Capítulo 2
Dia 1 de Julho
Ao anoitecer em uma rua completamente deserta, um homem vestindo um casaco marrom se encontra sentado em um banco que aparenta ser bastante confortável. Ele não para de olhar para os lados nem por um segundo, claramente demonstrando sua impaciência em esperar por algo ou alguém.
Passando-se cerca de dez minutos, um carro voador de pintura prateada vai rasgando o ar em uma velocidade de 500 km/h, freando e parando precisamente na frente do homem de casaco. O vidro negro do carro se abre e de dentro do mesmo salta um sujeito de cabelos castanhos vestindo uma jaqueta negra, pelo físico aparentando ter cerca de 22 anos. Ele tira os óculos escuros e olha para o outro indivíduo, esperando que fale algo.
Sujeito - Hum... Então você é o agente novo... Parece inexperiente...
Agente - As aparências enganam na maioria das vezes... Vá direto ao assunto Sr. Burton
Burton - Temos informações de que a Umbrella vai dar um jeito de fazer um carregamento muito estranho sem levantar suspeitas... Deve ser outra carga ilegal. Ai é que você entra... Precisamos de provas. Pode ajudar?
Agente – Claro... Fique tranqüilo.
Burton - Ótimo... Esteja no hangar na manhã de cinco de Julho... E mais uma coisa... Tem permissão para destruir o carregamento.
Agente - ...
Dia 5 de Julho
Já fazem cerca de vinte minutos desde que a nave partiu com um carregamento desconhecido. Em um dos compartimentos de carga da enorme nave, está alguém que não foi convidado. Utilizando uma roupa especial, um agente secreto mascarado está escondido atrás de pequenas jaulas cobertas por panos. Ele permanece ali esperando a hora perfeita para agir, resistindo com firmeza ao forte cheiro de carne podre vindo das jaulas e sem muita curiosidade de ver o que há por trás, por enquanto.
Passados mais cinco minutos, o agente se levanta e vai saindo de trás de caixas, sem imaginar que os funcionários teriam a precaução de colocar uma câmera de vigilância no local. Ele mexe no painel de uma porta-dupla eletrônica, abrindo-a e prosseguindo com precaução por um longo corredor todo iluminado. No final do mesmo, mais uma porta-dupla que dá acesso a um salão com algumas escadarias. O agente vai prosseguindo lentamente pelo salão esperando por qualquer coisa até que chega ao centro do mesmo, parando. Sentindo que o lugar está vazio e silencioso demais, ele vai pegar sua pistola laser no bolso da calça, mas uma voz o impede.
Dr. Kyron - NEM PENSE NISSO! NÃO SE MOVA!
O Doutor em pessoa vai descendo por uma das escadarias enquanto alguns guardas descem pelas outras, com rifles de plasma apontados para o invasor. Sem medo nenhum, Kyron fica bastante próximo do agente, sorrindo.
Dr. Kyron - Mais um... Identifique-se
Agente - Meu nome é... Z...
Dr. Kyron - Z huh? Ainda brinca de super-herói?
Z - Ainda brinca de doutor malvado?
O Agente que se autodenomina "Z" soca com força a face do doutor, fazendo-o cair no chão atordoado. Logo os guardas correm em disparada até os dois, desferindo golpes com seus rifles em Z e rendendo-o. Kyron se recompõe e olha-o por alguns segundos, lhe tirando a mascara e retribuindo o soco que recebeu há pouco.
Dr. Kyron - Levem-no para a prisão... Depois eu vejo o que faremos com ele...
Z - ...
1 Hora depois
Z se encontra deitado em uma cama suja, bastante calmo e tirando da cintura um pequeno controle remoto. Ele fica olhando os botões e, após tomar sua decisão, aperta um botão vermelho em destaque.
Enquanto isso, do outro lado da nave alguns doutores estão em um pequeno laboratório fazendo análises de um tipo de vírus chamado "T". Um deles nota algo nos trajes em um dos guardas e logo chama sua atenção.
Cientista - EI!O que é essa coisa no seu ombr...
Ele não tem tempo de terminar a pergunta: uma explosão destrói o pequeno laboratório, não deixando sobreviventes.
