Título: Luz e Sombras
Por: Sissi
Disclaimer: IY não é meu, mas sim, de Rumiko Takahashi.
Capítulo VI
A luz suave da manhã atravessou as cortinas cerradas de um quarto, e bateu nas costas de um homem adormecido sobre sua mesa. Uma brisa empurrou as cortinas para o lado, e trouxe consigo um delicioso aroma de frutas e de verão. Os pássaros já haviam deixado de cantar fazia algum tempo, e estavam ocupados demais com suas tarefas diárias, como cuidar de seus filhotes que haviam nascido na primavera.
Sesshoumaru abriu os olhos, não sem alguma dificuldade. Ele piscou algumas vezes, passou uma mão sobre sua face, e bocejou. O quarto parecia adquirir vida com seus movimentos lânguidos, como se um sopro de vida houvesse sido desferido. Um copo transparente, contendo um líquido alaranjado, repousava placidamente sobre a mesa, perto de alguns prontuários amassados. Sesshoumaru passou uma mão por entre seus fios de cabelo, e fez uma careta. Seu cabelo estava todo emaranhado, e ele precisava de uma escova de pentear com muita urgência.
Ele levantou seus olhos quando ouviu algumas batidas na porta. Ele arqueou uma sobrancelha. Seus olhos repousaram sobre seu relógio de pulso, e ele quase pulou da cadeira. Quase.
A porta de seu consultório se abriu sem seu consentimento, e ele viu lábios vermelhos, encostados um sobre o outro, repreendendo-o. Dois pares de olhos castanhos, belos e quentes, lançavam adagas em sua direção, e caso Sesshoumaru fosse um homem de menos fibra, teria se encolhido de medo. Não era o caso.
"Algum problema, Kikyou?"Ele perguntou com ironia. Kikyou cerrou os dentes, andou até a mesa, e se inclinou sobre ela, utilizando suas duas mãos, uma em cada canto desta, para equilibrar sua nova posição.
"Sim, tenho um grande problema. Meu amigo e colega de trabalho, que está cuidando de um caso junto comigo, esteve ausente a noite inteira quando a paciente teve uma crise de histeria, e em seguida, de depressão, causando sérias lesões em si mesma. Satisfeito?"
Sesshoumaru arregalou um pouco os olhos.
"Kagome?"
Kikyou estreitou os olhos, e suspirou, cansada.
Ela olhou para trás, e avistando uma cadeira, sentou-se nela, deixando seu corpo desabar em questão de instantes.
"Sim, é ela. Ela está terrivelmente abalada com o a morte da família. Eu achava que ela ia entrar nesta crise amanhã, ou melhor, hoje, mas isto aconteceu mais cedo do que eu esperava." Kikyou suspirou novamente, e lambeu os lábios, pensativa. Ela olhou de relance o copo de uísque, e franziu a testa.
"Onde você esteve a noite toda? As enfermeiras ligaram umas cinco vezes para o seu celular."
Sesshoumaru retirou de seu bolso seu celular prateado. Era um modelo pequeno, muito prático. Ele o abriu, e notou o número de ligações perdidas. Ele piscou algumas vezes para se certificar. Os números desapareciam e reapareciam todas as vezes que suas pálpebras se abaixavam e se levantavam. Não, ele realmente perdera sete ligações na noite anterior. Maravilha, ele pensou. Ele coçou a cabeça, e se reclinou na cadeira.
Sua cabeça latejava, e isso o distraía imensamente. Ele fechou os olhos, e tentou pensar em uma boa resposta para dar.
Por um momento, ele pensou que morrera, pois nada lhe passava pela mente. Ele levantou os ombros. Não havia o que fazer, o mal estava feito.
Só lhe restava a verdade. A verdade...
Engraçado como certas coisas podem dar um frio no corpo, como se uma água gelada houvesse sido despejado sobre seu corpo nu. A verdade também se parecia muito com um vazio que se espalha pelo organismo, partindo do meio do peito, e que se alastra pelo abdome, pescoço, cabeça e membros.
