Prólogo
Diário de Bordo, Data Estelar 32433.3 - Diário do Capitão.
Recebi ordens de seguir para uma área pouco explorada do quadrante delta com duas naves da classe intrepid. Foram detectados sinais de presença Borg no quadrante e a Frota requisitou uma demonstração de força de modo a criar um bloqueio sistemático de quaisquer ofensivas Borg no futuro. Fim do Diário.
Picard terminou de desligar o diário pessoal e levantou-se. Seguiu até a grande janela localizada atrás de sua poltrona e ficou olhando para a grande mancha que se formava devido ao efeito de dobra. Estavam seguindo em dobra máxima há mais de 6 horas e a previsão era que teriam ainda mais 6 antes de alcançar a área onde foram detectados indícios de ataques Borg. Ao lado da enterprise seguiam a Dark Star II e a Thunder. As duas naves eram modelos novos, recém saídos dos estaleiros da frota e já estavam sendo mandadas contra os Borgs. Mesmo com os novos torpedos e os phasers multi-fásicos criados para penetrar aos escudos Borgs era um grande risco colocar tripulações novatas no campo de batalha. Depois de Worf-359 a idade média dos tripulantes baixou significativamente. O próprio capitão da Dark Star II tinha pouco mais de 30 anos.
O sinal da porta tocou. - Entre - Disse Picard e sentou-se em sua poltrona novamente.
Capitão - disse Riker - a conselheira Troi está preocupada, pois o senhor não sai de seus aposentos desde que recebemos as ordens da frota. Algum problema?
- Não Will, tudo está bem. Apenas cansado. Às vezes acho que os Borgs são como a antiga Hidra. Corta-se uma cabeça e duas nascem em seu lugar. A coletividade aparentemente é bem maior do que se pensava e por mais que lutemos parece que a batalha final será perdida. - respondeu Picard. - Diga a ela que estou bem e que darei uma volta pela nave daqui a pouco.
- Certo capitão, Data assumirá a ponte e irei até o Bar panorâmico onde prometi encontra-la. Parece que Guinam preparou um novo tipo de bebida que nem mesmo Worf pode agüentar.
Certo Will. Talvez eu passe por lá para ver isso com mais atenção. - disse o capitão sorrindo.
Riker saiu dos aposentos de Picard, ordenou que Data assumisse a ponte e entrou no turbo elevador. - Bar panorâmico. - Disse para o controle e partiu.
O bar estava uma confusão de vozes. Um grupo estava comemorando o aniversário de algum tripulante e cantavam parabéns, outro grupo jogava dardos, outros formavam uma espécie de banda de música no fundo do salão e parte das pessoas servia de platéia. Encostados no bar estavam Geordi, Worf e Deanna. Os três conversavam com Guinam. Riker encaminhou-se para eles.
Olá para todos. - disse.
Olá comandante - disse Guinam.
Deanna e Geordi piscaram para Riker e apontaram para o balcão.
Worf estava olhando seriamente para um copo grande contendo uma bebida esverdeada.
- Ola comandante - disse com sua voz trovejante. Worf virou-se para Guinam e disse - não sei se esta bebida é digna de um guerreiro Klingon. Ainda prefiro meu copo de suco de ameixa.
Você não poderá dizer isso enquanto não provar. - provocou Guinam.
Worf agarrou o copo com força e deu um grande gole, fez uma careta e bateu com o copo no balcão.
- Muito Boa - disse ele e soltou um grunhido que deveria ser interpretado como uma gargalhada para Klingons. Depois, sua voz baixou um tom e ele cambaleou um pouco. Virou-se para Riker e disse - Permissão para ir para meus aposentos senhor.
Will logo disse - fique à vontade Senhor Worf e apresente-se à ponte em duas horas.
- Sim senhor. - Worf deu um passo e cambaleou.
Geordi rapidamente apoiou o companheiro e foi logo dizendo
- Pode deixar que o levarei direitinho para descansar um pouco senhor e saiu com ele antes que Riker dissesse alguma coisa.
Riker voltou-se para Guinam.
- O que é isso? Alguma arma anti-klingons? - e sorriu.
- Apenas uma pequena mistura de vodca, tequila e frutas tropicais. As frutas não são terrestres. Vieram num carregamento de Deneb III e passaram pelo controle da nave antes de serem liberadas para consumo.
- Certo - disse Will - Procure diminuir as doses da bebida e não combine com muitas variedades de frutas antes de verificar o seu resultado no organismo dos tripulantes. Se um gole disso quase derruba um klingon, imagine um humano desprevenido.
