Do FF: Lika Malfoy: Desculpe ter demorado tanto dessa vez... mas não posso prometer não demorar de novo...

Camyllinha Black: Que bom que gostou... aqui está mais uma rodada!

Jé Black: Num xingue o Sevvie! Eu adoro ele! Independente de ser bom ou mal! Concordo sobre Scrimgeour... e sabe... cê tem razão... Harry e Tonks... será que dura esse fidelius?

DoSS: Walter: Que bom que gostou... eu morro de medo de descaracterizar os personagens... mais Moody e Lupin pra você...

Lina Black: desculpe ter demorado dessa vez... acho que agora o HG fica menos meloso... e Harry e Rufus... leia e confira. Calma... o casamento sai...

Dumbledore sábio: Todos amamos ação! Vai ter muita ainda... e quanto ao Harry ele vai ficar mais e mais poderoso... não suporto herói meia-boca. Escrevo mais sim... demora mais escrevo!

Rafalupin: Ah... isso é óbvio na minha mão o Harry sofre, os outros sofrem... até eu mesma sofro... mas que isso... divino não... só...bom vai...

Tomahawk: O Harry não é exatamente burro... ele é passional... ele vai aprender isso...

Vick&Mr.Pontas :(valendo por dois): Eu realmente estou tendo que ler e comentar... eu li até o capítulo seis... e parei por falta de tempo, na verdade eu não tenho lido nada por falta de tempo... É isso... mas está muito boa... vou tentar ler no próximo feriado e deixar um comentário.

Tomahawk (a dúvida parcelada): Mione não quis fazer o fidelius... ué... porque será? Não sei...

Como está ameaçando chover e apagar a luz deixo de responder os outros para postar ok? O fato é que não vou revelar nada sobre Mione e a Bola branca da tia voldinéia... Passo para ler as outras fics no feriado...

NO GERAL... Fãs do Snape... sofrimento e recompensa... também para fãs do Draco que acham que ele tem mais que fios loiros na cabeça... e Harry... nós amamos o Harry dando uma de poderoso!

PS: Olha só quem aparece no final do capítulo!


HP&TP.

C.8. O Acordo.

"Você não tem controle nenhum... Você não aprendeu nada."

Havia adormecido, assim que Pomfrey apareceu via lareira perguntando enfadada porque ele era incapaz de manter-se longe de encrencas e expulsando Gina de seu lado, se deixou boiar num torpor irritado...

"Você não tem controle nenhum... Você não aprendeu nada.

Potter... não é a quantidade de feitiços... é a qualidade."

O que doía era admitir pra si mesmo, que não estava no mesmo nível de Snape... e se não estava... que chance teria contra Voldmort? Porque diabos Dumbledore nunca lhe providenciara um professor decente... de que adiantara aquelas horas e horas de memórias, se ele poderia ter-lhe contado tudo em vinte minutos? De que adiantavam agora as lembranças de...Dumbledore?

Não conseguiria mesmo adormecer... assim que passara o efeito entorpecente da primeira poção usada por Pomfrey, havia desperto... assim que sentiu a casa um pouco mais silenciosa, todos finalmente haviam resolvido dormir... desceu pela escada escura e foi até a cozinha pegar um copo de água... e sentou-se olhando pela janela pensando no que houvera, não demorou muito e sentiu alguém se aproximar, pensou que Rony ou Hermione, ou talvez, Molly mesmo para conferir se não estava sangrando até a morte.

Mas não esperava ela... não mesmo. Gina o olhou longamente.

-O que está fazendo aqui?- perguntou num sussurro.

Ela rolou os olhos e suspirou, fazendo-o se sentir extremamente grosseiro, além do mais lembrara que vacilara e Gina se aproximando com aquela camisola, não estava ajudando a não vacilar de novo.

-Gostaria de saber... se Snape tivesse arrancado sua cabeça... você iria sentir muita diferença?- ela sentou na ponta da mesa ao seu lado.

-Ah, não imagine... talvez me sentisse mais leve.- disse irritadamente.-E eu sei que você quer conversar sobre...

-Às vezes... você é tão irritantemente babaca!- ela disse o encarando.

Olhou-a atordoado.

-É sim!- ela disse irritada também.- É exatamente sobre isso que quero conversar e quero que você entenda!

