Capítulo 19 – Armas Trouxas

Eles escutaram a movimentação na rua se aproximando mais e mais da entrada do Três Vassouras.

Não tardou muito para que a porta do bar fosse aberta e vários vultos entrassem no local.

-Lumus. – disse alguém, iluminando o recinto.

Da onde estavam, Harry não podia ver quem havia entrado, nem quantos eram. Ficou imaginando se seriam Aurores, seus padrinhos ou seus amigos.

Lestrange apertou a sua garganta conforme as vozes ficavam mais fortes, impedindo que falasse ou se movesse. Tinha que admitir, o homem era bem mais forte que ele. Estava imobilizado.

Mesmo assim tentaria algo, claro que tentaria. Não deixaria que eles fossem embora sem que soubessem que estavam ali.

Só não sabia o que fazer exatamente.

-Não estão aqui também? – era a voz de Lupin.

-Acho melhor vasculharmos tudo... – disse uma voz feminina. Harry achava que se tratava de Tonks -Que barulho é esse?

-Ah, nada... – Mira? O que ela estava fazendo ali... Aquilo era perigoso, caramba! – Nada não, só meu celular... Mensagem.

-Achei que essas coisas trouxas não funcionassem aqui... – o tom de desagrado era, certamente, de Bellatrix. Que ao que lhe constava também não deveria estar ali.

-Não funcionam em Hogwarts. Estamos em Hogsmead.

-Mas aqui não é lugar para se usar essas coisas. Não é civilizado, sabia?

-Ta, ta, ta... Pronto, já desliguei. Satisfeita?

-Muito.

-Vamos embora... Não tem ninguém aqui. – disse Mira em tom de ordem.

-E para surpresa de Harry os demais obedeceram.

A fraca luz se apagou, e eles ouviram o som abafado da porta se fechando.

-Deixa eu adivinhar... Essa pirralha era a filha dela não é? – falou Lestrange, achando graça – Tem o gênio igualzinho ao da mãe... Melhor para nós...

Esperaram alguns minutos até começarem a sair dos esconderijos.

-Andem... – disse Malfoy, saindo detrás do balcão, arrastando Gina consigo – O Lord está nos esperando...

Lestrange puxou Harry novamente para o centro do salão, onde todos já se encontravam.

-É... Está sim. – disse a falsa Juju – Por isso, mate essa garota logo, Lucio. Anda. Não precisamos mais dela.

-Tem razão, minha cara. – ele empurrou Gina fortemente, fazendo a garota cair ajoelhada no chão.

Ele apontou a varinha para a cabeça.

Harry sentiu o estômago revirar-se. Tentou se debater (foi em vão, já que Lestrange era bem mais forte que ele).

Não podia acreditar que veria a execução de Gina e não conseguiria fazer nada para impedir.

Mas enquanto os demais assistiam a cena, esperando o momento sublime, algo aconteceu: um murmúrio vindo de trás do balcão.

Todos olharam juntos na mesma direção quando uma mão, tão alva quanto a que segurava a varinha apontada para a cabeça da garota, se apoiou no balcão com dificuldade e um rosto parecido surgiu, as feições já começavam a envelhecer, mas não houve tempo para notarem isso.

-Seu traidor desgraçado...

-Droga... – murmurou o rapaz atrás de Gina, virando a varinha rapidamente para o balcão – FLIPENDO!

A explosão fez com que pedaços de madeira voassem para os lados.

Juju levantou a varinha para Draco, já entendendo o que havia acontecido

-Eu sabia! – gritou Lestrange – Sabia que era um traidor como sua mãe e aquela corja!

Gina, que estava ajoelhada a poucos centímetros da mulher loira, levantou-se com tudo, soltando os braços que deveriam estar amarrados e a empurrou com força.

Em menos de um segundo ela puxou a própria varinha e apontou para Lestrange.

-ESTUPEFAÇA!

Ele teve que soltar Harry para poder desviar do feitiço de desarme. Atirou-o no chão e apontou a varinha para a cabeça de Potter. Se não conseguisse levá-lo para o Lorde, terminaria com aquele pivete ele mesmo.

-ESTUPORE!