- Esta bem comandante. - Guinam tratou de recolher a bebida para trás do balcão e seguiu para atender um freguês.
- Deanna - disse Riker voltando-se para a conselheira. - O capitão pediu para dizer que não precisa se preocupar. Ele esta bem e logo fará um passeio pela nave para ver como estão as coisas.
- Isso é ótimo. Estava preocupada pois desde o incidente com a rainha borg e depois de toda aquela confusão em Ba'ku, senti uma grande tensão no capitão e pensei que ele teria um esgotamento. Sempre esqueço de sua força de vontade.
- Depois de seis meses era de se esperar que ele ficasse chateado. Afinal de contas ele deixou Anij esperando por ele e mesmo sem os efeitos da radiação de Ba'ku não podemos mais considera-lo como um solitário Capitão estelar. - disse Riker.
- Mesmo depois de tanto tempo nem eu mesmo posso dizer que algo mudou Deanna. - continuou Riker e segurou a mão de Deanna.
- Eu sei Will - disse Deanna - oh Inzadi, você sabe que seria sempre difícil para nós. E sempre teremos Ba'ku para nos lembrar disso.
- Sei disso. - respondeu Riker - Posso acompanhá-la até sua cabine.
- Claro - disse ela e saíram de mãos dadas do bar. Rumaram para os aposentos dela. Deanna beijou Riker no rosto e afagou seus cabelos - Inzadi, depois desta missão vamos ter uma conversa séria sobre o que realmente sentimos.
- Concordo. - disse Riker e beijou-a suavemente nos lábios antes de deixar a porta fechar entre eles.
Horas antes do prazo de chegada as coordenadas indicadas na Federação, como havia prometido, Picard foi inspecionar a nave e acabou indo até o bar panorâmico. Estava sentado junto com Guinam conversando. Guinam continuava falando sobre a destruição de quase todos de sua raça pelos Borgs e como foi difícil escapar.
- Guinam, - disse Picard - com o desenvolvimento das novas armas e escudos da federação, acredito que poderemos enfrentar um ataque com perdas muito pequenas.
- Jean-Luc, respondeu Guinam - eles não virão sozinhos. Os Borgs são como um enxame. Destrua a abelha rainha e eles criarão outra e mais outra. Apesar de serem interligados numa só consciência, acredito que existam várias facções Borgs espalhadas pelo quadrante Delta. A rainha que você destruiu era apenas uma delas e da mesma forma que nós nos desenvolvemos, eles também devem ter se desenvolvido tecnologicamente.
- Muito animadora. - disse Picard - Se ficarmos pensando desta forma não conseguiremos fazer nada contra eles nunca. A Enterprise está preparada, as novas armas e os escudos podem fazer frente a qualquer cubo. Mesmo a crise que enfrentamos em Ba'ku não afetou tanto assim a liderança da Federação. A única coisa que me preocupa é ter de liderar duas naves recém construídas com tripulações inexperientes.
- Eles são tão inexperientes quanto todos aqui já foram e desde que sejam tão decididos e dedicados como os seus comandados, serão bem sucedidos. Não se preocupe antes da hora. - concluiu Guinam.
- Vamos deixar esse assunto para a hora certa, - disse o Capitão. Agora devo ir para o comando. Foi bom falar com você Guinam. Tenho de pensar em outras estratégias contra os Borgs agora.
Picard ia levantando da mesa quando o comunicador soou. Comandante Data para o Capitão.
Pode falar. - Disse Picard pressionando o comunicador em seu peito.
O capitão da Dark Star deseja falar senhor.
- Estou indo para a ponte. - disse Picard. Levantou-se, despediu-se de Guinam e saiu rumo à ponte. Mal ele saiu do turbo elevador Data foi logo falando. - Sinal de transmissão da Dark Star senhor.
- Na tela Data.- disse Picard.
Na tela principal apareceu o rosto do Capitão John Fredericks. Fredericks era escocês, tinha 33 anos, olhos azuis e media quase dois metros. Quando sua imagem apareceu parecia um gigante. Por ser da nova geração de capitães, era impulsivo e sentia-se na obrigação de ser eficiente 100 do tempo.
- Capitão Picard, a Thunder detectou sinais de anomalias sub-espaciais que podem representar uma presença Borg mais próxima do que imaginávamos. O Capitão Donavan da Thunder está a poucos minutos daqui verificando essa anomalia.
- Certo Capitão Fredericks. Nossas ordens são para seguir em formação de batalha para o setor onde foram detectados os Borgs e caso seja realmente confirmada tal presença, destruir qualquer nave que lá esteja que possa ameaçar a Federação. - disse Picard em tom formal. - Tão logo a Thunder entre em contato partiremos. Picard desliga.
