmão sempre se irritava quando não batia. Pensando melhor, preferia contrariá-lo, porém, quando ia entrar a voz de Sesshoumaru soou séria:
- Inuyasha, por que está parado na frente da porta? – Inuyasha suspirou e abriu a porta, frustrado – falou com Miroku? Ele estava acordado? – perguntou erguendo uma sobrancelha, imaginado se Inuyasha tinha mesmo falado sério em acordar o conselheiro.
- Sim, falei com ele... Disse que era para se arrumar e nos encontrar na sala de reuniões, para conversarmos... – Inuyasha respondeu, ignorando a última pergunta de Sesshoumaru, não acha necessário contar ao irmão. Sesshoumaru suspirou frustrado e se levantou da cama onde estava sentado, seguiu na direção da porta, Inuyasha rapidamente se levantou e foi atrás do irmão.
Ambos seguiram para a sala de reuniões onde esperariam por Miroku. Ao chegarem na mesma, só se encontrava o jovem escrivão. Era impressionante sempre que ele ia a sala de reuniões o escrivão estava lá. Será que ele passava a noite lá? Sesshoumaru lançou-lhe um olhar ameaçador, e Houjo se encolheu na cadeira, Inuyasha olhou para ambos, confuso, o que será que tinha acontecido? Achou melhor não falar nada.
- S-senhor... – cumprimentou Houjo um pouco trêmulo, fazendo uma exagerada vênia. Sesshoumaru suspirou, como aquele escrivão era patético, Inuyasha se sentou em uma cadeira qualquer disposto a assistir a cena.
- Dá o fora... – falou Sesshoumaru de forma fria e calma. O escrivão tremeu da cabeça aos pés, murmurando "Me desculpe". Correu até Sesshoumaru e lhe segurou às vestes, Sesshoumaru ficou olhando para o jovem tão sério que ele subitamente largou sua roupa.
- M-m-me desculpe, Alteza... – gaguejou Houjo se afastando lentamente. Sesshoumaru continuou fitando o jovem assim como Inuyasha o observava de forma divertida. Houjo foi se afastando cada vez mais rápido, quando percebeu que a porta estava atrás de si, se virou subitamente e saiu correndo desesperado quase trombando com Miroku na saída. Miroku ficou olhando espantado por onde o escrivão havia corrido.
- Nossa... O que aconteceu? – perguntou Miroku surpreso, Sesshoumaru se virou para Miroku e Inuyasha se levantou.
- Nada... – respondeu Sesshoumaru frio e seguiu na direção da mesa de reuniões, onde se sentou confortavelmente, Inuyasha suspirou e se sentou novamente, Miroku se aproximou de ambos, percebendo que a sala estava vazia. Sesshoumaru fez um breve gesto pedindo que se sentasse.
- Sobre o que querem falar comigo? – perguntou Miroku curioso.
- Como já lhe disse Miroku, nós achamos que sabemos quem é o traidor, e estamos também achando que há espiões no castelo... – comentou Inuyasha, Miroku se sentou. Era até muito obvio que houvesse espiões no castelo, eles estavam em guerra, o reino do Norte deveria estar tentando descobrir o que fariam a qualquer custo, assim como eles possuíam seus próprios espiões infiltrados no castelo do Norte.
- Vocês já tomaram providências para não haver espiões nas reuniões? – indagou Miroku. Sesshoumaru suspirou pesadamente.
- Seria muito difícil descobrirmos todos os espiões aqui, Miroku. Tem muita gente no castelo... Os espiões podem estar entre os empregados assim como entre nossos chefes de defesa... – comentou Sesshoumaru.
- Então...? –
- Nós achamos melhor, nas horas das reuniões, fazê-las somente com as pessoas que trabalham na área, não colocar os assistentes sociais numa reunião onde falaremos de um ataque, e quando estivermos planejando um ataque tem de ser algo muito sigiloso... Afinal a surpresa é o que pode virar a balança, e conceder a vitória a um dos reinos, claro que a força dos exércitos também ajuda, entretanto, se não estiverem preparados... Não há exército que vença... – respondeu Inuyasha, mexendo em uns papeis que estavam sobre a mesa. Miroku considerou a opção, entretanto havia um problema.
