Título: Luz e Sombras

Autora: Sissi

Disclaimer: Inuyasha não é meu, e sim, da Rumiko Takahashi.

Capítulo VII

Sesshoumaru reclinou-se contra o espelho do elevador, e começou a massagear suas têmporas. O ar-condicionado do hospital sempre lhe dava náuseas quando ele ficava muito tempo dentro do prédio, o que fora recorrente durante o seu período de internato. Sesshoumaru sorriu levemente com a memória, este período de sua vida já tão longe do presente. Os longos plantões, as poucas ou inexistentes horas de sono, as conversas noturnas entre os amigos, tantas lembranças de muito tempo atrás. Sesshoumaru cerrou os olhos. Seus lábios se entreabriram, e um suspirou foi emitido.

"Tenho trinta anos,"ele murmurou para si mesmo.

Um fio de cabelo branco saiu de seu lugar, e caiu sobre seu rosto. Sesshoumaru abriu os seus olhos, e fitou as portas fechadas. Sua mente estava dispersa, talvez contemplando a passagem do tempo.

As pessoas à sua volta diriam que ele ainda era bastante jovem. Trinta anos? Nada comparado aos sessenta ou setenta anos de idade. Jovem demais para se preocupar com o tempo, ou com a morte. Sua saúde era ótima, seu corpo, perfeito. Ele era belo, inteligente, e tinha uma fila de mulheres interessadas nele (e uma outra de homens que não seria muito interessante nos adentrarmos no momento). O que mais ele poderia querer?

"Descanso..."

As portas do elevador se abriram. Sesshoumaru se retirou do cubículo, e pôs-se a andar pelo corredor. Seus pés ágeis o levaram ao quarto da pequena Rin, e a mera memória da criança lhe trouxe um pouco de paz ao seu corpo cansado. Ele quase suspirou diante das enfermeiras, que estavam tentando demonstrar indiferença com a presença do jovem médico. Era óbvio o desejo, a tensão sexual do recinto, porém ele não se dignificou a notá-lo, pois, afinal de contas, ele não tinha interesse em sair com elas num encontro.

A idéia de sair para se divertir, entretanto, trouxe-lhe uma sensação de alerta. A imagem de um bar, com suas longas prateleiras repletas de garrafas contendo bebida alcoólica era-lhe muito atraente. Apenas a idéia de sentir o gosto amargo do álcool escorrer pela sua garganta, queimando tudo no seu caminho estava lhe deixando com um estupor pelo corpo, fermentando cada vez mais seu cansaço.

Sesshoumaru meneou a cabeça, e a imagem se dissipou da sua mente. Restou-lhe apenas uma neblina cinza a preencher o vazio deixado para trás.

"Tenho que parar de beber..." ele disse para si mesmo, em voz baixa. Sabia que era improvável deixar a bebida, seu único remédio para as noites solitárias que sempre o acompanharam. Ele exalou vagarosamente, e levantou o rosto quando chegou ao seu destino.

Com muito cuidado, ele abriu a porta, e avistou uma garotinha dormindo na cama. Ele fechou a porta, e foi até o seu lado. Sua respiração era calma, rítmica, e sua pele estava fresca, com rubor. Ele colocou uma mão sobre sua cabeça, e mexeu-lhe nos cabelos, que eram suaves, macios como seda. Rin sorriu, e se inclinou para a mão, querendo mais carinho. Sesshoumaru retirou a mão, e se sentou na cadeira perto da mesa. Rin franziu, e após longos minutos, abriu os olhos.

Inicialmente, eles estavam sem foco, observando a parede branca de seu quarto. O delicioso aroma de flores do jardim do hospital permeava o recinto, e fazia a beleza da vida aflorar dentro daquele pequeno canto do mundo. Ela esfregou os olhos, bocejou com prazer, e se esticou. Suas pequenas mãos, em forma de punhos, lançavam-se ao ar, à medida que seu tronco alcançava proporções inimagináveis. Seus olhos castanhos reviraram o quarto, à procura do que a acordou. Para o seu grande regozijo, eles se depararam com o corpo solene do seu médico.

"Dr. Sesshoumaru!" Ela exclamou, e ele pôde perceber claramente a alegria em sua voz. Por um momento, ele ficou perplexo, estupefato, mas decidiu deixar este estranho sentimento para refletir depois. O presente e aquela garotinha eram mais importantes.

"Rin."

