Oi gente, queria primeiro agradecer os comentários e responder a algumas dúvidas.

Esa fic é postada originalmente no meu blog sim, Adriana, deve ter sido lá que vc a leu. Já está bem adiantada, no capitulo 11, mas estou meio sem tempo pra preparar os capítulos pra postar aqui, por isso ta demorando tanto.

Taty, eu adoraria escrever uma cena D/G, mas infelizmente essa fic é sob a perspectiva do Harry, o que me limita muito.. também não posso exagerar nas cenas S/B, por exemplo... Mas acho que vc vai gostar do pouco que posso contar...

Sisi, que bom que está com expectativas positivas quanto a Mira, tenho um palpite que vc vai gostar dela sim, apesar de ser personagem original, e eu te entendo, pq também fico meio assim com personagens originais.. mas ela é necessária na trama.. não havia como escapar dessa novidade...

Hahahahah Kika, eu gostei tanto quando a Bellatrix chamou o Harry de baby Potter (no livro original em inglês) que não consigo imaginar ela o tratando de outra forma.

E pras duas que perguntaram (Adriana e Morgene, né) Bom, a fic Após o Véu é continuação da trilogia de songfics S/B (Anything but Ordinary, Oceano e Íris), o que significa que a resposta para a maioria das suas perguntas é Sim Adriana.. e... bom, eu dou um prêmio pra primeira a adivinha o que aconteceu com a criança (já vou a visando que essa promoção não vale para as meninas do fórum que já acompanham a fic pelo blog e já sabem a resposta.. risos)

Beijos e obrigado a todos por comentarem

AMB

CAPÍTULO SETE – A AJUDA DE HERMIONE

Harry bateu fortemente a porta do dormitório masculino quando entrou. Começou a andar de um lado para o outro sem se importar com a única ocupante do local.

-O que houve? – perguntou Hermione, tirando os olhos do enorme livro que lia, sentada numa das poltronas.

-Cadê o Rony?

-Ta tomando banho... Eu fiquei tão entretida nesse livro da avó do Neville que resolvi espera-lo voltar... O que aconteceu? Você parece nervoso.

-Eu tenho que contar... eu preciso falar para alguém Hermione... – ele fazia menção de abrir a boca, depois a fechava de novo e balançava a cabeça de um lado para o outro – Droga, não consigo!

-Calma, Harry! Fala devagar... nem eu estou te entendendo...

Ele a olhou cheio de esperança.

-Mas é claro! Só você pode me ajudar Mione. – disse abaixando do lado dela, quase ajoelhando – Preciso dizer algo... Mas não consigo.. não sai... entende?

Ela o observou por alguns segundos.

-Está dizendo que alguém te jogou uma Azaração Cadeado? – Harry fez que sim, sorridente, às vezes era bom ter uma amiga que entendia as coisas com pouquíssimas palavras – Mas quem fez isso com você?

Ele levantou rapidamente e a puxou em direção a uma das enormes janelas. Por sorte a noite estava belíssima e o céu pintado de pontos brilhantes. Ele tentou se lembrar das aulas de astronomia e torceu para estar certo quando apontou pro céu.

-Uma estrela? – estranhou Hermione – Por Merlin! – exclamou, levando a mão a boca – Ela está aqui? – o amigo fez que sim com a cabeça – A gata que você deu pra Gina? Como pode trazê-la pra Hogwarts! Essa mulher é perigosa!

-Ela está aqui para me proteger.

-Desde quando a gente lança azarações em alguém que se está protegendo?

-Ela só não quer que eu conte uma coisa...

-O que?

Harry a olhou chateado.

Ah! Eu tenho que descobrir, né... – ela se pois a pensar – Mas peraí... Então é com ela que você vinha se encontrando todos esses meses. – Harry concordou novamente enquanto a amiga se perdia em pensamento novamente, enquanto ponderava sozinha – Mas se era com a sra Lestrange que você se encontrava, a onde a Gina ia? Achávamos que você e ela estavam se encontrando, por que ela também está cheia de segredinhos e... – Harry começou a acenar com a mão, como se Hermione estivesse chegando perto de algo – Que foi? O segredo tem haver com a Gina? – ele abriu a boca, fechou novamente e começou a bater com a mão no parapeito da janela – Com as saídas da Gina. – concluiu ela – Você descobriu algo sobre isso que a sra. Lestrange não quer que ninguém saiba... É algo sobre o traidor? – Harry fez que não, com uma cara tristonha – Mais simples que isso? – ele fez que sim – Mais óbvio... um namorado? – ele bateu novamente com a mão no parapeito, incapaz de acenar com a cabeça – Gina tem um namorado. E você não aprova esse namoro pelo visto, então imagino que nenhum de nós vá aprovar... mas a sra Lestrage aprova, que estranho, quem essa mulher ia querer acobertar? Por Merlin! Caramba Harry, a Gina se envolveu com o Malfoy!

