Guerra de Sentimentos

Por: Nayome Isuy

Capítulo 11 – Tensão

Inuyasha caminhava, distraído, pelos extensos corredores, começou a ouvir passos próximos a si, e, após caminhar um pouco mais pode ver Kikyou se aproximar calmamente. Ela não parecia muito alegre, estava como no dia anterior, séria. Inuyasha respirou fundo e se aproximou forçando uma postura de arrogante e poderoso diante da jovem, mas ela não demonstrara e nem recuara diante de tal farsa, ficou a fit�-lo por um momento, como se esperasse que ele parasse com suas constantes infantilidades.

-Se não percebeu eu quero ter uma conversa séria com você... – Comentou em meio a um suspiro. – Mas parece que isso não é possível, está sempre arranjando um meio de fugir de mim. –

Inuyasha ficou um tempo olhando para o chão, por mais que tentasse não conseguia encara-la, não queria conversar com ela, sabia que suas perguntas o levariam a sua confusão.

-Por que minha presença o deixa tão agitado, Inuyasha? Desde ontem nós não tivemos tempo para conversar, e na hora da janta você arranjou um jeito de escapar... Minha presença é assim tão insuportável para você? – Inuyasha permanecia calado, após cada pergunta que ela fazia, ele pensava em respostas que pudessem responder por seu comportamento, mas apenas conseguiu que as mesmas perguntas o atormentasse mais, ele mesmo não sabia responder por seus atos.

-Deixe-me em paz, Kikyou. O que sinto e o que faço não lhe diz respeito. – Inuyasha respondeu grosseiramente, e seguiu seu caminho sem tornar a olha-la.

"O que você esconde, Inuyasha? Segue sempre sério e suas atitudes, às vezes, são completamente inesperadas. Por que age desta maneira?" Kikyou ficou o observando se distanciar "Inuyasha, eu vou descobrir esse seu segredo..."

o.o.o.o

Inuyasha apressou o passo, queria falar com Sesshoumaru antes que ele partisse. Estava começando a se irritar, por todos os cômodos que passava não o encontrava. Ele avistou Miroku, no hall, correndo na direção das grandes portas frontais do castelo. Decidiu o seguir, certamente estava indo receber as ultimas ordens de Sesshoumaru. Mas seu irmão já estava lá fora? Ele rosnou, havia rodado todo o castelo sendo que ele estava do lado de fora. Suspirou tentando se livrar da raiva que havia começado a domina-lo, decidiu ir de uma vez atrás do irmão. Como esperava, finalmente, o encontrou diante dos cavalos, preparando-se para partir.

-Feh! Sesshoumaru, vê se dessa vez consegue a maldita aliança... – Comentou se aproximando e cruzando os braços ao lado do irmão. Sesshoumaru lhe dirigiu um breve olhar de soslaio e tornou a fitar os empregados selando os cavalos e colocando suas poucas bagagens na carruagem.

-Ora, Inuyasha, vejo que veio se despedir do seu irmão... – Ponderou sem encara-lo. Inuyasha bufou e virou o rosto, irritado com o comentário.

-Deixe-me em paz... –

Miroku ficou, apenas, observando os irmãos com seus comentários "amistosos" de sempre. Suspirou frustrado. Eles nunca mudariam, ele não conseguia entender o porquê de eles não se darem bem. Estavam sempre nervosos e a presença do outro sempre contribuía para piorar o mau humor de ambos.

-Inuyasha, não quero saber de mais bobagens, está me entendendo! – Perguntou sério, se virando para, em fim, encara-lo. – Não quero saber que você está promovendo ataques tão despreparados como o que fez há quase duas semanas! –

-Droga Sesshoumaru, já lhe disse que a culpa não foi minha, fomos traídos! – Exclamou Inuyasha revoltado pelo irmão não acreditar e continuar sempre dizendo que tudo era sua culpa.

-Inuyasha, você deveria saber perfeitamente bem que durante uma guerra há sempre traidores, se esse seu ataque era realmente perfeito deveriam ter ganhado, você não pode contar apenas com a surpresa! – Comentou Sesshoumaru suspirando com a ingenuidade do irmão. Se não fosse ingenuidade então certamente seria burrice.

-Maldição Sesshoumaru, pare de me repreender! – Exclamou Inuyasha exaltado. – Não sou mais uma criança. -

-É, mas ainda age como uma. -

-Alteza! Alteza! Rápido! – Um jovem rapaz corria na direção do castelo, gritando, ele parecia desesperado. Inuyasha e Sesshoumaru decidiram que era melhor deixar aquela discussão para outra hora, e verem o que o jovem queria.