- Mas e se os espiões estiverem entre os seus chefes de armamento, ou qualquer coisa do tipo? – perguntou Miroku, essa era uma questão muito polêmica, e a solução estava ficando um pouco restrita. Sesshoumaru e Inuyasha permaneceram um tempo, calados, pensando em algo, mas nenhuma solução vinha.
- Bom... – começou Sesshoumaru – nós teremos de arriscar a sorte... E se houver um chefe de armamento que não seja da nossa confiança colocaremos um no lugar que seja... – Miroku e Inuyasha suspiraram e concordaram, era a única solução – sugiro que façamos uma verificação nos diversos postos de trabalhos, no exército, nos empregados do castelo, entre outros... – ponderou Sesshoumaru.
- Sim, é uma boa idéia... – comentou Miroku - e quanto ao traidor...? – o conselheiro perguntou, quebrando o silêncio que pairou após sua resposta. Inuyasha e Sesshoumaru explicaram o porquê de acharem que Naraku era o traidor, Miroku também concordou, ninguém tinha total confiança em Naraku, ele tinha muitos motivos para traí-los. Eles continuaram a conversar sobre várias coisas e tentaram achar soluções para os problemas que surgiam a cada comentário ou possibilidade.
o.o.o.o
Ela havia acordado cedo naquela manhã, durante a noite tinha conseguido ficar em uma hospedaria local. Não era grande coisa, mas dera para passar uma noite agradável.
Levantou-se sonolenta e logo se arrumou, precisava procurar um emprego, e acertar sua vida. Desceu e dispensou o café da manhã, não sentia fome, talvez se sentisse sozinha, porque mesmo morando no Norte, como sacerdotisa, ao menos tinha sua velha tia para fazer-lhe companhia, e agora não tinha ninguém. Foi nesse momento que parou para pensar pela primeira vez, desde que fugira do Norte, o que seria de sua tia? Ela não tinha mais ninguém, e estava velha demais para trabalhar. Kagome suspirou tristemente, será que Kaede pensaria que ela tinha morrido durante a batalha, assim como milhares de outras pessoas haviam morrido? Será que Kaede ao menos ainda estava viva depois daquela batalha?
Balançou a cabeça, era melhor parar de pensar nessas coisas, estava ficando cada vez mais angustiada. Realmente a vida estava sendo dura demais com ela, será ela tinha feito alguma coisa assim tão grave para merecer passar pelo o que estava passando?
Ela acabou sendo desperta de seus devaneios, dúvidas e aflições, por um grito agudo, parecia de uma criança, ela apertou o arco, que carregava, com força e correu na direção dos gritos. Acabou entrando em uma parte mais fechada da mata, onde os trocos e galhos das árvores foram ficam mais grossos e maiores, as copas esverdeadas foram fechando, com suas grossas folhas, a luz do sol, que estava alto no céu. Logo o local já estava mais escuro e o ar mais úmido, a relva era macia e verdejante, parecia molhada, com se tivesse chovido há pouco tempo, podia ouvir claramente o barulho da água.
Por um tempo não escutara mais nenhum grito, e pensou ter sido sua imaginação ou será que havia ido para o lugar errado? Estava se virando para ir embora quando tornou a escutar, muito mais alto do que as outras vezes, certamente estaria mais perto agora. Correu e finalmente avistou o causador dos gritos.
Havia um enorme youkai, talvez urso, ela não conseguiu identificar, mas ele era muito peludo, possuía grandes garras e olhos pequenos do tamanho de bolas de gude, vermelhos. Ele segurava um pequeno youkai raposa pelo rabo felpudo, parou de apenas observar e pegou seu arco e flecha, mirou no youkai e soltou a flecha. A flecha cruzou a distância entre ambos, com um brilho intenso e rosado, atingindo o youkai em cheio, no coração, este largou a criança, que correu para longe dele, e caiu duro no chão, sendo pulverizado a cada minuto.
Kagome baixou o arco e olhou ao redor procurando pelo pequeno youkai. Pode apenas ver o seu rabo enfiado no meio das plantas, suspirou e caminhou até ele.
