Capítulo 16

História de Yami no Mundo das Trevas. Contada por Daemon.

'O reino sempre fora muito pacifico, governado por seu pai, Yun. Ele sempre foi um mandante a altura de um lugar rico e nobre como este já foi. Era adorado por muitos como um deus, até mesmo um daqueles deuses egípcios, como você pensou quando viu o sol no meio do chão do pátio e o falcão com o disco lunar no meio do salão e agora o homem com cabeça de chacal aqui. Esses símbolos existem desde aquela época, Yun achava essas imagens bonitas... Alguma coisa dele permaneceu em você por muito tempo, mesmo depois de sua memória ser apagada!

'Deixe-me falar sobre Yun. Um youkai muito parecido com você, de aparência nobre e um jeito extremamente arrogante. Os mesmos olhos que os seus, mas os cabelos eram de um vermelho fogo, a cor que cobre os raios do sol e da lua. Não era normal dizer que ele era frio, mas sim que era gélido. Um dos únicos que poderiam se equivaler com ele em frieza era Kurama Youko. Seu poder era infernal, e assim como você, ele dominava as chamas e destruía tudo com muita facilidade, na verdade, você aprendeu tudo com aquele maldito!

'Mas, mesmo sendo esse ser maléfico que era, Yun não quis permanecer sozinho na eternidade. Quis arranjar uma esposa, alguém que pudesse lhe dar um herdeiro ou herdeira para o trono, com a intenção de que seu irmão Yanrei nunca chegasse ao poder se ele caísse. Então, começaram a vir diversas youkai, princesas de outros reinos, para que seu pai escolhesse uma. E, entre elas, estava a escolhida, obviamente; Kaira era o nome dela.

'Kaira era linda, tinha os cabelos castanhos como os seus, mas os olhos eram cinzas. Não tive duvidas quanto a escolha dele, era certeza que seria ela, nenhuma das outras era tão bonita quanto Kaira!

'Alguns meses se passaram depois do casamento de Yun, quando recebemos a noticia da gravidez de Kaira. Todos esperaram ansiosamente para conhecer o herdeiro de tudo aquilo, dos Nove Portões do Makai. E o que mudaria ali depois do nascimento daquela criança?

'Durante a gravidez nunca vimos Kaira, nunca tínhamos sua presença na mesa de jantar, que apenas eu e mais um homem dividíamos com Yun. Ele dizia "Vocês são os meus mais fiéis guerreiros!", por isso tínhamos essa honra. Tudo se movia nos conformes o tempo todo, e se alguma coisa não era como Yun queria, ele fazia de tudo para ser, por isso exterminou centenas de monstros, apenas para servir de lição aos outros, "Minha vontade prevalecerá! Não há quem possa mudar isso!", e comemorávamos e brindávamos as vitórias de imposição dele.

'Naqueles tempos, não houve uma vez, sequer, que seu pai saiu para lutar sem minha companhia. Nenhuma. Éramos imbatíveis diante nosso povo. E, estávamos no meio de uma luta quando recebemos a noticia de seu nascimento. "É uma menina!" disse o enviado. Yun sorriu, era exatamente o que ele queria, uma menina. "Por que?" perguntei, "Pois na fragilidade da figura feminina, pode-se esconder um ser poderoso..." continuou sorrindo, mandou os homens bater em retirada. Sua principal necessidade no momento era ver a filha.

'Quando chegamos à fortaleza vimos Kaira em seu leito, com a menina nos braços, sorria como nunca a havia visto sorrir. "É uma menina!" repetiu o que o enviado já nos dissera, Yun sorriu para Kaira e disse "Sim", apenas sim. Então pegou a menina nos braços "Você já deu nome à ela?" ele perguntou e ela apenas balançou a cabeça dizendo que não "Quero que o nome dela seja Yami... Alguma objeção?", apenas o balançar da cabeça novamente. Você o encarava, não chorava, não fazia nada e ele a levou para longe de sua mãe que gritou "Yun! Ela precisa ficar comigo!", "Hn, não precisa, por enquanto Yami não está chorando, Kaira!", então saiu da sala que não ficou em silencio, havia o som do pranto de sua mãe.