Quando ele, finalmente, os alcançou, parou por um momento tentando recuperar o fôlego, suas vestes estavam rasgadas e sujas de sangue e terra. Ele possuía alguns cortes por todo o corpo.

-O que houve? – Sesshoumaru perguntou preocupado, após perceber o estado do mesmo.

-Um... Ataque...! O reino Norte... Está atacando a cidade central do reino! – Inuyasha, Sesshoumaru e Miroku se surpreenderam. Por um momento ficaram sem reação, o ataque os pegara completamente desprevenidos.

-Eu sabia! – Exclamou Inuyasha. - Eles estavam muito quietos! Suspeitei desde o princípio! –

-Não é hora para isso, Inuyasha! – Sesshoumaru o repreendeu nervoso. – Rápido! Vamos mandar as tropas! Miroku! Certifique-se de que as pessoas que estão no castelo estejam em sua devida proteção! Chame os guardas! – Ordenou Sesshoumaru tentando recobrar o controle da situação que já parecia perdida.

-Sim, Alteza! – Respondeu Miroku, e saiu correndo na direção do castelo para atender as ordens do príncipe.

Sesshoumaru e Inuyasha pegaram dois cavalos que estavam selados junto à carruagem, e seguiram em um galope desesperado até o campo de treinamento. Se dessem sorte pegariam todos os soldados já arrumados no quartel, após o treinamento.

-Inuyasha, acho que teremos de abrir uma exceção e batalharmos juntos neste ataque... – Exclamou Sesshoumaru em meio aos rápidos galopes dos animais. Inuyasha se virou para o mesmo e respondeu:

-É, infelizmente... – Comentou com um sorriso sarcástico. Sesshoumaru bateu, com os pés, na lateral do cavalo, estimulando-o a se apressar mais, Inuyasha fez o mesmo acompanhando-o.

Finalmente acalcaram o campo de treinamento, os guerreiros humanos ainda faziam o treinamento ordenado por Hytone. Este se surpreendeu ao ver os dois príncipes ali. A expressão de ambos não era nem um pouco agradável, o que lhe provocou um breve tremor.

-Hytone! – Exclamou Sesshoumaru. – Prepare os exércitos imediatamente! O Norte decidiu atacar... –

-Senhor, os dois exércitos? – Perguntou Hytone surpreso. Ele conhecia os príncipes desde o falecimento do pai dos mesmos, e não se lembrava de eles terem batalhado juntos.

-Não ouviu! – Exclamou Sesshoumaru nervoso. – Eu disse os exércitos! – Repetiu novamente dando bastante ênfase as palavras.

-S-sim senhor, mas, os youkais não estão prontos, só os humanos estão aqui... –

-Então ordene que eles se preparem e depois vá atrás dos youkais! – Ordenou Sesshoumaru. Hytone assentiu e correu até os guerreiros humanos.

-Atenção! Estamos sob ataque, preparem-se imediatamente! Esperem aqui por segundas ordens! – Gritou, e saiu correndo.

-O que fazemos agora, Sesshoumaru? – Inuyasha perguntou apreensivo. - Estou certo de que os guardas da cidade não darão conta de segurarem por muito tempo o exército do Norte... – Comentou Inuyasha preocupado.

-Por mais que eu não goste da idéia, teremos de esperar... – Sesshoumaru comentou irritado e Inuyasha bufou ao seu lado, agitado. – Mas o que me deixa curioso é o fato de eles terem acabado de sofrer um ataque e já estarem novamente nos atacando. Uma semana, certamente, não é tempo suficiente para recuperar um exército inteiro... – Ponderou.

-Feh! Talvez o rei do Norte tenha, finalmente, ficado maluco. - Inuyasha desceu do cavalo, e Sesshoumaru ficou a observa-lo intrigado.

-Duvido muito que isso tenha acontecido... – Comentou sarcástico. – Ele deve ter algo em mente, a demora dos nossos espiões, essa tal traição... Eu estou realmente preocupado... –

-Feh! Bobagem! Em fim, vou atrás de um cavalo melhor, após a essa pequena corrida este aqui já está todo cansado e suado... – Comentou fazendo uma careta, pegou as rédeas do animal e deixou-o amarrado a um tronco de uma das árvores. – Peça para alguém levar esse cavalo embora... – Pediu, Sesshoumaru assentiu. Inuyasha saiu correndo na direção do estábulo para pegar sua nova montaria.

