Plano de Resgate
Geordi teleportou-se juntamente com Apollo e foram para a sala de reuniões. Picard reportou a todos os presentes o que ocorreu durante o ataque. Segundo Data, a estação não estava fora de alcance, simplesmente recuou até uma distância segura e neste momento estava parada a três minutos luz de onde se encontravam. Apollo explicou o que encontrou na ponte da Galáctica e avisou que seu pai e diversos tripulantes de ambas as naves estavam agora prisioneiros dos Cylons. Picard estranhou o fato de eles não terem simplesmente injetado assimiladores nos tripulantes da mesma forma que haviam feito quando invadiram a Enterprise e não sabia neste momento como lidar com o fato de eles terem seqüestrado tripulantes. Data tinha uma teoria que poderia ser verdadeira. Uma vez que estavam distantes de qualquer contato com a coletividade, eles eram agora a Coletividade em si e desta forma precisariam de novos membros para se expandir. Como os Cylons eram pouco mais do que simples máquinas, seqüestraram uma quantidade razoável de tripulantes, talvez com o intuito de procriação e levaram Adama pois ele poderia fornecer o acesso necessário ao comboio que estava afastado e da mesmo forma que Picard, ele tinha todo conhecimento sobre procedimentos de defesa e ataque dos humanos desta dimensão. Adama era a maior preocupação no momento, pois era o que corria maior risco de já ter sido assimilado.
- Devemos ir resgatá-los! – disse Apollo.
- Sem traçar um plano e sem saber o que iremos enfrentar estamos em desvantagem. – respondeu Picard.
- Poderíamos fazer uma versão menor do módulo de camuflagem da Dark Star e nos aproximar o suficiente para fazer o transporte de um pequeno grupo para dentro da estação a fim de desativar os escudos principais para que as naves possam atacar e resgatar os prisioneiros. – disse Geordi.
- Manobra muito arriscada, - respondeu Riker antes que o Capitão falasse alguma coisa. – nem sabemos quantos Cylons ou Borgs existem naquela estação.
- Acredito que existam Mil e quinhentos cylons a bordo, além dos tais borgs. – disse Apollo. – A maioria deles deve ficar próxima aos hangares. Inclusive estranhei que eles não nos atacaram com caças, simplesmente invadiram a Galáctica e levaram o pessoal.
- Talvez, - falou Picard – os borgs tenham reduzido a tripulação da estação e removido parte ou todas as naves para assimilação dentro do Cubo. Podemos ter alguma vantagem nisso se conseguirmos entrar na estação. – voltou-se para La Forge e continuou – acredita ser possível atravessar os escudos com uma nave auxiliar camuflada?
- O módulo de camuflagem utiliza uma freqüência específica. Se puder modular esta freqüência de modo a igualar a mesma dos escudos da estação passaremos por eles sem dificuldade. – respondeu Geordi.
- Inicie os procedimentos. – disse Picard. Dirigiu-se para Apollo – O senhor e seu amigo Starbuck podem acompanhar, o tenente Worf e o comandante Data na nave auxiliar. Utilizem os uniformes de combate da enterprise. O tenente Worf lhes mostrará onde trocar-se. Sigam depois para o hangar numero dois onde o senhor La Forge instalará o dispositivo de camuflagem.
- Obrigado. – disse Apollo. – só gostaríamos de levar nossas armas.
- Sem problema. – disse Picard. – Elas na verdade tem se mostrado mais eficientes contra os Cylons do que nossos feisers.
Picard pediu que Riker ficasse um pouco mais na sala e ordenou que fosse feito contato com Fredericks. Ele deveria prosseguir na busca do Cubo enquanto eles tratavam do resgate do pessoal. Fredericks deveria localizar o Cubo e fazer os preparativos para execução do Plano B.
Fredericks recebeu as ordens mas ficou desapontado pois queria participar da ação. Sabia porém que a única chance que teriam de voltar para casa seria encontrando o Cubo e acabando com todos os vestígios deles nesta dimensão. Colocou a nave no rumo presumido de onde a estação viera e partiu em dobra nove com todos os sistemas de sensores ativados.
