Ok, ai vai mais uma história Carby... Só lembrando que ER pertence a WB, NBC (alguns figurantes são criações minhas, though). Além disso eu não sou médica, por isso uso alguns termos médicos sem muita (ou quase nenhuma) certeza, logo crianças, não tentem isso em casa. É isso, espero que gostem! A história se passa na 11ª temporada, suponha que Carter não tivesse conhecido Kem, não tivesse voltado depois de ter salvado Luka, mas tivesse realmente mandado a carta... Alguns médicos no ER são novos, só para dar contexto à história
"O retorno a Kisangani"
Dr Lockhart
Lounge
Tem como esse dia ficar pior, pensou Abby, de pé diante de seu armário, retirando o jaleco totalmente sujo com uma mistura indecifrável. Ela sabia que a sorte não andava muito ao seu lado, mas aquele dia estava transpassando todos os limites possíveis. Em seis meses de residência ela nunca tinha atendido tantos traumas, ou perdido mais do que um paciente por plantão. Mas seis, ela disse consigo mesma, para depois sussurrar para o próprio armário, "Eu sou uma assassina..."
Abby ainda falava consigo mesma quando Haleh entrou na sala.
"Abby, seu paciente na sala de exames 2 está vomitando de novo"
"Já estou sabendo", Abby respondeu mostrando o jaleco encharcado, "O CBC que eu pedi ainda não chegou?"
"As coisas andam meio lentas lá em cima... Mantenho o dramim?"
"5cc a cada 10 minutos", Abby pegou um jaleco limpo e vestiu-se rapidamente, guardando o sujo em um saco plástico, "Susan já chegou?"
"Sala de exames 4...", Haleh confirmou e logo depois saiu da sala. Abby olhou em seu relógio, são 5 da tarde. Ela ainda tinha cinco horas pela frente de seu terrível plantão e tudo o que ela queria era um bom banho e um café decente. Mas isso teria que esperar.
Vamos, Abby, tente não matar mais ninguém hoje, ok? Abby repetiu mentalmente enquanto pegava o estetoscópio e o pager. Ela olhou para o armário e percebeu que o seu celular está vibrando. Agarrou-o imediatamente e deu uma olhada:
"Você tem uma mensagem de voz"
Abby procurou curiosa pelo remetente, mas o número não lhe era familiar. Ela então colocou a mensagem para passar. Depois de alguns segundos, ela começou a ouvir a gravação
"barulho intenso Hei... seu número continua o mesmo.."
O ruído na gravação era intenso, mas não tão intenso quanto o frio que Abby sentiu no estômago ao reconhecer aquela voz. Uma voz que ela não ouvia há muito, muito tempo. Ela continuou ouvindo a gravação, com toda a atenção possível, e a cada palavra dita, a tensão em seu peito crescia. Aquilo não estava acontecendo, era surreal e assustador...
"Carter?", Abby sussurrou ao fim da mensagem, extremamente angustiada. Ela olhou para o celular e apertou a tecla para repetir a mensagem, mas desta vez o olhar curioso deu lugar a uma expressão aterrorizada. Abby começou a ouvir a mensagem novamente, seus olhos cheios de lágrimas..
continua...