-Porque você não pode simplesmente entender o quanto pode ser perigoso pra voc...

-Ora cale essa boca uma vez!- ela disse se pondo de pé.- Eu já sei disso!

Harry achou melhor não falar nada... Gina o encarando daquele jeito... seus olhos castanhos pareciam quase vermelhos de fúria.

-Sabe qual o seu problema Harry Potter? Você é um maldito egoísta egocêntrico! Você acha que se preocupa com todo mundo? O que você acha que a gente sentiu, eu e a mamãe quando você, Rony e Mione bancaram os espertos com Moody, papai e Quim?- o olhar dela tremeu.- Eu me preocupei! Sabia? A gente se importa com você!

-Eu não disse que você não se importava... só que não é seguro para vocês...Ei!

Gina agarrara sua cabeça e virara com força, fazendo-o encarar o objeto que estava em seu lugar habitual... agora que Molly desistira de carrega-lo consigo o tempo todo...

-Olha! olha bem! Está sempre assim Harry! Perigo Mortal! Todos nós, tá vendo? os nove ponteiros... sempre assim!

Harry encarou o relógio... sentindo um amargo que lhe subiu até a garganta, sabia disso... sabia muito bem... segurou as mãos que seguravam seu rosto com força e murmurou um "me perdoe" desajeitado, pois nunca desejara que isso acontecesse com eles.

Mas pelo jeito fora a coisa errada a se dizer. Pois Gina puxou seu rosto e disse muito firmemente.

-Você acha mesmo que é só por sua causa que o relógio está assim? Seu egocêntrico?- ela sibilou como se quisesse que ele entendesse algo óbvio.- Você não sabe? mamãe não te contou que foi do mesmo jeito da outra vez? E não havia você da outra vez! Por tudo que é sagrado somos Weasleys! Como é que dizia aquela velhota da pintura?- ela largou seu rosto e olhou em torno.-A mãe do Sirius, é "traidores do sangue"... é isso, somos sim! Papai é defensor de trouxas Harry! isso não seria motivo suficiente pro... pro... Voldmort! - ela disse com olhos arregalados o nome dele.- Fred e Jorge não se importam em fazer piada com ele... E apesar de tudo Percy também é do ministério!- ela disse rápido. -Acha que ele... ele ia nos deixar em paz com você... me deixando? Acho que não! Ele matou meus tios! os irmãos da mamãe... fez pedacinhos deles... ninguém lhe contou não é? Fábio e Guideão! Acha que ele não ia querer terminar com a mamãe que conseguiu fugir? Acha mesmo Harry... que se você sumisse... a gente ia estar seguro?

Harry não se sentiu capaz de responder... lembrava de Moody comentando sobre Fábio e Guideão Prewet com aquela foto no Largo...

-Eu não quero ver você machucada...- disse olhando-a... Você vai se machucar... eu...

Gina sentou-se desanimada a sua frente e murmurou.

-Egoísta.

Harry voltou a calar-se.

-Você me disse que não ia suportar se alguém se ferisse ou morresse... acha que eu não vou sentir nada? Que eu não morro de medo por você? Acha que esses... esses anos foram fáceis pra mim?-Ela havia se posto de pé de novo, bem a sua frente.

Harry estava sem forças para argumentar, preso aos olhos castanhos lacrimejantes, só conseguiu pensar que não queria trazer sofrimento para ela... passou devagar o braço naquela cintura a abraçando, sentiu as mãos dela em seus cabelos.

-Se algo acontecer com um de nós...- ela murmurou .- de que adiantou ficar longe? De que adiantou o tempo perdido?-Ela sentou-se em seu colo apoiando a cabeça no ombro de Harry, ainda com as mãos no cabelo dele.

Harry ainda não reunira coragem para olha-la, apenas se mantinha com a testa no ombro dela, que respirava devagar e profundamente.

-Acha mesmo... que deixar de viver... vai fazer diferença? Você se importa... é inevitável... eu me importo... também não posso evitar... não ganhamos nada assim... pelo contrário... só nos machucamos mais.

-Eu... sei...- gemeu.

Harry sabia... ela tinha toda a razão... deixa-la era mais difícil do que pensara, deixar de se preocupar com ela era impossível... o que ganhava deixando algo bom pra trás... ela tinha toda razão, olhou-a nos olhos.