Menos de duas horas depois a nave saiu de dobra automaticamente com alerta de aproximação. Ao saírem de dobra Fredericks ordenou que o sistema de camuflagem fosse ativado e olhou para a tela. Ao ver a estrutura gigantesca na qual o cubo havia se transformado, engoliu em seco.
- Jonnesy, - disse ele dirigindo-se a seu oficial de ciências que havia sobrevivido e ocupava a estação tática no momento. – envie as imagens e todo material que pudermos obter através de nossos controles de análise para a Enterprise através de um canal seguro do subespaço. Envie depois uma sonda o mais próximo possível para detectar as capacidade de escudo desta monstruosidade.
- Sim senhor – respondeu Jonnesy.
No hangar dois Geordi La Forge acabava de instalar o dispositivo de camuflagem modificado. Já haviam passado noventa minutos desde a reunião e cada minuto a mais poderia significa a perda dos seqüestrados. A doutora Crusher poderia desfazer a assimilação de todos os tripulantes capturados desde que fosse possível remover os implantes no prazo máximo de seis horas. Após este prazo, o risco seria muito grande. Contando que não haviam sido assimilados imediatamente durante o seu seqüestro, era possível que este prazo fosse maior do que o esperado. Quanto mais rápido agissem melhor.
Geordi entrou na nave e ligou-a. o restante do grupo ficou exatamente a frente da nave e quando ele acionou a camuflagem todos ergueram as mãos indicando que ele não era mais visível.
Entraram na nave e partiram. Picard manteve contato direto especificando quais os procedimentos a serem adotados se encontrassem os tripulantes já assimilados. Caso isso não tivesse ocorrido ainda, deveriam prosseguir na sabotagem dos escudos para aproximação da Enterprise.
A Galáctica por sua vez deveria manter sua posição e todos os caças deveriam ficar de prontidão. O comandante Tigh ordenou a execução dos procedimentos e informou que já estavam com noventa por cento de sua capacidade recuperada após o primeiro ataque.
A nave auxiliar seguiu para a posição da estação e estava próxima de seus escudos cinco minutos depois. Geordi estava analisando a freqüência dos escudos e já faziam as calibragens necessárias para testar a travessia.
Na ponte da Enterprise, Picard e Riker aguardavam.
Victório Conrad acordou com dor no corpo todo. Ao olhar em volta percebeu que não estava sozinho e por sua estimativa inicial eram ao todo dezoito pessoas dentro do que parecia ser um depósito de carga. Pela configuração interna da sala pode perceber que não estavam mais na Galáctica. Procurou rostos conhecidos e encontrou apenas cinco. O restante das pessoas eram tripulantes da Galáctica. Todos estavam ainda desmaiados mas podiam ser ouvidos alguns gemidos baixos. Sua constituição física favoreceu a sua recuperação mais rápida. O ombro doía muito mas não havia sinal de ferimento, apenas um grande hematoma parecia ter se formado na parte de trás de seu ombro. Tratou rapidamente de ajudar os que estavam despertando e juntou os membros das equipes de segurança que estavam ali com ele num grupo. Não havia armas. Logicamente os Cylons haviam removido todas, inclusive seu cinto não estava mais com ele. O tripulante mais velho da Galáctica estava desperto e todos os demais o cercavam. Aproximou-se e percebeu seu equivoco. Não era um tripulante, era o próprio comandante da Galáctica que havia sido capturado. Pediu licença para as pessoas que cercavam Adama e aproximou-se.
- Senhor Adama – disse ele – Meu nome é Victório Conrad, sou da equipe de segurança da Enterprise. Acredito que estamos dentro da estação Cylon e recomendo que fiquemos preparados para lutar se aparecerem cylons ou borgs com intenção de nos assimilar.
- Agradeço o conselho, - disse Adama – mas acredito pelo que pude entender da forma de agir dos tais borgs que se a intenção deles fosse nos assimilar, já o teriam feito. Prefiro me preparar para dialogar com nossos captores, se possível.