Ela se livrou do cobertor rapidamente, empurrando-o para o lado com um movimento rápido das pernas, talvez para recebê-lo melhor, e Sesshoumaru observou os seus pêlos eriçarem devido ao frio. Rin, rapidamente, recolocou o cobertor sobre seu corpo, enrubescendo com seu gesto.

Rin era a imagem perfeita de ingenuidade e meiguice, e o médico sentiu um calor se espalhar pelo seu peito.

"Está frio..." ela respondeu, e ficou mais vermelha ainda. Sesshoumaru assentiu com a cabeça, e foi em sua direção. Ele se sentou na beira da cama, e a perscrutou calmamente. Rin mexeu a cabeça, inclinou-a para o lado, e seu longo cabelo tombou para o mesmo sentido. Ela sorriu, e Sesshoumaru notou, talvez pela quinta vez, que um dente havia caído.

"Como você está, Rin?"

Ele remexeu os bolsos de seu avental à procura de uma caneta. Com o canto dos olhos, ele viu a pequena menina sorrir e apoiar o rosto com as palmas das mãos.

"Melhor, agora que o Dr. Sesshoumaru veio me visitar!" ela respondeu com clareza. Sesshoumaru acenou afirmativamente com a cabeça, e pôs-se a auscultar seu coraçãozinho, que batia freneticamente dentro do tórax. Ele auscultou os pulmões, verificou seu abdome, e quando ficou satisfeito, sabia que o exame físico estava terminado. Ela estava bem. Os seus ossos estavam quase totalmente recuperados, talvez ainda um pouco doloridos, mas ela iria sobreviver.

Os danos psicológicos eram uma outra história...

Ele abriu a pasta com o prontuário da garota. De dentro, ele retirou o exame de Raio-X do crânio, e o perscrutou contra a luz do quarto. Ele franziu a testa, e ficou a observar, por muito tempo, o exame. Rin mordeu seu beiço, preocupada.

"Tem alguma coisa errada?"

Sesshoumaru desviou o seu olhar para a parede.

"Lembra-se de alguma coisa, Rin? De sua família?"

Ela franziu a testa. Por alguns momentos, ela fechou os olhos, e forçou sua mente a voltar para o passado, para uma família feliz, para uma casa perto da praia, para um cachorrinho chamado Rex, para o nada...

"Não..."

Sua voz estava baixa, quase triste.

Não poderia estar realmente triste, já que ela não sabia o que havia perdido. Ela estava triste por razões diversas, como ter desapontado Sesshoumaru, ou porque ela não mais se lembrava do que seria ter pais, ou talvez porque ela se sentia sozinha. Muitos talvez, sem que ela pudesse dizer para nós qual realmente a afligia.

Sesshoumaru pousou uma mão sobre sua testa.

Rin arregalou os olhos.

"Está tudo bem, não faz mal."

Ele recolocou o exame dentro da pasta, e Rin, com um movimento rápido, agarrou seu pulso. Seus olhos eram suplicantes.

"E-Eu..." ela abaixou os olhos, e ambos ficaram em silêncio. O relógio parou, e seus ponteiros ficaram cansados de se mexer ininterruptamente. O vento, o ar, tudo estagnou, parou no universo. Uma lágrima caiu e se espatifou num planeta longínquo da Terra, e um grito de uma criança que acabou de nascer, do outro lado do planeta, explodiu em milhares de pedaços, dando vida a uma pequena fada.

"Rin..."

Ele retirou com delicadeza a mão que o prendia, e se dirigiu à porta.

"Irei visitá-la amanhã."

Rin sorriu, mas seu sorriso foi perdido, pois ele não se virou. Não fazia mal; ele podia sentir a alegria e a felicidade irradiando-se da garota com estas palavras. Sesshoumaru levantou a mão, balançou-o por alguns segundos, e se despediu dela, ainda de costas.

"Até mais, Dr. Sesshoumaru!" ela exclamou.

A porta se fechou, e Rin pôs-se a fitar o quarto solitário. Seus olhos estavam ardendo, e segurando a garganta com as mãos, ela tentou, inutilmente, parar os soluços que a acometiam.

Seu pequeno corpo tremia, e ela não conseguia conter as lágrimas. Elas escapavam facilmente de seus olhos, e escorriam pela sua face, indo cair sobre as cobertas brancas do hospital. Sua boca, cheia de lençol, impedia o barulho de escapar da sua garganta, e Rin se abraçou. Não era a mesma coisa que ser envolvida por outra pessoa, mas no momento, era tudo o que ela tinha.


