DISCLAIMER

CDZ não me pertence, os direitos autorais cabem a Masami Kurumada e a Toei Animation.

Gegê, Tessa, Dumas, Amata, Moksha, Mion, os apelidos Mozão e Mozinho, o nome Carlo de Angelis, os gêmeos Gideon e Maisa e a amazona Pipe TAMBÉM não me pertencem, os direitos de criação dos personagens cabem a Pipe. Recebi autorização da Pipe para utilizar os nomes, mas deixo claro para as admiradoras dela que esta fanfic é de autoria exclusiva MINHA, não tem ligação direta com o universo criado pela criadora dos personagens, reclamações e sugestões devem ser enviadas a mim.

N/A: Confesso que esse é o meu chappie favorito... enjoy it!

CAP III – GREVE!

Kamus passou a noite em claro, pensando em como diabos ia pedir perdão para Milo. Sabia que o escorpiano podia ser mais teimoso e empacado que uma mula velha com prisão de ventre. E dessa vez o grego tinha todo o direito de agir assim... Afinal, ele tinha agido como um idiota, acusando seu belo Escorpião sem provas. Tudo bem, Milo tinha antecedentes... como o caso da gravata que ganhara de Hyoga, logo que começara o relacionamento com Milo, e que misteriosamente aparecera no esgoto do Santuário... E a camisa de seda que uma das servas lhe dera de aniversário, e que fora arruinada ao ser lavada com a túnica vermelha do grego... Bem, mas dessa vez Milo estava inocente.

No dia seguinte, bem cedo, Kamus correu até a vila, comprando algumas coisinhas com as quais pretendia comprar o perdão de seu querido grego. Chegou na casa de Escorpião perto das onze da manhã, encontrando Milo sentado no sofá, com um álbum de fotos na mão. Ergueu seu cosmo de leve, chamando a atenção do amado. O olhar que Milo lhe lançou deu inveja: mais gelado impossível.

- Monsieur Kamus... o que o traz aqui a essa hora?

- Milucho, eu... eu te trouxe um presente... – tirou a mão direita de trás das costas, oferecendo ao escorpiano um belo ramo de crisântemos amarelos e brancos. Milo estendeu os braços e tomou o ramalhete.

- Muito obrigado, Monsieur Chevalier... – a voz de Milo suavizou-se um pouco – São lindas, as minhas favoritas...

- Eu sei, mon beau... também trouxe isso... – estendeu a mão esquerda, onde trazia uma enorme caixa de bombons finos.

- Cerejas ao licor! Que delícia! – Os olhos chocólatras de Milo brilharam ao ver a caixa – Posso saber o motivo de tanta gentileza, Monsieur Chevalier? – a voz do grego retomou o tom frio do início.

- Eu... eu vim te pedir desculpas... recebi isso ontem a noite... – estendeu para Milo o pergaminho que Tessa enviara. Milo leu-o sério, devolvendo-o para Kamus.

- Espero que agora você acredite em mim, não é mesmo?

- Milucho, eu... eu sei que me precipitei ao te acusar daquele jeito, mas... tou arrependido... deixa eu voltar, vai... – Kamus lançou um olhar pidão que fez Milo pensar: "Acho que ele andou aprendendo algumas técnicas comigo...". Disfarçou o sorrisinho de triunfo, fechou os olhos e suspirou.

- Tá bem, Kamyu... você pode voltar para casa... Mas não pensa que eu não estou magoado, ainda! – Virou de costas e foi até o quarto, batendo a porta. Quando ouviu o francês sair da casa, soltou a gargalhada que segurara desde que o vira entrar com aquela cara de cachorro que caiu do caminhão da mudança. "Fase um completa... a fase dois começa logo depois dos treinos da tarde... me aguarde, Geladinho, me aguarde..."

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Milo faltou aos treinos da tarde. Kamus, com a zanga já passada, sentira falta da presença do amado na Arena. A presença de Milo era como um vento cálido, e Kamus sentia que o outro era como uma droga. Cada vez que se via privado do grego, sofria terrivelmente.

Enquanto subia as escadarias das casas, ia pensando em Milo. Estava louco de vontade de abraçar o grego, beijar os lábios carnudos, deixar as mãos passearem pela pele morena, afundar o nariz nos cabelos bastos e azulados... Sorriu largamente enquanto entrava na casa de Escorpião, sentindo um cheiro delicioso de moussaka no ar.

- Milucho... onde cê tá?

- Na cozinha, Kamyu... – A voz de Milo era suave, e provocou arrepios no francês – Vá tomar um banho, eu já vou tirar o jantar...