'Eu a consolei, era a única pessoa que poderia ajudá-la, "Daemon! Yun não pode tirar minha filha de mim assim!" Kaira dizia "Ele não pode! Ela também é minha!". Sentia o sofrimento em sua voz, mas não sabia o que dizer, então ela continuou "Ele não me ama, só queria a criança!". Abracei-a, eu a amava, mas o que poderia fazer? Se fosse contra Yun seria morto em segundos! Não podia permitir que meus sentimentos interviessem em minha fraternidade com ele, do mesmo jeito que não podia permitir que ele fizesse aquilo com aquela criatura tão frágil. Estava completamente dividido!

'O período de amamentação passou, você já tinha uns dez meses, quando sua mãe começou a só poder te ver duas vezes por semana. Yun estava totalmente dedicado a seu treinamento, acredite Yami, seu pai te treinou desde os seis meses de idade! Queria que você fosse a melhor!' Daemon parou de narrar e fez com que a dor aumentasse novamente. Yami caiu no chão, assim como os outros, olhou para ele e disse 'Continue... Dane-se a dor, dane-se se fui treinada desde cedo! Continue essa história seu desgraçado!'.

Daemon riu, 'Sim, como quiser. Então, todos os dias, Kaira saia para o pátio e via Yun te ensinando a fazer fogo com as mãos. Você achava aquilo engraçadinho e ria, mas seu pai continuava o treinamento sério. Sua mãe chorava ao ver essas cenas e pedia que pudesse cuidar de você algum dia. A única pessoa que podia contar ainda era eu... Pobre Kaira... Sofreu tanto com aquele maldito!

'Com o passar do tempo, percebi que ela também me amava, me amava por que eu me importava com ela, por que eu era o único que conversava com ela e se lembrava de sua existência ali. E, obviamente, o inevitável aconteceu, não pude lutar contra minha vontade que era amá-la, dar a ela o que ninguém daria. Kaira também adorava aqueles momentos que tínhamos juntos, era a mágica que ela jamais sentiria com Yun.

'Esse nosso romance secreto durou muito tempo, uns cinco anos. Cresceu junto com você, a criança maldita, Yami. Você que com cinco anos de idade derrubava homens fortes, que era temida pelos outros capachos de seu pai, mas não por mim, nunca! Sentia um grande poder vindo de você, entretanto não tinha certeza que você podia controlá-lo. Yun era o pai mais orgulhoso do mundo, tinha a cria que queria, a menina com jeito frágil, que agia como ele e que algum dia teria a mesma força que ele, por isso, era cego a tudo que acontecia à Kaira e sequer desconfiava que eu, seu guerreiro mais forte, amava sua esposa.

'Como foi que aconteceu? Como foi que Yun descobriu? Não sei. Sei que ele entrou em uma sala com Kaira e mais dois homens, e, é claro, comigo. Olhou para ela, que estava do outro lado da sala, longe de mim e dele, caminhou até sua frente e deu-lhe um tapa no rosto. Kaira caiu no chão chorando. "Fui cego a tudo até agora! Ou fingi ser... Não importa! Você está fazendo de meu nome piada, Kaira, e será punida por isso! Diga quem é o demônio ou você será morta!" Yun disse, e ela continuou a chorar no chão. Eu diria alguma coisa, mas era covarde para enfrentá-lo, era covarde demais. "Nunca!" ela respondeu. Yun sorriu "Torturem-na até que diga o nome... Não matem-na... Até segunda ordem." foi o que ele ordenou.

'Quis chorar naquele momento. Segurei as lagrimas, não era digno, não era justo! Ele sabia quem era, sabia que era eu, por que não me matava! Esperava que eu confessasse? Aquele velho maldito! Como sentia ódio por ele, mesmo sentindo medo por sentir isso, sentia! Maldito Yun! O amaldiçoava a todo o momento! E ele, o que ele fazia? Continuava a criar a cria maldita, aquela coisa cheia de poder! Esperava até que Kaira dissesse meu nome, e me mataria.

