Walter(meu filho do SS), Moody aparece em sua homenagem, explicando o que aconteceu, repare bem no paralelo com a realidade da nossa Ordem.

Família Lupin (do SS) Aluado e Tonks em homenagem a vocês!

Harry ao meu estilo, espero retomar a saga de HP com a grandiosidade e presteza da DV.


HP&TP.

C.1. Notícias.

Alguns dias antes…

A primeira figura, a menor, entrou como que cambaleante e acabou por desabar no parco sofá a frente daquela sala simplória... a outra figura entrou, a maior, como que arrastando os pés, embora isso não fosse visível... era um modo de andar que só quem o conhecesse poderia notar...

Um cansaço imenso. Da porta escondida uma terceira figura entrou no aposento silencioso e hesitou... olhando de uma figura pálida para a outra e olhou mais inquisitivamente para a segunda que sentara-se na poltrona em frente ao sofá.

-Engraçado... está muito tarde...- começou e calou-se quando os olhos que estivera espreitando se ergueram duros e frios.

Antes que palavras fossem ditas, antes que a figura menor terminasse de se esparramar trêmulamente no sofá a porta foi esmurrada.

-Vá abrir.- disse a voz fria.

O terceiro retornou um olhar torpe, mas se adiantou para abrir a porta, sendo empurrado por uma mulher ofegante que correu e caiu em frente ao sofá envolvendo a figura um tanto exageradamente pálida do rapaz ali estendido e que a olhou ainda desnorteado.

Narcisa Chorava.

-Draco! Draco! Você está inteiro? Estás bem!

-Melhor do que deveria.- murmurou.

A segunda mulher também empurrou Rabicho que fechou a porta e ali ficou olhando novamente o grupo reunido... Bellatriz virou-se e perguntou num átmo nervoso.

-Ele fez?- apontou o rapaz ainda preso no abraço desesperado da mãe.

-Mais do que o esperado.- Disse Snape se pondo de pé e indo para um segundo cômodo de sua casa.

Belatriz o seguiu.

-Ele o matou! Draco matou Dumbledore?

-Não seja estúpida!- disse alto.

-Ele falhou então...- Belatriz se virou indo intempestivamente para a sala.- Draco...

-ALVO DUMBLEDORE ESTÁ MORTO!- disse a voz grave, muito alto do segundo cômodo.

-Draco...- Narcisa o olhou gravemente após escutar as palavras...

-Não.- Draco balançou a cabeça e fechou os olhos num suspirar muito baixo.

-O que há de errado?- Perguntou Narcisa olhando de Belatriz que batia o pé a Snape que retornara com uma estranha bebida em seis copos.

-Obviamente... houve uma... quebra... de ordens... Narcisa... haverá punição.- disse Snape amargo estendendo um copo.

A mulher encarava os olhos negros apavorada.

Belatriz contou seis copos.

-Quem mais está esperando Severo Snape?

-Estranho que não saiba Belatriz...- disse ele voltando a afundar na poltrona.

Rabicho que devorava o diálogo compreendeu o significado daquelas palavras e não pôde segurar o próprio tremor.

"O mestre vem... eles não vão... o próprio mestre vem... aqui..."

O som surdo fez Rabicho pular para trás da poltrona... Belatriz ajoelhava-se.

-A notícia se espalha aos quatro ventos...- foi o que a voz disse.-Não precisam mover-se crianças...

Alvo Dumbledore está morto.

Rufus Scrimgeur ainda olhava o jornal... mesmo uma semana depois do enterro ainda estampavam a morte dele na capa...

"Está morto... acabado... ele não voltará mais. Dumbledore partiu."

E foi o rosto jovem e desafiador que lhe surgiu a mente...

"Somente terá partido quando não restar na escola mais ninguém leal a ele."

Scrimgeur levantou-se de sua mesa... certas coisas vinham cotucando-o em seu sentido mais desenvolvido de auror... a desconfiança.

Meneou a varinha.

Percy Weasley entrou correndo.

-Sim senhor primeiro ministro?

-Lembra daquela carta ditada ontem?

Percy pareceu se concentrar um minuto.

-A da noite?

-Sim.

-Senhor?

-Mande-a agora, com selo oficial e urgente!

-Imediatamente senhor.

Percy apenas sentiu a ponta do memorando em forma de avião lhe acertar na testa.

-É para o senhor urgente.- disse se virando.

Scrimgeur pegou o papel.

-Como assim?- olhou novamente.-Percy me devolva a carta.

-Como senhor?

-A carta, traga aqui, terei que modificá-la.

-Imediatamente senhor.