- O senhor é quem sabe. – disse "Vic" – como Comandante, está mais apto a tomar as decisões. De qualquer forma estaremos preparados para qualquer eventualidade.
- Concordo. – encerrou Adama.
Passaram-se alguns minutos e a porta do depósito foi aberta. Daemon Tar e quatro Cylons modificados entraram.
- Ministro Tar – disse Adama – então você está do lados dos Cylons também Não bastou a traição de Baltar e de outros de nossa raça. Agora esta se aliando a criaturas que além de poder querem nos transformar em outra espécie.
- Não se deixe levar pelos sentimentos Adama. – disse Tar. – fiz um pequeno acordo e a melhor opção no momento é obedecer os nossos novos amigos.
- Seus amigos vão destruir tudo que o império Cylon representa e breve você será mais um dentro desta imensa colméia que querem criar aqui. – respondeu Adama.
- Veremos. – respondeu Tar irritado e virou-se para um dos Cylons e disse: - Levem-no.
O Cylon agarrou o braço de Adama e puxou-o enquanto os outros três empurravam o grupo de seqüestrados para trás. Tar saiu atrás de Adama. Tar ficou apreensivo, porém não o demonstrou. Seria uma pena perder todas as regalias que havia conseguido por causa de alienígenas. "Vic" ficou olhando enquanto os outros Cylons saiam da sala de costas apontando suas armas. Depois que fecharam as portas, voltou-se para os outros membros da equipe de segurança que tinham sido levados junto com ele.
- Vamos fazer uma varredura nesta sala da melhor maneira que pudermos. – disse ele. – vasculhem cada fresta que encontrarem. Temos de dar um jeito de sair daqui e comunicar com o exterior.
- Certo – responderam os outros e partiram para busca.
Alguns minutos antes, a nave auxiliar camuflada atravessara os escudos da estação e estava se posicionando junto a uma eclusa de conexão. Apollo e Starbuck já haviam visto de perto o exterior de uma estação Cylon e fizeram as indicações para encontrar a conexão. Geordi aproximou a pequena nave e disse avisou que segundo os sensores estariam próximos a uma grande área vazia. A nave conectou-se ao casco externo e rapidamente Geordi destravou a porta de acesso. Worf aproximou-se da eclusa e com um movimento rápido abriu-a e saltou para o interior da estação. Seguiram-se a ele Apollo e Starbuck, Data e Geodi saltaram por último. Todos estavam com os uniformes pretos de combate. Apollo e Starbuck estavam estranhando um pouco as roupas e a todo instante tocavam em suas pistolas blaster. Worf tirou um tricorder de seu cinto e disse: - ferei um rastreamento de longo espectro mais a frente. Recomendo que os senhores de separem em dois grupos e mantenham contato em freqüência alternada informando o que encontrarem. O senhor Apollo pode acompanhar o comandante La Forge e o senhor Starbuck fica junto do comandante Data.
- É douradinho – disse Starbuck cutucando Data – estamos junto novamente.
Data levantou a sobrancelha e tentou um sorriso que sempre ficava estranho em seu rosto dourado. Cada grupo seguiu numa direção diferente. Caminhando por corredores diferentes fizeram descobertas surpreendentes. Data e Starbuck acabaram encontrando o que poderia ser considerado como a área de engenharia da estação. Data passou os dados encontrados para Geordi através do tricorder e ficou com Starbuck aguardando o que teria de ser feito. Geordi e Apollo, por sua vez, acabaram encontrando a sala de controle central. Enquanto faziam estas descobertas, Worf seguia por um corredor em passo acelerado pois havia detectado sinas de vida humanóide. Antes de chegar a uma curva do corredor ouviu passos metálicos e como não queria ser encontrado por uma patrulha Cylon, desviou-se rapidamente por um pequeno corredor que se encontrava as escuras. Mal entrou no corredor foi agarrado por trás e puxado para o chão. Sentiu um golpe no peito e soltou um grunhido abafado pela falta de ar. Antes que pudesse reagir ouviu uma voz conhecida.
- Ihhhh! Queira desculpar Tenente, não sabia que era o senhor! – disse Victorio Conrad olhando para o rosto zangado de Worf.