- Ei...! – ela chamou o cutucando no rabo.
- AHHH! – o pequeno youkai se virou subitamente, assustado. Ao perceber que não era o youkai e sim a jovem que o salvara, ele se acalmou um pouco e suspirou pesadamente – obrigado por me ajudar... – completou olhando para jovem a sua frente.
- Tudo bem... – Kagome respondeu suavemente para não assustá-lo. Ele saiu do meio das plantas e começou a limpar as vestes sujas de terra, ele era bem menor que ela, tinha os cabelos ruivos presos, e possuía belos olhos verdes – o que você está fazendo no meio dessa floresta? – Kagome perguntou interessada, aquela floresta lhe dava calafrios porque era isolada, e ela não vira ninguém por ali, e principalmente, porque não conhecia o lugar.
- Ah, eu estava andando por ai... Ai aquele idiota veio atrás de mim... – comentou como se aquilo fosse natural. Kagome ergueu uma sobrancelha – e você? O que está fazendo nessa floresta? – ele perguntou surpreendendo-a, pois estava pensativa.
- Am? Eu... Eu estava na vila quando ouvi seus gritos, vim ver o que estava acontecendo... –
- Ah... – comentou – você não é daqui, é? – ela se virou para fitá-lo, curiosa, como ele sabia? Ainda não havia mencionado.
- C-como sabe? –
- É que eu nunca te vi por aqui... – ele respondeu sem dar muita importância enquanto terminava de tirar as mínimas e quase invisíveis folhas da roupa.
- Ah... – Kagome suspirou aliviada – bom, eu sou Kagome... – a jovem se apresentou, o pequeno youkai ergueu o olhar e comentou com um sorriso:
- Eu sou Shippou... – Kagome retribuiu o sorriso e se levantou, ainda precisava procurar um emprego, ou algo do tipo para seguir com a vida - então de onde você veio? – Shippou perguntou animadamente, seguindo-a. Há muito tempo não conversava com alguém e estava gostando de ter uma companhia.
- Do norte... – Kagome suspirou ao se lembrar. Ainda doía pensar naquilo, a ferida era recente, parecia tornar a sangrar, mas não importava o quanto sangrasse não ia mais se importar, esqueceria tudo.
- NORTE?! – Shippou exclamou surpreso. Isso chamou a atenção de Kagome, se virou para ele confusa. Droga, será que aquele reino também tinha problemas com o Norte? Mas, ela não se lembrava de ter algum outro reino, a não ser o Oeste, que estivesse querendo batalhar. Se bem que os reinos que não pertenciam ao Norte não estavam muito contentes com as mudanças econômicas que eles estavam tentando impor.
- Algum problema? – ela perguntou sem ao menos se virar para ele, ele parou por um tempo, para depois retornar a andar, para alcançá-la.
- Não, problema nenhum eu acho, é que me contaram que houve um ataque lá... Do reino Oeste... – comentou Shippou ainda surpreso, Kagome suspirou pesadamente, como as notícias corriam rápidas. Parecia que todo mundo já estava sabendo – é verdade? – perguntou Shippou interessado.
- Sim... – Kagome sussurrou, mas Shippou escutara muito bem. A jovem se sentia amargurada, não sentira vontade de chorar, somente uma imensa tristeza, por mais que lutasse, talvez, ela jamais conseguisse se livrar desse sentimento tão recíproco.
- Então...? Você veio para cá por causa dessa batalha? – Shippou indagou curioso, olhando para a jovem a sua frente. Ela parou por um momento, baixou a cabeça e depois respondeu em um tom de voz suave:
- De certa forma... –
- Am? Como assim? – ele perguntou erguendo uma sobrancelha. Se não fora por causa da batalha, por que tinha ido embora? Uma suave brisa passou por entre eles fazendo o cabelo da jovem esvoaçar, acompanhando o ritmo da brisa matinal.
- Shippou, não sei se devo te contar... – Kagome comentou.