A coisa foi meio que estranha não... pensou ele jogado na mesma cama, com os dedos enrolados na corrente feia em seu pescoço, ainda como se... o tempo não houvesse passado, ao contrário de sempre... sua mala foi sequer desfeita.

Alguns dias...

Edwiges bateu asas nervosamente na janela aberta e convidativa... apesar do verão a neblina era intensa.

Eles estavam ali tão perto.

Era fácil de compreender... foi só ver as caras chocadas dos tios quando chegou mais cedo do que o previsto, e no entanto, nem Petúnia, nem Válter tiveram ânimo para provoca-lo.

No segundo dia se forçou a cozinhar para a tia que olhava a televisão noticiando uma tempestade no sul... ela parecia estar em outro mundo.

E ele estava com fome. O mundo agora era uma prerrogativa fácil.

Viver...

Estava olhando uma certa foto... ela lhe dava paz... agora era só isso.

Paz.

Suas decisões estavam tomadas.

Edwiges se agitou para dentro piando ferinamente para a coruja grande que entrou.. e parou ao seu lado na escrivaninha.

Havia um pergaminho nela, Harry retirou-o.

Harry... sei que deve ser tarde... mas temos que falar com você... Hoje ainda.

RL.

A coruja assim que percebeu que ele tinha terminado de ler foi embora. Harry virou-se para Edwiges. E ergueu o pergaminho.

-Quanto quer apostar que ele traz Tonks junto?

Ela apenas bateu asas e pousou no seu ombro beliscando-lhe a orelha.

-Vamos... acho melhor avisar... você sabe.

E desceu para a cozinha a coruja no ombro, Edwiges andava protetora.

Seus tios estavam na cozinha ambos tomando um café, com roupas quentes.

Tão pouco natural para o verão.

-Preciso avisar... creio que vou receber visitas.

Válter o olhou e deu de ombros. Petúnia apenas grunhiu.

Aquilo estava começando a perturbar...

Mas estalos altos lhe chamaram atenção e a voz veio a suas costas.

-Olá Harry!

-Eu ganhei.- murmurou para a coruja... que voou para o andar de cima.

E virou-se para ver Tonks lhe acenar, mais animadinha, Lupin e Moody.

-Como está Harry?- perguntou Lupin.

Fez sinal para a sala, os três o seguiram.

-Onde estão os trouxas, hum, Potter?- perguntou Moody.

-Na cozinha... parecem uns zumbis... estou começando a me preocupar.

Moody pareceu olhar longamente para lá e Harry soube imediatamente o que ele estava fazendo... verificando se eram mesmo os Dursley´s.

-Hum... esses dementadores viraram pragas mesmo.- disse ele se voltando ao grupo.

-Então o que foi?- Harry perguntou ao ver Tonks olhar em volta e Lupin sentar também, assim que sentou.

-Bom...temos algumas más notícias...- começou Lupin.

-O que houve com a frase tenho boas e más...

Tonks lhe sorriu ao sentar ao lado de Lupin, mas ele não estava sorrindo e Moody estava olhando toda sala, aquele olho revirando apenas... tentou não lembrar de Dumbledore, da poção, da caverna...

-Tá certo... pode falar...- disse certamente com uma expressão de concordância.

-Harry, primeiro todos concordamos que você deve ir para a Toca... o casamento, mas...você tem idéia de se... mudar daqui?

Olhou Lupin longamente, ainda tinham um mês e meio para decidir isso, pois o feitiço, talvez ninguém soubesse dele, mas havia algo mais no olhar de Lupin, Moody interviu, Harry sentiu-o olhando-o como se o atravessasse.

-Dumbledore disse que você tinha proteção aqui Potter, mas só até sua maioridade.

-É verdade.- concordou, não havia porquê esconder.-Mas não tinha planos além de visitar a toca...- então algo lhe passou pela cabeça.- Além da sede da ordem...- disse devagar, tinha esquecido, ou tentado esquecer que era sua, era isso que Lupin queria saber.- Porque eu não deveria?

-A casa do Largo foi invadida Harry.- disse Tonks.- Não sobrou muito. O ministério lacrou a propriedade.

Foi um tanto quanto ambiguo o que sentiu, um pouco de dor, afinal era sua e fora atacada... era um modo de atacá-lo, de outro modo entretanto... não sentia grande perda, não era como se gostasse mesmo do lugar... Deu de ombros.

-Bom, eu não pretendia morar lá realmente... havia alguém lá? Alguém se feriu? Algo aconteceu?

-Não, a sede tinha sido desfeita a um bom tempo, e não voltamos a ocupá-la, a sede estava na escola mesmo... agora...- começou Tonks e baixou a cabeça.

