Capítulo II - Sete Dias
Aproximou-se da cama de onde vinha a voz e viu um rosto pálido. Os olhos azuis acinzentados a fitavam intensamente e então ela disse, sem poder acreditar:
"Draco Malfoy?"
Como ele poderia estar ali? Também tentara cometer suicídio?
"Como vai, Weasley?"
"Muito bem, Malfoy! Afinal não estamos num Hospital, mas numa colônia de férias, não é mesmo?"- disse com ironia.
"Weasley, Weasley, seus pais não lhe deram educação? Ah, não responda, eu sei que não. E como poderia educar sete coelhos? Digo, filhos? Ainda mais naquele fim de mundo em uma casa deprimente."
"Malfoy, não me faça bater em você."
"Ui, ui, estou morrendo de medo, Weasleyzinha."
"Srta. Weasley,"- disse uma terceira voz- "volte já para sua cama."
Ginny olhou para o lado e viu a enfermeira que falara com ela mais cedo. Obedeceu à ordem e deitou-se. Dormiu logo em seguida porque estava cansada demais, afinal não era todo dia que alguém recebia a notícia de que ia morrer em pouco tempo.
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No dia seguinte recebeu a notícia de que voltaria para a Escola, mas sob a condição de que freqüentaria o grupo de apoio para jovens que tinham algum transtorno mental. Alô? Ela não tinha transtorno mental, o único defeito em seu corpo, no momento, era o coração, que dentro de alguns dias pararia de funcionar.
No período da tarde voltou para Hogwarts, junto com Malfoy. E para ela aquilo era quase igual a morrer. Agüentar os insultos daquele garoto era o fim do mundo. Deu graças a Merlim quando pôde deitar-se novamente em sua cama no dormitório feminino da Grifinória. Estava quase dormindo, quando uma voz a chamou:
"Ginny."
Olhou para o lado e viu Hermione.
"Oi, Mione."
"Ginny, por que você fez isso?"- disse a outra garota quase chorando.
"Ah, Mione, cansei da vida."
"Como assim, Ginevra? Você tem tudo! Sua família, apesar de seu pai ter falecido, é unida. Você tem amigos que te amam. E então, por que fez uma loucura dessas?"
"Eu já disse, cansei da vida, do mundo."
"Ainda bem que você não morreu."
'Por enquanto..."
"Como assim, por enquanto?"
"O Dr. Disse que só tenho mais sete dias de vida. Tudo bem que tirando hoje eu vou ter só mais seis."
"Então, você vai...?"
"Vou, Mione e não é ótimo? Mas estou pensando em não esperar tanto tempo.Quem sabe, dessa vez quando eu tentar de novo, tenha sucesso."
Hermione olhou a amiga como se esta fosse louca. E sem dizer mais nada saiu do quarto.
Ginny não entendeu muito bem o porquê da saída da amiga, mas não importava. Agora dormiria, mas quem sabe depois não tentasse realizar seu plano novamente?
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Mais tarde foi acordada por Pichi, alguém deixara a janela aberta e a corujinha bicava a sua cabeça desesperadamente. Olhou para o pequeno animal e viu um pergaminho amarrado em sua pata, pegou a carta e logo em seguida "expulsou" a corujinha do quarto.
Abriu o pergaminho e logo viu que era uma carta de Dumbledore.
"Srta. Weasley,
Esteja na Sala Precisa, logo depois do jantar.
Lembre-se do trato.
Atenciosamente,
Alvo Dumbledore (Diretor)"
Pensou que aquele negócio de trato era brincadeira, mas que pena que era verdade. Infelizmente tinha que ir. Até que aquilo poderia ser um divertimento antes que o "pior" acontecesse.
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Logo depois se encaminhou para a Sala Precisa. Uma vez lá, imaginou uma sala parecida com um consultório médico, minutos depois entrou e o ambiente era o mesmo que havia idealizado, a única diferença era que além da cadeira do "médico", existia também outras cadeiras. Então, aquilo indicava que sua família participaria? Talvez nem fosse tão divertido assim.
Sentou-se em uma das cadeiras e com o passar do tempo várias pessoas foram chegando, entre elas: Susana Bones, Padma Patil e outras que Ginny não conhecia. Por último chegou um homem o qual reconheceu como o Dr.Timonhs, o homem que a atendera no St. Mungos. Ela achava que ele era o último, mas logo depois entrou ele, o ser que mais odiava: Draco Malfoy. Olhou para o garoto cheia de ódio, mas ele fingiu não ver.
Minutos depois, quando todos se acalmaram, o Dr. começou:
"Olá. Meu nome é Jeff Timonhs, eu sou a pessoa que ajudará vocês a superarem seus traumas. Eu sei que cada um tem um tipo de transtorno diferente, mas a terapia em grupo irá fazer que vocês alcancem a cura."
Ginny duvidava muito disso. Afinal, seu transtorno na era mental.
"Então, vamos começar! Primeiro, a Srta. Patil."
Padma começou, contando da separação dos pais. A cada palavra que a menina dizia, um litro de lágrimas eram derramados. Ginny achava que o problema dela era depressão. Logo os outros foram falando e a menina percebeu que a única "suicida" era ela, não gostou da idéia, era bom que tivesse alguém para compartilhar aquele fardo. Falou, com muita vergonha sobre o que fizera, sentia-se tão idiota por ter feito aquilo por um motivo tão fútil, enquanto aquelas outras pessoas tinham problemas muito mais reais do que o dela. Por último, Malfoy falou e assim como ela, o garoto também tentara contra a própria vida, mas o motivo para isso não foi dado.
Então Malfoy era humano? Igual a todos os outros? Sempre achou que ele fosse um robô ou coisa parecida, mas agora tinha que descobrir qual o motivo daquele ato. E descobriria. Dentro de seis dias.
Nota da Autora: ta bom, eu sei que não tah bom..soh 2 reviews? Como vcs são maus..huahauahua...Obrigada p/ quem comentou, okeijo? Beijocas!
Manu Black