Kamus sentiu o coração palpitar. Hum... jantar de reconciliação... lembrou do último jantar desse tipo... terminara em uma noite memorável, regada a vinho grego e horas de amor na cama...

O aquariano entrou no chuveiro assobiando de felicidade. Tudo acabara bem, no final das contas...

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Kamus saiu do quarto, vestindo uma calça clara e uma camisa leve, de mangas curtas. A mesa estava posta com capricho, e quando o francês viu a garrafa de vinho grego sobre a mesa, deu um sorriso satisfeito. Na cozinha, Milo tirava do forno a travessa de moussaka, vestindo um jeans justíssimo e estrategicamente rasgado e uma regata preta justa, os cabelos presos em um rabo de cavalo frouxo, deixando mechas escorregarem pelos lados do rosto. Quando foi abraçar o grego por trás, ele deslizou de lado, sorrindo.

- A travessa está quente, mon âme...vá sentar, eu já levo a comida.

Kamus voltou para a sala, abrindo a garrafa de vinho e servindo as duas taças. Quando Milo voltou e largou a travessa sobre a mesa, alcançou uma taça para ele, fazendo um brinde.

- Ao amor.

- Ao amor, à confiança intrínseca, e à sempre acreditarmos um no outro.

- Milo, eu...

- Shhh... – Milo aproximou-se, largando a taça de vinho e colocando um dedo sobre os lábios do francês. – Eu sei, amor, já passou... mas mesmo assim eu não vou esquecer fácil, você sabe... – deu um beijo de leve no francês – Vamos comer.

O resto do jantar transcorreu num clima tranqüilo e descontraído, amistoso como sempre tinha sido. Os dois riram, comentando as últimas fofocas do santuário, que ficaram sabendo pelos amigos e pelas servas. Ao final, tiraram a mesa e se sentaram juntos no sofá, mãos dadas e taças de vinho na mão.

- Sabe o que isso me lembra? – falou Kamus, baixinho – Nossos primeiros tempos... quando a gente ainda estava tentando ter certeza do que sentia um pelo outro... lembra?

- Lembro... – Milo sorriu, e Kamus beijou-o, suavemente. Logo o clima foi esquentando, e Kamus puxou o amante para o colo. Beijou o pescoço de Milo e foi deslizando a mão pelo corpo bem talhado, até sentir um tapa.

- Que foi, Milucho?

- Sabe o que é, Kamyu... – Milo tinha uma expressão levemente zombeteira, imitando uma carinha pensativa, e um olharzinho maligno – O que você fez me machucou de verdade, sabe... eu sei que, de vez em quando, eu apronto algumas... mas acho que não custa acreditar em mim de vez em quando, né... – Milo ergueu-se do colo do francês, que ficara estático, e espreguiçou-se sensualmente – Acho que agora eu vou me deitar... você pode vir para a nossa cama, amorzinho, mas vai ser só pra dormir, mesmo... Já sacou o que significa, né? Greve, Kamus de Aquário. Estou fazendo greve de sexo.

Milo saiu da sala rebolando e cantarolando algo como "Just look, don't touch". Kamus ficou catatônico no sofá, absorvendo a mensagem. Greve de sexo!

A situação só piorou quando ele entrou no quarto e viu Milo deitado, lendo uma revista de música, vestindo nada além de um olhar compenetrado. Kamus despiu-se e gemeu baixinho, deitando ao lado do grego, tentando não olhar o corpo bronzeado e nu ao seu lado, e com um doloroso problema, que o escorpiano não estava disposto a resolver...

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Aquela foi, sem sombra de dúvida, a pior semana da vida de Kamus. Todos os dias ele treinava, da manhã até a noite, na esperança de que o cansaço físico matasse o desejo sexual insano que ele sentia. Todas as noites, quando chegava em casa, encontrava Milo vestindo suas roupas mais sensuais, ou então vestindo o mínimo de roupas possíveis. O grego ainda provocava, beijando-o de maneira sensual, deixando-o em ponto de bala e depois se retirando, deixando-o com a mais dolorosa das ereções. Às vezes Kamus sentia ganas de matar o grego, as vezes sentia ganas de estupra-lo. Mas sempre acabava correndo para o banheiro, para resolver sozinho o que o grego provocava nele.

A pior de todas as provações foi quando chegou em casa, num final de tarde, e encontrou Milo no quarto, dançando I'm so sexy, da Kilie Minogue, recém-saído do banho. O corpo moreno e bem talhado, nu, pingando água, gingando ao ritmo dançante e sensual da música fizeram Kamus pular em cima do grego, que beijou-o loucamente e, em seguida, levantou-se e saiu correndo, agarrando uma bermuda na passada para a cozinha. Kamus soltara um urro de frustração que foi ouvido até na Vila dos cavaleiros de Prata.