Mal acabou de desligar a transmissão, a nave tremeu e os alarmes de pressão dispararam.
- Senhor - Gritou Data - três contatos à nossa esquerda.
- Na tela! - Gritou Picard segurando-se em sua cadeira.
Na tela principal via-se uma imagem saída do Inferno. Dois Cubos Borg com cinco quilômetros de lado cada e uma esfera com 600 metros de diâmetro vinham disparando tudo que podiam sobre a Enterprise. Se não fossem os novos escudos teriam tombado no primeiro golpe.
- Sr. Worf, dispare uma salva completa de torpedos e Phasers nas seguintes coordenadas. - disse Picard transmitindo uma série de dados de sua cadeira para o painel de combate de Worf.
- Sim senhor disse o Tenente pressionando uma série de botões. Mais de quinze torpedos e dez bancos phaser dispararam em uníssono atingindo três pontos específicos do Cubo mais próximo. Várias explosões puderam ser vistas na superfície do Cubo e antes que o outro cubo e a esfera pudessem revidar a Enterprise já entrava em manobras evasivas. A Thunder apareceu à direita junto com Dark Star II disparando salvas conjuntas sobre os mesmos pontos que a Enterprise já acertara e o resultado foi à fragmentação do primeiro Cubo em quatro partes que explodiram em milhares de pequenos pedaços.
A Enterprise já voltava para novo ataque quando aconteceu uma coisa que Picard e a Federação nem sequer imaginaram que poderia acontecer. A esfera seguiu diretamente em direção às duas naves da Federação que estavam mais próximas e ativou o que depois se concluiria ser uma espécie de campo de contenção. O campo expandiu-se e engolfou a Dark Star. A Thunder afastou-se rapidamente e um brilho verde começou a se formar ao redor do campo de contenção. O Cubo começou a disparar sobre a Enterprise e Picard ordenou que fossem disparados dois dos novos torpedos de plasma experimental nos pontos de disparo do Cubo. O efeito foi o esperado pelos testes mas não tão bom quanto o desejado, dois rombos foram abertos e rapidamente se fecharam. Picard lembrou de comunicar Guinam que mais uma vez ela estava certa sobre os malditos Borgs.
- Picard para Thunder. - disse o capitão. - Capitão Donavan, mantenha distância da Esfera e tente contato com o Capitão Fredericks. Comunique a Frota imediatamente.
- Sim senhor. - respondeu Donavan - e quanto ao Cubo?
- Nós estamos cuidando dele por enquanto. - respondeu Picard.
Neste momento o brilho verde começou a escurecer e a Enterprise sacudiu.
- O que foi isso Data? - perguntou Picard.
- Não estou mais detectando a Esfera e a Dark Star-II senhor. No lugar das duas naves surgiu um buraco. Não consegui determinar como isso aconteceu, inicialmente o campo que cercava as duas brilhou mais intensamente e de repente sumiram.
- Ponha na tela - ordenou Picard. Na tela o que se viu poderia ser descrito como um ponto negro, um buraco no tecido do universo e antes que Picard pudesse dizer qualquer coisa, a Enterprise começou a ser arrastada de encontro à anomalia. - Tire-nos daqui Data. - Ordenou Picard.
- Os controles não obedecem senhor.
- Picard para Thunder. - ligou Picard. - Donavan afaste a Thunder imediatamente e contate a Frota avise o que está acontecendo e ordene o isolamento da área.
- Senhor, - respondeu Donavan - e a Enterprise e a Dark Star senhor? Posso fazer alguma Coisa?
- Afaste-se imediatamente Capitão. É uma ordem. Picard Desliga.
Donavan obedeceu e afastou a Thunder. No mesmo instante sentiu uma onda de pressão e olhou para as telas da nave, não pode acreditar no que via, a Enterprise, o Cubo Borg e tudo que havia num raio de 10 quilômetros desapareceram. Em menos de meio minuto a thunder era a única nave naquele ponto do quadrante Delta.
Prólogo II
Do diário de Adama
A destruição das Doze Colônias originou não só a perda de grande parte da nossa cultura, como também a perda de muita da informação que tínhamos em relação aos Cylons. Antes da Guerra Milenar, os nossos sociólogos estavam imensamente interessados em conhecer esta raça de máquinas. Quando as nossas civilizações se encontraram pela primeira vez, os Cylons já haviam exterminado os seus criadores e adotado o seu nome. O seu império - a Aliança Cylon - era já imenso e continuava a expandir-se cada vez mais. Embora não se quisesse admitir na altura, mais tarde ou mais cedo teria de surgir um confronto entre nós. A raça humana não se podia aceitar o extermínio e a escravidão de raças inteiras. Tal ato ia contra todos os nossos princípios civilizados e foi por isso que acabamos entrando na guerra contra os Cylons.
