Estou antecipando a atualização, que seria feita na madrugada de sábado, para a madrugada de Sexta... é que eu não poderei entrar na net amanhã.
Boa leitura!
Dúvida
Matar trouxas. Limpar o mundo, devolvê-lo aos seus donos por direito, os bruxos. Como podiam os trouxas, tão fracos, tão idiotas, dominarem o território que era claramente bruxo? Um deles mesmo definiu a tal da seleção natural, onde o mais forte reinava soberano, realmente vencia o mais fraco. Tudo bem, havia controvérsias sobre Darwin ser um trouxa, mas isso não vinha ao caso no momento. O fato é que já estava passando da hora de os bruxos retirarem a sujeira trouxa do mundo. Ou ao menos era isso em que Voldemort acreditava.
Regulus caminhava ao lado de Lucius por entre ruas estreitas e escuras, haviam acabado de enfrentar alguns aurores, eles eram realmente inconvenientes. "Vamos aparatar daqui." O loiro estava sério. Regulus tinha certeza que se estivesse no lugar de Lucius, quereria pular fora do círculo de Voldemort, um filho é algo que exige responsabilidade demais. Talvez Malfoy também pensasse assim, e por isso ele estava tão calado. Talvez isso fosse apenas divagação de Regulus e Lucius só estivesse um pouco mal-humorado. Bom, isso era algo difícil de se saber. Aparataram; Regulus achou melhor deixar o assunto de lado.
Desaparataram em um galpão mal iluminado, outros vultos negros ali se encontravam. Estavam agitados. O Lorde havia aparecido apenas para dizer que a prioridade, por enquanto, era destruir os aurores. O Ministério estava chateando demais; depois que o lado da Luz estivesse um pouco mais controlado, as missões voltariam a ter o intuito principal de matar trouxas. E tinha a Profecia. O filho de alguém que já O tivesse enfrentado por três vezes e que nasceria ao fim de julho teria o poder de destrui-Lo. É claro que isso não significava que eles não poderiam se divertir atacando os inúteis que viviam sem magia. Era apenas um remanejamento estratégico de prioridades.
Vários comensais partiram depois de um tempo, muitos estalinhos característicos podiam ser ouvidos. Regulus permaneceu lá por mais um tempo. Acompanhava a conversa entre Goyle e Nott. Os Lestrange se agarravam a um canto do galpão. Regulus preferiu não olhar naquela direção. Os dois companheiros estavam querendo ir dar umas voltas por Londres. Era sábado, por volta de uma da madrugada. Com certeza encontrariam algo com que se distrair. Black resolveu acompanhá-los.
Era uma boate trouxa. Regulus não estava a fim de ouvir gritos, definitivamente. O 'tuxu-tuxu-tuxu' incessante da música era insuportável. Uma garota de cabelos muito curtos e vermelhos se aproximou quando ele estava sentado junto ao bar. Já estava alterada. Uma vítima tão fácil! Regulus preferiu beber também, não conseguia parar de pensar em Voldemort. Procurou os outros comensais com os olhos. Goyle beijava uma garota, Nott mostrava a varinha para outra, em um canto. Estaria ameaçando-a? Ou se exibindo para depois matá-la? Mas quem se importava?
Num gesto rápido, Regulus tomou o pulso da trouxa de cabelos vermelhos e a levou para fora da boate. Bem em tempo, Nott havia acabado de usar Crucio na garota que estava com ele. A confusão se instalou quando Black e a menina já estavam a uma quadra de distância da boate. Ele não sabia muito bem o que estava fazendo, só tinha certeza que estava fazendo. Entrou com ela por um beco escuro. Ela não protestava, pelo contrário, ria. Chamava-o de apressadinho. E ria.
Ele a empurrou contra a parede e pressionou o corpo contra o dela. A idéia era torturá-la e matá-la. Mas sabia que não conseguiria, como nunca conseguia. Nunca fora bom em tortura, preferia matar de uma vez. Por crueldade? Não gastou tempo a beijando. Se livrou das peças de roupa necessárias de ambos e foi direto ao que interessava. Matar não era algo tão fácil e divertido quanto imaginou, à princípio. Seu corpo se movia quase automaticamente. Pensou em Bellatrix. A odiou por isso.