-Me perdoa... eu...

Gina encostou a testa na sua.

-Eu sei.

Engraçado... a noite não parecia mais tão escura e o mundo não parecia mais complicado... estava tudo bem não estava? Pelo menos por hora... tinham dado um jeito. Não havia mesmo algo que pudesse fazer quebrando a cabeça assim a essa hora... havia?

Gina pelo jeito pensava o mesmo... foi ela que começou o beijo.

O casal só parou os beijos quando passos vieram da escada... os dois olharam a figura pequena entrar sonolenta na cozinha como se fosse uma aparição... encher o copo de água e fazer a volta... então parar.

Gabrielle os olhou atentamente, ficando com os olhos cada vez mais abertos até ficar quase tão vermelha como ficavam os Weasleys quando coravam... e saiu correndo derramando a água no caminho.

Talvez só agora os dois estivessem bem conscientes que Harry só de calças e curativo no ombro e Gina só de camisola sentada em seu colo não era bem uma coisa comum de se ver numa cozinha... ambos ficaram um tanto vermelhos também... Gina olhava para onde a menina havia corrido e começou a rir...

Não que Harry também não estivesse achando a cara da meio veela engraçada.

-Acho melhor... irmos...- Gina disse entre o riso.

-Mesmo?- perguntou a olhando.

-Ah... e você não queria ficar longe?- ela colocou as mãos na cintura.

-E não foi você...

O som de uma batida de porta forte fez os dois ficarem quietos.

-Sabe... a gente devia mesmo...

-É...

-Tá certo...

-Até... depois?

-Depois...

-Se cuida?

-Dorme bem...


Draco estava ali... malditamente ajoelhado naquele chão frio... ah, mármore... porque Voldemort não ficaria com um cômodo menos digno da velha mansão...

Havia desconforto no ar... uma estranha espera.

O Lorde parecia entediado, ou tão entediado quanto qualquer um cuja face era normalmente inexpressiva podia parecer... era suficiente... todos ali estavam com calafrios.

Talvez alguns dementadores tivessem se aproximado da sala... para absorver a apreensão. Agora sabia, ao contrário da maioria dos bruxos, que ignora o fato, que dementadores não se alimentam dos bons sentimentos, apenas se aproximam cultivando os maus, dos quais se alimentam...

Dementadores apreciam a desgraça, o desespero, a dor...

Assim como os Incubus se alimentam de pesadelos e medo.

Não que Belatriz Lestrange não se comportasse como se estivesse bebendo a sensação pelos olhos... postada ali mais a frente. Já tinha lhe olhado duas vezes.

Os passos quebraram a cadeia de seus pensamentos e o homem entrou pelas portas que se abriram magicamente... Voldemort encarou-o.

Todos, mesmo os curvados ou ajoelhados, Draco não fazia parte do círculo mais íntimo, então tinha que se manter de joelhos... mas até ele havia erguido o olhar ao homem que entrara, como os outros.

-Então Severo o que me informa? O que o ministério conseguiu?-Voldemort sibilou.

Severo Snape olhou diretamente para Voldemort.

-O ministério falhou pateticamente na tentativa de exterminar os lobisomens.- ele respondeu calmamente.

O burburinho cresceu...

-Então os aliados de Fenrir, parecem ter-se organizado muito.- comentou Belatriz com desdém.

Snape a olhou friamente.

-Era um grupo fraco... a maioria mulheres e crianças.- disse se dirigindo a Voldemort.-O ministério mandou um grupo de cadetes. Evidentemente levaram a sério a informação de que seria um alvo fácil.

-Mas...- Voldemort disse se levantando, fazendo que o silêncio caísse por parecer descontente.-Não foi a inexperiência dos aurores... nem a organização dos lobisomens que causou esse resultado... não é?

-Não Milorde...- Severo concordou.- Houve uma intervenção.

-Potter...- Voldemort sibilou com uma expressão que parecia entre divertida "se fosse possível" e entediada.

-Sim...-Snape concordou.- Potter e acompanhantes distraíram os aurores e... colocaram a casa da floresta sob fidelius. O próprio Potter é o fiel.

O burburinho aumentou e Voldemort havia se aproximado de Severo.

-Você estava próximo o bastante Severo para ver... o que fez?