Kikyou abriu e fechou o seu celular, e em seguida, olhou para o relógio sobre sua mesa. Ela franziu a testa.

Eram duas horas da tarde.

"Inuyasha, você não vai me ligar?"

Ela recostou-se sobre sua cadeira. Seu longo cabelo deslizou sobre seu ombro, tombando sobre seu colo. Ela abriu o celular, clicou sobre o ícone de chamadas, e observou, nervosa, que não recebia chamadas desde a noite anterior. Ela abriu a parte de mensagens. Nada. Nenhuma mensagem nova.

Kikyou suspirou.

Ela olhou o relógio novamente. Eram duas horas e cinco minutos.

Inuyasha...

Toc, toc, toc...

Kikyou levantou os olhos. A porta se abriu vagarosamente, e Ayame perscrutou a sala, apreensiva.

"Doutora Kikyou?"

"Sim?"

Ayame sorriu timidamente.

"A paciente Sofia está perguntando pela senhorita."

Kikyou arregalou os olhos.

"Meu Deus, esqueci-me dela!" Kikyou levantou-se da cadeira, e correu para a porta. Seu rosto estava corado, vermelho.

"Vamos?" Ela perguntou, e Ayame assentiu com a cabeça, sorrindo o tempo todo. Kikyou fechou a porta atrás de si, e juntas, caminharam para o elevador.

Sozinho na sala, sem nenhuma companhia, o celular abandonado começou a tocar.


Sango abriu a porta, e viu Rin deitada na cama. Ela sorriu.

"Rin? Trouxe uns biscoitos para você."

A garotinha virou o rosto, e sorriu de volta. Ela se levantou da cama, calçou seus chinelos, e correu para a enfermeira. Ela abriu os braços, e Sango lhe deu um grande e quente abraço.

"Quero biscoitos!" Rin proclamou, e como uma rainha, sentou-se na cadeira, e esperou a garota mais velha oferecê-los a Vossa Majestade. Sango meneou a cabeça, deliciada com a alegria que a garotinha lhe proporcionava. Trabalhar em um hospital não era uma tarefa fácil. Conviver dia após dia com dor, desilusão, esperança quebrada era terrível demais, e apenas algumas pessoas conseguiam suportar tal atmosfera.

Sango era uma delas.

"Aqui estão. Tenho de chocolate e de baunilha. Qual você prefere?"

"Chocolate!" Rin disse imediatamente, seus olhos brilhando diante da grande expectativa. Sango abriu o lenço rosa, e expôs o tesouro. Rin esfregou uma mão na outra, e quando Sango lhe deu permissão, pegou dois biscoitos, um em cada mão, e deu uma mordida em cada um. Seus olhos se fecharam, e ela gritou de alegria.

"Nossa, nunca vi uma garota tão gulosa!" – Sango brincou, e Rin estufou o peito, orgulhosa do seu status.

Sango se sentou na cama, e sua mão tocou o lençol molhado. Ela franziu a testa, e arqueou a sobrancelha.

"Por que seu cobertor está molhado, Rin?"

De boca cheia, Rin abaixou os olhos.

"Fez xixi na cama?"

Ela meneou a cabeça.

Sango suspirou, e se ajoelhou diante da garotinha. Com muito cuidado, ela pousou ambas as aos sobre seus ombros.

"Pode me dizer o que aconteceu. Não irei contar a ninguém."

Rin levantou os olhos quando dedos delicados tocaram seu queixo. Ela suspirou, engoliu o resto da comida, e mordeu o beiço.

"E-Eu... Derramei água na cama."

Sango inclinou a cabeça para o lado, cética.

"Como isso aconteceu?"

Rin levantou e abaixou os ombros, resignada.

"Eu queria beber água, mas acabei derramando um pouco dela na cama..."

Sango sorriu, mostrando seus dentes. No entanto, por dentro, ela imaginava um outro evento, mais dolorido e dilacerante. Ela lambeu os lábios, e com uma força interna digna de se admirar, fingiu não desconfiar de nada. Ela levantou o dedo indicador, e o apontou para a garota, meneando a cabeça à medida que a recriminava.

"Rin, quantas vezes eu lhe disse para não comer na cama?"

Ela mordeu o beiço.

"Dez vezes?"

Sango riu, e inclinando a cabeça para o lado, observou a garotinha. Num impulso, ela beijou-lhe a testa.

"Tudo bem, desta vez, eu te perdôo, mas tente evitar a cama como local de refeições, está bem?"