"Passei a noite aqui, bebendo. Devo ter dormido na mesa, pois... " Ele abriu os braços, e indicou os papéis amassados. Kikyou acenou afirmativamente com a cabeça. Seus olhos permaneciam sérios, e um brilho no seu centro parecia morrer. Sesshoumaru fechou os olhos. Ele sentia uma dor estranha no peito. Ele reabriu os olhos, e a encarou.
Ambos ficaram em silêncio, cada um olhando o outro, uma esperando mais explicações, e o outro, procurando respostas. Kikyou levantou-se da cadeira, e o olhou firme nos olhos.
"Muito bem, já está tarde. Aconselho você a começar a trabalhar o mais rápido possível. Dê uma passada no quarto de Kagome, e me dê a sua opinião."
Ela arrumou o seu cabelo, ajeitou suas roupas, que estavam impecáveis, como sempre, e abriu a porta. Ela se voltou para ele, pensativa.
"Visite-a. Mesmo que ela o irrite, lembre-se do seu juramento, Sesshoumaru."
Ela fechou a porta atrás de si.
Sesshoumaru pousou uma mão sobre sua testa. Ele estava afebril, e ele podia sentir seu pulso, que estava normal. No entanto, aquela estranha dor continuava ali, deixando-o desconfortável.
O que aquilo poderia significar?
Rin estava muito preocupada. Ela havia acordado há muito tempo, e esperara pacientemente seu Sesshoumaru, que não aparecera. As enfermeiras, doces e carinhosas, haviam lhe dito que ele iria visitá-la, apenas um pouco mais tarde. Rin agarrou os lençóis com suas pequeninas mãos, e franziu a testa. Todos diziam que ele iria vir mais tarde, mas quão tarde seria isso? Ninguém sabia lhe responder, e por isso, preferiam ficar em silêncio, o que a deixava ainda mais nervosa. Ela mordeu seu beiço, e se virou para Sango.
"Enfermeira Sango, quando o Dr. Sesshoumaru vai vir para me visitar?"
Sango parou de mexer no mingau, e suspirou. Já era a quinta vez que ela lhe perguntava isso.
"Mais tarde Rin, ele é um médico muito ocupado."
Rin cruzou os braços.
"Ele me prometeu!"
Sango quase riu quando viu aquele rostinho meigo tentando parecer sério. Ah, a infância era tão linda, cheia de beleza e ternura. Ela sorriu para a criança, que sorriu um pouco, até que arregalou os olhos – pois se lembrou de que tinha que ficar séria – e fechou a cara.
Sangou riu.
"Rin, não se preocupe, tenho certeza de que ele não se esqueceu da promessa. Olhe, se você comer todo este mingau, e beber todo o seu suco, irei eu mesma ao consultório dele para lembrar-lhe da promessa, combinado?"
A garotinha de seis anos de idade se alegrou imediatamente. Seus olhos se reavivaram, e seu corpo inteiro parecia ter se recarregado de energia. Ela se levantou da cama, e foi correndo à mesa, onde Sango havia colocado seu mingau e seu suco. Ela se sentou confiantemente, pegou a colher, e começou a comer. Colheradas cheias de mingau desapareciam rapidamente de sua boca, e o copo de suco de laranja, uma vez cheio, já estava pela metade.
"Coma mais devagar, Rin!" Sango a avisou, mas não conseguia deixar de sorrir. Esta pequena garota parecia um facho de luz naquela manhã triste.
"Eu quero ver o Dr. Sesshoumaru!"e dito isto, ela continuou a comer. Sango riu, e sua risada fez algumas enfermeiras pararem perto da porta para olharem o que estava acontecendo. Muitas riam de volta, pois todas sabiam como a pequena Rin era adorável.
"Só você mesma, Rin..." Sango sussurrou, indo ao banheiro para lavar as mãos. Ela abriu a torneira, e deixou a água fria molhar sua pele. Ela esfregou suas mãos com o sabonete, e deixou a espumar escorrer pelo ralo. Secando suas mãos com uma toalha branca, ela saiu do banheiro, avistando imediatamente o prato vazio.
