BRIGADA PELAS REVIEWS, POVO! E MANDEM IDEIAS PARA A UHDF7 COMEÇAR A SAIR! BJUS..BUKA

- Eu não sei do que você esta falando.. - ele evitava me encarar. Ele sabia perfeitamente ao que eu estava me referindo e não queria entregar os pontos.

- Como não? - eu evitei aumentar o meu tom de voz e me aproximei da mesa – eu, por mais uma vez, ia acabar sendo a ultima a saber... afinal, quem sou eu na sua vida?

A minha confusão vem da confusão nos olhos dele. Será que ele era tão falso a ponto de me fazer acreditar que não sabia mesmo do que eu estava falando?

- Calma- ele veio pra perto de mim, mas meu único reflexo foi me afastar- vamos conversar com calma, ok?- eu fui pra perto da sala, afinal, Lory estava sozinha.

- Eu não quero calma! Você fez de novo, Carter!- eu já não continha minha voz, e os olhos teimando em deixarem o choro sair.

"Chore, Lory, chore". Essa era a minha única nota mental. Pela primeira vez na vida eu queria que minha irmã berrasse a plenos pulmões. Lá em cima, na ponta da escada, eu ouvia que eles estavam brigando. Poxa, eu nem disse nada. Imagina se tivesse dito... Eu pensava em Lory e em como só ela podia parar aquela briga nesse momento.

Toda vez que ela chorava, eles paravam de brigar. Pra ver o que ela tinha, que fosse, mas o importante era parar de brigar. Mas hoje parece que Lauren estava bem demais para isso.

- E você não vai falar nada mesmo, não é? - mamãe já gritava pela casa. Eu não podia ver como o papai estava...ele sempre falava baixo e eu perdia metade da briga deles.

- Falar o que Abby? - eu me exaltei querendo saber do que aquilo se tratava - Seja clara!

- Eu vi os papeis Carter.. - ela apontava pra mim e eu pensava duas vezes antes de pegar aquele dedo e tira-lo da minha cara - eu só preciso que você me diga o porque de você fazer isso de novo!

- Mas eu não fiz nada Abby! - agora realmente eu sabia que ela não havia descoberto sobre a Rebecca - E que papeis você viu?

- Esta certo.. - ela sorriu e sentou no sofá - qual será seu próximo destino? Congo? Afeganistão? Iraque?

- E o que isso tem a ver sobre essa conversa? - eu sentei ao seu lado mais com uma certa distância.

- É o Congo.. - ela afirma levantando do sofá.- Só pode ser isso.. eu nunca fui boa o suficiente pra você não é?

- Pára com isso!- eu dei um basta, com um grito que jamais pensei que pudesse dar com ela. Ela me olhou assustada, mas na verdade, mais assustado estava eu com o que acabara de fazer...Mas era necessário.

Eu comecei a andar pela sala, sem muito rumo. Além de tudo, gritando comigo? Respirei fundo, antes de retomar o assunto, agora com calma.

- Você não podia ter feito issso comigo de novo- eu não agüentei e despenquei no choro- mais do que comigo, com as suas filhas!

- Do que você está falando?- ele falou pausadamente e eu não agüentei tanto sarcasmo. Fui até a mesa, peguei os tais papeis que tinha pego no armário e trazido comigo e literalmente joguei na cara dele.

- Disso! É disso que eu to falando!- eu me voltei pra parede, sem ao menos ver a expressão.

- Você mexeu no meu armário?- escuto papai dizendo, com uma voz estranha. A cada minutos as coisas se complicavam mais, principalmente dentro da minha cabeça que já não entendia mais nada. Congo? Suficiente? Papéis? Armário? Onde Rebecca entra nessa história?

- Isso não vem ao caso agora! – eu enfiei minha cabeça no primeiro degrau da escada. Eu agora também queria entender o que estava acontecendo – e antes que vire razão pra outra briga, eu só mexi pra procurar um papel que não estava encontrando no meu armário.

- Ah! – papai falou com uma voz estranha – bom saber que você vive me espionando..

- Espionando? – mamãe gritou tão alto que eu subi de novo as escadas – se não confia em mim fala logo... é bom que eu não perco o meu tempo com mais nada aqui..

- Espera.. – eu agarrei o seu braço e puxei-a pra mais perto de mim – vamos por as coisas em ordem.

Me sentei no sofá e ela ficou em pé na minha frente. Peguei os papeis e vi no que ela estava se referindo. Indiquei que ela sentasse e procurei pelo fim rápido de tudo aquilo.

- Se você pelo menos lesse as coisas não iria arranjar motivo pra brigar assim por nada.. – entreguei a ela o que ela deveria ter visto desde o inicio. No inicio ela relutou um pouco ma logo pegou o papel e começou a ler.