Victorio Conrad estava ficando irritado. Olharam cada canto da sala onde se encontravam e não viram nada que pudesse servir de arma ou qualquer chance de escapar. Na sala onde se encontravam havia alguns engradados metálicos mas nada havia dentro deles que pudesse servir de arma. O cabo Rodrigues, um dos seqüestrados, voltou-se para "Vic" e disse: - senhor, não há nada aqui dentro além de nós e as únicas passagens visíveis são a porta e aquela abertura gradeada no canto superior da sala.
Rodrigues estava se referenciando a uma passagem de ar com cerca de um metro quadrado localizada a mais de quatro metros de altura. Victorio já havia visto a passagem mas achava que seria um risco a ser pensado mais tarde. Primeiramente teria de achar um jeito de alcançá-la. Sem que os outros percebessem havia feito alguns testes rápidos, prendera a respiração e pressionara as laterais de um dos engradados. Nos dois casos percebeu que podia levar alguma vantagem. Verificou que conseguira manter a respiração presa por mais de cinco minutos e o engradado estava meio amassado nos pontos de pressão de suas mãos. Desta forma achou que poderia utilizar a passagem de alguma forma. Voltou-se para os outros membros da segurança e recebeu várias sugestões sobre como poderia alcançar a passagem. A melhor delas foi a do cabo Jeofrey. Aproveitando os engradados fez uma espécie de plataforma em forma de escada de dois degraus, isso lhe permitiria partir de quase um metro do solo. Se conseguisse impulso suficiente, alcançaria a passagem num salto apenas. Fez os preparativos colocando a pequena escada montada distante pouco mais de um metro da parede onde ficava a abertura. Distanciou-se o máximo que pode e correu. Subiu os engradados e impulsionou o corpo flexionando as pernas o máximo que pode para o salto. Lançou os braços para cima enquanto subia e conseguiu alcançar passagem. Segurando-se nas bordas conseguiu içar-se para dentro da passagem. Arrastou-se por cerca de quinze metros e deu de cara com uma grade. Forçou-a para fora segurando-a para não cair e verificou que chegara a um pequeno corredor mais escuro que o normal. Saltou rapidamente para o chão e encostou-se na parede. Neste momento ouviu passos metálicos e um vulto escuro entrou a sua frente. Sem tempo para pensar, jogou-se sobre o vulto e agarrando-o jogou-o no chão e arremeteu os joelhos onde achava que estava o seu peito, não sabia que efeito faria num Cylon, porém, se fosse um Borg, o distrairia o suficiente para que pudesse arrancar alguns de seus circuitos. Ao cair sobre o vulto ouviu um grunhido baixo e percebeu que não era nem uma coisa nem outra. Quando percebeu quem era, espantou-se e já imaginou a bronca que iria levar.
Worf levantou-se e fitou o Sargento nos olhos e disse: – Não conhecia este movimento para imobilizar o inimigo, sargento, porém devo avisar que com certeza não faria efeito nos inimigos que estamos enfrentando.
- Não pensei em outra coisa senhor, - disse "Vic" – por sorte não quebrei nada do senhor, quebrei?
- Não – disse Worf. – Porém devemos andar logo. – apertou seu comunicador e avisou Geordi que havia encontrado um dos seqüestrados e que estava seguindo para onde eles se encontravam para soltá-los. Geordi informou que iria seguir um sinal que haviam captado a pouco. Apolo perguntou sobre o pai e Worf após falar com Conrad disse que ele havia sido levado a cerca de meia hora junto com outro humano de nome Daemon tar que era associado dos Cylons. Apollo reconheceu o nome e disse que deveriam correr para salvar seu pai. Geordi disse que manteria o canal aberto e pediu a Worf que seguisse o plano de fuga que havia sido definido. Worf concordou e entrou em contato com Data. Data disse que faria o máximo de estragos possíveis para desligar o campo de força da estação e impedir que ela partisse. Depois que os escudos estivessem desligados faria o chamado de emergência para a Enterprise vir resgatá-los. Com os devidos planos traçados cada um seguiu seu rumo. Só não contavam com o que o destino lhes reservava.
