Nota do autor: As personagens de Beyblade não me pertencem.
Capítulo 17: Um Rapaz Misterioso
Alex: Vamos lá embora!
O grupo do Alex tinha arrumado as suas coisas e estava pronto a continuar viagem.
Azmaria: Uf, estas coisas são pesadas.
Alex: Eu ajudo-te com a mochila Azmaria.
Hikari: Credo, que fraquinha, nem consegue pegar numa mochila.
A Azmaria e o Alex ficaram a olhar para a Hikari e ela corou de vergonha.
Hikari: Toca a andar!
A Hikari começou a andar rapidamente, sem esperar pelos outros. A Ichimei foi a correr atrás dela. O Alex e a Azmaria ficaram para trás, porque o Alex estava a tentar ajudar a Azmaria a pegar na mochila.
Ichimei: Calma Hikari, vai mais devagar.
Hikari: Eu estou a ir devagar.
Ichimei: Não estás nada. Nem estás a esperar pelo Alex e pela Azmaria.
A Hikari abrandou um bocadinho.
Ichimei: Hikari, eu nunca te vi assim.
Hikari: Assim como? Eu não estou diferente.
Ichimei: Ai não? Então e aquela cena de ciúmes ainda agora?
Hikari: Cena de ciúmes? Qual cena de ciúmes?
Ichimei: Hikari, não me digas que me queres enganar a mim. Eu já te conheço há muito tempo. Tu ficaste ruidinha de ciúmes por o Alex ter-se oferecido para ajudar a Azmaria.
Hikari: E-eu? Não fiquei nada com ciúmes, porque haveria de ficar?
Ichimei: Bem, isso já é um problema teu, mas se eu fosse a ti pensava nas tuas atitudes e nos teus sentimentos.
Por esta altura o Alex e a Azmaria já tinham ficado a uma boa distância. A Hikari pareceu ganhar uma nova energia e começou a caminhar ainda mais rápido.
Ichimei: Estás a pensar entrar na maratona ou quê? Vai mais devagar se faz favor e... olha!
A Ichimei apontou para um lugar que estava mais à frente delas e a Hikari olhou para lá.
Hikari: É um...
Ichimei: Gato!
Mais à frente, estendido no meio do chão estava um gato de pêlo comprido e preto. Parecia estar ferido.
A Hikari e a Ichimei aproximaram-se do gato. A Hikari baixou-se para tocar no animal, mas nesse momento o gato preto levantou-se, com dificuldade, pois tinha algumas feridas.
A Hikari tentou tocar no gato, mas ele tentou arranhá-la. A Hikari recuou rapidamente.
Hikari: Credo, que animal violento. Vamos mas é embora.
Ichimei: Não o podemos deixar assim. Ele está ferido.
Hikari: Mas ele não nos deixa aproximar.
Ichimei: Deixa-me tentar.
A Ichimei ajoelhou-se perto do gato e estendeu-lhe a mão. A princípio parecia que o gato a iria arranhar, mas depois ele ficou imóvel. A Ichimei aproximou-se mais e passou a mão pelo pêlo do gato.
Ichimei: Pronto gatinho, vamos tratar das tuas feridas.
A Ichimei pousou a sua mochila no meio do chão e depois começou a procurar algumas coisas lá dentro.
Hikari: Bom, tiveste sorte de ele não te ter arranhado.
Enquanto a Ichimei procurava a água oxigenada dentro da mochila, o Alex e a Azmaria chegaram ao pé dela e da Hikari.
Alex: Então o que se passa?
Hikari: É este gato que está ferido.
Ichimei: Vou desinfectar-lhe as feridas.
Azmaria: Eu sugeria que...
A Azmaria não acabou a frase, porque nesse momento uma bola de fogo foi contra o grupo. Com um reflexo rápido a Hikari usou a explosão e a bolo de fogo foi destruída.
Hikari: Ei! Quem fez isto?
Do meio dos arbustos que haviam ali perto, surgiu um rapaz de cabelos e olhos negros. Os cabelos do rapaz estavam um pouco abaixo dos ombros e o cabelo estava amarrado num rabo-de-cavalo.
Rapaz: Soltem já o meu gato!
Hikari: Mas nós...
Rapaz: Vocês magoaram-no e agora vão pagar!
Ichimei: Estás enganado, nós não fizemos...
Mas a Ichimei não conseguiu acabar a frase. O rapaz começou a correr para junto deles. Levantou uma mão e no instante seguinte, a Hikari, o Alex e a Azmaria estava dentro de uma janela.
Alex: Mas... que poder é este?
Rapaz: Tu, sai de ao pé do meu gato, agora!
A Ichimei tremeu, mas não saiu de perto do animal ferido.
Ichimei: Nem penses!
Rapaz: Ai é? Então vais ficar presa dentro de uma jaula como os outros.
O rapaz começou a levantar a mão, mas algo aconteceu. O corpo da Ichimei começou a brilhar e no instante seguinte o rapaz estava parado com o braço no ar, mas nada aconteceu.
Alex: O que se passa?
Hikari: Ela recuperou o seu poder do tempo. Parou o tempo, por isso aquele rapaz ficou paralisado.
Alex: Essa técnica é parecida com a minha.
Hikari: Sim, mas muito mais poderosa.
Alex: Sim, já percebi isso. ¬¬
Hikari: Bom, afastem-se.
Todos se juntaram num canto da jaula, enquanto a Hikari usava a explosão, o que fez um grande buraco no gradeamento. Depois os três saíram da jaula.