Sesshoumaru desceu do cavalo e começou a andar de um lado para o outro, a cada instante que se passava, ele sabia, provavelmente milhares de pessoas morriam nas mãos dos guerreiros do Norte. Suspirou, por enquanto suas mãos estavam atadas, e sentir-se tão imponente diante da situação lhe passava uma desagradável sensação de inutilidade.

Viu um dos servos passando pelos campos e fez sinal o chamando, o rapaz se aproximou curvando-se diante do príncipe. Sesshoumaru apenas indicou o cavalo amarrado ao tronco e o rapaz logo entendeu o que fazer, pegou as rédeas do animal e saiu puxando-o.

Sesshoumaru precisava arranjar um meio de expulsar o exército do Norte de suas terras e acabar, por fim, com aquela contínua chacina. Os minutos lhe pareciam eternos. Mal percebera quando Inuyasha retornara, montado em um garanhão negro que parecia disposto a enfrentar todos seus adversários.

-Já voltou? – Comentou distraído. Inuyasha ergueu uma sobrancelha, confuso, com a pergunto do irmão, afinal, no que estava pensando?

-Sesshoumaru, não é hora para ficar sonhando acordado! Precisamos tomar uma atitude! – Exclamou Inuyasha enraivecido.

-E o que você sugere que façamos, Inuyasha! – Sesshoumaru comentou irônico. – Pretende, simplesmente, ordenar que todos esses soldados vão ao combate! Isso é um absurdo! – Inuyasha cruzou os braços, nervoso. Sesshoumaru desviou a atenção de Inuyasha ao perceber Hytone correndo em sua direção.

-Senhor... – Fez uma vênia. – Os exércitos estão prontos, o que devemos fazer? – Sesshoumaru permaneceu um tempo parado.

-Separe um grupo de guerreiros, mande-os para o Norte, o reino deve estar desprotegido e se o atacarmos poderemos conseguir uma vantagem... Ordene que um dos homens venha aqui me informar o que acontece... – Hytone assentiu. – Quanto ao resto do exército, ordene que eles cerquem a cidade central e que matem todos os guerreiros do Norte. -

-Sim senhor! – Respondeu Hytone.

o.o.o.o

Miroku finalmente terminara de avisar todos os guardas do castelo. Estava retornando para o campo de batalha quando se lembrou de Sango, parou abruptamente em estado de choque. Será que ela sabia que o reino estava sendo atacado? Fechou os olhos e balançou a cabeça rapidamente tentando espantar as terríveis idéias que lhe viera a mente.

Sua respiração tornou-se acelerada e sem pensar direito correu na direção da floresta, por onde há horas vira a mesma correr.

o.o.o.o

Quando suas lágrimas finalmente cessaram, Sango seguiu na direção do rio, a fim de lavar seu rosto e esconder as marcas de suas lágrimas. Deixou a água gélida escorrer pelo seu rosto jovial. O sol já estava começando a se pôr e andar pela floresta a noite não era nem um pouco seguro. Pelos seus cálculos – após andar por aquela floresta durante horas – ela devia estar próxima à cidade central.

Sango suspirou e começou a caminhar, pretendia chegar antes que escurecesse. Sua caminhada durou mais alguns minutos, quando começou a ouvir vozes exaltadas e gritos desesperados, ela notou a fumaça que se entendia no céu. Surpreendeu-se e correu na direção de onde a fumaça vinha. Ela se escondeu atrás de uma das árvores na floresta e pode ver o grande massacre que se sucedia.

Os soldados do Norte matavam sem piedade, as casas eram derrubadas e queimadas. O cheiro de pólvora predominava e poluía o ar, o cheiro forte de sangue misturava-se com o mesmo, o que passava uma sensação tensa e muito desagradável.

Sango ficou parada por um tempo aturdida, não sabia se devia entrar no meio daquela batalha ou, ao menos, esperar que o exército fosse enviado, já que, talvez, naquele momento não houvesse chance de sobrevivência. Suas respiração tornou-se tremula ao sentir uma gélida lamina contra seu pescoço e braços fortes a envolverem de forma agressiva.