- Não se preocupe, eu prometo não contar a ninguém... – falou Shippou ao seu lado, Kagome sorriu, considerou a opção de contar-lhe, suspirou não tinha porquê não lhe contar, afinal, ela já estava longe do reino Norte não teria problema.
- Eu tive alguns problemas... E... No dia que aconteceu essa batalha acabei traindo o meu reino... – Kagome comentou com um sorriso amargurado no rosto. Shippou arregalou os olhos e Kagome apenas abaixou a cabeça.
- Mas, o que você fez? Eles descobriram e te expulsaram do reino? – Shippou perguntava do lado da sacerdotisa.
- Eu salvei o príncipe do Oeste... E não, eles não descobriram, eu que fugi... – Kagome se sentiu um pouco melhor após desabafar, sabia que estava guardando tudo para si mesma, remoendo a tristeza e toda a dor que lhe causara aqueles acontecimentos recentes, e sabia muito bem que aquilo estava lhe fazendo muito mal. Ela olhou para o pequeno Shippou ao seu lado, algo lhe dizia que podia confiar nele, mas ela não queria acreditar, não queria confiar em mais ninguém, não queria ser traída novamente.
Ela e Shippou continuaram seguindo na direção do vilarejo, ao menos agora tinha com quem conversar, e não ficaria sozinha. Parecia que finalmente a vida estava sendo um pouco mais gentil com ela.
o.o.o.o
Finalmente a tarde havia chegado, o sol estava meio escondido atrás das nuvens escuras no céu, mas não parecia que choveria tão logo. Inuyasha, Sesshoumaru e Miroku decidiram fazer logo a verificação do posicionamento dos soldados e dos empregados. Hytone havia colocado todos os soldados em posição, para que eles pudessem verificar melhor. Sesshoumaru passava por entre os soldados dizendo a Miroku diversas coisas, este anotava em uma caderneta que carregava, e Hytone seguia logo atrás apenas observando e respondendo as perguntas que Sesshoumaru fazia.
Inuyasha estava um pouco mais acima, sentado sobre a relva esverdeada da pequena depressão que sucedia o campo de treinamento, o vento daquela tarde soprava gélido, o que também indicava que, talvez durante a noite choveria. Inuyasha estava somente observando, não estava com paciência para verificar todos aqueles soldados. O exército era muito grande e só de assistir ficava com preguiça.
Começou a ouvir passos atrás de si, virou-se e viu Jakotsu parado. Arregalou os olhos surpreso e já estava prestes a levantar-se quando percebeu que o olhar do mensageiro não estava sobre si e sim muito à frente, seguiu e pode ver o que ele encarava, era Miroku. Subitamente ouviu um grito feminino, muito familiar:
- PERVERTIDO! – e logo em seguida o também familiar som de tapa ecoou. Inuyasha fechou os olhos, nervoso e se levantou descendo o morro, quando algo superveloz passou a sua frente como um borrão de cores. Parou por um momento e quando viu, Jakotsu já estava do lado de Miroku com uma cara nada amigável e encarava Sango.
Miroku se assustou ao ver o mensageiro ao seu lado, já tinha um certo trauma, e sempre que via Jakotsu seu coração acelerava e ele sabia muito bem que nada de bom poderia sair de um encontro com o mensageiro. Miroku correu para trás de Sango para se proteger, contudo a jovem o empurrou, nervosa.
- LARGUE ELE SUA BRUXA! ELE É MEU! – gritou Jakotsu pulando nas costas de Miroku, Sango fechou a cara nervosa, aquele ser que nem homem era estava a desafiando? Ah, não ficaria assim, principalmente por tê-la chamado de bruxa!
- Ora, seu...! – Sango resmungou fechando a cara. A guerreira foi se aproximando, seus olhos fuzilavam Jakotsu e este por um momento pensou em recuar, entretanto se lembrou do que estava fazendo e fez uma cara brava e desafiadora, que apesar de tudo não intimidou nem um pouco Sango que continuou a se aproximar lentamente.
Inuyasha, Sesshoumaru e Hytone pararam o que faziam apenas para observar a gozada cena que acontecia. Não era todo dia que Jakotsu tinha uma rival no amor de um de seus admirados. Inuyasha não fez questão de apartá-los, pois se o fizesse tinha a grande possibilidade de Jakotsu, finalmente, notá-lo.