-Segui suas recomendações Milorde... fui discreto.

Bellatriz soltou um "humpf" atravessado, mas Voldemort havia se aproximado.

-Mas não o suficiente não Severo? Não tão discreto quanto pedi...

Severo acenou com a cabeça.

-Infelizmente não Milorde... Potter me percebeu... e não pude evitar que me atacass...

-Crucio!

Draco e muitos outros sabiam que Severo Snape era um bruxo poderoso, se não como teria espionado Alvo Dumbledore por tanto tempo? Era chocante vê-lo desmontar a frente do Lorde com essa facilidade, a maioria que já havia experimentado a sensação de receber a maldição daquela forma se encolheu... Draco entre eles... lembrava bem da sensação... cerrou os pulsos ao ver seu ex-professor cair de jelhos no chão e curvar-se para frente soltando um grito rouco por entre os dentes cerrados. Poucos tinham coragem para olhar Voldemort que manteve a maldição, ou Belatriz que mesmo de cabeça baixa e ombros tensos por lembrar da mesma dor, olhava a figura no chão com um sorriso maldoso nos lábios.

-Eu repeti...-Voldemort disse ao suspender a maldição.- Repeti... que não vou tolerar essa rixa pessoal...-E disse em tom de ordem correndo os olhos por seus comensais.- E repito... Ninguém! Ninguém está autorizado a atacar Potter... eu o matarei pessoalmente quando for a hora.

E quando Voldemort os dispensou com algumas instruções não parecia nada satisfeito.


Rufus Scrimgeour fora desperto ainda de madrugada por um relatório histérico de Gawain Robards, chefe do departamento de aurores... o que deveria ser uma boa notícia, a prisão ou eliminação de criaturas perigosas, que poderia ter rendido um pouco de credibilidade ao ministério, havia falhado.

O grupo de aurores enviados, na maioria jovens, haviam sido atrapalhados e até atacados.

Dois estavam em St.Mungus para curar graves ferimentos nos pés.

Uma situação no mínimo ridícula.

Despediu-se da mulher e mau-humoradíssimo entrou no saguão do Ministério ás cinco e meia da manhã.


Um som distante... parecia uma batida e voz... e...

-ACORDE!

Harry sentou-se, olhando a figura de cabelos cor de rosa a sua frente.

-Tonks?- disse pegando os óculos.

-Amanheceu... vamos!- disse ela puxando-o.

-ONDE?- perguntou tentando evitar ser arrastado ainda só com calças de pijama.

-Ver se ficou tudo bem! Harry! Você precisa informar os outros o segredo para podermos aparatar lá!

-E você não pode...

-É você o fiel!

Harry lembrou que da próxima vez, obrigaria Hermione a fazer um fidelius.

-Posso me vestir antes?

Tonks arregalou os olhos e disse num sorriso que fez Harry se sentir um tanto envergonhado.

-Ups... eu espero lá embaixo... não acorde os outros.

Mas ao se virar tropeçou em uma das caixas, Harry tinha sido deixado com o quarto dos gêmeos novamente, e caiu no chão fazendo um som nada discreto.

-Hum... Tonks... você está bem?

-Estou.- ela disse se levantando.- Estou bem... se vista logo!

Aparataram no jardim... olhando a casa num tom laranjado pelo sol do amanhecer filtrado pelas folhas das árvores... havia um estranho silêncio ali.

Os cinco bruxos aprumaram as mochilas e seguiram Moody que havia se adiantado cautelosamente, olho mágico rodando de um modo que Harry desistira de sequer pensar em ver.

O silêncio se mantinha. Mas Moody levantou o braço.

-Ah, anda logo Moody!- disse Tonks se adiantando.

-Estão reunidos na sala aqui do lado.- ele rosnou.

-Ótimo!- ela disse entrando pela casa.-REMO!

-Sim... ignore os riscos.- rosnou Moody avançando com varinha em punho.- Essa menina não tem juízo...

-Duvido que vamos topar com algum Comensal por aqui...- Carlinhos entrou atrás de Tonks.

Fred e Jorge se olharam e o seguiram, comentando com Moody que ainda balançava a cabeça inconformado.

-É... como eles sobreviveriam...- começou Fred.

-Trancados com um monte de lobisomens?- completou Jorge.

E entraram sem receio.

