Capítulo 3

Ao acordar, o apartamento estava mergulhado em silêncio. Ela se levantou. Percorreu todo o apartamento. Ele não estava em lugar algum.

Mas ele deixara na cozinha uma bolsinha de couro de dragão que continha apenas moedas douradas. Ela decidiu ir até o Beco Diagonal. Tinha a impressão de que se o herdeiro Malfoy não estava no apartamento, não haveria nenhum de seus companheiros pelas ruas. E ela começava a sentir-se sufocada naquele pequeno apartamento.

No Beco Diagonal comprou uma nova varinha. A que ela possuíra fora perdida naquele dia. No dia em que ela mergulhara naquele pesadelo. Comprou também comida e algumas roupas. Os móveis, ela conjuraria. Gostava de conjurar coisas.

Voltou ao apartamento, sentindo o frio do inverno londrino. Ainda não nevara. Mas não demoraria muito. Ela não gostava muito do inverno. Preferia o outono. Adorava os tons de marrom e vermelho que surgiam com o outono. Gostava de ouvir o estalar das folhas secas quando eram pisadas.

Antes de começar a decorar o apartamento, decidiu fazer algo para comer. Optou por uma torta de maçã com canela. Comeu da torta quando esta ainda estava quente. Adorava tortas doces e bolos quentes.

Começou a mobiliar o apartamento. Decidiu deixar a sala um pouco mais sóbria. Um sofá de couro negro, com os braços baixos. Duas poltronas, também de negro. Pelo que se recordava do herdeiro Malfoy, ele só vestia negro. Devia gostar da cor. Enquanto pensava nisso, conjurava um tapete negro. Decidiu pôr uma mesa de centro de vidro. Em cima dela, um vaso de cristal negro com tulipas vermelhas, ainda fechadas.

Deu a sala por encerrada. Foi para o quarto. Começou com uma cama, de madeira avermelhada. Todos os móveis que vieram a seguir eram de madeira vermelha.

Não conseguiu terminar. Uma pequena coruja invadiu com o quarto. Píchi. A coruja que Sirius Black dera a seu irmão. Ela voava eufórica acima de sua cabeça. Ela riu. A coruja sempre fazia isso.

-Píchi! Fique quieto!

Após alguns minutos, ela conseguiu apanhar a carta. Em seguida, a coruja foi embora. Ela sentou-se na cama e pôs-se a ler a carta.

Gina,

Por onde você anda? Faz dias que não manda uma coruja para nós. Está tudo bem?

Eu acho que você está escondendo alguma coisa séria, apesar de suas corujas. Por quê não vem nos visitar? Ou então diz onde est�, e então iremos todos visit�-la. Sentimos falta de nossa irmãzinha caçula. De seu sorriso. E de seus cabelos, os únicos da família que não têm cor de fogo.

Mesmo que você tenha fugido com o Malfoy e esteja grávida dele, nós iremos te amar. Mas pelo menos nos diga onde você está. Você sabe como mamãe é. Está toda preocupada porque sua filhinha não manda notícias. Eu sinceramente espero que você não tenha fugido com o Malfoy e muito menos esteja grávida dele. Por favor, eu lhe rogo, nos diga onde você esta.

Com amor,

Gui

As lágrimas agora corriam novamente por seu rosto. Seu irmão mais velho acertara. Ela não fugira com um Malfoy, mas estava morando com um. E estava grávida de um Malfoy. Provavelmente não o mencionado na carta, mas sim o pai deste. Ela simplesmente não podia fazer isso. Não podia dizer onde estava. E não se sentia pronta para dizer o que acontecera.

Ela deitou-se na cama. Pouco depois, ouviu passos no corredor. Passos que já conhecia. Mas que agora não a faziam gritar. Os passos entraram no quarto e então cessaram.

Ela decidiu virar-se. Ele estava sentado no chão, contra a parede. Voltou a observ�-lo. Ela ainda dizia que não podia fazer isso com sua família.

-Eu não posso.- ela suspirou.

-Não pode o quê?

O tom dele era rude, mas ele havia respondido ao menos.

-Voltar para casa. Ainda não.

-Por quê?

O tom dele ainda era rude, mas suavizava-se. Provavelmente, ele nem havia percebido.

-Um dia. Um dia, quem sabe eu te contarei. Malfoy, não é?

-Como sabe?

Ela riu ao ouvir pergunta. Era tão óbvio. Quem não saberia que ele era um Malfoy?

-Quem não adivinharia? Só um Malfoy teria esse porte, esses olhos e esse cabelo. Eu me lembro...

-Do quê?

O tom dele endureceu-se.

-Nada...Esqueça...Posso ficar aqui?

Ele apenas deu de ombros.

-Por quê você é assim?

-Assim como?

Ela percebeu que ele se afastava.

-Tão...Depressivo...

Ela apenas ficou observando a reação dele. Provavelmente nem ele sabia.

-Você não sabe?

Ela leu a resposta em seus olhos. Não. Ele não sabia. Ela apenas observou enquanto ele se levantava e saía do quarto.

N/A

vlw pelas reviews! Q bom q gostaram da descriçaum do Draco! Ñão sei qdo vou postar o próx cap, ele jah tah pronto, a fic tah pronta ateh o cap 7, depende das reviews, portanto, caprichem!

Jinhus

G.W.M