"Terminei!" Rin exclamou, e correu para a cama. Seus grandes olhos castanhos a olhavam de volta, e suas bochechas, grandes e rosadas, davam-lhe um ar de frescura.
"Muito bem. Vou pentear seu cabelo, e em seguida, irei falar com o Dr. Sesshoumaru. Tudo bem para você?"
Rin apoiou o queixo sobre uma mão, e ficou a pensar sobre o novo termo do contrato.
"Não sei..."
Sando se sentou do seu lado, e acariciou-lhe a cabeça.
"Não se preocupe. Eu sei quando ele vai almoçar, que é somente daqui a duas horas. Temos tempo de sobra..." Sango lhe disse. Rin, por fim, acenou com a cabeça, e deixou a garota mais velha passar uma escova no seu cabelo rebelde. Seu cabelo castanho era longo, brilhante, e contrastava contra a luz do sol, ganhando uma cor mais quente, dourada. O movimento contínuo do objeto acariciando sua cabeça, aliado ao gostoso perfume de Sango, embalava a pequena garota de volta ao mundo dos sonhos. Ela piscava os olhos algumas vezes, e bocejava de vez em quando. Entretanto, o sono era forte, e ao final ela adormeceu. Sango sorriu, e colocou a escova sobre a mesa. Com muito cuidado, ela posicionou a cabeça de Rin sobre os travesseiros, e abriu a janela. Um vento suave beijou-lhe o rosto, e ela ajeitou o cobertor sobre a criança adormecida.
"Não se preocupe, Rin. Trarei o Sesshoumaru para você."
Ela abriu a porta, e a fechou logo em seguida. Seus passos ecoaram pelo corredor, e com o tempo, tornaram-se cada vez mais fracos, até que desapareceu por completo.
Sesshoumaru abriu a porta, e a fechou atrás de si. Kagome estava deitada na cama, de olhos fechados, e com a respiração calma. Ela estava um pouco mais pálida que o normal, e havia gaze enfaixado sobre sua testa. Provavelmente onde ela havia se machucado, Sesshoumaru pensou. Ele andou até o pé da cama, e de lá retirou o prontuário da garota. Seus olhos voava sobre a folha de papel, e ele colocou-o debaixo de seu braço.
Ele se aproximou da cama, e retirou o estetoscópio que estava em volta de seu pescoço. Abrindo um pouco a blusa fina de Kagome, ele utilizou o objeto para ouvir seu coração. Estava tudo certo. Com uma mão atrás da nuca da garota, e a outras nas costas desta, ele a forçou para frente, e utilizando seu próprio corpo como apoio, deixou o corpo de Kagome recostar-se sobre o seu. Com o estetoscópio, ele auscultou seu pulmão, que estava limpo. Com cuidado, ele a recolocou na cama, e ajustou o cobertor.
Com uma caneta, ele escreveu rapidamente sobre o prontuário.
Ele voltou para a cama, e desta vez, não tentou esconder sua presença. Ele colocou uma mão sobre seu ombro, e a chacoalhou. Kagome murmurou algo ininteligível, porém não acordou. Sesshoumaru suspirou internamente. Ele tentou mais uma vez, porém com mais força, e obteve resultado positivo. Kagome abriu lentamente os olhos, e dois globos azuis o olhavam de volta. Não havia nenhum brilho de reconhecimento, e o jovem médico sentiu seu ego ser atacado ferozmente. Então, lembrou-se que ela era cega, e seu peito ficou mais livre subitamente.
"Kagome Higurashi."
Ela o olhava com calma, porém seus lábios permaneciam fechados. Estes estavam um pouco rachados, e ele esticou o braço para o copo de água.
"Água?" Ele arqueou uma sobrancelha.
"Por favor..." Kagome replicou com voz rouca. Sesshoumaru ajudou a garota a se ficar numa posição ereta, e colocou o copo diante da garota. Ela não tomou o copo de suas mãos. Ele fechou os olhos, sentindo sua paciência começar a dissipar aos poucos. Com uma lentidão proposital, ele colocou o copo sobre os lábios dela, e inclinou-o, e o líquido escorreu pelas paredes cristalinas.
