Uma Noite para Esquecer – Cap Final.

By Sheyla Snape

AVISO: Esta fic possui cenas de Sexo e Spoilles de HBP. Aqueles mais sensiveis e/ou que não queiram saber nada do livro é melhor nao continuar. Depois não digam que nao avisei.

Disclaimer: HP e seus personagens nao me pertencem, todos os direitos sao da JK. Eu nao ganho nada c/ isso a não ser um pouco de diverão.

Severo estava determinado a ir embora daquela festa ridícula. Mas não sabia explicar porque ainda não fora. Na verdade ele não conseguia explicar muita coisa que estava acontecendo nesta noite. Para começar, por que decidiu aceitar o convite? Sabia que até certo ponto ele era obrigado a ir. Mas ainda assim poderia alegar algum motivo pessoal e não comparecer. Ou simplesmente ignorar o convite. Outra coisa inexplicável foi a escolha da fantasia… Quando, em nome de Merlin, ele havia assistido aquela ópera trouxa? Fazia tanto tempo que talvez, nem sob tortura, saberia dizer quando assistiu. Pior! Como fora lembrar dela para escolher fantasiar-se do fantasma que dava nome a peça, isso sim ele jamais conseguiria entender!

Não havia nada de interessante naquele baile. As mesmas pessoas, os mesmos assuntos chatos e entediantes. Ele estava cansado de ouvir pessoas que não fizeram nada importante pela guerra ou pelo mundo mágico encherem o peito de orgulho e se vangloriarem pelos feitos medíocres que realizaram. Sua irritação já estava chegando a níveis perigosos quando a menção do assassinato de Dumbledore o fez sentir náuseas. Certamente eles não sabiam com quem falavam para tocar no assunto, mas seu mal-estar foi tamanho que preferiu se retirar silenciosamente.

Tentou espairecer andando pelo salão, até que a viu. Alta, corpo definido e proporcional. Por Salazar, que curvas! Os cabelos presos num coque que permitia algumas mechas soltas eram de um tom de castanho único. Ele só conhecera uma pessoa com cabelos naquela cor. Intrigado se realmente seria a mesma mulher, se aproximou discretamente e pôde observar a linda e delicada figura sorrir alegremente enquanto dançava e girava ao som de mais uma música. Definitivamente, era a dama mais disputada naquela festa.

Após várias músicas ele notou que havia algo de errado… Não, seu sorriso não era completamente alegre. Faltava-lhe alguma coisa. Era como se o corpo estivesse ali, mas sua alma e pensamentos não. Ela transpirava uma melancolia no olhar que seu coração doeu uma batida.

Notou com certa satisfação que ela escolhera como tema para fantasia a mesma ópera trouxa que ele. Nesse momento, sentiu um desejo de tirá-la para dançar. Mas resistiu.

Ela deslizava majestosa pelo salão, dançando com Neville Longbottom. Ao menos tentava, pois a cada dois passos, o rapaz desajeitado sempre lhe pisava os pés. A visão de seu antigo aluno completamente encabulado o divertiu como nunca. Mais ainda quando a jovem declinou o pedido para uma nova dança.

Severo lembrou o quanto se divertia em classe atormentando a vida do, hoje, auror Longbottom. Não conteve um meio sorriso saudoso. No segundo seguinte a isso, não a encontrou mais. Correu o olhar pelo salão por alguns minutos, até andou por entre os convidados, mas ela se fora. Sem nenhum motivo que o prendesse, sentiu um desejo de ir embora e dirigiu-se a saída.

Porém, uma força não o deixava ir embora. Ele já estava parado em frente a porta quando foi atingido por uma bela jovem que se desequilibrou com o impacto. Ele poderia apenas observa-la cair, mas não o fez. A verdade é que a visão de tão bela bruxa a sua frente também o deixou tonto. E não pôde reprimir o impulso instintivo que seu corpo sentiu de tê-la junto a si.