Se afastou da garota quando o animal foi saciado. Quantos anos teria? Era mais nova que ele, isso era fato. Torturar e matar. Tirou a varinha das vestes. "Cru..." De repente achou que estava indo longe demais, mais uma vez não conseguiu. Voldemort tinha um problema com os trouxas, não os comensais. Ao menos não Regulus. A letal luz verde saiu da ponta de sua varinha. Se sentiu imundo depois disso.
Saiu do beco se sentindo zonzo. É, deveria mesmo ser gay. Talvez Voldemort não tivesse a idéia certa. Matar, matar, matar. Isso era vazio, no fundo. Não sabia porque se lembrou da prima. Será que o Lorde tinha motivos? Se sim, quais eram eles? Andou cambaleando pela rua. A prioridade era matar os aurores. Mudança de prioridades. Regulus também estava precisando repensar as suas. Suas pernas se moviam sozinhas, e o levaram para os arredores da boate. Achou que estava bêbado.
E ali estava um auror! Regulus tirou sua varinha e sorriu. O outro levantou uma sobrancelha. E empunhou a varinha. Regulus se sentiu menos zonzo. Sua oportunidade de matar um deles! Sirius e o irmão se encaravam. Sem mais aurores. Deveriam ter ido socorrer os trouxas feridos, apagar as memórias. Eram tão estupidamente bonzinhos! Sem mais comensais. Deveriam ter fugido. "Abandonaram você, maninho? Estupefa..."
"Impedimenta!"
"Você é rápido, Regulus." Os dois continuavam parados. "Mas... Incarcerous!" Regulus tentou se defender proferindo um 'Protego', mas as cordas já o haviam envolvido e ele estava caído no chão. Ainda segurava sua varinha. Deveria ter usado uma Imperdoável logo de cara. Contra seu irmão. Não, não seria capaz de fazer isso. "Você conseguiu, Sirius. Vamos lá, me prenda, me leve pra Azkaban." Se sentia mal por ter sido pego. Principalmente por quem o havia feito. Tantos aurores! Longbottom, Potter, Diggle. Tinha mesmo que ser Sirius?
Sirius suspirou. Sua expressão era indecifrável, parecia estar pensando. Iria matar o irmão mais novo? "Minha vontade era acabar com você, Regulus. Mas não vou fazer isso. Você é estúpido demais por estar ao lado de quem está, eu tenho pena de você, maninho. Eu sei que você é inofensivo." Se a varinha do mais jovem não estivesse apontando para ele mesmo, por causa das malditas cordas, azararia o irmão. "Uma pessoa inofensiva não mata, Sirius." "Você mata porque é idiota e se deixou levar por Voldemort. Você é um fraco." Regulus não respondeu. Não olhava mais para Sirius, queria que o irmão acabasse logo com aquilo, que o levasse para Azkaban.
"Finite Incantatem" Regulus viu as cordas desaparecerem. "Vai ser o seu próprio Lorde quem vai puni-lo, Regulus, não eu. Até a vista!" Um estalido. Estava realmente como um bêbado, deitado no chão da rua deserta. Fraco. Era mesmo um fraco, sabia disso. Sentiu nojo de si mesmo. Envergonharia sua família com essa postura. Mas quem se importava? Sirius não havia se dignado sequer a prendê-lo. Era mesmo um fraco? Um fraco inofensivo? Estirou-se no chão, de barriga para cima. Fechou os olhos. Por que seguia Voldemort, se ele não tinha a idéia certa? Ventava.
Agradecimentos
A vcs, santos que estão lendo minha fic!
Rafael gostoso - Doentia... humpf! u.u' Mas tudo bem, eu sei que o primeiro capítulo não está muito "saudável"... Bom, aqui está o capítulo 3... quero sua opinião sobre ele, viu?... Bjinhus, amore, te amo mto:-D
Ledinh Potter - Cruel? Que isso, menina! u.u' Mas to feliz por estar gostando da fic! E desse capítulo, gostou? Bjão!
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Eu tô muito satisfeita com meus leitores que comentaram o que leram... Mas e você aí? Tá me devendo, ainda!