-Até porque Você-sabe-quem só aceita bruxos PUROS.-Disse a voz grave.

Moody olhou o velho que estava apoiado na batente da porta por onde Tonks já tinha se precipitado para abraçar um Remo abatido e muito, muito contrariado.

Carlinhos, Fred e Jorge ficaram um bom tempo olhando o grupo reunido e logo em seguida começaram a fazer o que tinham vindo fazer... distribuir feitiços de cura...

E piadas.

-Eu sinceramente achei que você estivesse morto.- Moody disse ainda olhando o outro.

-Eu achei que nesse ponto teria menos partes de você andando por aí.- Disse o velho dando um aceno para que Moody entrasse.

-Esse é Richard Wichkcraff... ex auror…

-E seu parceiro até dar de cara com Grayback e ser devidamente aposentado.- completou o outro.

-Sim e isso faz muito... muito tempo.- disse Moody.

Entraram na sala e Remo os olhou.

-Então... vocês não resistiram a idéia de vir...

-Bem... –Harry disse correndo o olhar pela sala, surpreso pela quantidade de jovens como ele.- Eu não podia deixar de ajudar.

-Quem disse que precisávamos de sua ajuda?- disse um dos jovens.

-Edgard!- uma menina bateu na cabeça dele e sorriu para Tonks.

Que sorriu de volta.

-Por enquanto estão seguros.- Harry disse ignorando o comentário.

-Vocês fizeram um fidelius.- disse Richard.

-Vocês se arriscaram muito.- disse uma mulher.- Estão se metendo em encrenca...

-Não podemos evitar...- disse Fred que passara uma poção a uma mulher mais velha.

-É de família... sabe como é, você convive... com certas pessoas...- completou Jorge.

Carlinhos olhara toda a casa e voltara com um ar decididdo.

-Vai ser fácil reforçar essa casa... acho... que dá pra fazer, em uns dois dias.

-Ah... sim estamos muito seguros... o ministério nos quer mortos!- disse uma mulher de braços cruzados.

-Não se preocupe daremos um jeito nisso.- disse Harry.

-E como pretende fazer isso?- foi Remo que perguntou.

-Vou me encontrar com Scrimgeour em algumas horas.

-E quem diabos é você?- perguntou outro rapaz.

-Harry Potter.- respondeu Richard.

Dizer que houve um silêncio surpreso, não seria exato... o silêncio foi um tanto quanto temoroso.


Draco bateu á porta e foi recebido por um elfo muito magro e enrugado, entrou no aposento e surpreendeu-se.

-Draco... essa cara idiota não é comum em você...- Severo disse gravemente olhando através do copo.

O rapaz mentalmente rolou os olhos, mas já tinha novamente o ar impassível que lhe era característico, embora ainda estivesse surpreso.Snape estava sentado na poltrona trajando apenas calças negras um tanto puídas, o tronco estava enfaixado.

-Vim buscar a poção...

Severo apenas apontou para outro aposento e o elfo se dirigiu para lá rapidamente... depositou o copo na mesinha ao lado da poltrona e olhou o rapaz.

-Então... o que achou do que houve Draco?

-Só não compreendi porque foi vazada a informação sobre aquele local. Porque dedurar nossos próprios aliados?

-Seguro.

-Seguro? Havia dissidentes?

Snape concordou e disse após beber devagar:

-Se o ministério fosse adiante com a caçada, todos os lobisomens se veriam em perigo... então...

-Jurar aliança ao Lorde seria um jeito de manterem-se seguros... mas você disse fosse?

-Ah... sim... fosse, acha que o ministério vai divulgar essa desgraça?

-É claro. Eles não esparavam essa intervenção... o Ministro vai ficar enlouquecido.- disse num meio sorriso.

-Nunca esperariam essa intervenção em particular.- Severo disse num ar cínico.

-Mas...- Draco baixou o tom de voz.- O Lorde parecia... me pergunto... se ele não esperava isso.

-Eu não me pergunto.- Snape concluiu.

O elfo retornara com uma pequena caixa, Snape segurou-a e parou no meio do movimento de recostar-se com uma expressão de profundo desagrado, então finalmente recostou-se.

-O que houve afinal?- Draco perguntou.

Snape apenas olhou para o lado, Draco virou-se e viu sobre o sofá.