Os olhos castanhos estavam presos nos seus quase por hipnose. Nem se o próprio Lorde Negro ressurgisse naquele instante ele desviaria sua atenção dela. Percebendo a confusão que se passava nela, ele se obrigou a quebrar o encanto do momento e perguntar se estava bem. Não sem antes deixar escapar algumas palavras um pouco ácidas que o fez arrepender-se instantaneamente. Assustada, ela tentou se erguer de qualquer maneira e acabou se desequilibrando novamente, e pela segunda vez ele a impediu de ir ao chão.

Vê-la tão frágil e desorientada despertou nele uma ternura que não pensou ser capaz de possuir. As palavras que saíram de sua boca soaram estranhas a ele. A contrariedade entre seu cérebro e aquela força que não o deixava ser quem era, era tanta que hesitou um segundo antes de se oferecer como companhia para um passeio. Conteve a surpresa ao vê-la sorrir e aceitar o convite.

Enquanto caminhavam, apenas em silêncio, duas partes dento dele ainda brigavam. Ele pensava porque não usava seu sarcasmo contra ela, queria ser indelicado ou até grosso com aquela criatura que agora estava agarrada a seu braço tão firmemente como se realmente precisasse valer-se de sua força para permanecer de pé. Mas novamente algo o impedia. Ele simplesmente… Franziu o cenho instintivamente. Não podia fazer aquilo. Ela o encantara a poucos minutos lá no baile, então… Por que deveria ser rude?

Severo, será que a idade está deixando você mole? Alvo realmente adoraria vê-lo nesse estado tão deplorável.

O pensamento repentino, a lembrança do único amigo e mentor, o qual ele mesmo foi obrigado a matar, o deixou sombrio. Mas antes de se deixar envolver pelas trevas da lembrança, foi trazido de volta pela voz suave da jovem.

— O senhor foi muito gentil em me acompanhar. Muito obrigada por isso.

— Não precisa me agradecer. A senhorita não parecia bem e não seria correto deixá-la sair sozinha pelas ruas.

— Sim, mas agradeço de qualquer forma. - Ela sorriu levemente e ele apenas assentiu em resposta.

Continuaram andando até que foi a vez dele falar.

A senhorita não mora por aqui, mora?

Certo, Severo, você está "incomodado" com o silêncio, mas não tinha nada melhor para perguntar?

— Não, eu vim por causa do baile. Na verdade, um casal de amigos insistiu para que eu viesse, pois ultimamente só tenho trabalhado e estudado muito. Eu não pretendia vir, mas hoje pela manhã minha amiga apareceu em casa dizendo: "Se você não for à esta festa, pode esquecer que somos amigas!" - Ela sorriu momentaneamente. - Bem, claro que não foi exatamente assim, estou exagerando, mas digamos que fui persuadida a vir.

Severo se perguntou por um minuto se esta jovem mulher não seria Hermione Granger. Afinal, quem mais no mundo mágico se entupiria de trabalho e estudos a ponto dos amigos forçarem-na a comparecer a uma festa? Ele não era tão bem relacionado no mundo mágico, mas não deveriam existir muitas pessoas com esse perfil além dela. Seria muita coincidência… Não. Não era possível que fosse a Srta. Granger! Mas ele não resistiu e achou que poderia tirar essa dúvida. Discretamente, é claro.

— É… Seria impertinência minha perguntar em que a senhorita trabalha e estuda tanto?

— Oh, claro que não. Estou trabalhando no Ministério da Magia e estudo Poções Avançadas e Transfiguração na Universidade de Lion. As matérias não têm muito a ver uma com a outra, mas sempre gostei de ambas. Acho que foi influência dos professores que tive. Apesar de que um deles… - A lembrança do ex-professor de Poções a fez entristecer imediatamente.

— O que aconteceu? Estava tão entusiasmada, e agora…

— Não foi nada… Só que… Bom, um deles sempre pegava no meu pé e a outra acabou falecendo durante a guerra. Eram como água e vinho, muito diferentes na maneira de ensinar e estimular seus alunos, mas eu… - Ela fez uma pequena pausa como se medisse as palavras. - Eu gostava muito de ambos.

As coincidências estavam ficando cada vez maiores; Minerva morrera durante a guerra e dizer que ele "pegava no pé" de todos os seus alunos era o maior dos eufemismos que alguém poderia dizer a seu respeito. O semblante triste dela praticamente confirmou isso. Ele soube o porquê. Ela lembrou dele. De como ele fora um professor carrasco e injusto. Do quanto perseguiu seus amigos e ela nos tempos de escola. Mas ainda assim ela lhe deu um motivo para viver… Por que?