Kamus sabia que Milo o estava punindo por não ter acreditado na palavra dele. Mas o que podia fazer, se o grego era realmente ciumento, realmente possessivo, e já aprontara várias para cima dele? A última fora o fiasco no avião...mas o pior de tudo é que, no fundo, admitia quer Milo estava certo... ele devia ter dado um voto de confiança ao amado. Mas agora, a única coisa em que conseguia pensar era numa maneira do grego perdoa-lo, e deixar ele tocar de novo a pele acetinada e morena, sentir o cheiro másculo, o gosto doce...

Ao chegar nessa altura do raciocínio, Kamus tinha que correr para o banheiro novamente.

Até que resolveu dar o golpe de misericórdia em Milo. O grego voltava da casa de Afrodite, onde estivera contando ao amigo, às gargalhadas, o que estava fazendo o pobre aquariano passar naquela semana, quando viu em cima da mesa um único crisântemo de gelo, prendendo um papel azulado, que exalava o suave perfume cítrico de Kamus. Pegou o papel.

Mon ange

O que mais posso dizer ou fazer que te faça acreditar na sinceridade do meu arrependimento? Estou me sentindo destruído por dentro ao te ver me punindo dessa forma cruel. Cruel, sim, pois o pior castigo de todos é ficar privado do teu toque carinhoso, da tua pele morena, do teu calor, do teu amor.

Não me castigue mais, mon amour. Sei que errei, e me arrependo profundamente de ter te acusado daquela maneira injusta. Mas a forma como você vem me tratando foi como uma ferroada, e injetou o pior de todos os venenos dentro da minha alma.

Eu sou viciado em você, mon beau. Não posso viver nem mais um minuto se não sentir o sabor do teu corpo. Por favor, me perdoe de uma vez por todas. Venha me encontrar na beira do Lago das Oliveiras. Tenho uma surpresa pra você...

Avec tout mon amour,

Kamus

Milo terminou de ler a carta, um sorrisinho maroto no rosto. Não podia negar que seu francês tinha estilo. Correu para o quarto, para trocar de roupa. Quem sabe o aquariano o convencesse a acabar com a greve?

N/A: O Kamus é um poeta e eu não sabia! O que mais não esconde aquele coração de gelo? Mas o Milo é malvado, provoca, mesmo... e bem que ele deu razão pra desconfiança...

Gente, vocês já imaginaram o que é o Milo dançando nu, todo molhado? Chegou a dar calor... Uff!

§Oba, oba, eu quero um pra mim! Quero um cavaleiro gostoso também!§

Sossega o facho, Najina, ou o Kamus vem aqui te soltar um Execução Aurora no meio das fuças...

§Mas tem mais cavaleiro solteiro, tá? Tem o Oros... O Kanon...§

Pó Pará, pó pará!O Kanon é meu marido, parou a palhaçada! E te manda daqui que eu quero terminar a nota!

§Tá bem, ta bem...§

Bom, prosseguindo... não sei se atingi expectativas com esse capítulo... eu já tinha dito que a fic ia ser bem curtinha... tou escrevendo ela toda em um espaço de três dias, mais ou menos... mas tou gostando de escrever... e agora... vou deixar meu "adorável" ID responder os reviews... Ah, estamos extremamente felizes, porque já temos sete reviews! Ta com vc, Najina!

§Valeu, Eowin... então, respondendo os reviews...

Teffy, não precisa fazer olhinhos pidões... aí está a continuação! E espero que você continue gostando da fic...

Athena de Áries, obrigado pelo review, de novo! E aí vai mais um chappie... pode deixar, que vamos ler as suas fics e deixar reviews também!

Pipe... a Eowin tá aki, toda inchada de orgulho porque fez você rolar de rir... bom, o desfecho então... é hilariante mesmo! Ah, desculpa por termos errado o nome da Tessalonica, eh que realmente não fazíamos idéia... mas pode deixar, daremos um jeitinho de corrigir em Can You feel... se Zeus quiser, chappie 5 até dia 30...

Com você de novo, Eowin!§

Ta, pode vazar, Najina. No próximo chappie... desfecho! Acaba o sofrimento de Kamus ou não? Mas podem acreditar, o final da fic é bem bacana, hehehe... O Milo é danado...

Já sabem... REVIEW ME, PLEASE! Continuação só depois de três reviews, pelo menos...

Ja ne!

Bjins da Eowin