Rin assentiu energeticamente a cabeça. Sango brincou com seus cabelos, e em seguida, levantou-se.

"Tenho que cuidar de outros pacientes. Coma o quanto você quiser. Estarei de volta em... " Sango levantou a mão esquerda, e olhou o seu relógio, "duas horas, eu acho. Não faça besteiras, hein?"

Rin mostrou a língua, que estava marrom de chocolate. Sango fingiu fazer uma cara de horrorizada, e Rin, estimulada pelo gesto, começou a fazer mais caretas. Sango abraçou a garota, deu-lhe mais um beijo, e se despediu. Rin olhou a porta fechada, a sua cama molhada – não por água, mas por lágrimas – e suspirou. Ela estava sozinha novamente.

Ela caminhou até a janela, e olhou o céu azul. Não havia ninguém no jardim ainda, e ela suspirou.


Kagome suspirou talvez pela centésima vez. As enfermeiras que a haviam visitado agora há pouco lhe avisaram de que tinha que fazer alguns exames, que foram pedidos pelo seu médico. Kagome fez uma careta ao se lembrar de quem era responsável pela sua saúde.

"Dr. Sesshoumaru..."

Sua voz era calma, neutra. Nada denunciava sua insatisfação.

Kagome levantou o rosto para o teto.

Ela queria uma resposta para a sua situação, mas parecia que nenhum anjo viria lhe dizer o que fazer. Ela estava por conta própria. Kagome inclinou o queixo para baixo, e ela limpou os olhos com a ponta dos dedos. Estas vieram molhadas.

"O que eu devo fazer?" ela soluçou em voz baixa, fungando o nariz. Ela esticou o braço para o lado, e tateou sobre a mesa, à procura de um rolo de papel. Seus dedos tocaram, de leve, algo com textura macia, porém feita de algo resistente. Parecia uma caixa. Ela esticou-se mais ainda, e seus dedos envolveram o objeto. Trazendo-o para perto de si, ela o examinou com ambas as mãos.

O que foi que as enfermeiras haviam dito a ela? Kagome franziu o cenho, mas não se recordava de suas palavras. A manhã havia sido nublada, com as palavras das enfermeiras entrando por um ouvido, e saindo pelo outro.

Kagome levantou e abaixou os ombros, resignada.

Com os dedos, ela continuou a investigar o que estava em suas mãos.

Era uma caixa, com toda a certeza. Por fora, a caixa era envolta por veludo, mas a cor, ela não saberia dizer. Com muito esmero, ela traçou o longo caminho cortado pelos limites da tampa. Com um pouco de susto, ela encontrou o lacre.

Com o coração pulando dentro de seu peito, ela levantou a tampa, e de dentro, ela podia sentir objetos gelados e duros, alguns pontiagudos, outros mais regulares. Com o polegar e o indicador, ela manuseou um dos estranhos objetos, tocando-o, pressionando-o, levando-o ao nariz. Ela levou-o à sua face, e o colocou em contato com a sua pele.

Ela sentiu um tremor subir pela sua espinha. O objeto era mais frio que o gelo.

Ainda manuseando-o, Kagome estava quase a desistir, quando a imagem de sua mãe apareceu-lhe na sua mente.

"Mamãe!" Ela gritou. Entretanto, a sua mãe apenas sorria, e curiosamente, o que mais lhe chamava a atenção era o seu colar, que brilhava debaixo de um holofote.

Kagome soltou um grito quando reconheceu o que estava segurando.

Suas lágrimas não puderam ser contidas, e escorreram pela sua face, deslizando até o queixo.

As jóias de minha mãe...

O colar de esmeraldas que Kagome tinha em sua mão brilhava à medida que a luz do dia invadia o quarto. Kagome, porém, nada percebeu.


Por um longo momento, Rin ficou sem fazer nada. O tempo passava muito devagar, como se estivesse descansando para o futuro. Ela apoiou o queixo sobre suas mãos, e observou seus dedos dos pés. Ela franziu o cenho. Seus pés não eram interessantes. Ela se deitou, mas o sono não vinha. Ela virou para lado, e em seguida, para o outro. Nada.