Worf e Conrad seguiram pelo corredor até a porta que segundo os cálculos de Vic e de acordo com o tricorder de Worf era a sala onde o pessoal da Galactica e da Enterprise estava preso. Enquanto Worf verificava a melhor forma de destrancar a porta, Geordi e Apollo estavam seguindo por um outro corredor onde haviam captado o tal sinal estranho. O estranho do sinal na verdade era que parecia ser proveniente de um circuito positrônico parecido com o emitido pelo cérebro de Data. Como Data estava em outro andar e em outra direção, ele achou melhor fazer uma rápida investigação. Apollo esta apreensivo quanto a situação de seu pai, mas procurou se manter calmo, uma vez que quem estava no comando era Geordi.
- Acha que estamos muito longe? – perguntou ele.
- Não, - disse Geordi – já vamos chegar lá.
E realmente não demoraram a chegar a um imenso salão onde várias máquinas estavam em funcionamento. A frente destas máquinas eles avistaram diversos cylons. No alto de uma grande cadeira, interligando o maquinário estava uma espécie de androide com a cabeça cônica e diversos circuitos visíveis.
- Parece com Lúcifer. – disse Apollo.
- Quem? – perguntou Geordi.
- Um andróide que trabalhava junto com Baltar. – Respondeu Apollo. – Baltar foi o primeiro e maior traidor de nossa civilização. Ele favoreceu a destruição de quase toda a nossa raça. Mas ele já foi destruído. Provavelmente, existem vários destes andróides. Eles são como intermediários. Aparentemente a tecnologia utilizada neles é do mesmo tipo da utilizada por seu colega, Data.
- É, - disse geordi – isso é incrível. Geordi tocou seu comunicador e entrou em contato com Data. – Data, aqui é LaForge. Estamos próximo de um grande conjunto de máquinas interligados através de um andróide com o mesmo tipo de circuitos positrônicos que você possui. Já chegou na central de controle do Campo de força?
- Data, aqui. – responde Data. – Chegamos até uma área com grande intensidade de energia. Acredito que sejam os controles corretos. Eu e o Sr. Starbuck vamos agir em no máximo cinco minutos. Prepare-se para agir assim que a força entrar em pane.
- OK! – disse Geordi. Ficamos aguardando. – Geordi desliga.
Neste momento uma porta se abriu na lateral da sala e Daemon tar, Adama e um grupo de Cylons modificados entrou. Apollo tentou sair de onde estava mas LaForge segurou-o a tempo. – Espere – disse ele e Apollo apesar da preocupação relaxou e aguardou.
Data e Starbuck aproximaram-se de uma porta fechada. Data observou alguns apêndices nas laterais da porte e um objeto estranho ao lado da mesma. Aproximou-se desta protuberância que não parecia ter nada a ver com a estrutura original da nave e usando seu tricorder fez uma rápida análise.
- É algum tipo de tranca Borg – disse ele.
- Podemos arrebentá-la? – perguntou Starbuck já tirando a pistola do coldre.
- Melhor não arriscar. – Disse Data arqueando as sobrancelhas para a arma. – Melhor tentar abrir a porta. Como não sou humano os sensores podem me identificar como membro da ripulação.
- Ok. Mas vou ficar preparado. – Starbuck disse isso e encostou-se a parede afastado da porta para ver o teste de Data. Este aproximou-se da porta calmamente e por sorte, conforme ele previra a porta se abriu. Ele ficou parado na porta e disse rapidamente a Starbuck que se esconde-se pois ele teri ade entrar sozinho. Starbuck não gostou da idéia mas teve de concordar rapidamente ao ouvir passos pesados no corredor. Afastou-se para uma junção próxima e abaixou-se o máximo que pode sem perder de vista a porta. Data entrou e a porta fechou-se. A sala era enorme, caberiam três ou quatro seções de engenharia da Enterprise ali dentro e havia máquinas de diversos tamanhos. Data deixou o tricorder ligado e foi passando ao lado das máquinas rapidamente. Vários cylons modificados estavam conectados as máquinas e ignoravam a presença de Data. Em menos de cinco minutos ele localizou o gerador principal da nave e a máquina que controlava os escudos. Ele caminhou até a máquina e abrindo um compartimento em seu braço retirou uma micro-bomba. Acoplou-a a máquina e ativou um timer de três minutos. Retirou outra bomba do outro braço e repetiu o processo no gerador principal. Dirigiu-se a porta e saiu para o corredor.