Quando ela terminou de beber, ele recolocou o copo de volta na mesa do lado da cama. Ele se levantou rapidamente, e a perscrutou.
"Como você está se sentindo?"
Ao invés de responder-lhe, ela fez uma pergunta:
"Quem é você?"
Sesshoumaru cerrou os dentes.
"Sou o seu médico. Vim vê-la ontem, pela manhã."
Kagome virou o rosto para o lado, e fechou os olhos.
"Não me lembro de você ontem à noite. Havia várias vozes, mas nenhuma era o seu."
Ele abriu o prontuário, e tornou a escrever sobre ele.
"Posso não ter estado aqui ontem à noite, mas sou responsável por você." Ele levantou os olhos para ela,"e quando faço uma pergunta, gosto quando as pessoas respondem logo em seguida."
Kagome encolheu os ombros.
"Você não precisa gostar de mim."
Sesshoumaru virou os olhos para cima. Ele se levantou, andou até a janela, e pôs-se a observar o céu claro. Era um belo dia. Ele se virou para ela.
"Apenas me diga se você está se sentindo bem ou mal."
Kagome se revirou na cama. Suas mãos agarravam o cobertor com desespero, e seus olhos azuis turvaram-se subitamente. Ela abriu a boca, mas a fechou rapidamente. Ela inspirou profundamente, e algumas lágrimas escorreram pela sua face. Ela engoliu o soluço que tentava escapar de seu peito, e quando ela percebeu que não sabia onde Sesshoumaru se encontrava, ela fechou os olhos, e se aprofundou na cama.
"Eu sinto..."
Sesshoumaru se moveu para o seu lado.
"... Um grande vazio em meu peito..."
Sesshoumaru pousou uma mão sobre sua cabeça. Kagome se assustou com o gesto, e ele retirou-a rapidamente. O contato breve acabou-se em segundos. Kagome ainda podia sentir seu calor, e enrubesceu.
Sesshoumaru se afastou, e recomeçou a escrever no prontuário. Kagome desviou seu rosto do local de onde vinha o barulho de caneta se atritando contra papel. Ela mordeu o beiço, cansada e confusa.
"Você gostaria de viver?
"...Viver?"
Ela sorriu tristemente para a pergunta.
"Gostaria mesmo de saber a resposta?"
Sesshoumaru pousou a caneta sobre a primeira superfície que encontrara por perto.
"Sim, eu gostaria de saber a resposta."
"Eu... Não tenho mais razão para viver."
Sesshoumaru suspirou. Era um caso típico de depressão, mas era de se esperar. Alguns pacientes, após acidentes traumáticos como os dele, desenvolvem estes casos. Qual seria o melhor tratamento para ela, ele se perguntou.
"Posso saber o porquê disso?"
Ela riu. Por alguma razão, e ele não saberia explicar por que, sentiu-se feliz e desconfortável ao mesmo tempo. Aquela dor em seu peito voltara, e ele podia sentir suas mãos desejando ardentemente parar aquela risada histérica, mesmo que tivesse que rasgar aquela garganta. Ele fechou a mão, e suas unhas afundaram sobre a carne da sua palma.
"Não é óbvio?" Kagome lhe perguntou quando terminou de rir, e as lágrimas escorreram de seus olhos. Eram lágrimas de tristeza ou de escárnio? Ele não saberia dizer.
"Eu gostaria de ouvir a razão de sua própria boca."
Ela meneou a cabeça, e seu cabelo negro dançou pelo ar. Parecia uma chuva de petróleo a cair do céu.
"Você não tem coração? Ou ele é feito de pedra? Ou de gelo, talvez?"
Ele franziu a testa, e virou as costas.
"Estou simplesmente fazendo o meu trabalho."
