MAIS UM POUQUINHO...RSRSRS...NUM QRIA PASSAR POR ESSA SITUAÇÃO..HEHEH..BJUS!
Sigo para o hospital pensando em Abby. Será que teria sido uma boa idéia sair com as duas? Eu sabia muito bem o trabalho que uma dava... Imagine as duas? A situação só pensava no meu pensamento quando eu lembrava da crise de ciúmes que Julie vinha tendo esses dias.
Chego ao hospital que estava bem calminho. Essa mulher só tinha me feito vir trabalhar por pirraça.
Entre o som do rádio que Julie teimava em escutar e os choros de Luren, eu finalmente consigo chegar no supermercado.
Rapidamente já estávamos situadas. Lauren sentada na cadeira do carrinho e Julie ao meu lado prestes a me deixar na falência.
- Leva isso mãe? - ela agarrava qualquer coisa colorida e queria colocar no carrinho.
- Não Julie.. viemos comprar só ingredientes do bolo.. - eu peguei a caixa de suas mãos e devolvi a prateleira. Imediatamente ela faz careta e começava a ficar emburrada de novo.
- E eu não tenho medo de cara feia não, viu? - virei no corredor seguinte e cheguei onde finalmente queria. - O que você vai querer levar?
Agora eu posso levar o que eu quero? Olhei pra mamãe sem acreditar muito naquilo. Porque esses pais são tão estranhos?
Fiquei encarando aquela prateleira enorme procurando pela embalagem mais colorida. Eu queria confetes, granulado, chocolate, jujuba e chiclete, tudo o que se precisa pra um bolo ficar gostoso.
- Mãe? - eu me viro vendo-a ajeitando Lory na cadeirinha - pode por sorvete no bolo?
Atendo um paciente aqui, outro lá. É sempre um saco ficar aqui sem fazer nada. Ainda mais, saber que minhas três meninas estavam juntinhas em algum lugar pela cidade.
E aqui vamos nós. Todos os ingredientes, guloseimas, chocolates e nossa paixão em comum: sorvete, enfim, podemos dizer que sai com uma compra do mês mais requintada.
Passamos as compras no caixa e eu dei o cartão para o débito.
- O seu cartão está inválido, senhora..- ela olha olha meu nome no próprio cartão- Carter.
Eu ouço a mulher do caixa dizer com aquela voz de pato. A cara de mamãe ficou estranha e eu já podia ouvir Lory começar a rsmungar no meu colo.
- Inválido? - mamãe aumentou um pouco a voz e encarou a mulher com cara feia. Se ela soubesse não brincava assim com ela. - Como assim, inválido?
- Não esta passando... - a mulher disse analisando o cartão - deve ter desmagnetizado.
- Eu mereço uma dessas.. não é mesmo Julie? - eu deveria responder isso? Movi meus ombros sem resposta e mamãe ficou calada procurando uma solução.
- Liga pro papai - eu sugeri - ele resolve tudo..
- Vocês aceitam cheque? - acho que ela não deu muita bola pro meu comentario.
- Aceitamos.. - a mulher parecia aliviada.
- Otimo... - mamae abre a sua bolsa e começa a procurar o tal cheque naquela bagunça toda. Eu não sabia se me sentava pra esperar ou ficava ali pra ver no que ia dar.
Eu estava atendendo um paciente quando sinto o meu celular vibrar. Eu agora andava com ele pendurado, não poderia me dar ao luxo de ficar incomunicável por um segundo sequer.
- Alo? - atendo vendo o numero de Abby na bina. O que será que ja tinha acontecido?
- Você pegou o meu talão de cheques? - a voz dela não parecia muito simpática e animada.
- Pegar eu não peguei- eu sorri, analisando a situação que vivemos há dois dias atrás- você me deu.
- Dei?- por que diabos eu faria isso?
- Deu- eu sorri com a voz nervosa dela. Só poderia ser o que eu estava pensando. Estaria ela presa no mercado sem ter como pagar? Isso só parecia ser hilário aos meu ver- pra pagar..- eu sou cortado por uma interjeição nada culta da parte dela.
- Merda!- Espero que ela não esteja falando isso perto de Julie.
- Que foi, mãe?- vejo Julie olhando pra mim com aquela carinha. A essa altura eu tinha desligado o celular na carta de Carter.
- Nada, amor- eu digo, vendo ela meio que assustada e a mulher do caixa me olhando com certo desprezo.
Nisso, sinto meu celular tocar e rapidamente atendo.
- Fala, John!- eu já estava visivelmente irritada. Lorry berrou até Julie não agüentar mais e eu a peguei no colo. A fila já começava a crescer atrás de mim, e as pessoas reclamando.
- Por que você não paga com dinheiro?- ah, se ele visse a quantidade de coisa, ele não falaria isso.
- Por eu não tenho dinheiro...- eu disse entre dentes, sorrindo a mulher que estava com outra do lado.
A segunda pegou meu cartão e disse algo a moça do caixa. Eu desliguei o celular, pra variar com uma briga. Ele tinha cada hora pra vir com aqueles brincadeirinhas de mal gosto...
- A senhora é da família Carter?- a moça perguntou, já com outra expressão no rosto.
- Somos.. - eu me meti naquela conversa. Quando é que isso teria fim?
- Ah.. se é assim.. - aquela moça agora até sorria pra mamãe. - daremos um jeito nisso.
Ufa.. estava tudo resolvido. Respirei aliviada ate que vi movimento da parte da mamae.
- Então quer dizer que se eu não fosse uma Carter você não dariam um jeito! - eu olhei pra ela que ao contrario do que eu pensava ate sorrir também estava sorrindo.
- Claro que não.. - a moça ficou nervosa - desculpe.. é que me atrapalhei...
Todos se calaram e logo as compras foram pagas. Depois dessa ate eu perdi vontade de fazer bolo. Voltamos ao carro e mamãe permaneceu calada todo o caminho até a nossa casa. E por incrível que pareça Lauren também estava calada. Me encolhi no canto do carro e fiquei contando quantos carros pretos passavam do nosso.