-Ora, ora, veja o que eu encontrei... – Uma voz rouca soou por trás de si em tom de sarcasmo. Ela permaneceu calada e, por vezes, permitia que suspiros trêmulos rompessem por seus lábios. – Acho que os soldados gostaram da sua companhia após essa batalha... –

-Sango...! Onde você est�! – Ambos ouviram os gritos vindos do meio da floresta. Sango agitou-se ao reconhecer a voz de Miroku, não queria que ele continuasse a se aproximar, não sabia do que aquele homem seria capaz de fazer, ou melhor, fazia, mas não queria pensar naquilo.

-Quer dizer que você tem amigos, não? Eu adoraria conhece-los. – O homem comentou em um tom frio, o que fez arrepios percorrerem por seu corpo.

Quando Miroku finalmente se aproximou da cidade central encontrou os dois, a cena que viu deixou-o pasmo, engoliu em seco tentando esconder a surpresa. O homem pressionou mais a laminou contra o pescoço da jovem o que fez com que um filete de sangue escorresse.

-É melhor não se aproximar, ou essa mulher perde a cabeça... – Ele riu maldoso. – Nos dois sentidos... –

-Maldito...! – Sussurrou Miroku. – Eu não permito que fale da Sango com tanta insolência! –

-Você não está na condição de impor ordens. – O homem afastou um pouco a lamina do pescoço dela que ao perceber desceu a mão lentamente até abainha de sua espada. Aproveitando sua distração ela sacou sua espada, virou-se rapidamente e enfiou-a no estomago dele.

O homem, incrédulo, baixou o olhar e percebeu seu próprio sangue correr. Sango tirou sua espada com força e permitiu que o guerreiro caísse no chão agonizando.

-Agora você não está em condições de impor ordens! – Exclamou ríspida enquanto o observava.

-Vagabunda...! – Ele sussurrou antes de permitir que a dor e a exaustão o impedisse de continuar com os olhos abertos.

Miroku se aproximou lentamente de Sango que tremia fitando o homem.

-Você está bem? – Ela apenas assentiu.

o.o.o.o

Após Inuyasha e Sesshoumaru vestirem suas armaduras e pegarem suas espadas, ambos montaram, novamente, em seus cavalos e ficaram a observar os exércitos se organizarem. Os youkais já estavam presentes e armados.

Um grupo de aproximadamente cem guerreiros foram separados dos demais, Hytone explicou as ordens que deveriam seguir.

Sesshoumaru se mexeu inquieto, sobre o cavalo, com a demora. Eles precisavam parar aquela destruição antes que fosse muito tarde.

-Sesshoumaru, o que fazemos agora? – Inuyasha perguntou observando o nervosismo do irmão.

-Apesar de eu achar imprudência e como não tenho ninguém mais em quem eu possa confiar... Inuyasha, você vai liderar aquele grupo no reino Norte. Enquanto eu irei liderar o exército e expulsar o Norte de nossas terras. Os malditos não terão para onde ir, e iremos dominar a sua cidade central! –

-Obrigada pela confiança... – Inuyasha comentou sádico, cruzando os braços.

-Inuyasha, deixe de ser imaturo! Estamos aqui, sob ataque, e você fica reclamando! Já não acha que tenho muitos problemas! –

-Humf! –

o.o.o.o

Kagome caminhava pelo vilarejo, distraída, apenas sentindo a natureza ao redor, uma fraca e gélida brisa mostrava-se, vez por outra, presente pelo local, a relva esverdeada balançava conforme seu ritmo, juntamente com as folhas das grandes árvores. A jovem havia passado o dia muito desligada, a paisagem a deixava relaxada e muito calma, os suspiros saíam sem sua permissão. Era como se nada mais importasse, como se simplesmente observar o pôr-do-sol fosse tudo a fazer.

Ela sentou-se recostada a uma árvore, e ficou no mesmo lugar durante horas, somente observando, isso lhe trouxe um pensamento um tanto irônico, tudo o que fazia desde o dia que deixara o Norte, era observar. Ela observava sua própria vida passar lentamente sem aproveita-la, mas mesmo assim não tinha vontade de tornar a vive-la, queria apenas ficar ali, sentada sob uma alta árvore observando o pôr-do-sol.

Ela sabia que era uma atitude covarde, pois não tentava consertar os erros que haviam tornado sua vida tão diferente, mas era incrivelmente mais convidativo esperar que um dia acordasse e descobrisse que tudo não passara de um sonho. Um sonho que já começava a perturb�-la, dia após dia, estava ali, sozinha, sem nenhum rosto amigo com o qual pudesse desabafar. Não que Shippou não contasse, mas ele era apenas uma criança, não adiantaria muita coisa falar com ele e pedir sua opinião, já que era novo demais para entender dos problemas da vida.