Ela riu novamente, e mais uma vez, seu peito começou a doer. Era uma dor estranha, ele observou. Não era na forma de queimação, nem de pontadas. Parecia mais que uma mão invisível apertava seu coração, e ele sentia dificuldade em respirar. Ele a encarou, e ela parou de rir após alguns instantes. Ela suspirou, e colocou as mãos sobre seu peito. Ela abaixou o seu rosto, de tal modo que ele não mais podia ver-lhe as feições, apenas o contorno de seus lábios rosados.
Quando ela falou, sua voz perdera aquela frieza, aquela rispidez de antes, e ganhou um certo tom de tristeza que apenas aqueles que perderam alguém são capazes de demonstrar. Sua voz, em um tom abaixo do normal, captou sua atenção, e Sesshoumaru ouviu, com uma barreira invisível erguida entre os dois, suas palavras.
"Sabe, certos assuntos nos afetam muito mais que outros. Se esta dor... " Ela apontou para o seu peito," fazem este órgão doer, então preferimos não tocar no assunto até que ele tenha se cicatrizado. Por isso..." Ela levantou o rosto para ele," peço para que não me pergunte mais sobre isso."
Sesshoumaru lambeu os lábios, e começou a remexer nos bolsos de seu avental.
Ele abriu a porta, e se retirou do recinto.
A imagem de Kagome estaria na sua memória por um longo tempo.
"Ah, Dr. Sesshoumaru! Estava à sua procura!" Sango exclamou quando avistou o médico saindo de um quarto. Sesshoumaru parou de andar, e se virou. Era aquela enfermeira, de longo cabelo negro e de uma aura rebelde, da qual nem mesmo o Dr. Miroku havia conseguido escapar.
Sango correu até ficar do seu lado, e sorriu. Seu rosto estava um pouco vermelho, sem dúvida pela corrida, e eu corpo todo exultava juventade e vitalidade. Sesshoumaru se sentiu um pouco desnorteado, mas não expressou este desconforto. Arqueando uma sobrancelha, ele esperou a sua comopanheira continuar a falar.
"Bom, é a Rin, de quem você está tratando. Ela o está esperando desde as oito da manhã," ela lhe confidenciou Ele assentiu com a cabeça. Sim, ele havia prometido à garotinha uma visita, porém as atividades da noite anterior o haviam feito se esquecer da promessa. Ela quase rosnou de insatisfação consigo mesmo.
"Dr. Sesshoumaru?"
"Não foi nada."
Os dois continuaram a andar lado a lado até o elevador. Sango apertou o botão, e se recostou na parede.
"Mais alguma coisa?"
Sango enrubesceu.
"E-Eu gostaria de saber se..."
O elevador chegou e abriu suas portas.
"Desculpe, mas tenho que ir ver Rin."
"Claro!" Sango imediataente aquiesceu, e sorriu para o médico. Ele lhe fez uma pequena mesura, e entrou no elevador. Com os olhos, ela ficou a fitá-lo até que as portas se fecharam, levando-o para mais longe de si. Ela suspirou. Ela havia sua chance de perguntar-lhe se estaria livre è noite.
Uma mão estranha se aproximou sorrateiramente de Sango, e sem que esta percebesse, tocou-lhe a parte de trás. Sango gritou, e virou-se rapidamente, já com a mão direita levantada para um contra-ataque. Eficientemente, sua mão se conectou com a face esquerda de Dr. Miroku, que arregalou os olhos, porém não deteve o assalto.
"Querida Sango, você poderia bater com menos força!" ele replicou, massageando sua face.
"E você poderia ser menos tarado!" ela o advertiu.
"Ah, mas e onde estaria a graça na vida?" ele lhe perguntou, e ela revirou os olhos.
"Vamos, admita! Você gosta que eu lhe toque!"
Sango arregalou os olhos, e começou a fugir de Miroku, que a seguia com rapidez.
"Seu, seu...!"
De longe, Ayame observava os dois, utilizando toda a sua força de vontade para não rir da cena. Ah, era uma pena que sua amiga Sango não gostasse do Dr. Miroku, pois eles formavam um belo casal. Subitamente, uma lâmpada se acendeu em sua mente, e ela pôs –se a massagear suas mãos, um brilho a iluminar seu rosto.