Harry desviou a tempo, rodando o corpo para a direita e se levantando rapidamente, com a própria varinha, que Draco havia materializado em suas vestes, empunhada.

Os três deram passos para trás e acabaram encostando costas com costas. Mesmo armados tinham um problema enorme, pois estavam completamente cercados.

-Larguem isso, moleques. – disse Lucio, saindo de trás do balcão despedaçado. Seu rosto já trazia as rugas que o tempo lhe dera. Não parecia-se mais tanto com o filho – Vocês não têm chance contra todos nós.

Não tinham mesmo. Os outros comensais já haviam empunhado as próprias varinhas e as apontavam para os três, prontos para atacá-los.

-O que fazemos? – perguntou em tom baixo para os outros dois – Estamos em bastante desvantagem aqui.

-Esperamos... – respondeu Draco, cinicamente – Isso não vai durar muito.

E não durou mesmo.

Barulhos de gente aparatando dentro do Três Vassouras começaram a se multiplicar. Em segundos, havia vários aurores cercando o grupo e protegendo ele, Gina e Draco.

-Rendam-se. – disse Lupin, a frente de Draco. Sirius estava a frente do afilhado, logicamente, enquanto Tonks se aparatara junto à Gina.

Draco olhou para o lado. O pai havia fugido, desaparatado quando percebeu a invasão. Ele sempre fora mais rápido para fugir que qualquer outro.

Ao comando de Rodolfous, os comensais abaixaram as varinhas, vagarosamente. Não havia mais o que fazer.

-Como souberam? – murmurou Lestrange, encarando Sirius, que deu de ombros divertido.

-Sinceramente, acho que não vai gostar de saber a resposta.

-Foram as maravilhas do mundo trouxa, sr. Lestrange... –Mira entrou no bar imponente, seguida pelos demais menores de idade, Hermione, Rony e Luna.

-Maravilhas do mundo trouxa? – perguntou Harry, tão confuso quanto os comensais. Draco apenas deu de ombros.

Mira caminhou até o grupo central, parou ao lado de Gina e encarou a falsa Juju friamente.

-Olha só, sua francesa ridícula, você foi derrotada por isso aqui, querida. – e balançou o seu minúsculo aparelho celular na cara da mulher.

-Como... como sabe? Ela não teve tempo de falar a ninguém...

-Que você é a traidora, FLEUR DELACOUR? – Gina arrastou a voz, enquanto pronunciava o nome da namorada do irmão – Realmente não tive tempo de falar, só de digitar... – ela pegou o próprio aparelho celular, o que havia ganhado de Mira no Natal e balançou-o de um lado para o outro como a amiga fizera – Eu mandei uma mensagem falando tudo...

-Inclusive que você estava se fazendo passar pela Juju. – completou Niphandora.

-E, para completar, eu recebi a carta do Ministério da Magia Francês, dizendo quem eram os animagos franceses que estavam na Inglaterra e no que eles se transformavam. – disse Remo – Seu nome era o único que continha na lista.

-Como soube que se tratava de um francês, Remo? – perguntou Rony, se aproximando.

-Lobos Brancos são animais mágicos que só existem na França, Rony. Seria difícil que algum bruxo tivesse esse animago sem ser francês. – respondeu ele.

Os aurores começaram a prender os comensais e retirá-los dali.

-E como souberam que estávamos aqui dentro?

-Mais uma vez, o CELULAR! A maravilha da tecnologia trouxa! – disse Mira, entre risos.

Ele encarou Gina por um segundo.

-Você enviou uma mensagem para ela naquela hora? Como conseguiu?

-Bom, o Draco apagou o pai dele assim que abaixamos atrás do balcão. – disse, enlaçando o loiro pela nuca e dando-lhe um beijo estalado na bochecha – Mas como não dava pra saber a sua situação, achei melhor avisá-los que estávamos aqui de uma forma mais... ah... discreta. – virou-se novamente para Draco – Aliás, você foi muito corajoso.

Malfoy tentou disfarçar a vergonha, mas não foi muito convincente, tanto que Mira riu da cara dele antes de abraçar o próprio namorado.