I couldn't tell you why she felt that way

(Eu não poderia te dizer porque ela se sentiu daquela maneira)

She felt it everyday

(Ela sentiu isso todos os dias)

And I couldn't help her

(E eu não pude ajuda-la)

I just watched her make the same mistakes again

(Eu só vi ela cometer os mesmo erros novamente)

What's wrong, what's wrong now?

(O que está errado, o que está errado agora?)

Too many, too many problems

(Muitos, muitos problemas)

I don't know where she belongs, where she belongs

(Eu não sei a que lugar ela pertence, a que lugar ela pertence)

Sua vontade era de voltar para onde vivera desde criança, mas ela, realmente tinha medo. Medo de descobrir que mais ninguém a esperava. Medo. Seus dias eram repletos desta palavra, há muito perdera a vontade lutar, mas algo no fundo a estimulava a retornar, algo continuava a pedir que ela voltasse, e ela sabia perfeitamente, que somente quando perdesse a vontade de retornar poderia viver sossegada. Rezava para que brevemente isso acontecesse, mas então por que alimentava a esperança de que um dia retornaria? E por que isso a reconfortava tanto? Ela queria apenas se enganar.

Às vezes, nossas próprias mentiras nos fazem acreditar em coisas que não aconteceram, e algumas vezes as usamos para nos reconfortar, mas no fundo, bem lá no fundo, sabemos que não passam de meras mentiras fantasiadas pela realidade. Então você percebe que o que viveu, até então, não passara de um grande erro, que você cometeu tentando se iludir.

-Am? – Kagome abriu os olhos e olhou ao redor. – Essas palavras, sei que já as escutei, mas não consigo me lembrar... –

She wants to go home, and nobody's home

(Ela quer ir para casa, e ninguém está em casa)

It's where she lies, broken inside

(É onde ela mente, arrasada)

There's no place to go, no place to go to dry her eyes

(Não há lugar para ir, não há lugar para ir secar seus olhos)

Broken inside

(arrasada)

-Por que essas palavras me afetam tanto? – Kagome sussurrou fechando os olhos, ela sabia, mas não queria admitir, se enganara, ou ao menos tentara, mas era hora de parar com aquela grande farsa que a rodeava, já estava mais do que na hora de perceber que mentiras não aliviariam sua dor. Era melhor que convivesse com a realidade. Essa dor que sentia a impedia de perceber o que acontecia ao seu redor, a impedia de tomar suas escolhas.

Open your eyes and look outside, find the reasons why

(Abra seus olhos e olhe ao redor, encontre as razões porque)

You've been rejected, and now you can't find what you left behind

(Você foi rejeitada, e agora você não consegue encontrar o que deixou para trás)

Be strong, be strong now

(Seja forte, seja forte agora)

Too many, too many problems

(Muitos, muitos problemas)

I don't know where she belongs, where she belongs

(Eu não sei a que lugar ela pertence, a que lugar ela pertence)

She wants to go home, and nobody's home

(Ela quer ir para casa, e ninguém está em casa)

It's where she lies, broken inside

(É onde ela mente, arrasada)

There's no place to go, no place to go to dry her eyes

(Não há lugar para ir, não há lugar para ir secar seus olhos)

Broken inside

(arrasada)

Ela sabia que não podia mais se esconder, tinha que terminar com seu sofrimento, mas se descobrissem, sobre sua traição, ela teria muitos problemas. Não sabia o que fazer, tinha de escolher, sua escolha provavelmente determinaria sua vida, ela sabia disso, todavia continuar a adiar não a levaria a lugar nenhum. A escolha era simples, continuar tentando viver algo que não chegava perto de ser sua vida, sempre com as dúvidas e as angustias, ou terminar com as mesmas, mas ter de conviver com uma guerra e com o medo de descobrirem sobre sua traição.

Her feelings she hides

(Seus sentimentos ela esconde)

Her dreams she can't find

(Seus sonhos ela não consegue encontrar)

She losing her mind

(Ela está perdendo a cabeça)

She fallen behind

(Ela foi deixada para trás)

She can't find her place

(Ela não consegue achar seu lugar)

She losing her faith

(Ela está perdendo a sua fé)

She's fallen from grace

(Ela caiu em graça)

She's all over the place

(Ela está por todos os lugares)

She wants to go home, and nobody's home

(Ela quer ir para casa, e ninguém está em casa)

It's where she lies, broken inside

(É onde ela mente, arrasada)

There's no place to go, no place to go to dry her eyes

(Não há lugar para ir, não há lugar para ir secar seus olhos)

Broken inside

(arrasada)

She's lost inside, lost inside... oh oh

(Ela está perdida por dentro, perdida por dentro)

She's lost inside, lost inside... oh oh yeah

(Ela está perdida por dentro, perdida por dentro)

Suspirou, a resposta estava mais que certa e ela sabia perfeitamente bem disso, ela não fingiria mais que não a via, pois a cada instante que se passava ela sentia que sua dor se agravava. Ela sabia, era hora de parar, aquele erro já tinha durado tempo demais.

