Nota do autor: As personagens de Beyblade não me pertencem.
Capítulo 16: Chegadas e Romances
Quando a Hikari se levantou, a Ichimei e a Azmaria ainda estavam a dormir profundamente.
Hikari: Dorminhocas.
A Hikari vestiu-se e saiu da tenda. O Alex estava a preparar o almoço. A Hikari retraiu-se um bocadinho ao ver o Alex.
Alex: Bom dia.
Hikari: B-bom dia Alex.
Alex: Dormiste bem?
Hikari: S-sim.
Durante alguns segundos tudo ficou silencioso, enquanto o Alex continuava a preparar o pequeno-almoço.
Hikari: Alex eu queria pedir-te desculpa pelo que te disse ontem. Fiquei nervosa.
Alex: Não há problema. Eu compreendo. Eu é que não devia ter insistido para que tu mudasses de atitude.
Hikari: Não, a culpa não é tua. Eu ando mesmo estranha, mas descarreguei em ti. Desculpa.
Alex: Só desculpo, se tu me desculpares a mim.
A Hikari sorriu.
Hikari: Obrigado Alex.
Alex: Hikari, talvez voltes a ficar zangada com o que te vou dizer a seguir, mas a Ichimei contou-me a vossa história. O que aconteceu à vossa aldeia e ao teu irmão.
Por alguns segundos a Hikari ficou muito branca.
Hikari: Ela contou-te? Não pode ser! Tinha jurado que era segredo!
Alex: Calma, a Ichimei só me contou porque eu estava preocupado contigo.
A Hikari cruzou os braços mas não disse nada.
Alex: Fica a saber que eu te vou apoiar Hikari. Havemos de encontrar o teu irmão.
Hikari: Não sei... é muito difícil... já quase que perdi a esperança.
Nesse momento o Alex agarrou as mãos da Hikari e olhou-a nos olhos.
Alex: Não desistas Hikari. Não estás sozinha. Vamos encontrar o teu irmão, dou-te a minha palavra.
Hikari: Prometes?
Alex: Prometo.
A Hikari e o Alex abraçaram-se e ficaram assim durante alguns segundos, até que a Ichimei saiu da sua tenda.
Ichimei: Bom dia pessoal!
A Hikari e o Alex soltaram o abraço rapidamente.
Ichimei: Então, o que é que se passa aqui?
Tanto a Hikari como o Alex coraram bastante.
Ichimei: Interrompi alguma coisa?
Hikari e Alex: Não! - disseram os dois em coro.
Ichimei: Não foi o que parecia... se calhar é melhor voltar para a tenda e deixar-vos a sós novamente e...
Hikari: Não, não vais Ichimei.
A Hikari sorriu maliciosamente.
Hikari: Temos de ter uma conversinha.
Ichimei: B-bem, se calhar pode ficar para depois...
A Ichimei começou a correr e a Hikari foi atrás dela.
Hikari: Ichimei! Volta aqui! Vais ver o que acontece quando revelas os meus segredos!
Ichimei: Oh não! Desculpa! Socorro!
As duas andavam a correr uma atrás da outra. O Alex sorriu. A Hikari não parecia querer bater na Ichimei nem nada desse género. Até parecia que se estavam a divertir.
O Alex baixou a cabeça. A felicidade delas não era completa, apenas momentânea. Nesse instante, ao olhar para elas, pensou que elas lhe faziam lembrar duas crianças que tinham sido obrigadas a crescer rapidamente.
Iria proteger as duas, Hikari e Ichimei, custasse o que custasse. E claro que também iria proteger a Azmaria. Não iria deixar que nada as fizesse sofrer, mesmo que tivesse de se sacrificar a ele próprio.
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Tyson: Acordem todas!
O grupo do Tyson tinha ficado todo ensopado na noite anterior e decidiram pegar nas suas coisas e irem até à aldeia mais próxima, porém o cansaço foi tanto que eles acabaram por adormecer enquanto atravessavam a floresta.
A Yue abriu os olhos e levantou-se lentamente.
Yue: Bem, sobrevivemos a esta noite.
Tyson: Parece que sim.
Daphne: Olhem para mim, as minhas roupas estão imundas.
Kagome: Calma Daphne, não és a única que está assim.
Sommy: Olhem, vem alguém na nossa direcção.
Todos viraram as suas cabeças para verem que um rapaz alto, de cabelo preto e comprido vinha a caminhar na direcção deles.
Daphne: Ah, finalmente que ele chegou.
Kagome: E quem é ele?
Daphne: É o Ray, o meu mordomo.
Todos: Mordomo?
Ray: Olá a todos!
Tyson: Daphne, explica lá o que é que o teu mordomo está aqui a fazer.
A Daphne corou um pouco antes de falar.
Daphne: Bem... é que o meu pai começou a ir ao casino e perdeu metade do nosso dinheiro. Teve de vender a nossa casa e comprar uma casa mais pequena.
Sommy: Ou seja, já não és tão rica como eras.
A Daphne corou ainda mais.
Daphne: Bem, mas eu ainda sou suficientemente rica. De qualquer maneira, o meu pai teve de despedir algumas pessoas...