Cansada, ou melhor, aborrecida, ela se levantou, e foi até a mesa. O lenço rosa estava sujo de migalhas. Rin a pegou com cuidado, e foi até o banheiro, onde jogou os restos de biscoitos na lata de lixo. O lenço ainda estava sujo, e ela decidiu lavá-lo. Ela abriu a torneira, pegou o sabonete, e ficou a brincar de dona-de-casa. Ela começou a cantar uma música qualquer – no início, era Atirei o Pau no Gato, em seguida, Ciranda Cirandinha, e no final, apenas murmurava, em voz baixa, o ritmo de algumas músicas cuja letra ela não se lembrava completamente. O sabonete, ao ser atritado contra o pedaço de pano, criava, como se, num passe de mágica, nuvens brancas carregadas de chuva.

Rin esfregava com gosto, e de vez em quando, um pouco da espuma branca pulava e vinha brincar na ponta de seu nariz. Ela gargalhava toda vez que isto acontecia, e esfregava seu nariz, deixando-o vermelho como o nariz de um palhaço.

Quando seu trabalho ficou pronto, ela perscrutou o banheiro. Com pernas ágeis, ela subiu no vaso sanitário, e apoiada na ponta dos pés, inclinou a cabeça para fora pela pequena janela. Estava um belo dia, e o lenço secaria rapidamente, ela decidiu. Com destreza, ela colocou o pano molhado numa barra perto da janela, e admirou o seu trabalho. Ela sorriu.

Seu sorriso sumiu rapidamente. Estava sem nada para fazer novamente. Ela desceu do vaso, e foi até o seu quarto.

Nada. Não havia nada de interessante.

Ela voltou a sua atenção para a porta, e se dirigiu a ela com a ponta dos pés. Ela girou a maçaneta, e para sua felicidade, não fez nenhum barulho. Ela colocou a cabeça para fora, e observou o movimento externo. As enfermeiras estavam todas agrupadas num hall, a uns... Ela franziu a testa, e decidiu que elas estavam longe, muito longe de seu quarto.

"Por que não?" ela disse para si mesma, e fechou a porta atrás de si. Ela se encolheu e correu para a planta mais próxima, escondendo-se detrás dela. Seu coraçãozinho não parava de bater freneticamente, e ela poderia jurar que ele iria explodir dentro de seu peito.

Ela virou o rosto e viu o elevador parado.

"Oba!"- Ela exclamou, e tampou a boca com a mão direita. Seus olhos estavam arregalados. Ela olhou as enfermeiras, que estavam ocupadas com seu trabalho. Nenhuma delas, ao que tudo indicava, escutou o seu grito, e ela sorriu satisfeita com as circunstâncias.

Ela se posicionou, e ao contar até três, correu até o elevador. Uma vez lá dentro, ela olhou rapidamente os vários botões. Ela mordeu o beiço, e coçou a cabeça.

Que botão ela escolheria?

"Ah, vai pelo u-ni-du-ni-dê," ela disse.

O botão escolhido foi o dez, e ela o apertou com gosto. As portas metálicas se fecharam, e Rin balançou a mão para as enfermeiras, que estavam de costas para ela.

"Vai ser divertido,"Rin disse para si mesma.


Resposta a Reviews:

Dani: Ah, Dani, você é mesmo um amor. Muito linda e meiga! Fiquei muito feliz por você ter gostado do capítulo. Eu, sinceramente, achei que ele poderia estar melhor, mas não sabia mais o que adicionar. Ah, obrigada pelo elogio quanto ao romance, eu gosto de introduzir o amor aos poucos. No caso das suas histórias, eu gosto de como você faz parecer que o amor é uma coisa de paixão à primeira vista, porque, de certa forma, é assim mesmo na vida real. Ou você gosta da pessoa, ou não. O que acontecerá no futuro com os dois é outra história. Mil beijos!

Lila: Muito obrigada pelas suas palavras, e a minha oferta ainda está de pé. Você não atrapalharia de jeito nenhum, seria um enorme prazer meu. Sim, escrever esta fic é trabalhoso, mas ela será concluída. Eu espero. Beijos!

Kanna: rsrs. Opa, calma aí, eu não vou para com esta história! Eu prometo! Eu adoro Luz e Sombras, mesmo que ela tenha seus altos e baixos ( ou seja, quando eu perco a inspiração ). Está um pouco complicado no momento por causa da faculdade, mas quando eu entrar de férias ( em julho ), terei tempo para escrever mais e com mais tranqüilidade. Ah, eu também adoro os casais Inuyasha/Kikyou e Kagome/Sesshoumaru. Eles são muito lindos, né? Eu gosto mais quando é uma fic que não tem Kikyou bashing, porque, sinceramente, para quê falar mal de uma personagem? ;) Beijos!