O garoto ficou tão feliz que abraçou a amiga.

-Eu sabia, eu sabia que você ia conseguir descobrir, Mione.

Eles ouviram um pigarro forçado vindo da porta, quando Harry se virou e viu Rony os observando, soltou rapidamente Hermione.

-Desculpem, se estiver atrapalhando alguma coisa eu saiu.

-Claro que não está, cara. – disse Harry – Entra ai, a Hermione precisa te contar uma coisa.

Rony olhou curioso para a garota.

-Bom, na verdade é algo que o Harry quer que eu diga, por que ele não consegue contar pra você.

-O que é? – perguntou o ruivo, cada vez mais preocupado com o mistério.

-É que... bom... Ele e a Gina estão namorando.

Harry arregalou os olhos para ela enquanto Rony abria um sorriso.

-Mas isso nós já sabemos, amigo.

-É.. era o que eu ia dizer pra ele. O Harry estava com medo que você não aprovasse, sabe.

-Eu não aprovar? Claro que eu vou aprovar, cara! O meu melhor amigo... o que mais eu poderia querer pra minha irmãzinha? Toda a minha família vai adorar quando souber...

-Rony, eu realmente não sei se...

-Ah! Deixa disso e da cá um abraço! – disse o ruivo apertando o amigo contra o peito.

Harry olhou revoltado para Hermione por cima do ombro de Rony, mas ela parecia bem feliz com o que havia feito.

-Bom, meninos, ta ficando tarde, eu tenho que ir... boa noite pra vocês.

-Perai, Hermione, eu ainda preciso falar com você.

-Amanhã Harry, amanhã... Eu vou passar no dormitório da Gina antes de ir pra cama também... para dar-lhe os parabéns... – disse, batendo a porta atrás de si.

Harry deu um longo suspiro, ela certamente ia tirar satisfações com a outra.

Bom, o que importava é que mais alguém sabia do Malfoy agora e ele não estava mais sozinho. Talvez tivesse sido melhor não abrir o jogo com Rony de uma vez, o choque poderia ser muito grande mesmo. De qualquer forma, fosse o que fosse que Hermione estivesse tramando ela teria que explicar-lhe no dia seguinte.


Foi o pior café da manhã que já tivera, muito, muito pior do que os da casa dos Drusley.

Era agonizante ver a alegria de Rony com o namoro inexistente entre ele e Gina e, pior ainda, a cara despreocupada de Hermione.

Quando Gina apareceu então, como a cara inchada de quem não dormiu a noite, ele quase deu um pizão no pé de Rony que berrou quando a irmã fez menção de sentar bem longe deles.

-Ei Gina, não precisa mais esconder nada não. Senta aqui do lado do Harry!

Lógico que o olhar mortal que Malfoy lançou da mesa da Sonserina foi devolvido com igual intensidade pelo moreno. Mas ele parou por ai quando encarou os olhos vermelhos da pequena Weasley, logo que ela ocupou o lugar ao seu lado. Estava na cara que ela havia chorado a noite toda.

-Por que fez isso? – murmurou ela, numa altura que só ele ouvisse.

-Não fui eu... Foi a Hermione.

-Mas você acatou pelo visto.

-Preferia que eu tivéssemos dito pros seus irmãos a verdade?

Ela balançou a cabeça tristemente em seguida deu um longo suspiro.

-Pelo menos seria a verdade...

-Então a Gininha vai casar??? – gritou um dos gêmeos enfiando a cabeça no meio deles dois.

-Cala a boca, Jorge. – disse a caçula se levantando da mesa – Perdi a fome, da licença.

-Ei, que mau humor. – falou o outro gêmeo – O que você já fez com a minha irmã, Potter?

-Nada Fred, - respondeu enquanto acompanhava a garota se afastar –Não tive tempo de fazer nada. – em seguida deu uma cotovelada em Hermione – Satisfeita agora?

-Muito... – falou ela apontando Malfoy com a cabeça – Nosso problema está prestes a acabar.

Harry olhou para a mesa da Sonserina a tempo de ver Malfoy se retirando sorrateiramente para ir atrás de Gina.