Será que agimos corretamente? A verdade é que os nossos antepassados, sem o saberem, estavam condenando nossa civilização a uma morte quase certa. As Doze Colônias não passam de meras recordações, tendo sido totalmente destruídas num traiçoeiro ataque dos Cylons. O que resta delas está aqui reunido, numa pequena frota que vagueia no espaço há mais de sete yahrens. A Galáctica continua sendo considerada a âncora de salvação desta pouca gente que restou e não sei até quando conseguiremos sobreviver sem encontrar um planeta onde possamos estabelecer o pouco de cultura que nos restou. Diariamente rezo aos senhores de Kobol que me dêem a força necessária para guiar esse povo que mesmo nos piores momentos se mostrou forte e corajoso.
Adama levantou-se de sua cadeira nos aposentos do comando e seguiu para ponte de comando. A Galáctica apesar de ser a única sobrevivente das Estrelas de Batalha continua impondo sua superioridade nos momentos de luta. A astronave com 1250 metros, munida de canhões laser e com quase 200 naves Viper, fruto da destruição das outras astronaves de combate, pode fazer frente até a duas estações de batalha Cylon com todo armamento completo.
Adama sentou-se em sua poltrona de comando e pediu que fosse feita a ligação com a esquadrilha de Apollo que saíra há mais de 5 centares. - Athena, contate com Apollo ou Starbuck. - Sim Pai, - respondeu Athena. Ela estava como sempre sentada à sua mesa de controle na ponte controlando as naves ao redor e as patrulhas em vôo. Adama sentia orgulho e alegria de saber que conseguira manter os filhos vivos apesar de todas as agruras pelas quais passaram.
Apollo para Galáctica... Apollo para Galáctica... Respondam... - podia-se ouvir a voz de Apollo pelos comunicadores da nave. Adama levantou-se e foi observar a tela para saber se algo estava errado com seu filho. Galáctica falando, - responda
Preparem a área de pouso! Preparem a área de Pouso! - gritava Starbuck no rádio. - Apollo foi atingido e o Viper está super aquecendo.
Postos de combate! Alerta Vermelho! - Gritou Adama nos comunicadores.
Apollo vinha o mais rápido que podia com seu Viper em velocidade sub-luz. Um caça Cylon atingira o seu motor turbo e o computador de bordo entrara em curto. Ele estava usando a nave de Starbuck como referência e teria de fazer o pouso em manual. As equipes de controle de pouso já estavam de prontidão e prepararam a pista principal do Hangar direito da Galáctica para receber a nave. As outras seis naves da esquadrilha estavam voltando um pouco mais a frente e pousariam no outro hangar.
Starbuck, - disse Apollo no rádio do capacete. - quando estivermos mais próximos saia da frente e pouse no outro hangar.
E deixar você receber todos os abraços e beijos das tripulantes pelo pouso impossível que você fará? - disse Starbuck tentando animar o amigo. - Está brincando.
Apollo não pode deixar de sorrir. Starbuck sempre procurava elevar seu astral nas situações de risco, e normalmente conseguia. - Bom, - pensou Apollo - agora é comigo. Ele ativou os jatos de pouso, desligou as saídas de combustível dos jatos e apontou o Viper para a pista que já estava piscando. Segurou os controles com força e preparou-se para o choque. Starbuck posicionou-se atrás do Viper de Apollo e seguiu a manobra do amigo. - Isso mesmo... - dizia ele baixinho como se o amigo pudesse acompanhar a sua voz - mantenha o bico para cima e segure firme. Ao terminar de falar isso o Viper de Apollo adentrou a pista de pouso. Apollo segurou o manche com firmeza e aguardou o impacto. Para sua surpresa o trem de pouso traseiro do Viper tocou o solo com firmeza, mas suavemente e deslizou. O fato de ter desligado os jatos e ativar os jatos de pouso e mais a preparação da pista com material contra incêndio, contribuiu para evitar o atrito e facilitou o pouso. O Viper parou a três metros da parede de fundo do hangar e em menos de um minuto já estava cercado de tripulantes e da equipe de apoio. Apollo saiu da cabine ainda a tempo de ver Starbuck saindo de seu Viper mais atrás. Mal desceu da nave, Sheba pulou em seu pescoço. - Pensei que você estivesse ferido. - disse ela. - Nunca mais faça isso! - e sorriu.