- Então.. - ela parou a leitura e respirou fundo antes de falar - você não vai pro Congo?

- Não, Abby. Cada uma...- eu sorri e ela começou a chorar ainda mais. Mulheres..como entende-las?- eu vi que ela tremia dos pés a cabeça. Abby,Abby...

- Desculpa- ela me abraçou com tanta força, liberando todo o alívio. Mas isso me preocupou um pouco.

- Abby, a gente precisa conversar sobre isso... Depois de tantas anos... você ainda tem alguma dúvida? Alguma dúvida de que eu amo você? Que eu nunca deixaria vocês?- ela não me soltava e eu sentia ela chorar ainda mais. TPM na área - eu daria a minha vida por vocês três, entenda isso, ok? Eu nunca vou deixar ninguém..- eu retribui, abraçando forte também. Ela precisava disso eu sabia.

- Eu amo você...- ela não subia o rosto para me deixar ve-la, e não forcei nada. Daria o tempo que precisasse.

- Eu sei.. – ele me deu um beijo na cabeça e continuou me abraçando forte. Respirei fundo ainda com o rosto colado ao seu peito. Eu dessa vez tinha ido longe demais.. eu sabia que ele nunca faria uma dessas com a sua família. Ele nos amava mais do que tudo, e a cada dia que passava, eu me sentia cada vez mais apaixonada pela vida que ele me deu.

- Prometo não mexer mais nas suas coisas.. – ele ainda me deu outro beijo antes que eu tivesse coragem para encara-lo.

- Não estou pedindo isso.. – sua mão pousou no meu rosto e eu sorri por tudo estar bem com a gente – alias, eu nunca pediria isso.. você sabe que entre nós não há mais espaço para segredo...

Acenei e ele tratou de limpar minhas lagrimas com seus dedos.

- Será que ela ouviu algo? – apontei pra cima, agora preocupada com o que Julie poderia ter ouvido.

- Até parece que não conhece sua filha...- ele me sorriu. Que pergunta eu fizera a ele...

Ele levantou e me estendeu a mão, me convidando para subir. Peguei Lory no colo e assim fomos.

Eu perdi a vontade de ouvir e quando eles começaram a gritar mais, fiquei no meu quarto de porta fechada, afim de nada mais ouvir.

Só levantei o rosto do travesseiro quando escutar alguém entrar pela porta.

- Ei...- escuto papai chamar. Olho e não entendo mais nada. De mãos dadas? Eu tinha os pais mais estranhos desse mundo!

- Eu não entendo vocês! Gritam, berram, xingam! E agora tá tudo bem:- eu não pude deixar de sorrir com o espanto dela.

- Já esta tudo bem, Julie- eu disse, vendo ela rir para nós. Abby pos Lory na cama e ela se pos a rastejar até a irmã.

- Ela também ouviu tudo...- Julie, disse, olhando pra Lory- e nem pra chorar, né, mocinha?- sorri mas não entendi o que ela queria dizer com aquilo.

- E que tem isso a ver, Julie?-antes que eu pudesse dizer algo, Abby também demonstrou não entender a colocação feita.

- Que quando ela chora, vocês param de brigar- ele encarava a irmã e eu só me punha a rir com Abby. – Vocês ficam tão lindos assim... – Julie se aproximou de nós e eu olhei envergonhada pra ele – não deveriam brigar.. eu não gosto disso..

- Mas já passou.. – John me encarou e eu sorri acenando. Depois da tempestade, sempre vinha essa calmaria.. que diga-se de passagem, era maravilhosa.

- Amanha vamos mesmo ao parque? – Julie cortou o clima e eu aproveitei pra chamarar atenção de Lauren que estava muito calada.

- Claro.. – ele afirmou fazendo-a sorrir. – vamos brincar em todos os brinquedos que pudermos.. sua mãe esta louca por uma aventura..

- Eu não.. – me levantei tirando o meu da reta – vocês brincam e eu fico cuidando da Lory..

- Você prometeu mãe! – Julie pulou da cama e se aproximou de mim. ia começar a chantagem emocional.

- Ta certo.. – falei pra me livrar dela que recebeu a notícia com um sorriso. – mas só um, e eu escolho qual...

- Obrigada! – Julie se agarrou na minha cintura e olhei pra John que ria de tudo. – Vocês são os melhores pais do mundo!

Quando ela finalmente sussegou, peguei Lory pra botar pra dormir. Peguei-a no colo. Fui pro quarto dela e comecei a balançá-la.

Ouvi que Carter levá-la Julie pro quarto também. A sós. Enfim. eu precisava me redimir. Depois da cagada que eu fiz, precisava era mimá-lo bastante.