— A senhorita parece magoada com alguma coisa. Posso ajudar? - Ele quis morrer assim que terminou a frase. Mas o que estava fazendo? Pensava uma coisa e agia de maneira completamente adversa ao seu normal. As palavras simplesmente saltavam de sua boca sem controle algum.

Não é nada.

Nossa como ele é gentil. A voz lembra muito o Professor Snape, mas as palavras não combinam. É elegante, move-se com suavidade e graça. Só faltam as vestes esvoaçantes para não ter duvida. Ai, Hermione, não sonhe acordada. Seus pensamentos voltaram abruptamente quando uma revoada de morcegos passou sobre eles. Assustados, eles se abraçaram.

Uma sensação de estranha e maravilhosamente boa percorreu o corpo de ambos. Sentir o calor do corpo um do outro. O perfume de flores levemente doce dela. O cheiro amadeirado e másculo que vinha das roupas dele. Eles se inebriaram por poucos momentos, e se não fosse o constrangimento que surgiu imediatamente após o incidente, eles ficariam abraçados por toda noite. A luz da lua era um pouco fraca e Hermione agradeceu por isso, tinha certeza que seu rosto ficara vermelho.

— Ah, Hermione como você é uma boba! - ela sussurrou para si, mas ele pôde ouvir claramente quando ela disse o próprio nome e ficou atordoado. - Desculpe-me mais uma vez. Eu estou emotiva demais hoje. - Ela falou baixinho e continuou a andar sem esperar uma resposta dele.

Não poderia ser! ELA? Hermione Granger, ali! O tempo todo… Ela! Severo sentiu seu cérebro trabalhar numa velocidade incrível. Pensamentos vinham tão rapidamente que ele mal conseguia processá-los. Como ela veio parar aqui? Onde diabos está o noivo dela? Ele ouviu rumores de que não estavam muito bem, mas… Por que tanta tristeza se tinha uma vida tão cheia de amigos, trabalho? De repente seu cérebro pareceu travar com o choque e tudo o que conseguiu fazer foi acompanhá-la.

Caminharam em silêncio por alguns minutos até que se viram em frente a grande foto em homenagem aos heróis da guerra.

Hermione não sabia o porquê, mas, como em transe, aproximou-se novamente da foto, seguida por seu acompanhante.

— Você já se apaixonou por alguém e sabe que nunca conseguirá esquecê-lo? - Ela parecia fazer a pergunta mais para si que para ele. - Já amou uma pessoa, mesmo sabendo que esse amor jamais seria retribuído? Não da forma, ou intensidade que você anseia, mas… - Pausa. - É uma sensação estranha. Você simplesmente ama e não importa o quanto fuja, esse amor sempre estará presente!

Severo sentiu todo o frio que a noite tinha a oferecer. Certamente ela falava de seu noivo Ronald Weasley. Apesar de achar estranho ele não estar no baile com ela. Não, provavelmente eles haviam brigado e por isso fora arrastada para o baile por amigos, mas ainda assim o amava. Por isso falava daquela maneira. Ela observava a foto com um olhar triste e melancólico. Ele queria confortá-la, abraçá-la. Dar todo carinho que merecia e o idiota do noivo não proporcionava. Sentiu seu coração doer por ela. Sentiu ódio do bastardo que a fazia sofrer daquele jeito. Como um anjo daquele sofria assim e ninguém fazia nada? Em dois passos estava tão próximo dela que podia sentir o perfume de flores que ela usava. Precisou de todo seu controle para não abraçá-la e beijar sua nuca. Merlin como queria sentir aquele perfume mais uma vez.

Lentamente, ele a viu levantar a mão em direção da foto e acariciar o rosto de alguém. Ele fechou os olhos. Não agüentaria ver aqueles dedos tão delicados acariciando Ronald Weasley. Mesmo que em uma fotografia. Mas não pôde deixar de ouvi-la sussurrar o nome de sua paixão.