-E você é enxerido, não é? Tinha que vir atrás dela? Isso foi muito óbvio, sabia?

-Foi o que eu disse... – balbuciou Draco.

Ela o encarou por um segundo, depois voltou a olhar para ele.

-Viu? Por sua causa, eu tenho que concordar com a Barata Descascada do meu primo..

Harry deu de ombros, divertido.

-Bom, o que importa agora é que está tudo bem. – falou Hermione, com um sorriso alegre.

-É... – disse Rony - Deu tudo certo.

-Não exatamente... – disse o loiro com olhar perdido para o balcão – Meu pai fugiu...

Gina ia consolá-lo, mas Luna pulou no seu pescoço e no de Mira, as abraçando ao mesmo tempo.

-Gininha, Gininha... Que bom que você está bem! É tão bom saber que vocês duas estão bem!

-Ta, ta, ta Luna... – Mira tentava sem sucesso se desvencilhar da menina, fazendo Gina rir da reação – Não é pra tanto, caramba... E não adianta me adular não. Já estou sabendo do Longbotton! – ela pôs o dedo na boca fingindo vômito – Como conseguiu beijar aquela coisa asquerosa?

Luna deu de ombros. Estava feliz demais para se sentir ofendida com o que Mira dizia.

-Ele é fofo.

-Não diga ao seu irmão... Por favor... – era a voz de Fleur, que estava sendo levada para fora do bar naquele momento.

Mira e Gina se entreolharam, sem poder distinguir com qual das duas ela falava. Afinal, ela estava se relacionando com Gui e com Jonh ao mesmo tempo.

Voltaram os olhos para a loira e cruzaram os braços.

-Não conte ao Jonh, por favor. – repetiu a loira, deixando claro com quem se preocupava.

-É ruim, hein? Pode apostar que ele vai saber CADA detalhe da mulherzinha nojenta e traíra que você é!

-Vamos, vocês precisam de cuidados médicos. – disse Remo.

Harry não havia percebido, mas ele, Gina e Draco tinham ferimentos causados pela pequena luta contra os comensais.

Ele havia sido atingido de raspão no seu braço esquerdo. Draco tinha um corte na testa por culpa de algum estilhaço do balcão que explodira, enquanto Gina trazia arranhões enormes nos joelhos.

Se puseram a sair do recinto também. Ele abraçado em Mira e com Sirius ao lado deles.

-Onde ela esta? – perguntou preocupado.

-Num lugar seguro. – disse Sirius – Estava ajudando a te procurar, mas quando começaram a chegar mais Aurores tivemos que convencê-la a se esconder.

-E não foi nada fácil... – murmurou Mira, ainda abraçada com ele.

-Imagino.

Olhou para frente. Gina abraçava os pais, que haviam acabado de chegar ao local juntamente com Gui.

Em pouco tempo já estava apresentando Draco a eles.

Harry sorriu e apertou um pouco mais a cintura da namorada.

-Parece que seu plano deu certo.

Mira abriu o seu melhor sorriso cínico.

-E quando não dá? Caramba, Potter, eu sou um Black!


-Quem poderia imaginar que logo esse aparelhinho trouxa fosse nos ajudar, não é "mamãe"?

Bellatrix arfou com desagrado. Já tinha perdido as contas de quantas vezes Mira já havia lhe repetido aquela frase, afinal, ela falava aquilo sempre que o tal celular tocava e outras vezes esporádicas também, quando não estava fazendo nada melhor que irritá-la.

-A princesinha enfrenta a dona Black sem medo, não é? – disse Sam para Harry, que estava sentado próximo a ele no balcão, lendo a carta de Hermione.

-E como... – respondeu, enquanto passava para a segunda folha – Desde que chegamos o passatempo dela é tentar tirar a madrinha do sério.

A amiga contava o que ela e Rony fizeram nos primeiros dias de férias, sem a companhia dele. Finalmente eles pareciam ter conversado sobre um possível relacionamento entre os dois e resolveram tentar algo mais que amizade. Ela dizia estar com medo e tal, mas Harry sabia bem que daria certo. Era até engraçado imaginá-la com medo logo de um namoro quando já haviam passado por tantos perigos juntos.