-Ela vai terminar com ele. – concluiu Hermione – Conversei sério com ela ontem.

-E se ela não terminar?

-Ele termina. – disse ela – Ele jamais vai aceitar dividir qualquer coisa com você, Harry. E ela não tem outra saída a não ser manter essa mentira, pelo menos enquanto estiver se encontrando com ele. Quer dizer, eles até tem uma saída... mas duvido muito que vão usá-la.

O café correu tranqüilo sem maiores transtornos depois disso, eles foram para as aulas da manhã, mais uma bateria de exercícios cansativos na aula de McGonagal, depois a estressante prática da poda de samambaias gigantes, na aula de Herbologia. Alguns arranhões novos em tratos de animais Mágicos e nada mais.

A não ser a inusitada aproximação de Mira, logo após o almoço.

-Potter. O convite que você me fez ontem ainda está de pé?

-Claro.

-Então eu aceito. Amanhã a gente se encontra em Hogsmead.

Foi só isso, um diálogo curto e direto. Dito a última frase Mira virou as costas e sumiu.

O peito de Harry se encheu de uma alegria inexplicável, não era como aquela sensação que o deixava sem reação quando Chang passava, era algo diferente, uma alegria gostosa que parecia acalmar o coração.

Mas ela não durou muito já que Rony Weasley o encarava não muito feliz com o que acabara de ouvir.

Ele cruzou os braços esperando uma explicação do amigo, mas não houve. Harry simplesmente fez sinal para que continuassem andando.

Rony bufou irritado e seguiu na sua frente.

-O que foi, cara?

-O que foi? O que foi? Você chamou aquela garota pra sair!

-É... – disse o outro meio encabulado – Mas ela havia dito que não podia e... Caramba Rony, por que essa cara?

-Você chamou outra garota pra sair enquanto namora com a minha irmã!

-Mais eu não a chamei pra sair nesse sentido.

-Harry eu te conheço muito bem! Acha que eu já não percebi que você está caidinho por aquela garota?

-Eu? Você ta maluco, cara? Eu nem a conheço direito.

-Mas está louco para conhecer. – disse Rony parando de repente e virando-se para encarar Harry novamente – Olha cara, você é meu amigo, eu torço por você... mas nem pense em sacanear a minha irmã, entendeu... Se está afim dessa menina, termina com a Gina primeiro.

-Rony, para! Eu não estou afim de ninguém ok. Mas caso isso aconteça eu prometo falar com a Gina primeiro...

O amigo soltou um muxoxo irritado e a conversa deu-se por encerrada. Pelo menos a conversa com Rony, porque Hermione ia ter que ouvir muito por o ter colocado nessa situação.


-Potter, acredito que, mesmo você, tenha total capacidade de despetalar as Bromélias Carnívoras sozinho. - Snape caminhava de um lado para o outro, com aquele olhar de superioridade que tirava qualquer um do sério - Por isso imagino que a minha presença aqui não seja necessária. Ou é?

-Não professor.

-Muito bem, voltarei em breve para ver a quantas andas. – disse batendo a porta da sala de atrás de si.

Harry olhou para os vasos a sua frente, que continham as várias flores com aparência dócil e inanimada, as quais deveria despetalar.

Colocou as grossas luvas indicadas para o processo, puxou com cuidado um dos vasos para próximo de si, e tentando não acordar a pequena criatura, levou os dedos vagarosamente até a primeira pétala.

Mas antes que conseguisse segurar e dar um puxão na frágil e aveludada pétala amarela, uma enorme boca se abriu no meio delas e tento morder-lhe o dedo indicador, na verdade conseguiu, porque mesmo puxando rapidamente a mão Harry sentiu que os pequenos mas afiados dentes da criatura conseguiram furar a grossa luva e tirar-lhe um pouco de sangue.

-Droga! Planta desgraçada!

-Falando palavrões agora, Baby Potter? A Lílian ficaria decepcionada.

Ele deu um olhar desdenhoso por sobre o ombro, da onde pode ter uma vaga visão da mulher que se aproximava a passos curtos.

-O que é isso? O Snape mandou você despetalar ESSAS flores??

-O que você está fazendo aqui? – disse ele levantando-se para encarar Bellatrix.

Ela levantou a sobrancelha esquerda, de forma que Harry percebeu que ela não gostara do tom que usara. "Melhor assim" pensou, afinal, queria deixar bem visível que ainda estava irritado pela azaração que ela lhe lançara na noite anterior.