— Ah, Severo, por que você não me ama?

O QUÊ! Ela disse o meu nome? Um raio atingiu sua cabeça ao ouvir e depois constatar que era SUA imagem que ela acariciava. Poderia ter ouvido errado, mas seus olhos não mentiam. Era o rosto dele que ela acariciava naquele foto. O tempo todo ela se referia a ele. Como pude ser tão tolo?

— Ah, Severo. Nem quando eu me declarei a você há cinco anos em seu leito de morte você me correspondeu. Esperei por sete longos meses a sua recuperação e ainda assim… Só quando desisti de esperar é que acordaste. Até parece que estava aguardando minha retirada. Mas eu entendi o recado e não voltei. Tentei, eu juro que tentei. E tentarei seguir minha vida, mas nunca vou te esquecer.

Ela sentiu um toque morno em seu ombro. Esquecera completamente do homem gentil que a acompanhava e se virou para observá-lo. Ele lentamente retirou a máscara do rosto dela e contemplou as lágrimas que desciam livremente. Incontidas.

— Por Salazar, Hermione, por que eu não acordei um dia antes da sua partida? Uma hora, que fosse! - Mas a voz dele estava embargada. Trêmula. - Eu só acordei… - Ele procurou forças - porque você pediu.

Hermione não acreditava no que ouvia. Não poderia ser! Ele? Severo Snape, a sua frente? O tempo todo? Tremendo, ela ergueu a mão para retirar a máscara branca que cobria o rosto dele. E qual não foi sua surpresa em encontrar o rosto de seu amado professor.

— Eu não acredito! - Ela sussurrou as palavras para si.

Olhava o homem a sua frente, mas não acreditava. Tocava seu rosto delicadamente com ambas as mãos e ainda assim sentia que não poderia ser verdade. Os mesmos olhos expressivos e completamente negros como a noite. Agora longe de serem frios e intimidantes. O mesmo nariz, a pele que ela sempre jurava não ser oleosa quanto diziam. Os mesmos lábios que por anos ela desejou beijar e descobrir se eram ásperos e duros como as palavras que ele distribuía a seus alunos. Não resistiu a tentação de tocá-los com as pontas dos dedos.

Sentiu algo aquecer dentro de si ao vê-lo sorrir. Não o sorriso sarcástico e malvado de antes. Mas o sorriso gentil e amável que vira no baile.

— Eu não acred-…

De repente foi como se o mundo parasse e nada mais existisse além de Severo e Hermione.

Mãos fortes e quentes a pegaram pela cintura e a trouxeram de encontro a ele. Todo o frio daquela noite desapareceu por completo quando seus corpos se tocaram. Sentir aquelas mãos esguias passeando por suas costas, chegarem em sua nuca e puxa-la para si, só não poderia ser mais estonteante que a sensação daquela boca tomando a sua com tanta urgência e fervor.

Merlin, se isso é um sonho, eu não quero acordar nunca mais! Foi a última coisa que passou pela cabeça dela.

Severo sempre se perguntou o quão macios poderiam ser os lábios daquela mulher. A súbita constatação de que eles eram mais macios, quentes e doces que em seus mais profundos sonhos o fez gemer de prazer. Ele tremeu ao sentir a língua dela procurando insistente por contato com a sua. A explosão de fogo poderia derreter o inferno se possível. Ele a apertou contra o peito. Queria sentir cada milímetro dela.

O doce sabor daquele beijo contrastava com o sal das lágrimas que desciam sem parar dos olhos deles. A urgência de sentirem um ao outro era tanta que nem perceberam quando aparataram dali.

Severo se sentiu pressionado contra uma parede enquanto Hermione sugava com desejo seu pescoço. Ele apenas enterrou seus dedos nos cabelos agora completamente despenteados dela e a puxou, separando-os quando sentiu uma mordida violenta. O olhar lascivo que trocaram só foi quebrado pelo comentário maldoso que Snape não conseguiu conter.

— Eu pensei que sua fantasia fosse sobre um conto romântico de uma opera trouxa e não de uma vampira!

