Disclaimer: Saint Seiya é de propriedade dos seus autores, e essa fanfic é somente para diversão.

Ai vai o segundo capitulo. Me desculpem pela demora e se ele não estiver muito bom, pois, esses últimos dias ando com excesso de trabalho e meio sem tempo.

Miro

Olho novamente para a vista a minha frente e me sinto como sempre pequeno diante da imensidão desta cidade, com suas ruas eternamente iluminadas. Viro em direção da minha mesa e começo a mexer no computador a minha frente, sendo surpreendido pela minha secretária entrando na sala.

Quem diria! Eu, Milo, que até 14 ou 15 anos atrás estava destinado a ser somente o cavaleiro de Escorpião e iria passar toda minha vida dentro do santuário e me dedicando a proteger Athena, agora tenho uma secretária.

- Sr. Milo, eu trouxe a documentação que o senhor me pediu para a finalização do negócio com os ingleses.

Não consigo conter um sorriso, afinal, ainda hoje me surpreendo com a minha nova situação- Ah, sim, Kate, pode deixar aqui na minha mesa, eu já vou dar uma olhada.

A vejo sorrir, deixar os papéis e sair. Sorriu também, afinal, eu e ela acabamos nos tornando bons amigos. A vejo entrar novamente.

- E você não vai comer nada, não! – se aproxima de mim com aquele ar de irmã mandona – Afinal, saco vazio não para em pé.

- Eu já vou, Kate, não se preocupe. – dou um sorriso melancólico.

- Não me diga que você está pensando nele. – fica frente a mim com um ar preocupado – Por quanto tempo mais você vai continuar com isso, afinal, tem vários caras por aí que fariam de tudo por um minuto da sua atenção.

Não posso deixar de sorrir, e nesse momento percebo como ela já me conhece bem, sabe exatamente no que estou pensando.

- Olha quem fala. Kate, eu não a vejo saindo por aí com tudo que é cara que te canta.

É que eu estou esperando o cara certo. O que eu posso fazer se todos os caras por quem eu me interesso também se interessam por homens.

Começo a rir e penso como é bom ter a Kate ao meu lado, afinal, desde que eu e ela nos tornamos bons amigos, ou melhor, praticamente melhores amigos que eu não me sinto tão sozinho e triste.

- Ah, Kate, o que eu posso fazer se você não percebeu os sinais. – pego o meu casaco – Vamos almoçar, hoje eu pago.

- Milo, meu querido, hoje não vai dar eu preciso colocar ordem nas coisas, quem sabe um jantar mais tarde.

Aceno com a cabeça concordando e desço até a rua. Alguns minutos depois já estou no meio da multidão, tantos rostos, tanta diversidade, tantos casais felizes. Vejo dois rapazes passarem por mim sorridentes e novamente me pego pensando nele. Penso em como eles estão felizes e nem ligando para o que as pessoas falam ou pensam.

Olho ao meu redor e começo a pensar que na verdade devo tudo a ele, afinal, foi a falta dele que me fez aceitar a sugestão de Mu de voltar a estudar, foi a crença de que ele um dia voltaria e eu queria estar bem que me fez aceitar o emprego, e foi quando eu desisti de esperar por ele que eu aceitei vir para c�, ou seja, devo realmente tudo a ele.

Sento em uma cafeteria e peço um capuccino. Caramba, até isso me faz lembrar dele. Droga, como pode existir alguém tão patético, afinal, como posso continuar amando um homem que não me quer e que sumiu da minha vida há 13 anos. Sorrio como um bobo sozinho e meu sorriso logo se fecha quando me lembro da última vez que eu o vi.

"Maldita convenção em Paris"

Flash Back

- Droga, Milo, dá para andar mais devagar, eu ainda não entendi o que você tanto procura. Afinal, tá praticamente correndo e olhando para todos os lados.

- E-eu – paro estático diante desta alegação – não estou procurando nada, Gorgouis. O que eu poderia estar procurando aqui em Paris? Imagine eu só estou apreciando a vista e tentando conhecer o máximo que eu posso. – minto descaradamente, afinal, eu estava sim procurando algo, ou melhor, alguém. E quem mais poderia ser a não ser ele.

Olho para o outro lado da rua e sinto o meu coração falhar. Não consigo me conter e sinto que minhas pernas começam a querer bambear.

- Milo, o que foi? O que você tem? Não está se sentindo bem? – Gorgouis me olhava com um ar preocupado me segurando pelos braços.