'Kaira continuava a insistir a não dizer o nome, não queria, e era torturada dia e noite. Não agüentava mais ouvir seus gritos, tinha que fazer alguma coisa. Por isso pedi licença a Yun, queria conversar com ele. Ele te levou a uma área de treinamento e pediu que continuasse sem ele. Seguimos por um corredor e entramos em uma sala. "Diga, Daemon" disse friamente, ele sabia o que eu estava para contar, "Sou eu Yun, mate-me e deixe Kaira em paz!" temi por minha vida por alguns segundos, mas pensei que seria melhor. Ele riu e disse "Eu sei" foi até uma janela que dava diretamente para a área de treinamento "Não quero ouvir isso de você, quero ouvir dela... Se quiser, Daemon, pode conversar com ela. Entretanto, não pode lhe pedir que diga que é você! Senão, ambos morrerão!". "E não é mais fácil assim?" perguntei. "Nada é fácil. Eu apenas queria que ou minha esposa ou meu melhor homem continuasse a viver!" ele parou e olhou para a filha "Mesmo preferindo que meu melhor homem continue a viver... Já tenho o que quero de Kaira!" sorriu "Aquela sim, é a única mulher a quem eu amo! A única que poderia amar!".

'Abaixei a cabeça para não deixar o ódio me dominar. Que ser infame ele era! "Vá Daemon! Vá... Sei que já não suporta minha presença! Sei que me acha abominável! Sei o que pensa!" Yun continuou sorrindo. Saí da sala berrando em meus pensamentos, "INFAMES, OS DOIS, PAI E FILHA, INFAMES!". Malditos aqueles dois, sempre seriam malditos! Odiava-os! Por que ele fazia aquilo? Já não bastava ter escutado de mim? Por que tinha que ser uma confissão dela? Eu não podia entender.

'Meses passaram-se desde o inicio da tortura de Kaira, e, um certo dia durante a noite eu, Yun e você estávamos na sala de observação. Kaira berrava e você olhava indiferente, "Papai, você nunca me disse por que a mamãe quer morrer..." disse. Não pude crer quando ouvi aquilo saindo de uma criança de cinco anos! "Ela decidiu que seria melhor assim, Yami" seu pai respondeu e olhou diretamente para mim, ele queria me ferir com aquelas palavras. "Mas, papai, assim vai doer demais!" continuou você "Por que não dá alguma coisa que doa menos?". "Hmm... Você tem toda razão, minha querida, toda razão" então Yun pegou um microfone e disse "Por favor, preparem a cadeira... Kaira, você não tem muito tempo, decida-se!".

'Uma angustia cresceu dentro de mim, não passaria daquela noite! "Daemon" Yun olhou para mim, abraçando a pequena Yami "Agora você pode implorar que ela diga, é claro, se você quiser! Se não for covarde!". Peguei aquele microfone e pedi que Kaira dissesse que era eu, que Yun já sabia, que sua vida dependia disso! Mas ela insistia, não falaria! Yun sorriu e olhou para meu rosto desesperado "Daemon, leve Yami para o quarto!" ordenou. "Papai, eu não quero dormir!" disse você, "Yami, não quer que eu fique nervoso, quer?", "Se você fica nervoso faz o que está fazendo com a mamãe?", "Se não pior" ele riu. "Daemon, não quero que o papai fique nervoso! Me leve para o quarto!" pediu e me estendeu sua mão, segurei-a e comecei a caminhar para fora da sala. Então a voz fria de Yun cortou a sala diretamente em minha direção "Esteja aqui em dez minutos...".

