Capitulo 2 – A Missão

O Próprio Almirante estava a bordo da Enterprise-L e chamou imediatamente a Capricórnio.

- Mensagem da Enterprise senhor. – disse o alferes Satin

- Na Tela alferes.

A imagem do Almirante ao lado do Capitão Data surgiu na tela principal. – Informe o ocorrido Capitão.

- Duas naves Kevlanas sairam da fenda espacial, destruiram alguns dos satélites principais do escud de proteção e seguiam rumo a estação nove para destruí-la. As naves de combate mantiveram a nave afastada e conseguiram destruir o inimigo e a Capricórnio comprovou que os testes foram ineficazes. A menos que ela se veja frente a uma frota completa de kevlanos, podemos dar conta deles facilmente. Assim que a Escorpião ficar pronta poderemos dar início a exploração da região dominada pelos Kevlanos para recuperar o território da federação.

- Na verdade precisamos do senhor imediatamente e precisamos de privacidade capitão.

- Sim senhor. Alferes transfira a transmissão para minha sala.

Eagle levantou-se e entrou em sua cabine. Ligou o monitor e sentou-se.

- pode falar Almirante.

- Recebemos informes da USS Tibérius. Uma grande concentração de naves Kevlanas foi detectada na periferia da fronteira Romulana. Acreditamos que eles estejam preparando uma ponte de acesso para invadir nosso setor brevemente e precisamos realizar uma missão de busca e destruição.

- Certo Senhor. E o que a federação está planejando.

- Como o senhor sabe, a Frota está muito debilitada depois de tantos conflitos e este novo inimigo se faz pior em ferocidade que os Borgs. O que precisamos é mostrar que a Frota e a Federação estão vivas e continuam liderando os territórios dos quadrantes Alpha, Beta e Gama. O Capitão Data e eu vamos seguir para uma reunião de emergência com os Andorianos, Vulcanos, Klingons e com uma comitiva de Rômulos. Vamos traçar um plano de contingência para nos defender de um possível ataque. Finalmente chegamos a um acordo de troca e podemos dizer que as naves da federação possuem igualmente os recursos e tecnologias disponíveis desde múltiplos tipos de armas até escudos multi-fásicos e camuflagem.

- Menos os motores de hiper-dobra da Capricórnio.

-Isso ainda está em fase de testes e depois será estudado o compartilhamento de informações sobre isso.

- Certo senhor. Quando partimos?

- O senhor deverá encontrar a USS Tibérius em no máximo 30 horas. Sua tripulação já foi avisada e está esperando o senhor nas próximas 6 horas na Base-estaleiro Benjamim Sisko na órbita de Plutão.

- Partiremos imediatamente senhor. Eagle desliga.

- Boa sorte Capitão. Rayback desliga.

Eagle ficou olhando o monitor apagado por alguns segundos e pensou na encrenca que estava se metendo. Sorriu e levantou-se. Finalmente iria mostrar do que sua nave era capaz. Ligou o intercomunicador. – Satin, trace curso para a Base-Estaleiro Benjamim Sisko, dobra 9.

- Sim senhor.

Eagle recostou-se em sua cadeira e olhou o quadro que estava pendurado na parede em frente à mesa. Um colar de contas e a ponta de um cajado ornado com tiras coloridas. A única herança que restou de sua família um incêndio destruiu quase toda a casa de seus pais na Terra e seu avô, único parente ainda vivo conseguiu salvar o colar de sua mãe e a ponta do cajado de homem da medicina de seu pai. Ainda hoje os poucos remanescentes de sua tribo procuravam manter os costumes navajos.

Eagle ligou o computador e pediu a lista de sua tripulação. Começou a ler os nomes e parou algumas vezes. Pensou em Janet sua primeira oficial e melhor amiga. Em T´Prin, que era sempre uma incógnita quanto a seus sentimentos e principalmente em Wincott. Sabia desde já que teria problemas com Wincott, apesar da folha impecável e do seu comportamento exemplar no treinamento e no ataque a nave Kevlana, ele não se manteria indiferente, quando estivessem longe.