Não consigo emitir nenhuma resposta, afinal, ele estava ali, há menos de 200 metros de distância, exatamente do outro lado da rua saindo de uma loja. Tive vontade de correr até ele, olha-los nos olhos e perguntar se ele ainda se lembrava de mim. "Ah, a quem eu tó querendo enganar, eu queria mesmo é correr até ele e me jogar naqueles braços que eu tanto amo". Mas minha pernas não me obedeciam e minha voz só conseguia emitir um único som. O nome dele.

- Ka...mus... – foi quando eu a vi. A vi chegar e se enroscar no braço dele. O vi sorrir para ela e foi exatamente nesse momento que meu coração terminou de se quebrar e todas as minhas ilusões e esperanças terminaram.

Mas, o meu corpo voltou a funcionar e minhas pernas finalmente me obedeceram. Foi então que corri, corri tanto como nunca antes havia corrido em toda a minha vida. Nem me lembro direito como cheguei ao hotel. Mas, isso não mais importava, afinal, foi nesse dia que eu finalmente percebi que tinha te perdido.

Fim de Flash Back

Por que fui me lembrar justamente disso? Sinto uma lágrima solitária descer pelo meu rosto. Isso foi há quantos anos? 6, 7 anos atrás. Foi na semana seguinte que o meu chefe me propôs para eu vir para essa cidade. Não pensei duas vezes e vim. Afinal, achava que tudo poderia ser diferente vivendo aqui.

Mas, não foi bem isso que aconteceu. Olho para as ruas cheias de gente e me sinto meio sozinho na multidão. Quando vejo estou novamente de frente ao prédio do escritório, bem, já que estou aqui resolvo entrar.

Entro sem muita vontade acenando para o porteiro e sinto uma mão no meu ombro. Me viro e dou de cara com um rapaz sorridente. Christian. Vejo os olhos esperançosos dele e sei bem o que ele sente por mim, mas...

- Oi, Milo. Já almoçou?

- J�, Christian. Passei numa cafeteria e comi alguma coisa. – vejo o seu sorriso se desvanecer diante das minhas palavras. Ah, se ele soubesse como eu gostaria de poder nem que fosse um pouco corresponde-lo, assim, não estaria sofrendo por um francês casado e que vive em outro continente.

- Ah, sim... er... bem, Milo, eu estava pensando se você não gostaria de sair hoje a noite, sabe como amigos, tem um café ótimo perto do Parque.

Respiro fundo e olho para ele, bem não custa nada tentar não é mesmo. Afinal, quem sabe com a convivência com Christian eu consiga esquecer Camus. Difícil, muito difícil. – Seria ótimo, Christian, a gente se encontra aqui embaixo e vai para lá.

Me afasto e subo novamente pelo elevador. Entro e vejo Kate sentada com aquele ar de quem está tentando ler a minha mente para ver o que se passou. Caramba, se eu não soubesse que o santuário está a milhares de quilômetros de distância daqui, eu diria que a Kate é alguma amazona telepata.

- Kate, pará de me olhar desse jeito...

- O que aconteceu, Milo? Já sei... o Christian te convidou para sair de novo.

Arregalo os olhos assombrados. "Que é isso, essa garota deve ser algum tipo de médium" – Como você sabe? – a vejo sorrir com aquele ar debochado típico dela.

- Ele passou por aqui te procurando e o resto foi pura dedução. – ela me segue para dentro do escritório – Ah sim, aquele seu amigo Aioria e pediu retorno.

- Aioria... – repeti sem perceber, afinal, era estranho ele estar me ligando no meio da semana. Normalmente sempre nos falamos nos fins de semana ou na semana através de e-mails. "Deve ter acontecido alguma coisa. Será que..? Não, Milo, nem pense nisso, nem crie esperanças, isso nunca vai acontecer. "Ele" nunca iria até a Grécia para procur�-lo."

Entro no meu escritório e fecho a porta. Sei que depois vou ouvir um monte da Kate pela minha falta de tato, mas preciso ficar só e pensar.

Sento novamente na minha cadeira e olho para fora. Posso ver a Baía de Manhattan da minha janela e sorrio imaginando como seria tê-lo aqui ao meu lado.

Como seria beija-lo em plena Madison Square ou andar de mãos dadas no Central Park. Ah, droga estou novamente divagando e pensando demais nele.

Mas, que New York seria melhor se Kamus estive aqui seria...

Continua...

Agradeço demais pelas reviews que já recebi pelo outro capitulo e novamente peço, por favor, me mandem reviews.