'Caminhamos pelo corredor até seu antigo quarto. O quarto que passou essa noite, por acaso. "Tio Daemon, você sabe por que a mamãe quer morrer?" você perguntou. Abaixei a cabeça e disse "Por minha culpa!", "Sua culpa? O que você fez?", "Nada, pequena, nada...". Você se mostrou inconformada. Então chegamos até a porta do quarto, "Não quero dormir!" disse você, "Precisa... Lembre-se que seu pai pode ficar nervoso". Abri a porta de aço de seu quarto e você entrou, emburrada. Fechei e tranquei-lhe ali, e antes de seguir para o observatório refleti um pouco. Então a porta de aço trancada foi arrebentada, a cria maldita olhava para mim "Por que me trancou?", "Sabia que você sairia!", "Hn...", "Volte para a cama...", e assim me obedeceu e entrou pelo buraco da porta. O que mais me surpreendeu foi que você havia destruído mais de dois metros de aço, com cinco anos!

'Voltei para a sala, seu pai sequer me encarou e disse "Bem a tempo". Havia se passado nove minutos. Kaira estava agora amarrada em uma espécie de cadeira elétrica, a pedido da filha, que ultraje! Estava ali pois a filha não queria que ela sentisse dor! Escutamos um barulho na porta e nos viramos, adivinhe quem era? A cria mais insistente do mundo! "Papai, não quero dormir! Você não vai ficar bravo comigo, vai?" disse, "Claro que não... Venha", então correu e subiu nos braços dele "Diga tchau a mamãe!", encostou o microfone em sua boca e você falou, até mesmo alegremente "Tchau mamãe!". Kaira começou a chorar e acenou um tchau. Não me lembro o que aconteceu. Só lembro que Yun olhava para mim com ódio e Yami assistia a mãe na cadeira, se debatendo, a criança mal piscava' parou repentinamente Daemon e todos olhavam espantados. Yami tinha lágrimas nos olhos, lágrimas que não ousava derramar. Então teve certa lembrança do sonho que tivera na noite anterior... O que era mesmo? Alguém gritando o nome de Daemon. Fechou os olhos em busca da resposta, mas não teve tempo, pois ele já havia continuado a história.

'Maldito seja aquele velho! Maldita seja a criança que assistira a morte de sua própria mãe e nenhuma gota de lágrima derramou por isso! E que ainda hoje não derrama lágrimas! Mesmo escutando essa tragédia! Maldita!' respirou fundo e olhou para Yami, ela parecia perturbada, mas não chorosa, perturbada pela história. Teria ela lembrado de algo daquele capitulo não muito bem explicado por ele?

'Não importa o quão malditos sejam, nada mudaria isso!' continuou 'Muitos anos se passaram, e você já tinha doze anos de idade. Passei todo esse tempo tramando minha vingança! Tinha que ser perfeita! E como não ser? Apenas deixe-me dizer o quanto Yami estava poderosa, apenas com doze anos derrubava mais de quinze homens de uma só vez! Yun continuava o treinamento e tinha orgulho de tudo o que Yami fazia! Você já havia me desafiado para uma luta... Eu tive que me render, não por realmente estar perdendo, mas você tinha me prendido de um modo que não conseguiria escapar tão fácil, por isso desisti da luta.

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'Agora vou dizer o que aconteceu a seu papai querido. Durante os sete anos seguintes da morte de Kaira, criei um modo de prendê-lo em uma luta, e depois fazer o que bem entendesse com a figura. Criei dois equipamentos, um para o pai, outro para a filha. Certo dia, quando tudo já estava esquematizado exatamente como eu queria, desafiei Yun para um duelo de vida ou morte. Ele riu e aceitou "Por que demorou sete anos para pedir isso? Sempre foi sua vontade... Daemon...", "Achei que deveria esperar!" respondi. Lutamos como loucos desesperados, Yun era forte demais, não conseguiria vencê-lo de jeito nenhum, se não fosse meu artifício! Cordas de metal, tão poderosas, com tanta energia, que nem o fogo negro poderia destruí-las! Sete anos de energia armazenadas naquele metal! Era mais que a força de qualquer um!

'Então no meio da luta, quando Yun menos esperava, essas cordas foram lançadas em cima dele, prendendo-o. Sabia que a filha viria salvar o pai, e mais cordas caíram em cima de você. Perfeito! Exatamente como eu queria! Os dois, na mesma armadilha! Mas tudo estava só começando...