Rony só havia lhe escrito que as coisas estavam "indo bem" e que falaria mais quando se encontrassem pessoalmente. Mal sabia ele que a namorada já havia detalhado tudo e mais um pouco.

-Isso até pode ter servido de alguma coisa, Mira. Mas não deixa de ser chato. – resmungou a mulher, fingindo se entreter com um livro.

-Chato nada. Ele é útil. – disse Mira, antes de perceber que o aparelho tocava nas suas mãos.

Bellatrix fez careta.

-Não falei que é chato? Barulhinho irritante.

-Oi... Fala, Gina... Sim, estamos esperando. Hein? Ah, peraí... Pai! – berrou, como se Sirius estivesse a quilômetros de distância – A que horas que o resto do povo vem?

-Que resto do povo, pequena? – perguntou ele, descendo as escadas juntamente com Lupim.

-Ah! O Remo já está aqui, Gina. Não vi quando ele chegou. – ela voltou a conversar com o aparelho - Eu não sei que horas a parafina falsificada vem... Você é a namorada dele, lembra? Tá bom então... – desligou – Eles estão vindo daqui a pouco. Via Flu.

-Hermione também vem? – perguntou Harry , guardando a carta que acabara de ler.

-Eu ouvi a voz dela... – disse se aproximando dele – Acho que já estava na Toca também.

O telefone de Mira tocou novamente.

-Oi Luna...

Bellatrix soltou um suspiro cansado. Não sabia como ia agüentar todos os Weasley juntos no Black Star. Mas não teria como fugir.

-Você faz parte de tudo isso agora. – disse Sirius, parecendo ler seus pensamentos.

-Isso foi para me animar? – perguntou, sarcástica.

-Foi. – ele a abraçou por trás – Afinal, esse é o primeiro aniversário que você vai passar com a sua filha. Devia estar feliz.

Ela se pôs a observar a filha mais adiante, andando de um lado para o outro, brigando com a amiga que estava do outro lado da linha..

Havia desistido de tantas coisas para estar ali, para ter aquele simples momento com ela.

-Eu devia estar feliz, não é?

-Se me permite dizer, Bella, o problema é que você não se deixa ficar feliz com pequenas coisas. – disse o lobisomem – Mas a felicidade não está nos grandes feitos e sim em pequenos momentos, como este.

-Vocês tem razão, eu lutei muito para ter esse momento, não foi? – Sirius apenas concordou com a cabeça – Ela parece você quando está irritada. Olha como gesticula.

-Não ouse não aparecer, Luna Lovegood! Pro diabo o imbecil do seu namorado... – ela balançava a mão sobre a cabeça, irritada – Como assim ele não quer vir? Que se dane, eu não o convidei mesmo! Aliás, eu acho bom você aparecer SOZINHA, porque sou capaz de decepar a cabeça dele com a espátula do bolo!

Sirius riu.

-Engraçado, eu já acho ela a sua cara quando brava... Letal...

Mira bateu a aba do celular para desligá-lo e encarou o namorado.

-Acredita que o cretino do Longbotton disse a Luna que não acha PRUDENTE ela vir? Quem aquele idiota pensa que é?

-Bom... Do jeito que vocês são dado a confusões, prudente não é mesmo.

Jonh Smith apareceu no pub acompanhado da loira falsa, mas a verdadeira Juju. A haviam encontrado em seu apartamento onde Delacour a mantinha trancada num armário. Os cabelos estavam bem mais curtos do que na época em que Mira a conhecera, devido a constantes cortes feitos pela outra para a produção de Poção Poliçuco. Mas ela parecia tranqüila.

-Oi, Juju. Que bom que veio. Como está?

A decoradora acenou despreocupada, depois sorriu para a cunhada.

-Curtindo o meu novo visual.

Ao contrário de Olho-Tonto, quando passou por isso, a clausura não pareceu afetar tanto a decoradora. Mira dizia que era por que Juju estava acostumada a gente maluca e que no meio dela tinha muito. Harry levou um certo tempo para compreender que "gente maluca" significava usuários de drogas no vocabulário da namorada e, em alguns casos, se acrescentava pessoas excêntricas também. Sendo assim, não era de se admirar que bruxos não assustassem tanto a garota.