Worf e Vic chegaram a porta da sala que estavam utilizando como cela quase naquele instante. Como não ouviram sinais de aproximação de cylons, Worf aproximou-se da porta e tirou de um bolso oculto do uniforme de combate um fio comprido. Esticou-o e foi colando-o na porta formando uma área capaz de passar uma pessoa. Terminou de fazer isso e afastou-se puxando Vic pelo braço. Apontou o tricorder e pressionou um botão. O fio imediatamente ficou vermelho e com um pequeno som abafado cortou a porta. Worf aproximou-se e com um pontapé derrubou a área cortada. Worf entrou rapidamente e rapidamente acalmou a todos.
- Todos aqui comigo agora. – disse ele. – Vamos sair em grupo. – Neste momento o comunicador tocou.
- Data para Worf e LaForge, um minuto para detonação. Estou emitindo o sinal para Enterprise agora. – Data desliga.
Worf virou-se outra vez para o grupo e tirando dois pacotes do cinto disse: - grudem esses sinalizadores na roupa agora mesmo – e passou os pequenos plugs ao grupo de pessoas. Vic que havia entrado logo depois de Worf, pegou o dele e grudou-o no uniforme. Sairam imediatamente da sala e seguiram em fila pelos corredores. Worf ia na frente e Victor fechava o grupo. Enquanto isso Apollo e LaForge agurdavam a queda de energia para atacar. Apollo queria agir imediatamente pois seu pai estava sendo amarrado a uma máquina e provavelmente iria ser assimilado. Antes que a energia se desliga-se puderam ouvir o que o andróide, que havia saido de seu pedestal, estava falando.
- A coletividade é a solução e nós Cylons agora somos a coletividade. Em breve vocês humanos não existirão mais e eu... nós Vulcro... Borgs iremos dominar esta galáxia.
- Ele parece meio confuso – disse Geordi. – Parece que o cérebro positrônico dele é tão bom quanto o de Data. Pode ser que ele acabe nos ajudando.
- Duvido – disse Apollo. – Um Cylon é sempre um Cylon.
Picard estava de pé na ponte da Enterprise olhando para a tela principal. Riker sentava-se nos controles e aguardava as ordens de avançar. – Sinal chegando – disse Riker. – É o código do Data para seguirmos com o plano de resgate. Dentro de quarenta segundos os escudos e a energia principal da estação vão explodir e poderemos nos aproximar.
- Certo. – disse Picard. – Avance em sub-luz para as coordenadas da estação. Dentro de trinta segundos entre em dobra um e cole no casco deles Will.
- Sim senhor. – Disse Riker com um sorriso e pressionou os controles tirando a Enterprise de trás de um pequeno asteróide que a acultava.
As duas micro-bombas explodiram conforme programado por Data. Os escudos realmente cairam, porém a energia interna não foi totalmente afetada e as armas e o hangar não foi afetado pela explosão. Data e Starbuck correram para área onde a nave auxiliar estava acoplada. Apollo e Geordi se levantaram de onde estavam e correram para dentro da sala com as armas prontas. Apollo abateu dois Cylons antes que percebessem que eles estavam lá dentro. Vulcro não foi atingido e rapidamente virou-se e correu para a porta mais próxima. Daemon Tar aproveitou que não prestavam atenção nele e fez o mesmo. Geordi atirou em outros dois Cylons e aproximou-se da máquina onde Adama estava amarrado. Uma espécie de seringa estava se aproximando dele quando a energia caiu e a ponta da agulha com um espesso líquido verde estava quase encostando em sua pele. Apollo desamarrou as pernas e Geordi as amarras dos braços de Adama. Neste momento ele abriu os olhos e viu o filho se erguendo. Adama estranhou a roupa do filho, mas sorrindo abraçou-o e disse: - Graças aos deuses você está bem. E o resto dos colonos?