Duas horas depois estavam atracando na Base-Estaleiro. A USS Escorpião estava quase pronta. As naves de reparos já estavam sendo encaminhadas para revisão da nave, bem como o carregamento de armas, material e pessoal já estavam em andamento. O pessoal técnico, soldados e tripulantes em geral já estavam sendo transportados ou trazidos por naves, enquanto que o pessoal temporário utilizado nos testes já estava sendo transportado para a Base. Os oficiais e suas equipes estavam aguardando no Auditório da Base. Eagle tomou um banho rápido e seguiu para o auditório seguindo o protocolo padrão da Federação, por enquanto.

Entrou e todos se voltaram para ele. Olhou para o "seu pessoal" e esboçou um leve sorriso. Tudo ia dar certo, pensou. E subiu no grande tablado posicionado sob a tela de projeção do auditório.

- Senhoras e senhores, - começou – como devem ter sido avisados, sairemos dentro de três horas e temos uma missão dupla a cumprir. Vamos realizar uma missão de busca e destruição as bases dos Kevlanos estabelecidas na periferia da fronteira romulana. Ao mesmo tempo devemos nos adaptar a nossa nova nave e fazer valer o título de nave capitanea da Frota de Pesquisa Estelar. Dentro de algumas semanas teremos mais uma nave pronta e em até dois anos as doze naves programadas estarão vigiando e pesquisando novas regiões do espaço.

- Como devem saber houve uma tentativa de invasão através da Fenda Espacial e graças as equipes da MTEC e ao pronto funcionamento da nave conseguimos destruir o inimigo e recuperar peças de equipamento que nos permitirão descobrir mais facilmente os pontos fracos dos Kevlanos.

- Vamos nos deslocar até a periferia da fronteira Romulana e descobrir as bases Kevlanos existentes. Ao chegarmos lá teremos maiores informações através da USS Tibérius.

Conforme o cronograma, a nave saiu completamente abastecida de material e pessoal três horas depois. Seguiram para as coordenadas do encontro com a Tibérius. A ponte da Capricórnio seguia um padrão próximo da classe intrepid. Capitão e Primeiro oficial ficavam no meio num nível intermediário. Piloto e Navegador a frente mais abaixo e em volta tinha-se as estações de ciências, segurança, comunicações e posto de engenharia.

Neste momento estavam na ponte, o capitão Eagle, a primeira-oficial, o chefe de segurança Krull, a oficial de ciências T'Prin, o Tenente Luthor no comando do leme, o Alferes Satin na navegação, a alferes yoshida na comunicação e o tenente Wilbur na Engenharia.

A nave estava em alerta amarelo e seguia em dobra 9. Tudo transcorria bem até que uma luz se acendeu no painel de comunicações.

- Chamada de emergência da USS Tibérius senhor. – disse Yoshida.

- No audio alferes. – ordenou Eagle.

- Este é um alerta prioritário nivel Alpha estamos seguindo para a nebulosa Arcturius. Dez naves Kevlanas sairam da zona neutra romulana e entraram no setor. Fomos atacados e perdemos uma de nossas naceles. Conseguimos desaclopar o disco da nave e tivemos a perda de cento e cinquenta e três tripulantes. Esteé um alerta...

a mensagem se repetia e não se podia arriscar um contato com a nave para não alertar as naves Kevlanas.

- Alerta vermelho. – gritou Eagle. – Todos aos postos de combate. Sensores ao máximo. Assim que as naves Kevlanas forem detectadas vamos sair de dobra e atacar.

Eagle pressionou um sensor no painel de sua cadeira e levantou-se. – Alferes, transfira as chamadas direto para meu gabinete.

- Sim senhor. – respondeu Satin

Eagle entrou em seu gabinete e sentou-se enfrente a tela de comunicações. Ligou o canal prioritário da Frota e a tela acendeu com o lotoripo da segurança da Frota. O rosto do Almirante Rayback surgiu. – Pode falar Capitão.

- A USS Tibérius foi atacada senhor. Recebemos um alerta automático e estamos rumando para a zona de perigo. Devemos encontrar o inimigo em alguns minutos. Estou ativando a prioridade Omega e todas as bases de dados da nave se tornarão indecifráveis para qualquer pessoa. Este é o último contato até o nosso retorno... se a nave se mostrar capacitada.