— Posso ser muito mais que uma simples vampira Sr Fantasma! Aliás, quem tem fama de ser vampiro é o senhor! Lembro-me perfeitamente da existência de um grande bolão de apostas quando era estudante e o maior premio referia-se exatamente a possibilidade de seres ou não um vampiro.

Eles riram com vontade. Severo não se agüentava e gargalhava como a muitos anos não o fazia. Tentava se conter, mas não era possível o que fez Hermione parar apenas para observa-lo. Quando conseguiram conter um pouco a acesso de riso eles logo voltaram a se beijar. Agora sem tanta urgência. Um beijo cálido, suave, sem pressa para acabar, sentindo o sabor e a textura dos lábios um do outro. Experimentando, em total excitação o calor e a umidade das línguas que se tocaram sôfregas de desejo quando o beijo se aprofundou. Sentir o gemido suave de Hermione sob aquele toque fez Severo arder em desejo.

Ela o pressionava contra a parede, comprimia seu belo corpo contra o dele deixando-o cada vez mais louco. Ele sentia as mãos pequenas e macias dela percorrem seu corpo com avidez. Os inúmeros botões de suas vestes eram abertos habilmente e eles nem se davam conta da velocidade com que as peças de roupa eram atiradas ao chão. Mãos enterravam-se nos cabelos dele e puxando-o para si como se temesse uma interrupção ou fuga. Não Hermione, eu já fugi da minha própria vida por muito tempo. Não será agora que fugirei de você.

Lentamente ele desceu suas mãos pelas costas dela, sentindo o leve roçar de seus dedos na pele exposta e tendo a certeza que a deixara arrepiada, puxou-a fortemente pela cintura pressionando seus quadris aos dele. Foi a vez dele gemer sob os lábios dela. Um gemido rouco, gutural de puro desejo. Sentiu pulsar dentro de si uma ânsia em possuir aquela mulher. Sentia que explodiria ali mesmo se não a tivesse como sua.

Imediatamente ele a ergueu no ar. As pernas entrelaçadas a sua cintura. Ele inverteu e agora a pressionava conta parede. A cada gemido, cada suspiro os deixavam mais atordoados de desejo e ansiedade. Cambaleantes conseguiram chegar a uma grande e confortável cama que nenhum dos dois se perguntou como foi parar ali. E apesar do desejo lhe corroendo cada terminação nervosa. Severo deitou Hermione suavemente e ficou de pé apenas observando. A pele macia e doce dela brilhando em desejo por ele. A respiração ofegante buscando um pouco de controle. Controle que ele mesmo lutava para ter. Queria apreciar cada segundo, cada milímetro daquele corpo.

— Se você demorar mais um segundo parado aí eu mesma vou busca-lo. – Ela falou em tom um pouco impaciente. E não dê esse meio sorriso infame pro meu lado. OU seu tempo diminui para zero. Você por acaso tem a mínima noção do quanto isso é Sexy? Foi exatamente ele que me fez perder a cabeça por você.

Mantendo o sorriso no rosto Severo apenas se inclinou sobre ela, beijou-lhe o pescoço, ora de leve, ora profundamente e sussurrou em sua orelha antes de morder lhe o lóbulo. "Quem é o vampiro agora?" – E descendo as carícias chegou aos seios. Primeiro um, depois o outro. Ouvi-la gemer só lhe dava mais fome e desejo.

Deitado sobre ela, os braços um de cada lado de seu corpo. Sentindo seu corpo pulsar em volúpia e luxuria. As mãos ávidas percorrendo suas costas... Arranhando, cravando as unhas nele. Desceu a boca pelo corpo dela... Deixando no caminho uma trilha de sensações inimagináveis até chegar ao seu objetivo.

Ela se contorcia e gemia a cada toque. Aquilo era música para seus ouvidos, quando ele tomou sua intimidade e a sentiu tremer com um pouco mais de violência foi quase impossível não segui-la em seu deleite. Mas nem assim ele parou de estimulá-la. Com Lábios... Língua... Mãos... Até que a sentiu preparada, ou não mais agüentava prorrogar seu próprio prazer.