- Eles já foram resgatados senhor – disse Geordi. – Agora vamos rápido antes que mais cylons apareçam. - Neste momento a porta por onde Vulcro saíra, abriu-se e uma dúzia de cylons entrou atirando para todos os lados. Os três abaixaran-se e correram para a porta por onde Geordi e Apollo haviam entrado. Geordi sacou uma micro-bomba do cinto e atrasando-a em dez segundo jogou-a para trás. No momento em que sairam pela porta e esta se fechou a explosão sacudiu o chão e quase os derrubou. Seguiram rapidamente para o andar onde estava a nave auxiliar acoplada. Geordi tirou um plug de localização do cinto e grudou-o na roupa de Adama.
A Enterprise aproximava-se rapidamente da Estação Cylon. – Picard para Salas de Transporte, já estão captando os sinais dos plugs de localização? – Sim – responderam todos ao mesmo tempo. – Tragam todos para nave imediatamente. Conforme definido pelo senhor LaForge.
Os controladores das Salas de transporte haviam recebido uma lista com os códigos de transmissão dos sinalizadores e estavam travados nestes sinais neste momento. Logo que receberam a ordem ativaram os comandos adequados e ao mesmo tempo todos que se encontravam na Estação, com exceção do grupo de resgate foram retirados do perigo imediato.
Apollo assustou-se quando o pai desapareceu diante de seus olhos, porém rapidamente se lembrou que Geordi havia dito que ele seria teleportado assim que fosse possível. Worf e Victor viram o grupo de pessoas que estava entre eles desaparecer da mesma forma, porém Victor não foi levado com eles. Worf olhou para trás e viu que o rapaz ainda estava lá e estranhou.
- Senhor Worf – disse Vic – acho que meu sinalizador está com defeito. Worf concordou e disse que ele iria com o grupo de resgate. Menos de um minuto depois eles se encontraram próximos da conexão com a nave auxiliar. Todo o grupo estava reunido quando as primeiras explosões sacudiram a estação. – Melhor entrarmos logo na nave – disse Geordi. O capitão deve estar bombardeando a estação neste momento.
Do lado de fora a Enterprise manobrava rapidamente desviando dos disparos dos canhões da Estação que não haviam sido afetados. – Todos a bordo senhores? – perguntou Picard aos chefes de transporte. – Todos menos um senhor. Um dos chefes de segurança ficou na estação no grupo do tenente Worf.
- Certo! – disse Picard. – O Tenente cuidará dele. Picard Desliga. – O capitão voltou-se para Riker e ordenou que aprontasse as armas para o ataque. Riker travou os feiseres na junção entre os dois discos da estação e disparou três vezes e foi só o que conseguiu fazer. Os escudos da estação voltaram a se erguer.
O grupo de resgate entrou na nave auxiliar e Geordi preparou-se para desacoplar. Ao abrir o painel frontal viu que os escudos haviam sido erguidos novamente. – Droga – resmungou ele – ativaram os escudos novamente. Agora não vai ser possível destruir a estação conforme o capitão planejava. Temos de voltar na central de controle e explodir as máquinas. Geordi voltou-se para Data e perguntou onde ficava a sala das máquinas. Data deu as coordenadas da sala e já ia se levantar quando Victor rapidamente segurou-o pelo ombro e levantou-se antes. Correu para a porta de acoplagem. – Senhor, deixe comigo. Só me arrume algumas micro-bombas e um sinalizador funcionando. Worf olhou para Geordi e Data e concordou que ele poderia chegar mais rápido que eles dois e Data corria o risco de ficar na estação caso ocorresse algum problema e com a quantidade de circuitos positrônicos presente na estação eles teriam dificuldade de localizá-lo em caso de necessidade. Um humano seria mais fácil. Vic saiu rapidamente da nave levando as bombas, um sinalizador no bolso um feiser e uma faca klingon que Worf lhe passou. Depois que fecharam as comportas Geordi desconectou-se da estação e com os controle de faseamento dos escudos atravessou a barreira da estação e seguiu para um ponto onde a Enterprise pudesse recolhê-los.