- Espero que possamos nos ver em breve Capitão e quanto a nave ela tem o necessário, uma tripulação capacitada. Rayback Desliga.

A tela escureceu e imediatamente Eagle chamou o pessoal tático.

- Wincott.

- Sim capitão.

- Preciso que todas as equipes estejam prontas para sair assim que saiamos de dobra.

- OK! Que tipo de problema?

- Dez naves.

- Uff! Vai ser uma prova e tanto, mas faremos o necessário. As dez equipes estarão prontas.

- Conto com você Jeff. Não me decepcione.

- Você tambem James e não esqueça que na MTEC sou eu que mando.

- Após resolvermos este pequeno problema, vamos nos encontrar no holodeck 2 e resolver nosso "problema" .

- Combinado. Wincott desliga.

Alguns segundos depois do visor escurecer o alerta da nave disparou. Eagle seguiu para a Ponte e sentou-se. Na Tela Principal podiam ser vistas as naves.

- Naves a frente senhor. – disse Satin – Saindo de dobra.

A pouco menos de dois minutos de alcance estavam as dez naves. Eram mais novas que as conhecidas. A menor delas tinha cerca de quinhentos metros de comprimento e duas delas destavam-se por ter mais de um quilometro. Não era um cubo borg mas assutava um pouco pela quantidade.

- Senhor Wincott, libere as equipes. Uma para cada nave e duas para a nave grande da direita. A outra é nossa e daremos o suporte necessário.

- Sim senhor.

As trinta naves de combate sairam em alguns segundos e rumaram em equipes de três para as naves Kevlanas que já estavam disparando. A Capricórnio seguiu direto para nave grande com os escudos no máximo e todos os canhões apontados para as saídas de armas visíveis. Em alguns segundos o espaço se transformou em bolas luminosas. As Naves Kevlanas possuiam um escudo esférico em volta da nave e estavam mais resistentes, porém ainda não conseguiam se sustentar depois de várias cargas de pheiseres num mesmo ponto. Aos poucos pequenos buracos foram abertos e permitiram a entrada de torpedos de proton das pequenas naves. Os caças de menos de dez metros eram mais ágeis do que os Kevlanos esperavam e em poucos minutos mais de metade das naves invasoras estava semi-destruida ou incapaz de combater.

A Capricórnio seguiu para a nave Kevlana e disparou dez salvas seguidas de pheiseres intercalados com torpedos e rompeu os escudos da mesma em menos de um minuto. Quando a Eagle ia mandar que fossem disparados os torpedos necessários para incapacitar a nave ocorreu o inesperado. Um novo escudo se formou em volta da nave e ela disparou contra a capricórnio.

A Nave estremeceu com o impacto. Apenas as duas naves maiores ainda estavam na luta. As equipes de combate da MTEC se reagruparam e instintivamente se dividiram em dois grupos. Cerca de vinte naves se deslocavam atirando contra uma das naves tentando conseguir uma brecha no novo escudo que se formara enquanto as outras naves atacavam a nave que disparara contra a Capricórnio.

- Escudos em 90 senhor. – disse Krull.

- Mire nas saídas de armas deles e dispare em salvas continuas alternando a modulação das armas Senhor Krull. Alterne com alguns torpedos Quantum.

- Sim senhor.

- Senhor Gutierrez. – chamou Eagle. – modifique um dos torpedos incluindo um módulo de alternância trifásico com gatilho no painel de armas da ponte e um marcador de transporte de emergência.

- Sim senhor. Mas isso vai causar instabilidade no núcleo de reação do torpedo e vai gerar um de distorção dimensional.

- Eu sei. Você tem três minutos. Forneça o código individual de transporte para a sala de transporte três.

T'Prin dirigiu-se ao capitão pela primeira vez.

- O protocolo da frota proíbe a utilização de armas dimensionais dentro do território da Federação. E...

- Estamos em Alerta Omega desde que saímos de dobra e protocolos da Frota são inválidos dentro do âmbito dessa missão. Agradeço a chamada e gostaria que desviasse suas capacidades para obter as coordenadas exatas do ponto de contato de nossos disparos no escudo da Nave Kevlana. Direcione os sensores para este ponto e grave todas as informações necessárias. Assim que tiver o ponto exato forneça as coordenadas para sala de transporte Três.