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Oh! Estou, finalmente, de volta! Em fm, acabei viajando e esse é o motivo da minha demora com esse capítulo. Peço desculpas a todos leitores, esse capítulo também ficou menor que os anteriores, mas como eu estava muito atrasada decidi posta-lo de uma vez.

Bom, até o capítulo 10 eu ainda não estava planejando incluir os detalhes desta batalha, mas achei que iria pular uma parte muito grande da história e que poderia fazer falta, então decidi inclui-lo.

Como disse, no capítulo 11 seria o capítulo no qual a Kagome tomaria a decisão de retornar e, bem, está aí! Espero que o capítulo tenha agradado a todos.

Gostaria de avisar que provavelmente os próximos capítulos também demorem, já que, minhas aulas recomeçaram e estou muito sobrecarregada. Entretanto, farei o máximo para manter a fic em andamento!

Ah! Vou fazer uma propagandinha da minha fic com a Mari Felton Malfoy, então leiam "O Mar te Trouxe para Mim". É uma fic bastante interessante, espero que vocês leiam! O/

Agora eu quero agradecer ao pessoal que deixou reviews!

CaHh Kinomoto: Olá miga! Muito obrigada pela review! Ah sim, à parte "E continuaram o que sabiam fazer de melhor, fofocar." Bom, até poderia ser trabalhar, mas, pense bem, já conheceu algum empregado que não fosse bom de fofoca? Qualquer coisinha que aconteça, pode ter certeza, os empregados sabem, e ainda podem te dar um resumo detalhado com os pontos fortes do momento. " Realmente o Inu não deu muita sorte, sem contar com essa continuação de dia que ele teve! XD Ai, é demais pro coitado. Sobre o meu peixe, pois é, terei cuidado para no pô-lo na água! Quem sabe eu não consigo enfiar a Kikyou dentro de uma piscina... Beijocas!

Honeysuckle: Oi! Muito obrigada pela review! Espero que tenha gostado desse capítulo! Em fim, a Kagome reapareceu, né? XD Muito obrigada por acompanhar a minha fic e estar sempre comentando. Beijos!

Ayme Suzuy: Ol�! Tudo bem, miga? Que bom que gostou do capítulo passado! Espero que esse também tenha te agradado! Mais batalha, né? Você disse que adora cenas de guerra! XD De qualquer forma, muito obrigada pela review! Beijocas!

Mari Felton Malfoy: Olá queridíssima amiga! XD Que coisa, nós mal conseguimos nos encontrar. Ora você viaja, ora eu viajo, sorte que nos encontramos ontem queridíssima! Em fim, precisamos terminar o capítulo 2 da nossa fic, né? E, acho que a Titia Rumiko vai aceitar nossa proposta. Quem sabe quando a Kikyou for pentear os cabelos – sujos após anos sem lavar os cabelos – ela não consiga arrancar metade dele. XDDD Muito obrigada pela review miga! Mil beijocas!

Srta. Kinomoto: Ol�! Obrigada pela review! E sim, a Kagome está voltando, em fim! Eu sei que demorei para fazer a Kagome voltar, mas, bom ela está voltando, né? Beijos!

Dessa-chan: Olá miga! Obrigada pela review e pelos elogios! Espero que tenha gostado deste capítulo, bom desta vez, pelo menos, o Miroku agiu melhor, né? Ele ficou todo preocupado! O/ Obrigada por tudo miga! Beijos!

Kyotsu: Oieeeeeee Mine! Obrigada pela review! Pode deixar que eu te aviso quando eu postar o capítulo 2 da minha fic com a Mari! Espero que goste deste capítulo! Mil beijocas!

Pronto! Obrigada a toda galera que está lendo, acompanhando e comentando! Espero que todos tenham gostado do capítulo! E mais uma vez, me desculpem pela demora! Mil Beijos a todos!

Nayome Isuy