- Olha aqui seu... – Sango começou, mas parou, o que ele era mesmo? Isso não importava, aquele "ser" não ganharia dela! – EU NÃO SOU BRUXA! E VOCÊ VAI PAGAR PELO QUE DISSE! – Sango gritou e correu na direção do mensageiro que arregalou os olhos surpresos, soltou Miroku e entrou na frente do mesmo, Miroku fez cara de bobo, não adiantava tentar compreender a situação porque não conseguia raciocinar. Sango estava mesmo brigando com Jakotsu por sua causa? Oh, aquilo só podia ser um sonho. Se realmente fosse não queria acordar tão cedo.
- VOCÊ NÃO VAI TOCAR NO MEU MIROKU!! – gritou Jakotsu correndo na direção da jovem para defender a SUA "propriedade". (XD) Sango desviou do mensageiro com muita habilidade, e rapidamente segurou-o pelos cabelos – Me solte sua bruxa! – choramingou o mensageiro, a jovem sorriu e puxou com mais força os cabelos negros de Jakotsu – Solte-me! Solte-me! Sua bruxa invejosa! O seu cabelo não é tão bonito como o meu e você quer é destruir o meu! – Sango fechou os punhos com força, tentando se conter, entretanto aquele mensageiro passara dos limites. Ela bufou nervosa, soltou os cabelos de Jakotsu e se virou se distanciando. O mensageiro suspirou aliviado – que bom que admite!!!
Sango parou subitamente e se virou, fuzilando o mensageiro com o olhar, praticamente soltando fogo, Jakotsu engoliu em seco, sabia que passara do limite e que a jovem não teria piedade. Miroku naquele momento desejou não estar na pele de Jakotsu. Sango foi se aproximando lentamente do mensageiro que se arrastou para trás colidindo com Inuyasha. Sorriu e se levantou subitamente entrando atrás do príncipe.
- Proteja-me Inu-chan!!! – pediu agarrado às veste do príncipe. Inuyasha arregalou os olhos, por que tinha que sobrar para ele? Empurrou o mensageiro, para fazê-lo se soltar, porém ele parecia grudado, engoliu em seco ao ver Sango a sua frente, ela parecia disposta a passar por cima de qualquer um que se opusesse.
- Solte ele Inuyasha! – Sango falou de forma ameaçadora.
- Espera Sango! – Inuyasha falou ainda tentando fazer Jakotsu se soltar, Sesshoumaru suspirou entediado, Inuyasha se virou para o irmão – Jakotsu! Olhe o Sesshoumaru! Ele não está... Hm... Diferente hoje? – Jakotsu desviou sua atenção para Sesshoumaru considerando as palavras de Inuyasha – Então... Vai... – dizia Inuyasha empurrando o mensageiro – lá!!! – finalmente conseguira se soltar e Jakotsu correu até Sesshoumaru procurando proteção, mas quando estava diante do mesmo, o príncipe o olhou com tamanha indiferença que ele decidiu recuar, conformado. Percebendo que estava desprotegido tratou de correr para o castelo onde encontraria a devida proteção nos braços de um dos empregados, Sango saiu correndo atrás do mensageiro desejando fazê-lo engolir o que tinha dito, o que provocou um suspiro geral dos que presenciavam a cena.
Inuyasha desviou sua atenção, da jovem que corria pelos campos do castelo segurando seu grande bumerangue, para olhar adiante onde uma carruagem seguia pela estrada de terra na direção do castelo. Quem será que era? Não conseguia reconhecer a carruagem, provavelmente era um viajante. Ele se virou para Sesshoumaru e perguntou:
- Está esperando visitas, Sesshoumaru? –
- Am? – Sesshoumaru se virou para o irmão para entender do que ele estava falando, Inuyasha apenas apontou a carruagem. O príncipe sorriu, Inuyasha o olhou intrigado, e somente escutou um sussurro – Finalmente... –
- Como? – Inuyasha perguntou curioso, entretanto Sesshoumaru não estava mais lá, quando olhou para frente viu que ele já estava nas portas do castelo esperando pela carruagem. Bufou e começou a seguir na direção do castelo a fim de descobrir quem vinha chegando.