-Pelo menos alguma coisa interessante aconteceu na minha vidinha pacata. Pena que eu passei a maior parte da ação dormindo. – ela puxou um embrulho de dentro da bolsa extravagante – Feliz Aniversário!

Mira a abraçou e se pôs a apresentá-la aos pais.

Foi quando ouviram um barulho vindo do apartamento.

-A chaminé. – disse Sam – Seus amigos devem ter chegado, sr. Black.

Sirius subiu para recepcionar os Weasleys. Vieram todos sem exceções e, para completar, acompanhados por Hermione e Tonks.

-Sua mãe não vem? – perguntou Bellatrix, assim que a sobrinha a cumprimentou.

-Acha que ela vai perder uma festa? Eu vim antes porque... Bem... tinha marcado com o Gui.

-Ah! – Bella sorriu – Devo dizer que ele fez uma belíssima troca.

Ninphadora não se conteve e encostou a mão no ouvido da tia.

-E foi antes descobrirmos quem ela realmente era... – disse em tom de segredo.

A mulher riu alto, chamando a atenção para si sem querer.

-Então a traidora era CORNA também? – Tonks fez que sim, rindo da alegria vil da tia – Mas é muito bem feito mesmo! Merlin sabe bem o destino que traça para todos!

-Como de costume, você não é nada discreta, não é, irmã?

Narcisa, que havia acabado de chegar acompanhada pelo filho, se aproximou das duas.

Bellatrix deu de ombros.

-Certas coisas não valem a descrição. – e sorriu para sobrinha, que se afastou em seguida.

-O que houve? – perguntou a loira.

-Nada demais. Ela está namorando um dos Weasley.

-Ah... – Narcisa parecia desanimada – O meu Draco também... – e suspirou, olhando para o filho ao lado da namorada, como se aquele fosse o maior de todos os desperdícios do mundo.

-Esse amor foi o que o salvou. – disse a mais velha.

Narcisa a encarou por alguns segundo.

-Foi o que te salvou também, não é?

-É... Mas eu fui bem mais teimosa.

Os olhos de Narcisa se perderam entre os convidados, até que finalmente se cruzaram com os de Lupin por alguns momentos.

-Eu também. – murmurou a loira – E consegui ser mais teimosa até que você.

-O que as minhas duas irmãs estão tramando aqui sozinhas?

Era a voz de Andrômeda que havia chegado a pouco. Bellatrix olhou de rabo de olho para a direção onde Lupin se encontrava.

-Um futuro para a nossa irmãzinha. O que acha?

-Eu acho fantástico! – disse entusiasmada, percebendo na hora do que se tratava.

-Parem com isso vocês duas.

-Nem vem, Narcisa. Se tivesse feito o que havíamos mandado há anos atrás, não teria se casado com o Malfoy. – ralhou Andrômeda a puxando pela mão, enquanto Bellatrix a empurrava por trás – Por isso, agora fique quieta e nos obedeça! Olá, rapazes...

Enquanto isso, Harry tomava um gole de uma bebida, ainda sentado no balcão, mas agora na companhia de Rony e Mione.

-Anozinho movimentado... – dizia o ruivo.

-Como todos os outros, aliás.

-É, eu sei, Mione. Mas não estou dizendo quanto aos problemas... To falando de...

-De...

-Amor? – perguntou Harry – Não dava pra acreditar que iríamos chegar nessas férias namorando, não é mesmo?

-É. Isso.

Hermione olhou Draco e Gina, que conversavam com Mira e Luna, que havia acabado de chegar.

-As surpresas foram muitas mesmo.

-Mas não da para reclamar, não é? Pelo menos foram boas surpresas. – disse Rony.

Harry concordou, com o olhar perdido na namorada. Ela brigava com Luna por conta da demora para chegar.

-Fico me perguntando, o que o próximo ano nos reserva?

Por um segundo seus olhares se cruzaram. Mira sorriu para ele.

-Espero que coisas boas, Rony... Aliás, acho que agora só virão coisas boas...

FIM