-Eu devia ter vindo lhe dar umas palmadas. – disse a mulher no mesmo tom severo que ele usara – Mas duvido que adiantasse, você nunca vai aprender a não se meter no que não é da sua conta, não é Potter? Igualzinho ao seu pai.

Ele suspirou fundo, Bellatrix com certeza já sabia de toda a confusão que Hermione armara.

-Já disse que aquilo é da minha conta sim, por que envolve a Gina. Só estou fazendo isso para protegê-la.

-Seu pai também fez muitas coisas para proteger os amigos.. e veja só no que deu. – falou a mulher brandamente. - Ele me acusou de traidora, acabou com o que eu e Sirius tínhamos, e, pior que isso... Colocou a si próprio a mercê do verdadeiro traidor... Se tivesse investigado antes de me acusar, talvez tivesse descoberto que era o seu grande amigo Rabicho quem os traia, e não a sonserina aqui... – ela apontou para o próprio peito tentando não deixar transparecer o rancor que sentia de Tiago – E acredite, Harry, com essa mania de se meter no que não era da conta dele, ele acabou com a vida de muito mais gente...

Harry pareceu mais curioso do que propriamente preocupado com o que ela dissera.

-Mais gente? Quem?

Ela não respondeu. Antes disso virou a cabeça levemente, como se ouvisse passos, e com uma agilidade incrível voltou a ser Estrela e se enfiou sobre uma das mesas, na mesma hora que a porta da sala se abria.

-Potter, achei que já estivesse na metade do serviço. – disse Snape – Pelo visto vai passar a madrugada toda fazendo isso.

-Já vou começar professor... – falou ele mais preocupado com a imagem da mulher que se formava atrás de Snape, do que com a cara de bravo do professor.

Mas o homem pareceu perceber a presença. Virou instintivamente o rosto para trás, mas já não encontrou ninguém, Harry acompanhou quando Estrela voltava para baixo de uma nova mesa.

-Que cheiro é esse? – perguntou o homem desconfiado.

-Cheiro? – Harry não entendeu.

-É... esse cheiro, esse perfume...

O perfume de Bellatrix era bem discreto, algo cítrico e bem suave por isso não era fácil de perceber. Era necessário conviver um bom tempo com ela pra notar que aquele odor agradável provinha dos seus cabelos negros.

-Seriam das bromélias? – desconversou Harry.

-Bromélias não tem esse perfume, Potter. Na verdade, só há uma pessoa que tem esse perfume.

Droga, por que Snape tinha que ser um grande preparador de poções? Como tal ele certamente reconheceria odores que Harry nunca perceberia existirem. E pelo visto ele reconheceu o perfume dela, o que queria dizer que tivera um contato maior com Bellatrix em alguma parte do passado deles. "Harry, deixa de ser idiota, eles trabalharam junto afinal." Concluiu mentalmente.

O garoto não percebeu, mas Snape já trazia sua varinha segura firmemente na mão direita, olhando atento cada canto da sala de Herbologia.

-Tinha algum gato aqui, Potter?

-Gato?

-É, Potter, gato! Tinha algum aqui?

Pelo tom tremido da voz, Snape estava bastante nervoso com a possível presença de Bellatrix, e Harry não pode deixar de achar engraçado a imagem dele agachando para olhar com cuidado sob cada mesa.

-Não que eu tenha visto, professor.

Snape voltou a posição ereta e o encarou friamente.

-Volte para o seu dormitório, agora.

-Mas a minha detenção?

-Está liberado, por enquanto, agora suma da minha frente!

Claro que ele obedeceu, em parte, por que não se conteve em ficar espiando para ver se algo acontecia na sala. Sentiu um enorme alivio quando Snape saiu em direção às masmorras, felizmente ele não a havia encontrado (nem ela havia se exposto).

Voltou para o salão comunal, mas um mal estar terrível começou a invadi-lo poço a pouco, começou com calafrios, depois um pequeno suor frio que foi aumentando de intensidade, até que, quando alcançou o quadro da mulher gorda, estava, certamente queimando de febre.

Não sabe nem ao certo como conseguiu entrar, mas se lembra de ter visto os olhos perplexos e preocupados de seus amigos de classe antes de desmaiar.

Quando acordou estava em sua cama, ainda se sentia mal mas a febre estava controlada, com certeza, já não suava frio, olhou ao redor e o dia já havia amanhecido.