Ichimei: Pronto, penso que já chega.
O rapaz voltou a ficar normal, ainda com o braço no ar.
Rapaz: O que aconteceu?
Ichimei: Paralisei o tempo.
Rapaz: O tempo... ei! O que estás a fazer?
A Ichimei tinha pegado no gato ferido.
Rapaz: Larga-o já! Feriram-no e agora querem roubá-lo.
Ichimei: Não sejas parvo! Nós não o ferimos, encontrámo-lo assim.
Rapaz: Então...
Ichimei: Estávamos a tentar ajudar o teu gato.
Rapaz: Eu não sabia. Talvez tenha sido um animal selvagem.
O gato miou levemente em concordância.
Rapaz: Temos de tratar das feridas dele.
Ichimei: Eu sei. Ia agora tratar disso.
Azmaria: Deixem isso comigo! Com o meu poder posso curar o gato num instante.
Alex: Boa ideia! És maravilhosa Azmaria.
Azmaria: Obrigado.
Hikari: ¬¬
A Azmaria concentrou-se e depois começou a cantar uma melodia suave. O seu corpo começou a brilhar. Instantes depois todas as feridas do gato tinham sido curadas e ele já estava de pé, a miar de contentamento.
Azmaria: Está curado.
Ichimei e Rapaz: Ainda bem.
O gato saltou novamente para o colo da Ichimei e começou a ronronar.
Rapaz: Nunca o vi comportar-se assim. Ele normalmente detesta as pessoas e arranha-as, tirando eu, é claro.
Hikari: Foi o que ele fez comigo, ou melhor, tentou fazer.
Ichimei: Mas ele é tão meiguinho.
A Ichimei afagou o pêlo do gato e ele ronronou mais um pouco.
Rapaz: Bem... obrigado por terem ajudado o meu gato, mas agora temos de ir. Camui, vamos.
Ao ouvir o seu nome, o gato saltou do colo da Ichimei e correu para se pôr ao lado do seu dono.
Rapaz: Bom, adeus.
O rapaz e o gato começaram a afastar-se.
Ichimei: Espera! Como te chamas?
Rapaz: O meu nome é Anya. Adeus.
O rapaz e o gato desapareceram no meio do arvoredo.
Alex: Está na hora de continuarmos a nossa viagem.
Azmaria: Vamos.
A Azmaria e o Alex começaram a caminhar. A Ichimei pôs a sua mochila às costas. A Hikari esperou pela amiga, com uma expressão raivosa.
Ichimei: Hikari, controla os ciúmes.
Hikari: Ciúmes, eu? Deves estar a brincar.
E a Hikari começou a andar rapidamente outra vez. A Ichimei riu-se.
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No Castelo Negro, a Lyna e a Ilda foram chamadas à presença do Sir Leonard.
O superior delas, tinha cabelo e olhos negros e era muito mais malvado e inteligente que elas as duas.
Lyna: Porque nos chamou Sir Leonard?
Ilda: Se foi para nos dar um sermão, podia ter chamado só a Lyna, ela é que faz tudo mal.
Lyna: Ei!
Leonard: Calem-se as duas!
As duas calaram-se de imediato.
Leonard: Como sabem, vocês, eu, a Nyah e a Ayame formamos o grupo dos cinco feiticeiros. E sabem que eu sou o mais forte do grupo.
Lyna: Nós sabemos.
Leonard: Mas vocês também não são fracas.
Ilda: Ainda bem que reconhece isso.
Leonard: Eu reconheço, mas não vejo nenhuns resultados no vosso trabalho para recolher as Estrelas de Cristal.
Ilda: Mas a culpa foi da Lyna e...
Leonard: Está calada Ilda. A Ayame e a Nyah já estão a tratar de descobrir uma das Estrelas de Cristal e de recuperar as que o grupo dos bonzinhos recolheu. Mas ainda há mais Estrelas de Cristal espalhadas pelo mundo.
Fez-se silêncio durante algum tempo.
Leonard: Mas também precisamos de guardar a Princesa Hilary.
Lyna: Mas para que é que nós a temos mantido aqui? Porque é que a raptámos?
Leonard: Isso não é da tua conta. Portanto, vamos ver o que cada uma vai fazer. Ilda, tu vais partir, em busca das Estrelas de Cristal, mas vais sozinha.
Ilda: Certo.
Lyna: E eu?
Leonard: Tu vais ficar aqui, a assegurares-te que a Princesa Hilary não foge.
Lyna: Mas porquê eu?
Leonard: Enquanto tu e a Ilda estiveram na vossa missão, a Ayame e a Nyah trataram da Princesa Hilary, por isso é a tua vez agora.
Lyna: Hunf, trataram tão bem da Princesa Hilary, que a companheira dela, que também tínhamos raptado, a Yue, conseguiu fugir.
Leonard: Silêncio! Isso não te diz respeito. Vais fazer o que eu mando e mais nada. Podem ir.
As duas saíram da sala onde estavam e, já no corredor do castelo, a Ilda riu-se.
Ilda: Bom, parece que tu ficas aqui. Boa estadia, eu vou caçar algumas Estrelas de Cristal.
A Ilda desapareceu e a Lyna ficou cheia de raiva. Quando passou por uma jarra que estava no corredor, agarrou nela e mandou-a contra a parede, estilhaçando a jarra.
Lyna: Raios! Porque é que eu tenho de ficar aqui? Grr! Mas vão todos pagar-me! Todos!
Fim do Capítulo!