Uma veste negra... uma camisa branca que ostentava um rasgo e sangue na altura das costelas.

-Aprenda uma coisa Draco... por mais cega que seja a mira do inimigo... por mais que você seja um duelista melhor... você nunca é imune aos efeitos de uma grande quantidade de magia... nunca substime a força bruta. Você só pode minimizar seus efeitos.

Draco olhou longamente a veste rasgada também.

-O ferimento abriu com a maldição...- concluiu.

-Sim... aprenda isso... nunca substime qualquer inimigo.- disse sério.- E isso...- puxou um frasco com a poção calmante.- Não deve ser ingerido mais que uma dose a cada doze horas... avise sua mãe que ela está tomando mais que o dobro do recomendado.

-Avisarei.-Draco pegou o frasco e se dirigiu para a saída.-Severo?

-Sim?

-Foi Potter... não foi?


Já eram oito e meia da manhã quando a porta se abriu intempestivamente, ao ver quem entrava, lembrou-se que haviam marcado com ele meia-hora mais tarde... e havia pedido que alguém do profeta estivesse presente! Ele estava adiantado! E não anunciado... Rufus pôs-se de pé.

Era justamente Gawain que estava no seu gabinete... com um nervosa Umbridge. Era exatamente Percy que estava como um cão latindo alto atrás do rapaz que se virou.

-Ele não vai se importar... quer dizer vai, mas não estou nem aí Percy... vai terminar seja lá o que está fazendo.Sim?- disse e fechou a porta na cara do ruivo.

-Eu não sei quem é...- começou Gawain que se levantou e encarou o intruso.- Ah... é... Har... Harry Potter!

-Creio que nosso encontro estava marcado...- começou Scrimgeour.

-Para daqui meia-hora... eu sei.- Harry sorriu.- Mas estou com... um pouquinho de pressa...- sentou-se sem cerimônia. Na cadeira onde deveria estar sentada Umbridge que se levantara também.

-Agora olhe aqui!- Gawain se levantou e pareceu gaguejar internamente.- Rapaz.

-Pode me chamar de senhor Potter.- disse com frieza.- Senhor está bom.

Rufus o olhou e perguntou calmamente.

-Como entrou?

-Foi fácil visto que parece que tudo mundo já sabia de nossa reunião... – Harry completou gravemente.- Poderia anunciar no profeta e nossos amigos poderiam vir também... faríamos uma festa.

O silêncio caiu quando Rufus Scrimgeur disse de modo furioso.

-Como você se atreve! EU AINDA SOU O PRIMEIRO-MINIS...

-Sente-se.- Harry disse baixo mais sério.- A situação não é para discussão... eu vim para ter uma conversa séria.

Quando Umbridge se adiantou foi Harry que se levantou:

-Espero que tenha a decência de usar essa sua cabeça preconceituosa para me responder de onde tirou a idéia idiota de tentar passar uma lei contra lobisomens...

-Po...Potter... senhor Potter... creio que está cometendo alguns crimes aqui... desacato no mínimo...

-E quem diabos é você?- Harry perguntou se virando para o homem.

Foi Scrimgeour que respondeu.

-Gawain Robards, chefe do departamento de aurores...

Ambos se olharam e Harry não podia estar mais surpreso...

Gawain era mais jovem... baixo e pouco "intimidador" a ponto de que se encontrasse-o com Percy juraria que o segundo teria mais cara de auror. Gawain deveria ter a mesma idade de Lupin... ou menos.

-Certo.- Harry voltou a sentar-se.

Rufus ainda estava de pé.

-Sinceramente... não estou aqui para ficar discutindo inutilmente.- repetiu.

-O que quer Potter?

-Saber o motivo verdadeiro daquela caçada ontem, num lugar onde haviam na verdade uma maioria de mulheres e crianças.

-Você parece muito bem informado... senhor Potter.- disse baixo Gwain.

-Na verdade estou... só ainda não compreendi... de onde veio a informação.

-Isso não é relevante.- disse Umbridge.

-Ontem enquanto distraímos seus aurores e isolávamos os lobisomens...

-Espere aí...- Rufus olhou Harry profundamente.- Foi você.

Harry ignorou-o.

-Enquanto isso havia um comensal espionando.- Harry disse para Gwain.- Isso não lhe preocupa?