'Fui até a antiga sala de tortura, esta sala que nos encontramos agora, levando meus prisioneiros. O destino de Yun já era certo, mas Yami... Yami seria a culpada, novamente, assim como fora pela morte da mãe, e assistiria ao espetáculo! Levei-a até a sala de observação. Você berrava, fazia escândalo, acusando-me de traição. E Yun... Yun mantinha-se quieto, não emitia um som, não demonstrava um filete de dor. Quando desci da sala de observação olhei para ele, havia deixado o microfone ligado, em frente a Yami, assim ele poderia escutar os gritos da filha enquanto morria! "Quais são suas últimas palavras?" perguntei "Seu último desejo?", "Traga minha filha aqui! Quero olhar para ela uma última vez...". Senti raiva, pois tinha acabado de levar a menina embora, mas realizei o último pedido de meu soberano.

'Quando te levei até ele, vocês se entreolharam por alguns minutos e às vezes você balançava a cabeça, como se concordando. Eu sabia que vocês podiam se comunicar telepaticamente... Não faria diferença agora! "Acabou!" disse eu com raiva e te levei novamente para a sala. Tranquei a porta. O plano seria perfeito! "Diga tchau para o papai, YAMI!" berrei sarcasticamente, mas não havia mais sons de choro nem gritos de desespero vindo do microfone. Yun olhou para o vidro do lugar onde você estava e sorriu, então a voz gélida vinda do microfone disse "Tchau papai...". Liguei a cadeira, sim, a mesma de sua mãe, e Yun começou a se debater. Apertei um botão que te soltaria das cordas e elas desapareceriam. Sai da câmara, a culpa era sua!

'Os alarmes foram disparados. Ninguém usara aquela sala por muito tempo e agora todos os guardas corriam para ela. Quem teria ligado a cadeira? Quem? Segui com eles, como se não soubesse de nada. Chegando na sala a imagem horrenda de Yun morto, sentado ali, e nenhum som de choro! Todos foram até a porta do observatório, estavam preparados para enfrentar o inimigo que fosse. Abriram a porta e te viram, ainda parada, na mesma posição que estava quando as cordas te soltaram, olhando a imagem sem vida de Yun. "Senhorita Yami!" um dos guardas exclamou e caiu de joelhos, você olhou para ele, para todos eles, e para mim. "Julguem-me" foi tudo o que disse, e assim foi feito.

'Acredite, Yami, no julgamento houve pessoas que te julgaram inocente! Claro, que não a maioria, essa foi a razão de sua expulsão desse lugar! Fiquei sabendo que de algum jeito você se infiltrou na Terra e foi encontrada por um detetive espiritual, um tal de Sensui, que te derrotou e te levou para o Reikai, onde sua memória foi estudada e apagada. E assim você se tornou uma ajudante do Sr. Koenma... A história aqui continuou, obviamente...

'Yanrei, irmão de seu pai, subiu ao poder. Ele era um líder bom, de guerra, fazia com que todos os portões fossem cuidados por pessoas com capacidade. Eu, naquela época, cuidava do sexto portão, e já havia Ewan, Cathal, Arashi e Shinretsu, os únicos remanescentes da primeira geração. Hoje em dia apenas eu e Ewan estamos vivos... Hn... Quem diria... Você sabe o que aconteceu com Yanrei, não sabe, Yami?' perguntou.

'Eu o matei...' ela respondeu secamente.

'SIM! Resposta certa... Após a traição secreta de Ewan, que te levou com um portal diretamente até a sala de Yanrei!'

'O sexto portão estava vazio, Daemon!' Yami relembrou.

'Eu não queria rever seu rosto diabólico! Por isso permiti que passasse, mas não contava com tal traição... Ele poderia te matar em segundos... Se não ele, Arashi ou Shinretsu... Você estava sozinha naquela ocasião!' ele parou 'É engraçado... Você matou sua mãe... Seu pai... E seu tio! E hoje, quem está no poder sou eu!'

Yami balançou a cabeça para tentar recordar o sonho que a incomodara tanto naquela noite...