Está bem, - disse ele - vou pedir para os Cylons atirarem apenas no Starbuck da próxima vez.
Ei! Escutei isso - disse Starbuck - não fui eu que resolvi virar a direita ao invés de seguir em frente.
Em compensação foi muito bom Ter feito isso - disse Apollo - caso contrário não saberíamos daquela esquadrilha Cylon antes deles atacarem o comboio.
Realmente, - respondeu Starbuck - só não precisávamos ser atacados. - disse ele e sorriu para o amigo.
Depois de cumprimentar os amigos Apollo e Starbuck seguiram para a sala de comando. Adama já se encontrava junto de Athena monitorando a movimentação Cylon mais a frente. Os dois pilotos entraram e juntaram-se ao grupo. Esquadrão vermelho se apresentando senhor. - disseram os dois em coro. - O comboio precisa desviar da rota. - continuou Apollo. - Há três estações Cylons e provavelmente cerca de 300 caças em cada uma delas. Estão fazendo manobras a meio centar de distância à frente.
Infelizmente já constatamos isso capitão Apollo - disse o comandante Tigh. - Athena localizou as estações e já detectamos cerca de 200 caças vindo em nossa direção. - O Comandante Adama já notificou o comboio e em alguns minutos eles darão um salto para um local segura a cerca de 10 anos luz daqui. Duas esquadrilhas de Vipers vão acompanha-los para proteção.
E a Galáctica Pai? - perguntou Apollo.
Nós vamos aguardar aqui e preparar uma recepção calorosa. - respondeu Adama.
Senhor, - gritou Athena - estou detectando uma anomalia no espaço exatamente entre nós e a esquadra Cylon.
Toda a Velocidade a frente - disse Adama e a Galáctica partiu em direção a batalha.
Quando a Galáctica atingiu uma distância suficiente para visualizar a esquadra Cylon pelas janelas puderam ver também a tal anomalia. Parecia que uma mancha negra estava se expandindo entre eles. De repente numa grande explosão quatro objetos surgiram do nada e uma onda de choque atingiu a Galáctica. Para alívio e alegria dos coloniais o incidente foi muito bom. Um enorme Cubo, uma esfera, e duas naves de configurações estranhas para eles apareceram. O Cubo e a esfera foram arremessados em direção aos Cylons e acabaram com parte do problema deles. A esfera não conseguiu desviar e atingiu uma das estações cylon destruindo-a completamente e explodindo, o que causou uma onda de choque que fez explodir mais de metade dos caças Cylon numa nuvem verde. A onda de choque só não atingiu a Galáctica pois o Cubo que vinha logo atrás desviou-se e acabou ficando entre eles e a explosão. Logo em seguida aquele objeto desconhecido desapareceu em alta velocidade. As duas naves estranhas no entanto vinham em direção à Galáctica, porém pareciam mais estáveis. A Menor delas parecia descontrolada e Adama ordenou que executassem uma manobra de evasão de emergência. A Galáctica começou a deslocar-se mas parecia que seria impossível sair do caminho daquela nave. De repente, a nave maior disparou algo sobre a menor e a mesma começou a diminuir de velocidade até parar. A nave maior puxou a menor para perto de si e da mesma forma que o cubo gigante desapareceu em outra direção. As estações Cylon por sua vez, chamaram os caças que restavam e rumaram para longe da onda de choque criada pela explosão da esfera. Adama aproveitou e ordenou que a Galáctica fizesse um salto na mesma direção do comboio. Em menos de um centon a nave partiu deixando para trás a nave desconhecida sozinha.
A enterprise emergiu do buraco negro numa onda de choque que fez todos da nave desmaiarem, exceção feita ao comandante Data que felizmente se encontrava nos controles de navegação e estava atento a tudo no painel central. Data, ao perceber que os outros da sala desmaiaram, diminuiu a velocidade da Nave e correu para o Painel de Worf que jazia no chão. Olhos atentos ao painel, verificou que a Dark Star II iria colidir com uma nave desconhecida e rapidamente ligou o raio trator travando-o na Dark Star. Conseguiu parar a nave e puxa-la na direção da Enterprise, deixou as duas naves em sincronia e correu para seu painel de navegação. Ativou vários controles e estabeleceu um curso de emergência e executou um salto em dobra 3 desaparecendo do ponto em que se encontravam. Antes disso, é claro, captou em seus sensores o Cubo borg desaparecendo e marcou suas coordenadas de modo a informar o Capitão posteriormente. Pouco depois, Data levantou-se para olhar em volta, descobrindo que era o único de pé na sala de comando.