-Agora?- disse com mais ansiedade que desejava.

-Bom Harry... sem Dumbledore e com as baixas do ano anterior...- começou Lupin.

-Não diga...- olhou Moody, afinal Lupin passara a mão no ombro de Tonks como se a confortasse.

-Bom Potter, a Ordem obviamente se dissolveu, para muitos o fato de Snape ser membro e ter traído Dumbledore, e como colocou-se outros membros em dúvida, como Mundongo...

-Não...-disse e olhou pra o chão.

No entanto, parecia bem óbvio afinal, sem uma liderança como Dumbledore, o resto... era menos gente para enfrentar Voldmort diretamente e não sabia afirmar se isso era bom ou ruim.. o medo lhe atravessou o corpo, ergueu a cabeça e encarou Lupin.

-Lupin... o que você vai fazer agora?

Remo lhe ergueu o rosto.

-Inicialmente achei que ia embora... mas não tenho mais certeza... parece que tenho algumas coisas que me prendem aqui.- Ele lhe sorriu.- Ainda estou com os lobisomens... se é o que quer saber.

-É seguro?- perguntou ansioso.

-Bom... o grupo também está meio perdido, Grayback não voltou desde o ataque, mas não foi preso. Isso me ajuda. Mas ele pode me reconhecer se voltar.

-Não fique mais do que o seguro.- disse com um sentimento nervoso.- é arriscado demais.

-Mas tem alguns já querendo fugir... acho que convenço-os a ignorar Grayback.- ele disse.

-O difícil é se manter longe do ministério.- disse Tonks.- Scrimgeur mandou os aurores ficarem de olho nos... lobisomens...

-Imagino que sim.- disse lembrando com raiva de Umbridge na comitiva do primeiro-ministro.

-E em você Potter, está sendo vigiado.- disse Moody.

-Eu?- perguntou olhando-o.

-Sim, você está sendo vigiado bem de perto.- disse Tonks.- Fig foi abordada duas vezes só essa semana.

-Desgraçado.- murmurou.

-Não deixa de ser tranquilizador. É segurança extra.- disse Lupin.

-Isso se chama manter a rédea curta.- disse com raiva.-Ele vai ver se acha que vai ficar em cima de mim.- murmurou com raiva.

-Só não faça nada impensado Harry.- disse Lupin.-E...ah... tem mais uma coisinha...

-Mais notícia ruim?- perguntou no meio de seus pensamentos raivosos contra Scrimgeur.

-Bem... o ministério não reabrirá a escola esse ano, apesar das notas terem sido entregues parcialmente e os Nom´s e Niem´s sendo feitos no ministério.

-Sim e daí?- deu de ombros.

Os três o olharam, disse sem olha-los,

-Eu não pretendia voltar mesmo.

-Harry...- começou Lupin de forma repreensora.- Hogwarts era e é um dos poucos locais seguros...

-Não não é, nem era... não faz diferença alguma... está mesmo fechada.- disse ainda sem os olhar.

-Você podia dar uma mãozinha nisso Potter.- disse Moody.

-Como?- olhou-o.

Moody estava revirando seu casaco e alguns bibilhoscópios e outras coisas caíram do bolso dele, fazendo Lupin olhar pra cima e Tonks suprimir um risinho.

-McGonagall pediu que lhe entregasse... seria bom ler com calma Potter.- disse ele e agitando a varinha pôs-se a recolher tudo que caíra.- E creio que está na hora de irmos, aquele feitiço de despistamento deve estar acabando.

Harry que olhava o papel com o brasão da escola, despertou e os olhou.

-Como falo com vocês?

Lupin apontou o envelope.

-Minerva ainda sabe como encontrar todos. Se cuide.

-Tchau Harry!

Os três bruxos desaparataram, apenas escutou um breve resmungar vindo da cozinha. E ficou imerso em pensamentos.

As coisas estavam andando e não era prudente relaxar e esperar um mês e meio... fechou os olhos cansados, uma mão amassando o pergaminho, outra novamente enosada na corrente em seu peito.

-Você...

Abriu os olhos de leve e pulou da poltrona, seu coração parou ao perceber um engano.

-Definitivamente, você está parecendo um zumbi!- disse com desgosto olhando a cara cavalar da tia imensamente pálida parada a sua frente... motivo de te-lo lembrando um dos Inferis.

-Como pode me xingar! - Disse ela ferozmente.

-Que seja,- disse desanimadamente.- Que foi?

-Duda vem amanhã... da escola.

-E eu com isso?- disse a olhando.

-Quando você vai embora?

