Capítulo 12 – Uma ajuda inesperada
N/A: Como o prometido. Terminei de ler domingo, tá aqui o capítulo doze... falta arranjar criatividade pra continuar escrevendo...
São muito poucas as vezes em que Remus Lupin segue algum conselho de James Potter, mas hoje, mas agora ele abriu uma exceção. Ele correu até Sirius e o abraçou. Black sem entender ficou parado olhando o amigo em seus braços, se esforçando para manter a calma.
"Remmie, o que houve?" perguntou confuso.
"Nada" murmurou de volta.
Almofadinhas enlaçou o corpo do outro, ficando feliz em se manter assim. Remus pousou a cabeça no peito do mais alto. Era basicamente uma cabeça mais alto. O topo da cabeça de Aluado ficava em seu ombro, podendo perfeitamente repousar em seu peito, como estava agora. Isso era estranhamente bom para Sirius.
Lupin havia se deixado levar um pouco, mas não se importava, queria estar ali com ele. Abraçado. Descansando protegido nos seus braços. As mãos grandes do batedor o segurando firme.
"Desculpa atrapalhar os pombinhos, mas o chuveiro tá liberado" James adentrou no quarto recebendo olhares mortais de ambos os garotos.
O animago e o lobisomem se separaram devagar, Remmie ainda tentando aproveitar ao máximo aquela proximidade. Sirius se afastou e foi tomar banho, ele caminhou até sua cama e se largou nela.
"Por que você tinha que estragar?"
"Porque eu quero me trocar, posso?"
Lupin olhou para ele irritado. Viu o amigo se trocar em silêncio. Quantas vezes vira Sirius como James estava agora? Quantas vezes vira o seu objeto de afeição daquela forma? Bem, se esperasse um pouco o veria seminu novamente. E essa idéia rendeu-lhe um sorriso.
Black estava ainda no banheiro. Indo o mais devagar possível, tentando ainda manter o toque de Remus preso em sua lembrança. Quando terminava de tirar as calças percebeu um papel num dos bolsos. A poção. Quase esquecera dela.
"Vou providenciar tudo ainda hoje" murmurou. Colocou de volta no bolso e tirou a calça de vez.
Entrou no chuveiro deixando uma ducha fria cair em seu corpo e afastar certos pensamentos. Apesar de estar muito frio a água estava levemente mais quente que o ar a sua volta. Ainda fria, mas também não congelante. Como era ótimo ser bruxo. Pouco antes ele se esfregaria com toda a força que possuía para que o toque hediondo do professor saísse de sua pele, mas agora era o toque de Remus que dominava. E ao contrário da idéia inicial, Black evitava passar o sabonete muito forte na sua pele.
Remus estava sozinho no dormitório agora que James fora se encontrar com a namorada. Seu sorriso já se apagara há muito tempo. Ele precisava muito por o plano em prática. Esquecer de Sirius. Agora só faltavam duas noites, então ele esqueceria esse amor infundado por Black e tudo voltaria a ser o que era. Ele só precisava suportar por mais duas noites.
O lento banho de Sirius finalmente terminou e ele saiu enrolado na característica toalha minúscula, levando um Remus Lupin ao delírio. Este ficou deitado de barriga para cima e atravessado em sua cama que ficava ao lado da de Sirius. Olhando para o monumental corpo bronzeado do moreno. Ele prendeu o fôlego, excitado.
Black corou. Não imaginava que Remus ainda estava ali. Ouviu a porta fechando e pensou que havia sido James. Ele estremeceu. Não queria se trocar na frente de Lupin, mas sabia que se fizesse algum protesto o amigo estranharia.
"O que faz aqui?"
"Tava te esperando para descer."
"Eu ia jantar com a Kathy" mentiu.
Aluado sorriu melancólico. Levantou e rumou até a porta. Deu mais uma olhada desejosa para o outro maroto.
"Se é assim eu já vou indo. Depois a gente se fala" saiu batendo a porta atrás de si.
Sirius colocou a roupa rapidamente e correu até o banheiro, pegou a calça e largou todo o resto lá. Tirou a receita da poção do bolso e largou a peça em sua cama. Sentou e começou a ver o que tinha e o que precisava comprar. Para sua surpresa ele tinha quase todos os ingredientes, os outros ele conseguiria fácil. Só precisava da ajuda de alguém.
Já batia seis horas quando Sirius desceu do dormitório. Juntara tudo e começara o preparo da poção, escondendo embaixo da cama. Os ingredientes que faltavam tinham que estar em seu quarto na manhã seguinte o mais cedo, para que completasse a segunda parte da poção. Para isso o jantar dele e de seu ajudante seria sacrificado. Mas quem disse que ele daria escolha ao ajudante?