Mas o mais estranho, foi que, ao pé da cama, Estrela preta dormia enrolada no seu pé.

-Desculpa cara, mas essa gata deu piti ontem. Não houve quem a tirasse do seu lado. – falou Rony se levantando da cama – Está se sentindo melhor?

Harry fez que sim.

-O que aconteceu?

-Você desmaiou. A enfermeira chefe veio aqui e te medicou, disse que não precisava ir pra enfermaria, era só uma reação ao veneno das Bromélias Carnívoras... – ele olhou o dedo indicador a onde havia sido arranhado – Falou que com o remédio, pela manhã estaria melhor.

-E, acho que estou sim. – disse enquanto sentava-se na cama, acordando Estrela ao mesmo tempo – Mas meu corpo dói todo. – Estrela se aproximou e colocou a cabeça sobre uma de suas mãos, pedindo carinho, que ele não negou.

-O professor Snape passou dos limites dessa vez. Custava dizer que o negócio era venenoso? Mas ao que parece a justiça divina existe...

-Como assim?

-Dizem que ele está na ala hospitalar, com o corpo coberto por brotoejas. Parece que um pote de veneno de Bromélias Carnívoras caiu em cima dele acidentalmente de madrugada.

-Acidentalmente uma pinóia. Tenho certeza que...

Era a voz de Hermione, a garota entrou no dormitório bufando de raiva, mas ao ver Estrela no colo de Harry parou ainda perto da porta e se calou.

-O que foi Mione? Tem certeza do que? – perguntou Rony.

-Nada... – ela caminhou cautelosamente para o lado do amigo – Não acho que essa gata no seu colo seja bom pra você Harry. Você não estava nada bem essa noite. – disse, numa tentativa discreta de afastar Estrela.

A gata arrepiou todo o pelo em resposta.

Harry sorriu, queria ver Hermione peitar uma comensal da morte. Não que ele duvida-se que ela seria capaz de faze-lo, se necessário, mas seria divertido vê-la tentar.

-Se você conseguir tirar essa gata de perto dele... – murmurou Rony – Sério, a bicha tem um gênio pior que o da dona.

-Tenho certeza que se Harry quiser ela vai embora. – falou severamente.

-Mas eu não quero. – disse ele, ainda acariciando o pelo macio.

Hermione estreitou os olhos pra ele.

-Pois deveria...

-Mas não quero e ponto final.

Ela ia responder, só que a porta se abriu novamente e Gina entrou no dormitório.

-Bom dia. Está melhor hoje? – ela deu um leve sorriso ao vê-lo sentado.

-Já estou bem, sim.

-Que bom, achei que não ia poder ir comigo a Hogsmead...

Ao que parecia a frase fez Rony lembrar do encontro com Mira, já que ele fechou a cara.

-Vamos sim, Gina. – respondeu Harry, antes que o amigo disse-se algo.

-Certo, espero você depois do café. – dizendo isso ela virou-se e saiu.

-Nossa... O que deu em vocês dois, heim? – perguntou Rony intrigado – Você passou a noite com febre e ela nem ao menos te da um beijo pela manhã? Que namoro é esse?

-Rony, deixa de ser inconveniente, isso não é coisa pra se perguntar.

-Porque? Ela é minha irmã e ele meu melhor amigo.

-Mesmo assim é grosseiro perguntar...

-Nós não estamos muito bem. – disse Harry, a fim de dar entrada na noticia de separação – Nós vamos conversar hoje em Hogsmead, pra resolvermos algumas coisas...

-Ah... Pó, que chato. Mamãe vai ficar chateada...

Harry deu um olhar reprovador para Hermione, tipo "até a mãe dele sabe!!!"

-Ora Rony, quem sabe eles se acertem. – disse ela, fazendo com que Harry mudasse a expressão para surpresa.

-Vão nada. Ele ta caidinho por aquela sonserina, já.

-Que sonserina?

-A tal que canta... Já até marcaram encontro hoje...

-Marcaram encontro?

-Mione, eu realmente preferia que vocês não ficassem fazendo planos sobre o meu futuro afetivo. – disse enquanto se levantava e colocava Estrela, cuidadosamente na cama – Nem suposições sobre o mesmo, entendeu Rony? – o outro deu de ombros – Eu vou tomar banho pra descer pro café.

-Vou junto. - disse Rony.

Hermione olhou para a gata, e teve a nítida impressão que ela havia lhe dado um sorriso cínico.

-Eu vou com vocês. – disse, antes de ser deixada sozinha com Bellatrix.