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ALOHA!
Finalmente as férias! Vou poder ter um tempo de sossego e logicamente escrever mais! (eu passei direto! Estou tão emocionada! Y.Y) Espero que esse capítulo tenha agradado a todos! Ficou um tanto grande... Maior que os de costume, mas como prometi, estou escrevendo mais... O capítulo teve muitas cenas cômicas para a história não ficar muito, digamos, séria... E também para dar uma descontraída.
Ah sim, gostaria também de avisa-los que provavelmente viajarei nos dias 27 ou 28 de dezembro, lembre-se TALVEZ, não está confirmado ainda, durante os dias que passarei fora, infelizmente não poderei escrever, mas prometo que assim que retornar escreverei com urgência!
Bom, muita gente está m perguntando sobre a Rin, e quando ela vai aparecer, mas eu estou esperando um pouco, ainda não é o momento certo, e enquanto não a coloco na fic posso planejar calmamente o que farei com ela.
Acho que não tenho mais nada a dizer... Vamos as reviews! Ah sim! Queria agradecer a Vi por ser a review numero 100! Valeu miga!
Tici-chan: Olá! Obrigada por comentar! Que bom que esteja gostando da fic! Olha, não posso dizer que a Kikyou não irá aprontar, porque ela vai, então... °sorriso amarelo° Você está certa, nada de bom vai sair com ela na fic XD Mil beijos!
CaHh Kinomoto: Olá CaHh!! Não se preocupe, não tem problema por demorar a mandar uma review, o que importa é que mandou! E eu fico feliz por isso! E eu acho que você está assistindo muito Dexter! �" Fica rindo por ai que nem o Mandark. É verdade no capítulo passado Inu estava muito deprê. Você sabe como o Jakotsu é grudado com o Inu, acho que o Inu se sentiu desvalorizado quando o Jakotsu não estava olhando para ele e sim pro Miroku XD E num é? Essas reuniões são o momento para o Jakotsu atacar �" Ou o Sesshy ter um ataque XD °risada maléfica do Naraku° não adianta pedir e nem chorar Baby, minha mente maléfica já tramou muita maldade para a Kikyou! (mentira! Você ainda não pensou em nada! �") Certo, certo CaHh, você se safou legal dessa vez, vou fingir que não houve nada com o meu peixe... �" Obrigada pela review, e saiba que eu ADORO reviews enormes XD (notou o tamanho da resposta, né? XD) Beijocas miga!
Gy-chan: Olá mana!!! Obrigada por comentar! o/ °Nayome se esconde° calma Gy, sempre tem um jeito de arrumar as coisas, olha, eu separei os dois, mas logo eles vão estar juntos de novo! Deixa só a Kagome se recuperar da traição e perceber o que sente por ele... Ela precisa por a mente em ordem... Pode deixar mana °Nayome fazendo pose de heroína e cima do sofá° eu não deixarei a Kikyou e o Inu juntos! De jeito nenhum! Olha, Sesshy/Rin não é o meu casal favorito, mas eu vou tentar fazer pelos leitores, só não garanto que sairá bom " Resbunda?! Ressilicone?! XD De onde tirou essas palavras mana? Interessante! XD Também te adoro mana!! Mil beijinhos!
Lily: Olá Lily!!! Obrigada por revisar esse capítulo! O/ ficou dez! Então quer dizer que a "revisadora maluca" vai comentar? o/ E vai voltar a escrever! Nossa que felicidade! Vou aproveitar para reler suas fics, eu me esqueci com todo esse tempo que você demorou! Estou ansiosa! Espero que esse capítulo tenha te agradado miga!! Te adoro! Mil beijocas!
Kyotsu: Oiee!! Que bom que tenha gostado do capítulo anterior! Fico muito feliz! Ou, quem disse que a Kikyou veio para ficar no lugar da Kagome? O.o você devia saber que eu também não gosto dela �" Bom espero que tenha gostado desse capítulo! Também estou morrendo de saudades! Mil beijos! Beijocas! E beijinhos!