Tyson: Ah, agora estou a ver porque é que ficaste tão pálida quando recebeste a chamada telefónica da outra vez.
Daphne: Não é bom receber uma chamada a dizer que o nosso pai perdeu muito dinheiro num casino. De qualquer maneira, o meu pai teve de despedir algumas pessoas. O Ray era o meu mordomo pessoal.
Ray: Ainda sou menina Daphne.
Daphne: Pois. Então o meu pai só tinha duas opções, ou despedia o Ray ou tinha de lhe pagar menos.
Ray: Assim ficou decidido que ele me iria pagar menos. E quando fiquei a saber que a menina Daphne estava a pôr-se em situações de perigo, numa aventura um tanto ou quanto estranha, decidi vir ter com ela.
Kagome: Ah, estou a ver.
Tyson: Bom, quantos mais melhor.
Sommy: Concordo.
Yue: Então sê bem-vindo ao grupo, Ray.
Ray: Obrigado.
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No Castelo Negro, a Lyna entrou no quarto onde estava presa a Princesa Hilary. A Hilary olhou para ela, com um olhar desconfiado.
Lyna: Ora, ora, Princesa Hilary, então tem gostado da sua estadia aqui?
Hilary: Vocês não me vão conseguir manter aqui para sempre.
Lyna: Para sempre talvez não, mas vais ficar aqui durante muito tempo.
A Lyna levantou a mão e uma bola negra acertou na Hilary, fazendo com que ela caísse ao chão.
Hilary: Ai.
Lyna: Já te estás a queixar Princesa? Vais sofrer mais.
Hilary: Ai sim?
A Hilary levantou-se rapidamente. A Lyna lançou-lhe uma bola negra, mas ela desviou-se. A Hilary chegou perto da Lyna e deu-lhe um murro, fazendo a Lyna cair no chão.
A Ilda entrou no quarto nesse momento.
Ilda: Que coisa feia, as duas a brigarem.
Lyna: Esta estúpida ajudou a outra, a Yue, a escapar. Tem de ser castigada.
Ilda: Isso não te compete a ti Lyna, vamos embora, agora!
Lyna: Hunf, está bem. Mas isto não fica assim.
A Lyna e a Ilda saíram do quarto. A Hilary cerrou os punhos. Elas iam ver… se ao menos pudesse fazer alguma coisa para sair dali…
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A Hidria, o Kai, a Haru e a Yoru tinham acabado de tratar de alugar um carro. Por decisão de todos, tinha sido um carro pequeno e vermelho.
Hidria: Quem vai conduzir?
Haru: Eu não quero ser.
Yoru: Eu posso tentar. :)
Kai: Acho melhor não.
Yoru: Mas porquê?
Kai: Porque ainda arrancas o volante e depois o carro deixa de andar.
Yoru: Bolas...
Hidria: Bom, eu conduzo.
Kai: Não, deixa estar que conduzo eu.
Hidria: Se fazes questão.
O Kai entrou no carro e sentou-se ao volante. A Hidria sentou-se ao lado do Kai. A Haru sentou-se no banco de trás, por trás da Hidria e a Yoru sentou-se ao lado da Haru, atrás do Kai.
Yoru: Bom, vamos embora.
Haru: Vamos lá.
Kai: Certo.
O Kai deu à chave, mas o carro não pegou.
Yoru: Então?
Kai: Calma! Isto já vai trabalhar.
Cinco vezes depois, o carro pegou finalmente e eles começaram a andar.
Yoru: Oh Kai, vai mais rápido!
Hidria: Não vai nada! Vai mas é mais devagar!
Haru: Olha aquele sinal! Cuidado com aquele cão! Olha a velhinha a atravessar a rua!
Quando eles saíram da cidade, o Kai já estava enervado com as três meninas que o tinham chateado bastante.
Hidria: Tiveste sorte em não atropelares ninguém.
Kai: Ai Hidira, está calada. Já não vos posso ouvir.
Hidria: Ai é? Se bateres em alguma coisa, tu é que vais falar com a agência do aluguer.
A Haru suspirou e a Yoru riu baixinho. Não muito longe dali, a Ayame estava a voar, segurando a Nyah com os seus braços.
Nyah: Voa mais rápido Ayame!
Ayame: Calma! Bolas, tu és pesada!
Nyah: Estás a chamar-me gorda?
Ayame: Se a carapuça serviu...
A Nyah fez uma cara de desagrado.
Nyah: Vamos lá recapitular o plano.
Ayame: Já sei tudo. O que para mim é muito pouco, afinal só tenho de voar e levar-te comigo.
Nyah: Exacto. Vais levar-nos a voar até estarmos perto do carro deles e depois com a minha magia eu vou destrui-los a eles e ao carro. Não é um plano de génio?
Ayame: Ah, claro. ¬¬
Nyah: Então vê se voas mais rápido bolas! Estamos a ficar para trás.
Ayame: Está bem. Hunf... onde raio me fui eu meter.
Nyah: Disseste alguma coisa?
Ayame: Não Nyah, não disse nada. ¬¬
Fim do Capítulo!