- Senhor Krull, continue atirando no mesmo ponto.

A nave continuava sendo bombardeada e os escudos enfraqueciam, ponto a ponto. Os escudos já estavam em 80 e caindo. T'Prin estava recolhendo as informações necessárias. Gutierrez chamou. – Modificações feitas senhor. Coordenadas transmitidas.

- OK... T'Prin?

- Ponto focal travado e coordenadas enviadas senhor.

- Sala de transportes 3. – chamou Eagle.

- Pronto senhor.

- Transporte o torpedo para as coordenadas enviadas pela oficial de ciências.

- Sim senhor. Transporte sendo efetuado.

- Senhor Krull assim que o transporte for completado ative o gatilho e dispare uma salva de torpedos no mesmo ponto.

- Feito senhor – respondeu Krull pressionando o gatilho.

Na tela principal foi possível ver o que ocorria. O torpedo materializou-se no ponto de foco dos disparos e quando o gatilho foi disparado explodiu. A onda quantica gerada causou uma anomalia dimensional quebrando por alguns segundos a resistência do escudo inimigo. Ao mesmo tempo seis torpedos de protons atravessaram a ruptura e chocaram-se com o casco da nave kevlana. Os dois primeiros abriram um grande rombo no casco e os outros quatro penetraram a nave explodindo assim que se chocavam com alguma coisa mais resistente que os sensores dos torpedos. A nave explodiu em uma imensa bola que acabou sendo parcialmente bloqueada pelo próprio escudo antes dele desmoronar por completo.

- Transfira os dados obtidos para o meu painel T'Prin.

- Feito senhor. – disse ela.

- Eagle olhou o painel por alguns instantes e mandou que abrissem um canal codificado para os caças MTEC.

- Senhores, aqui é o capitão. Remodulem os núcleos dos seus torpedos para os valores que estou enviando para suas naves. Assim que o fizerem dividam-se em três grupos e ataquem usando a manobra Picard 37.

Todas as equipes que até aquele momento estavam apenas distraindo a nave kevlana sem conseguir sequer uma diminuição de intensidade dos escudos confirmaram o recebimento e começaram a trabalhar. Alguns segundos depois se dividiram em três blocos. Dois blocos iam à frente disparando seus torpedos num mesmo ponto e com isso conseguiram abrir uma pequena brecha no escudo da nave. O grupo que ia atrás disparou cada um, um torpedo que atravessou o escudo e penetrou o casco da nave destruindo-a em alguns segundos.

Todos na ponte respiraram aliviados e viam as pequenas naves retornando quando o alerta tático soou.

- Senhor – disse Krull – sobrecarga de energia nas oito naves kevlanas. Acredito que seja um sistema de auto-destruição.

- Todas as naves devem entrar em dobra imediatamente e nos encontrar nas seguintes coordenadas. – disse Eagle e enviou um sinal com as coordenadas. – Salas de transporte, tentem localizar sinais de vida nas naves e transporte para a sala de carga 3 imediatamente todos que puderem. Senhor Luthor, dobra 2 em dez segundos.

- O sinal indica explosões iniciadas nos núcleos dos motores das naves senhor. – disse Krull.

- Senhor Luthor, acionar já.

- Acionando Senhor.

A nave entrou em dobra ao mesmo tempo em que as oito naves restantes explodiam. A onda de choque raspou o casco da Capricórnio na nacele direita e quase causou um dano, não fosse o escudo que havia se restaurado a 100 após o termino do combate.

- Salas de transporte, quantos sobreviventes?

- cinco, senhor. Os sinais vitais de quase todos está bem baixo. Foram teleportadas também algumas caixas metálicas com circuitos expostos que estavam junto aos corpos.

- Senhor Lock. Estamos enviando pacientes. Quero campos de contenção nivel dez em todas as mesas para onde eles serão transportados.

- Gutierrez, envie uma equipe para analisar as peças teleportadas que estão na sala de carga 3.