Correu até as masmorras e esperou, logo ele subiria. Sem muito demorar o garoto esperado subiu as escadas silenciosamente. Sirius agarrou seu braço e o puxou.
"Black o que...?"
"Silêncio Ranhoso. Hoje você vai fazer algo que preste, seu vermezinho inútil!"
"O quê...?"
"Eu disse silêncio ou entorto ainda mais seu nariz" ele sorriu. "Você vai comigo na Floresta Proibida pegar alguns ingredientes de poção."
"Nem morto" retrucou.
"Morto eu não quero. Seria mais inútil que já é."
"Eu não vou Black, me solta" puxou o braço com toda força que possuía, mas não era forte o suficiente.
Sirius se aproximou ameaçadoramente. O olhar brilhando de ódio.
"Eu não estou muito confortável te pedindo favores então trate de me obedecer antes que eu me irrite de verdade" e apertou o braço dele com mais força.
Snape pareceu ponderar a questão. Almofadinhas já descarregara várias vezes sua fúria naquele saco de ossos. Ele sabia a dor que lhe podia ser infligida. Um brilho estranho percorreu os olhos do garoto de pele macilenta a sua frente antes de ele abaixar a cabeça.
"Certo. Eu vou" murmurou.
Black começou a pular numa dancinha de vitória e começou a arrastar o outro garoto para fora do castelo. Severus se sobressaltou.
"Agora? Já é de noite!"
"Hm... Ranhosinho tem medo do escuro!"
"Estamos falando da floresta proibida seu animal" retrucou irritado.
"Eu sei do que estamos falando, Seboso. Apenas venha."
Sem escolha Snape seguiu Sirius. Enveredando cada vez mais a caminho da floresta. Esta erguia-se grandiosa e negra a sua frente. Nenhum som era proveniente de lá, mas ao mesmo tempo ela parecia gritar ensurdecedoramente. Trestálios invisíveis para Black voavam, vez ou outra, sobre a copa ameaçadora. A sombra projetada de lá tomava formas sinistras. E Black teimava em ir para lá como se estivesse a caminho de um parque de diversões.
"Black, seja ponderado, pode ser muito perigoso" tentou impedir. Mas foi inútil, ele fingiu não escutar.
Adentraram a primeira árvore. Severus tentava gravar os locais pelos quais passavam. Ia contando quantas árvores em linha reta ele já percorrera, quantas curvas, mas aos poucos perdia as contas. Então ele foi solto numa clareira. Sirius sentou em um tronco caído e olhou para ele.
"Então Black, o que fazemos agora? Pular feito duas crianças?"
"Não" respondeu animado. "Procuramos ervas pra minha poção" respondeu como se fosse a coisa mais óbvia.
Severus virou incrédulo para ele.
"Ervas? Procurar ervas na floresta proibida?"
"Exatamente. Ainda bem que não é tão lerdo como eu pensava. Agora toma a lista e procura pela direita enquanto eu vou para a esquerda" entregou um pergaminho para ele.
Snape admirou o pergaminho quando percebeu que Sirius se afastava para a esquerda.
"Espera, eu não vou sair daqui sozinho, vou me perder além de correr perigo!"
"Nenhum bicho vai querer comer você com essa sua cara feia. Além de que comer coisa oleosa dá colesterol" e se afastou rindo.
Snape amassou o pergaminho nas mãos e saiu pelo lugar onde Black indicara. Não se afastou porém.
Começou a catar as ervas na quantidade indicada no pergaminho agora amassado. Por que aceitara essa loucura? Era mais louco que aqueles 'Marotos' juntos!
Sirius buscava incansavelmente, então desistiu. Ele chamara Snape justamente por não conhecer nenhuma erva, e até os marotos admitiam não haver ninguém melhor que o Ranhoso em poções. E chamar Remus não era opção, muito menos James que não gostara nada da poção. Voltou para a clareira. Chegando lá ele viu Snape parado olhando para ele de maneira muito emburrada.
"Eu sei o que você quer fazer. Eu já preparei essa poção ela não dará certo. Você vai se dar mal" ele jogou um cesto para Black. "Estão todas aí. Espero que erre a dosagem e morra, mas antes me tire desse lugar."
Eles seguiram a trilha e saíram da floresta. Snape correu para as masmorras enquanto ele se adiantou para seu dormitório. Já devia ser dez horas. Olhou para o relógio sobre a lareira da sala comunal, colocou as coisas sobre sua cama e desceu novamente. Andou até a namorada e ficou com ela, tentando não pensar em Lupin, até meia-noite. Então subiu para o dormitório e adormeceu, apenas horas mais tardes Lupin subiu.