Riker continuava bombardeando os escudos da estação ao mesmo tempo que desviava dos tiros e procurava acertar os caças cylon que começaram a aparecer. Quando Picard começou a achar que o ataque dos caças poderia prejudicar os planos um grupo de caças coloniais apareceu e começaram a atirar nos cylons desviando a atenção da Enterprise.
Vic correu com toda velocidade que pode. Antes de chegar na porta da sala de máquinas deparou-se com três cylons. Disparou no primeiro e derrubou-o. O segundo ainda não havia conseguido se adaptar ao feiser e caiu logo em seguida, mas o terceiro adaptou-se e rumou contra ele levantando a arma. Vic rapidamente sacou da faca de Worf e jogou-se no chão dando uma campalhota e aproximando-se do cylon pelo lado. Ao erguer-se jogou a mão com a faca para cima e decepou o punho armado do cylon. No mesmo movimento girou o corpo e num movimento horizontalcravou a faca no visor do cylon provocando uma chuva de faíscas. Depois que o cylon caiu ao chão arrancou a faca e limpou um líquido viscoso que ficara grudado na lâmina.
Ele aproximou-se da porta da sala de controle e atirou uma micro bomba. Antes que esta explodisse ele sacou mais algumas e armou-as para dali a trinta segundos. Quando a primeira explodiu ele correu até o buraco criado e olhando rapidamente em meio a fumaça localizou três conjuntos de equipamentos. Separou as bombas e jogou-as nos três pontos e correu o máximo que pode. Quando estava já chegando ao andar do ponto de acoplagem as bombas explodiram. Vic pode sentir a Estação pendendo para um dos lados e as luzes internas piscavam sem parar ele estava quase chegando ao corredor quando um grupo de meia dúzia de cylons saia por uma porta lateral. Ele não teve outra escolha, correu mais ainda e jogou-se sobre o primeiro cylon. Com o impacto este foi arremessado sobre os outros e como se estivesse numa partida de futebol americano, Vic rolou sobre os adversários caídos arrancou uma pistola cylon de um deles e continuou a corrida.
Riker informou que os escudos haviam caído novamente e neste momento receberam a chamada de Laforge dizendo que ainda havia um homem a bordo e que alguma sala de transporte deveria recolhê-lo. Picard ordenou que a sala de transporte um fixasse as coordenadas do sinalizador conforme LaForge dissera e ficou aguardando. Riker preparou os canhões feiser e os tubos de torpedos. Quando Picard recebeu o aviso da sala de transporte que haviam localizado o sinalizador, levantou a mão e ordenou o transporte imediato e que Riker disparasse todas as armas. Vic acabara de chegar ao ponto de conexão e virou-se para disparar num grupo de cylons que vinha pelo corredor quando um cylon apareceu e agarrou-o. Neste momento ele sentiu que estava sendo teleportado, mas o cylon estava indo junto com ele. Na ponte da enterprise, Picard viu o impacto dos torpedos na junção entre os discos da estação e os feisers abrindo enormes fraturas no casco. Antes que a estação explodisse alguns caças sairam em disparada da estação e seguiram para a direção em que o cubo deveria estar escondido. Picard ordenou que afastassem a Enterprise e recolhessem a nave auxiliar quando ouviu o chamado de emergência da sala de transporte sobre o cylon que havia sido trazido junto com o Chefe de Segurança.
Riker correu para a sala de transporte com uma equipe de segurança e ao chegar viu uma cena inusitada. Victor Conrad estava sentado em cima do Cylon que não conseguia se mover pois estava de bruços e seu braço direito estava cravado no chão da sala de transporte com uma faca klingon. Ao ver Riker entrar na sala Vic levantou-se.
- Chefe de segurança, Victor Conrad se apresentando senhor. Informo que capturamos um inimigo. – terminou de dizer isso e caiu desmaiado. Mal sabia ele que quando acordasse na enfermaria estaria tão próximo da morte.