-Um comensal você diz...- Gwain enrugou a testa e olhou para Harry e em seguida Rufus.- Senhor... eu mesmo pedi a identificação da fonte... preciso que me dê o nome.

-É uma fonte segura de minha confiança.- disse Umbridge.

-Verdade?- Harry disse a olhando.- Então porquê o assassino de Dumbledore estaria lá?

-Com os lobisomens sem dúvida.- ela retrucou.

-Ele tem aversão a lobisomens.- Harry disse a olhando.

-Snape você disse.- Gwain olhou para o ministro.- Rufus, eu quero o nome da fonte.

-O que você quer dizer Potter? O que os lobisomens tem com isso?-perguntou Scrimgeour interessado.

Perguntara a mesma coisa a Hermione quando chegou e ela dava saltitos lhe puxando para a sala.

"Temos um plano Harry! Temos um plano... foi bom eles mexerem com lobisomens..."

-Uma vez Dumbledore aconselhou Fudge a estender uma mão amiga aos gigantes...

-Uma bobagem...- murmurou Umbridge.

-O atraso de Fudge em reconhecer tudo aquilo botou a todos em perigo... quanto mais criaturas mágicas o senhor tirar das mãos de Voldmort melhor.

-Isso é impossível! Não podemos confiar em lobisomens e gigantes ou qualquer seja a criatura...- começou Umbridge.

-Isso é tolice.- Harry completou.- Seja cego e Voldmort irá se aproveitar como fez agora... ele manobrou-o... ele teria todos os lobisomens com ele se a lei passasse e a notícia fosse divulgada... entende? Os lobisomens NÃO querem participar de seu exército... compreende?

-O que quer dizer?- Rufus disse.

Olhou-o.

-O senhor foi engando. Entende agora?

Rufus Scrimgeour deixou-se ter o primeiro gesto cansado depois de tudo.

-E o que você sugere Potter?

-Primeiro...- disse Harry com um sorriso.-Deixe bem claro que vetou essa medida passada por Umbridge... Estenda laços com lobisomens e Vampiros.

Umbridge ganiu.

-Sim... vampiros, estão quietos e não devem ter sido convocados por Voldmort... – disse Gawain.- eles sempre foram muito distantes quanto a isso da primeira vez.

-Eles nunca...- Umbridge se calou ao receber um olhar sério de Fudge.

-Segundo...-Sorriu ainda mais.- Há uma necessidade urgente de fazer concessões aos duendes... a pressão sobre eles pode ter conseqüências graves. E eles não tem motivo algum pra ajudar Voldemort... (Umbridge ganiu e Gwain soltou um leve assobio) porque também tiveram baixas no passado.

"Espero que eu esteja fazendo certo Hermione..."

-Isso está parecendo uma lista de exigências...- disse Umbridge meia hora depois.

-Se fosse uma lista pessoal de exigências eu pediria sua exoneração.- Harry retrucou já irritado com as interrupções dela.

Robards retorceu a boca no que parecia um sorriso aprovador. Rufus ainda parecia irritadamente pensativo.

-Então... Harry... onde você faz concessões?

-Digamos que não direi nada sobre o ministério sem avisa-lo...

Rufus pareceu aprovar, mas manteve o olhar pedindo mais, Harry sorriu.

-Skeeter deve estar lá fora agora... e faço a concessão de suporta-la... por uns minutos.


Ele estava olhando o céu que escurecia rapidamente... arrastou os pés e puxou o jornal desoladamente.

Afundou na poltrona e suspirou.

-Não diga que está ficando entediado velho amigo!- A voz veio da direção da lareira.

O homem olhou para a lareira apagada... então ergueu um pouco o olhar.

-Eu deveria saber que uma idéia sua nunca seria exatamente divertida...- murmurou o homem.

-Você sabia que não teríamos muito mais tempo Florean...- a voz disse um tanto grave.

-Não me venha com isso de novo... Você pelo menos tem alguma novidade, Alvo?

-Na verdade eu esperava novidades suas...

O homem resmungou e se levantou encarando a tela sobre o console da lareira.

-É a última vez que mantenho um acordo de família.

O retrato ao lado do de Dumbledore apenas balançou a cabeça.


No próximo capítulo casamento... tempo de paz, memórias... e

GUERRA!