Capítulo 9
Ela encarava o pergaminho. As informações que eram trazidas friamente pelo pergaminho voltavam à sua mente. E agora? Como ele reagiria? Sabia que ele sempre fora vivera cercado de objetos caros.
Ah não...
Não se preocupe...
Ela o interrompeu. Não se preocupar? Ele perdera tudo. E ele agia com aquela calma? Ou ele tinha alguma carta na manga?
Como assim?- sua voz saiu esganiçada.
Não precisa se preocupar. Eu tenho tudo arranjado.
Arranjado como! Como você quer que eu não me preocupe? Todos os bens da sua família foram confiscados! Você não tem mais nada!
Tudo o que a família tinha com o nome Malfoy foi confiscado. O que não significa que tudo o que a família tem foi confiscado.
Como assim?- no fundo de sua mente aquilo fazia sentido. Mas ela ainda não entendera.
A família possui muitas propriedades e contas bancárias com outros nomes. Nomes falsos. Sabe como é, para reduzir impostos e evitar que tudo fosse confiscado. Além disso, o Ministério nunca ligaria esses nomes falsos à família Malfoy. Muito menos ao nome Lúcio Edward Malfoy. E mesmo que o Ministério o faça, essas propriedades e contas são totalmente legais. Fazem parte da herança acumulada da família.
Agora ela começara a compreender.
Você foi inocentado. E com esse dinheiro da família dá para pagar as indenizações para as famílias das pessoas que seu pai matou ou torturou.
Exato. E ainda sobra. Nada com o que se preocupar, como eu disse. Está tudo terminado. Agora só me resta limpar o nome da família.
Como?
Bem, Lúcio tinha várias empresas, que ele usava como fachada para os negócios ilegais dele. Eu pretendo usar essas empresas.
Família enrolada a sua, não?- ela lhe sorriu, para quebrar a tensão e foi para a cozinha.
Quando ela deu-se conta, já estavam em março. Estivera tão perdida em hesitações que não percebera o esvair dos dias. Ele a convidou para que saíssem do apartamento. Ele querendo sair do apartamento? Ela normalmente tinha de arrastá-lo para a rua. No entanto, algumas perguntas a atormentavam. Qual exatamente era a relação que eles tinham? Se fosse algo sério, ele aceitaria a vida que crescia dentro dela?
A paisagem cinzenta de Londres. Era o que ela via da janela do quarto. Debruçada na janela, ela observava o movimento na rua, absorvendo os ruídos do mundo exterior.
Ela endireitou-se ao sentir o calor das mãos dele por cima das roupas que vestia. Ela pousou as suas mãos sobre as dele, ansiando por absorver mais do calor delas. Ele tinha mãos de pianistas. Dedos longos e elegantes. Foi tirada de seus devaneios pela voz dele.
O que você está pensando, Angel?- a voz baixa dele estava próxima de sua orelha. Ela podia sentir a respiração quente dele em seu pescoço.
Eu queria te pedir uma coisa...
Qualquer coisa.- ele a interrompeu.
Não diga isso. Você não sabe o que eu vou pedir.
Ela tinha receio de virar e fitar a prata do olhar dele. Tinha receio de ver rejeição ali. Mas era uma pergunta que precisava ser feita. Se a resposta fosse negativa, bem, seria o fim de uma ilusão.
Você seria um pai para meu filho? Você o criaria como seu? Você o batizaria de Malfoy, Alex?
Ela sentiu que ele se contraíra levemente. Como se estivesse encurralado. Podia ouvir suas ilusões começarem a desmoronar. Talvez fosse um erro pedir a ele o que pedira. Conhecia o orgulho dos Malfoy. Ainda se lembrava da expressão de asco e fúria de Lúcio Malfoy na noite em que a jogara para fora das masmorras da mansão Malfoy.
Mas e o pai biológico?
Eu o considero morto.- sua voz saiu fria.
Angel.- ela virou-se. Agora ela o fitava. Havia algo em seus olhos que ela não reconhecia, ou talvez não quisesse reconhecer.- Não posso negar que você me pegou de surpresa...
Eu não deveria ter pedido... Esqueça...- onde estivera com a cabeça?
Eu não disse isso. Você me pegou de surpresa. Mas você é o que eu mais amo nessa vida. Qualquer coisa vinda de você seria alçada ao mesmo pedestal. Se você me pede para criar essa criança, eu criarei. Se bem que eu não tenho a menor idéia de como fazer isso. Agora, quanto ao nome Malfoy, apenas com uma condição.
Que seria...?
Que você também o tenha.
Você está me pedindo em casamento?- ela sorriu. Suas ilusões se tornavam realidade. Elas haviam caído, sim, mas na realidade.
É, estou.
Mas eu não posso casar gorda desse jeito.
Eu já te disse, você não está gorda. Você está grávida. São coisas diferentes. E, aliás, você é uma grávida...Espere aí, você aceitou?- agora ela conseguia identificar o sentimento nos olhos dele. Surpresa.
É, aceitei. Mas o que você ia dizendo?- queria ouvir o fim da frase. Ele a preenchera com felicidade. Formariam uma família.
Eu ia dizendo que você é a grávida mais linda que eu já vi.- havia sinceridade nos olhos dele.
Talvez porque eu tenha sido a única?- ela não conseguiu se conter. Sabia que o Malfoy à sua frente era herdeiro único. Mas não se importava com isso.
Bem, isso são apenas detalhes. Mas o fato de você não querer casar grávida não impede que você fique noiva, impede?
Não.
Ótimo. Então. Já que vamos sair, já aproveitamos e compramos as alianças.
Você ainda não desistiu de sair?- ela não queria sair. Queria ficar ali, no apartamento.
Claro que não.
Ela se deixou levar. Toda a angústia dos dias anteriores se esvaíra. Todas as incertezas haviam ruído. Fazia tempo que não sentia o calor do sol em sua pele. Percebeu que estava sentindo falta dos poentes passados à beira do Tâmisa.
E ali estavam eles. Ela sentia o calor dele envolvendo-a. Sentia-se segura nos braços dele. Ela ainda admirava as alianças que agora ornamentavam suas mãos. A dela era de ouro e esmeraldas. A dele, de prata e esmeralda. A mão dele perto da sua, enquanto ela brincava com a aliança de prata. Era uma combinação curiosa; prata e rubis, ouro e esmeraldas. Assim como eles.
N/A
desculpem pela demora, mas soh consegui terminar o cap minutos atrás!
Dark-Bride: foi a sua review na AC q me fez terminar de vez o cap. Que bom q esteja gostando! Jinhus
miaka: q bom q gostou! Espero q continue a gostar! Jinhus
Bom, o prox cap soh sai com mtas reviews, entaum... o botaozinho ali naum vai causar um tsunami, OK? Não há pq fugir dele, tadinhu...
Jinhus
G.W.M.
