Nota do autor: As personagens de Beyblade não me pertencem.

Capítulo 18: Discussão e Confusão

Daphne: Vá Ray, estou cansada, leva-me ao colo.

Tinha sido assim durante toda a manhã. Agora que a Daphne tinha um criado pessoal, usava e abusava dele. Sobrecarregava-o de malas, mandava-o fazer todo o tipo de coisas básicas, mas que ela não gostava de fazer e agora como ela estava cansada de andar, queria que ele a carregasse.

O Tyson, a Yue, a Kagome e principalmente a Sommy, pareciam muito incomodados com a situação. Com aquele pedido da Daphne, ou melhor, ordem, a Sommy achou que tinha sido a gota de água.

Sommy: Daphne, pára de sobrecarregar o Ray!

Daphne: Ora, ele trabalha para mim e tem de fazer o que eu mando.

Sommy: Mas tu não vês que ele está cansado?

Daphne: Não está nada!

Sommy: Está sim! Ter de levar as tuas malas todas, mais as dele é um trabalho muito pesado para uma só pessoa. E agora ainda queres que ele te transporte também.

Daphne: Tu estás é com inveja!

Sommy: Não estou nada!

Tyson: Calma meninas...

Kagome: Vá lá, vocês têm de se dar bem. Não vale a pena discutirem.

Mas de pouco serviram as tentativas de apaziguar a discussão.

Daphne: Não tenho culpa de tu seres uma estúpida qualquer. A minha família é rica, a tua nem deve ser nada. Provavelmente vivem todos debaixo da ponte.

A Daphne riu-se com o seu comentário. Todos ficaram constrangidos. A Sommy começou a ficar muito vermelha, parecia que ia rebentar.

Sommy: Retira o que disseste! Nem sabes do que estás a falar!

Daphne: Nem pensar!

Sem avisar, a Sommy saltou para cima da Daphne e começou a puxar-lhe os cabelos. A Daphne gritava, enquanto a Sommy a fazia cair no chão.

As duas ruivas rolaram pelo chão. A Sommy puxava os cabelos da Daphne e a Daphne tentava defender-se, mas não conseguia.

Yue: Façam alguma coisa!

Kagome: Elas vão matar-se!

Tyson: Ou melhor, a Sommy vai matar a Daphne!

O Ray correu para as duas ruivas e com um forte puxão, separou-as. As duas estavam completamente vermelhas de fúria. A Daphne tinha o cabelo desgrenhado e a Sommy tinha os punhos cerrados, ainda com alguns cabelos da Daphne neles.

Ray: Então, tenham calma.

Sommy: Nunca mais voltas a falar mal da minha família! Se não, vais arrepender-te. Nem sabes como estás enganada…

A Daphne parecia chocada e escandalizada com o que se tinha passado, mas optou por ficar calada, não fosse a Sommy saltar-lhe em cima novamente.

O grupo voltou a acalmar. Com a Daphne de um lado e a Sommy do lado oposto, eles continuaram o seu caminho. De vez em quando a Sommy e a Daphne trocavam olhares venenosos, mas não diziam nada.

Tyson: Bom, segundo este velho mapa que comprámos numa aldeia não sei exactamente onde, a cidade que procuramos está mesmo à nossa frente.

Kagome: Será que a Estrela de Cristal está mesmo lá?

Yue: Se o mapa mágico aponta para lá, então é porque deve estar.

Andaram durante algum tempo, até que avistaram uma grande cidade.

Kagome: Uau, que cidade enorme.

Yue: Deve ser das cidades mais desenvolvidas onde eu já estive.

Tyson: Onde vais estar daqui a pouco, queres tu dizer.

Yue: Exacto.

À medida que eles se iam aproximando da cidade, iam notando que algo de estranho se passava.

Kagome: Pensei que esta cidade tinha muito gente, mas estamos quase a chegar e ainda não vimos ninguém.

Yue: Nem passou nenhum carro por nós.

Ray: Realmente é estranho.

Quando eles entraram na cidade, viram que realmente não havia uma única pessoa na rua.

Tyson: Hum... o que se estará a passar?

Sommy: Olhem, está ali uma pessoa.

O grupo dirigiu-se a uma velhota que vinha a sair de um apartamento.

Tyson: Desculpe, mas pode dizer-me porque não há ninguém nas ruas?

Yue: A cidade parece deserta.

Velhota: Oh, venham comigo que eu mostro-vos.

Eles seguiram a velhota. Ela levou-os até ao parque da cidade e quando lá entraram, o grupo ficou surpreso com o que tinha à sua frente.