Deu com certeza um olhar muito sórdido para a tia.

-Creio que você sabe muito bem quando.- disse entre os dentes.

-Sabemos o que o velho caduco disse...

-NÃO...- começou a falar alto, mas se conteve.

Petûnia tinha dado um passo para trás e essa novidade o desconcertou... quando eles davam passos para trás?

-Não repita isso.- disse sério.- Vou subir... e é só um mês e meio... depois vou embora...Pra sempre.

Petûnia se afundou no sofá... olhando a televisão, ligou com o controle remoto... para ver que um rio transbordara próximo dali e que ao norte uma ventania destruíra algumas fazendas.

Calamidade Nacional! Berravam as notícias.

Olá Harry...

Espero sinceramente que as palavras trocadas no escritório aquele dia, e na saída depois tenham sido relevadas, e que você tenha pensado melhor...

-Não pensei e não mudei de opinião!- rosnou.

A escola está interditada, Harry, o ministério está tomando o controle da situação, até então consegui que acatassem que boa parte do corpo docente deseja ficar e continuar as aulas... mas eles ainda impõe algumas condições. Agora estamos cooperando...

Harry jogou a carta na cama... desanimado, não queria nem ia concordar... primeiro, não tinha mudado de opinião, Só Rony e Hermione sabiam a verdade e era muito. Ele não ia voltar ao colégio... tinha mais o que fazer... seus olhos voltaram a letra firme e decidida da nova diretora.

com o ministério... Scrimgeur pediu que Dolores Umbridge retornasse a cargo de Dcat a menos que indicássemos um novo professor...

-Lupin?

Não podemos indicar nem Moody nem Lupin, ambos estão comprometidos perante o ministério.

-Tonks...

Tonks muito menos ainda precisamos das informações dela... desde que Quim foi afastado. E muitos outros se negam terminantemente a aceitar o cargo.

-Quim foi afastado...

Mas não peço que nos ajude a convencer ou encontrar alguém... e sim que aceite os termos de Scrimgeur por enquanto, ele irá procura-lo, Com isso ele cederia mais tempo para organizar-mos tudo.

Com mais pezar do que você pensa. MM.

-Eu não acredito!- disse amassando o pergaminho.- Não mesmo! Não nunca! Nunca mesmo!- disse picando o pergaminho.- Não acredito que você fez isso McGonagall! Achei que era fiel também!

Algumas lágrimas de raiva vieram à tona.

-Achei que tinha entendido.- murmurou sentando na cama.- Achei que ia entender...

Última hora antes da partida de Hogwarts...

O escritório de Minerva McGonagall era mais próximo da saída... por isso ela o levou até lá.

-Harry... sinto pedir isso agora, mas acho que já houve tempo para você se acalmar e pensar melhor no que houve.- disse ela.

-Não compreendi professora.

-Há muito mais em jogo sem a autoridade e influência de Dumbledore.

-Influência?- começou a compreender.

-O ministério que fechar a escola Harry... e temos poucas opções... Scrimgeur vai nos pressionar... preciso saber...

-A senhora não acha... que se devesse saber... ele mesmo lhe contaria?- disse firme.

Ela o olhou firmemente e de tantos anos, foi a primeira vez que houve frieza neles.

-Vejo que não posso discutir isso com você.- ela completou.

-Achei que antes de todos... a senhora entenderia.- disse firme.- Posso ir?

-Sim... já estão todos saindo, mas pensa Harry... o mundo não acabou aqui... temos que ir em frente.

-Com certeza o mundo não acabou...- disse amargo.

Edwiges se agitou mais uma vez... Harry que havia deitado na cama, pernas para fora abriu os olhos para o teto e voltou a sentar.

Uma outra coruja tinha chego, enorme que fizera Edwiges subir em sua gaiola encarando-a ameaçadoramente.

-O que é agora.- disse tirando o pergaminho da pata dela que saiu intempestivamente, fazendo suas asas roçarem no rosto de Harry.

Edwiges arrepiou-se e piou alto tentando ataca-la.

-Edwiges! Calma!- disse estendendo a mão.

A coruja voltou de fora e pousou em sua mão.

-Calma estressada... que te deu?

Mas a coruja deu um estralo com o bico e voltou a gaiola chateada.

Harry deu de ombros e ergueu o pergaminho.

-Ministério da Magia/Gabinete do primeiro-Ministro. Para Harry Potter em mãos... Não sei porquê... mas me deu um sentimento ruim agora.

Empurrou o resto do pergaminho picado de McGonagall para o chão e sentou-se na cama, agora com as pernas na mesma e olhou o pergaminho lacrado...

Quebrou o lacre.