- Sim senhor disse o médico chefe.

- Transporte todos para a enfermaria agora.

- Transporte efetuado senhor. – disse o operador do transporte.

- OK! – respondeu Eagle. – Dr. Lock, mantenha-os vivos, estou a caminho.

- Sim Senhor. Venha rápido, pois já perdemos três. – respondeu o doutor.

Eagle levantou-se e seguiu para o turbo elevador.

- Janet, assuma a ponte. – disse ele dirigindo-se a segunda em comando. – T'Prin, venha comigo.

Os dois entraram no elevador e ele ordenou que o mesmo fosse para o deck 5 onde ficava a enfermaria principal. A Capricórnio possui quatro enfermarias, sendo duas no disco principal e duas no corpo da nave, todas as quatro interligadas através de um sistema de arcos de transporte. Cada enfermaria possui um sistema com um arco de transporte na parede de fundo da enfermaria. Ao aproximar-se da arcada indica-se a enfermaria desejada através dos códigos E1, E2, E3 ou E4 e se é teleportado como se estivesse atravessando uma porta. Enquanto o elevador descia, Eagle olhou para T'Prin. Ele continuava admirado de sua seriedade e do fato de não esboçar qualquer sentimento. Ele não poderia dizer diretamente o que sentia por ela pois um Capitão da Frota deve pensar principalmente em sua missão. Mas apesar de não ser tão puro quanto o sangue de seu avô, o sangue navajo que corria em suas veias sempre fervia na presença dela. Neste momento em que estavam tão próximos e que podia sentir o cheiro de seus cabelos junto ao seu rosto ele desejava se afastar de tudo e dizer a ela o que sentia, mas isso teria de ficar para outra hora.

Chegaram a Enfermaria menos de um minuto depois de entrarem no elevador. Lock estava executando uma série de movimentos no painel de controle da mesa de exames usando seus quatro braços.

- Qual o estado deles Doutor? – perguntou Eagle.

- Dos oito que chegaram só temos dois ainda vivos. – respondeu o doutor enquanto aplicava uma injeção no braço do Kevlano.

- Quais as chances de interrogar algum deles?

- Quase nulas pelas próximas horas. Acabei de injetar uma leva de nanosondas borgs neste aqui para ver se descubro o motivo das mortes. O outro está numa câmara de estase para mantê-lo vivo.

T'Prin acompanhava na tela o movimento das nanosondas e verificava os sinais vitais. Enquanto olhava, percebeu que um grupo de sondas seguia diretamente para um conjunto de células que saiam de um cilindro microscópico.

- Doutor estou vendo um objeto que pode ser a origem do problema.

- Eagle e Lock foram até o monitor e o Doutor disse – Cápsulas suicidas.

- Ordem Obsidiana? – perguntou Eagle.

- Semelhantes. Porém essas são mais avançadas. Pelo que posso perceber possuem um sistema de alerta especial que é ativado por ordens sinápticas pré-programadas.

- pode salvar algum deles?

- Posso tentar com o que está em estase. Este aqui não vai durar muito tempo. As células suicidas estão matando minhas nanosondas mais rápido que a reprodução das mesmas.

- Veja o que pode fazer. Estarei na engenharia.

- Sim capitão.

Eagle estava caminhando para a porta da enfermaria quando o alarme disparou e a nave estremeceu. A voz de Janet soou no comunicador. – Capitão, ruptura de casco no deck 5, sala de carga 3.

Eagle parou e milhares de pensamentos ocorreram ao mesmo tempo. Na dúvida, faça o que seu instinto lhe manda. As palavras de seu Avô vieram como uma flecha e ele nem pensou mais no assunto.

- Sala de transporte um. Travar nos cinco corpos da enfermaria um que não estão com comunicadores e teleportar para fora da nave com dispersão máxima. Agora!

- Senhor! – gritou Lock – ainda temos chance de ...

- Acionando! – veio a voz do tripulante da sala de transporte.

Os corpos dos kevlanos desapareceram da enfermaria e foram reestruturados a vários quilômetros a bombordo da nave onde explodiram.

- Doutor, nos enganamos. Não eram cápsulas suicidas, eram cápsulas assassinas.