Daphne: Que horror! Porcos!

Ray: Mas o que tem isto a ver com as pessoas? – perguntou o Ray, olhando para os animais à sua frente.

Velhota: É a maldição. Um monstro apoderou-se da nossa igreja e lançou-nos uma maldição. Os habitantes desta cidade não conseguem sair dela, além disso, cada vez que o sino da igreja toca, um de nós é transformado em porco.

Yue: Que horror!

Tyson: Será que nós somos afectados?

Velhota: Não sei...

Nesse momento ouviu-se o sino da igreja. Um fumo roxo apoderou-se do corpo da velhota e no instante seguinte, estava um porco em frente do grupo.

Sommy: Ela...

Kagome: Transformou-se num porco!

Daphne: Vamos mas é embora daqui!

O grupo saiu do parque a correr, mas quando tentaram sair da cidade, não conseguiram.

Yue: Estamos presos aqui.

Kagome: Tal como os habitantes da cidade.

Daphne: Então podemos transformar-nos em porcos! Eu não quero isso!

Ray: Então o que fazemos?

Tyson: É óbvio não é? Temos de vencer o monstro que se apoderou da igreja. Assim a maldição é quebrada e nós podemos sair daqui. Provavelmente as pessoas da cidade voltam também ao normal.

Yue: Então vamos lá.

Sommy: Não temos tempo a perder.

Tyson: Então vamos, antes que nos transformemos em porcos!

-----

A Ayame continuava a segurar a Nyah, enquanto as duas voavam.

Nyah: Acelera Ayame! Precisamos de chegar até ao carro deles.

Ayame: Certo!

A Ayame começou a voar mais rápido, mas era difícil por causa do peso da Nyah.

Mais à frente delas, no carro, o Kai conduzia calmamente. Felizmente agora que estavam fora da cidade, a Hidria, a Yoru e a Haru tinham ficado mais calmas e deixado o Kai conduzir em paz.

Kai: Bem, já não falta muito para chegarmos à Aldeia Azul.

Hidria: E como a Estrela de Cristal está ali, estamos quase a concretizar dois dos nossos objectivos.

Nesse momento a Ayame e a Nyah estavam a voar por cima do carro.

Nyah: Aha! Agora vou acabar com eles!

A Nyah fez aparecer uma bola de fogo e lançou-a contra a parte de cima do carro. A bola de fogo acertou no carro e a parte de cima incendiou-se, ficando cinzas em menos de três segundos.

Haru: Mas o que...

Yoru: Bem, ficámos com um carro descapotável!

Hidria: Ei quem são vocês?

Nyah: Eu sou a Nyah e esta é a Ayame. Nós vamos destruir-vos e vamos ficar com as vossas Estrelas de Cristal.

Hidria: Ai sim? Espírito de Fogo! Ataca!

Um espírito de fogo apareceu e foi em direcção à Ayame e a Nyah. Vendo que ia ser atingida, a Ayame largou a Nyah e voou para longe. A Nyah aterrou exactamente entre a Yoru e a Haru.

Yoru: Aha! Agora vais ver!

A Yoru fechou a mão e deu um murro à Nyah, que saiu a voar do carro e caiu no meio de umas árvores que havia ali perto.

A Ayame aproximou-se do carro, a voar.

Kai: A outra vem aí.

Haru: Eu trato dela!

A Haru levantou uma mão e apareceu uma bola de luz.

Haru: Toma lá!

A Haru lançou a bola de luz, que acertou na Ayame lançando-a para longe. O Kai acelerou e o carro desapareceu no horizonte.

Ayame: Bolas, fomos derrotadas. Nyah, onde estás?

Nyah: Estou aqui!

A Nyah emergiu do meio das árvores e a Ayame aterrou perto dela.

Ayame: E agora?

Nyah: Agora vamos mas é voltar ao Castelo Negro.

Ayame: Então vamos!

No carro, o Kai parecia divertido por ter um carro descapotável. A Hidria é que não parecia nada satisfeita.

Hidria: Ai meu Deus! O que é que eu vou dizer à agência de aluguer?

Haru: Vamos ter de pagar uma grande multa...

Yoru: E aquelas duas? Será que vão atacar outra vez?

Hidria: De certeza que têm alguma coisa a ver com a Lyna.

Yoru: Da próxima vez que as virmos, vamos vencê-las.

Haru: Sim.

Kai: Tenham calma. Daqui a cinco minutos vamos chegar à Aldeia Azul.

Yoru: Óptimo. Está na hora de acabarmos com o dragão Doomsickle.

Fim do Capítulo!