Euzinho: Olá! Por pouco você não foi a review número 100 ' Nossa, que bom que esteja gostando da fic! Fico muito feliz! Muito obrigada por comentar! Beijos!
Vi: Olá miga! Por que a senhorita está desaparecida? Eu to com saudades!!! Parabéns você é a número 100! Obrigada por comentar! Espero que tenha gostado desse capítulo também!! o/ Mil beijinhos!
Ayame Yukane: Olá! Tudo bem?! Comigo sim o/ Nossa, fico muito feliz em saber que goste da minha fic! Isso! Não matem a escritora! °Nayome sobe no sofá, como se estivesse fazendo um discurso° Parabéns minha cara, você percebeu que se me matarem a Kikyou não morre e nem se dá mal! XD Me desculpe, estou um pouco animada hoje XD Bom, obrigada por comentar! Mil beijos!
Hell's Angel-Heaven's Demon Olá miguxa!! Nossa, eu adorei a sua teoria de todo amor ser a primeira vista! Muito lindo! E eu concordo, viu? . Bom, os sentimentos do Inu são confusos porque apesar de admitir que ele a ama, ele não quer aceitar. Acho que só quando ele aceita-los ele se compreenderá melhor. Bom, a Kagome não está mais sozinha, eu também vi que estava sendo dura demais com a Kagome e decide colocar alguém para ficar com ela e anima-la e foi uma boa oportunidade para o Shippou aparecer. Quanto o meu outro fic, eu ainda estou considerando a opção de postar, mas acho que não postarei, ou então darei um tempo, é que Guerra de Sentimentos está me dando mais trabalho do que eu imaginava �" Muito obrigada por comentar miga! Mil beijocas!
Dessa-chan: Olá miga! Pois é o Jakotsu não bate bem, adorei faze-lo irritar a Sango-chan! XD Obrigada por ter comentado, fico feliz que esteja gostando da fic! E não se preocupe, não pretendo fazer a Kikyou atrapalhar o Inu e Kagome, assim, só no começo, mas depois quando a Kagome voltar a Kikyou não têm chance XD Beijocas!
Honeysuckle: Olá! Obrigada por comentar mais uma vez! Fico muito feliz em saber que você gosta da minha fic! Espero que o capítulo 09 não tenha demorado demais e tenha te agradado igualmente! Pois é, a Kikyou apareceu e todos os meus leitores estão reclamando por causa disso XD Obrigada pelos elogios! Olha, quanto o Sesshy serei bem sincera com você, ele não é o meu personagem favorito, e essa será a primeira fic que o farei ele com um casal, eu farei isso pelos leitores que estão pedindo, não garanto que ficará muito bom, mas prometo tentar, a Raven, minha miga, me deu algumas idéias e acho que vai funcionar! o/ Bom, como não tenho preferência com o casal, eu decidi perguntar aos leitores quem eles preferiam, e a maioria prefere a Rin... Por isso farei com ela, espero que entenda. Mil beijos!
Inumaníaca: Olá! Pois é, eu sempre paro na melhor parte, é para deixar os leitores curiosos! XD Adoro fazer isso! Hm, matar a Kikyou? Essa é uma proposta muito tentadora! Mas, eu não pretendo matar a Kikyou nessa fic... É que estou ameaçada de morte se eu fizer isso com ela �" Pretendo faze-la se conformar " Desculpe XD Beijinhos!
Mari Felton Malfoy: Olá miga! Obrigada por comentar! Fico muito feliz! Pois é, Kagome foi largada para as traças XD Amei XD ah, é bom mesmo que agüente a presença da Kikyou porque ela vai aparecer, digamos, bastante, nos próximos capítulos " Beijocas mari!
Otaku-IY: Olá!!! o/ Certo, certo, vou tentar não colocar a Kikyou "muito" entre eles! E eu também tenho o clip da música Iris é muito bonita! Beijos!
Finalmente terminei esse capítulo! Espero que tenha agradado a todo mundo! Bom, então nos vemos no próximo capítulo!
Mil beijos!
Nayome Isuy