Postou-se sobre ela mais uma vez e encarando aqueles olhos castanhos que agora estavam mais brilhantes que a mais bela estrela já vista. Um instante de ansiedade tomou conta de ambos até que iniciassem um vai e vem ritmado. Lento e carinhoso a principio, mas que rapidamente ganhava velocidade e a intensidade que seus corações exigiam até que explodissem juntos em puro deleite e paixão arrebatado por um beijo carinhoso e tão intenso quanto o primeiro que trocaram.

Dormiram abraçados como se o contato de um com o outro fosse a coisa mais importante de suas vidas. Como se a respiração do outro lhe proporcionasse o ar necessário a vida.

Hermione moveu-se preguiçosa na cama. Os olhos lentamente acostumando-se a luminosidade que invadia o quarto que só agora ela começava a prestar atenção. Não estava em sua casa... Nem nas masmorras de Hogwarts... Então, onde? – foi trazida a realidade por um puxão possessivo que agarrava sua cintura. A sensação daquela voz rouca e sensual na sua nuca, murmurando algo com um – "Bom Dia!" – Muito sonolento e somado ao calor daquele corpo que ela por anos quis chamar de seu. "E que finalmente era!" – ela pensou– A fez gemer em agradecida.

— Bom Dia, pra você também! – Sentiu ele enterrar o rosto em seus cabelos e respirar profundamente. Apertando-a ainda mais conta si, aninhou-se naquele abraço e fechou os olhos. Jamais se sentiria tão feliz na vida. Jamais!

— Eu já disse que adoro seu perfume? – ele tragou mais uma vez aquele aroma que o inebriava não saia a quantos anos. Só pela lembrança e agora ele o tinha ali. Somente dele.

— Não! – falou divertida.

— Pois eu simplesmente adoro... – apertou-a com mais força.

— Severo onde estamos? – Ela simplesmente não sabia por que perguntou isso. As palavras apenas saíram de sua boca.

Ele lentamente levantou o rosto e observou a decoração do quarto. Hermione se virou e apreciou o olhar dele passear pelas mesmas paredes de um tom muito bonito de verde. Reconhecer cada objeto, quadro e cortina até parar numa farta estante de livros do outro lado do aposento antes de responder simplesmente.

— Estamos na minha casa em Hogsmeade! Comprei quando ainda era estudante e saí da casa dos meus pais em Spinner's End – uma nuvem melancólica temporariamente transpassou os olhos dele. – Este é o meu quarto. – Baixou a visão e a encarou firme. – Este é o nosso quarto se assim você o quiser. Pelo tempo que desejar que seja.

Hermione sorriu o brilho em seus olhos, nos olhos dele a fez tremer involuntariamente. Seria possível isso?

— E se o tempo que eu quiser ficar aqui for muito longo?

— Quão longo? – ele disse segurando um sorriso.

— Não sei ao certo? Para sempre é tempo de mais e não quero abusar de sua hospitalidade Sr Snape. – Ignorou o sorriso que se formava nos lábios dele. Mas acho que uma vida, ou o resto que ainda sobra da minha e da sua seja o suficiente para...

Foi interrompida por um caloroso e apaixonado beijo. Quanto tempo viveriam ali? Não fazia realmente importância... Fazia? O que importava era que estivessem juntos e que nunca esquecessem da noite que os uniu.

Não esta que passaram juntos. Mas uma outra que por longos cinco anos, ambos tentaram em vão apagar de suas memórias.

FIM.

N/A: Final tosco, meloso e açucarado! Diabéticos e leitoras em dieta... PLEASE, I'M SORRY! HAuhaUhUHAha!

Reviews, corujas, e-mails são SEMPRE bem vindos. Para uma autora que demorou séculos pra atualizar e terminar esta fic ainda acho q mereço! rsrsr...

Bjus as minhas amigas (e Irmãs de coração) Lara Croft e Gaby Briant.À Minha amiga viagem na maionese Aline Snape que sempre me dah força pra continuar escrevendo. À Miss. H. Grange. pela reviews. Quem sabe se vc ler um pouco mais de SS/HG acabe gostando, heim? Mais uamvez obrigada e espero que tenha gostado do final da fic. Obrigada tbm a todos que leram a fic e não postaram reviews. Claro que quem postou tem meu agradecimento MUUUUITO mais especial! XD

Sheyla Snape