Escrito em Março
Notas da Autora: Bom, acho que irei escrever as cenas extras desta história, como a luta entre Sango e Miroku, mas só quando eu tiver um tempo extra. No momento, minha atenção está totalmente focada nesta fic, o que espero que seja um bom sinal. Este capítulo é curto, eu sei, mas decidi cortá-lo em dois para não juntar muitas cenas diferentes em um capítulo só. O próximo capítulo deverá sair na semana que vem, se tudo der certo. Os próximos capítulos... infelizmente, temo que só deverão sair em Julho, quando eu entrar de férias.
Em todo caso, já irei mandar super beijos a todos os leitores.
Resposta a Reviews:
MaHn: Olá MaHn, tudo bem com você? Obrigada por gostar tanto desta fic, e não se preocupe, eu a escreverei para você, nem que me leve a vida toda. Err, pensando bem... rsrs. Ah, estava pedindo perdão pelo fato do capítulo anterior não ter tido muito Sesshoumaru e Kagome, mas sabe como é, não podemos escrever sobre os dois o tempo todo. E os outros personagens? Eles ficariam com muito ciúmes. Bom, em relação à medicina... eu estou apenas no segundo ano de faculdade, então ainda não tenho muita noção das doenças, por isso, não levemuito a sério tudo o que eu escrever. É claro que, certas informações eu pesquiso antes, como por exemplo, qual é a área da visão no cérebro ( lobo occipital ), mas no geral, eu utilizo muito o meu senso e intuição. Hehe. Sim, tem Miroku pata todas, desde que você não se importe em dividir. Quanto ao Sesshoumaru...eu também quero! Mas, acho que ele não gosta muito de mim... ele nunca faz o que eu quero... O.O. Hehe. O encontro de Inu e Kagome... ainda não pensei muito em como escrever esta cena, mas espero que seja emocionante. Com um pouco de ciúmes no meio, talvez? Ah, pode escrever o quanto você quiser nos reviews, adoro tudo o que vocês ( reviewers) escrevem, sejam bobeiras, críticas, elogios, ou simplesmente para se desabafar. Super beijos!
Dani: Obrigada pelo review, Dani, você não sabe como isso significa para mim. Agora, estou me sentindo um pouco culpada, porque gravei a sua história Apenas Pecadores no meu computador, mas ainda não tive tempo de lê-lo. É que eu etou super apaixonada por Harry Potter nos últimos tempos, e você sabe muito bem qual é o meu casal favorito nesta série... Nem estou mais lendo Inuyasha, para ser sincera. Sim, adoro mistério,e estou tentando construir um nesta história. Nada muito complicado, envolvendo assassinatos ou coisa assim, apenas um leve romance/mistério no ar. . Eu sinceraente gostaria de escrever mais, porém a faculdade não deixa... semana passada foi um terror para mim: provas, relatórios para entregar e curso à noite. Ai ai... ainda bem que tenho a Semana Santa inteira para descansar e estudar. Além de escrever esta fic, é claro.
Dulce: Muito obrigada pelas suas palavras, Dulce. Sim, estou tentando adicionar este ar de mistério, mas nada muito complexo, mesmo porque, não tenho tanta lógica assim para criar uma trama de tal nível. Tento amarrar os capítulos um com o outro, só para não deixar os leitores no ar. É o primeiro fic Kag/Maru que você lê? Nossa, que honra! É um casal bastante incomum no fandom brasileiro, mas na norte-americana... você não imagina quantos fics com este casal existem. São milhares! Hehe, acho que estou exagerando, mas acho que deu para te dar uma idéia do número, né? Eu gostaria de postar com mais frequência, mas sinceramente, não dá. Estou atolada de trabalhos e coisas para estudar, e se eu guerdasse um momento para escrever, ficaria com peso na consciência. Mas, não se preocupe, tenho a intenção de terminar esta fic, mesmo que demore muito tempo.
