Epílogo

Passos ecoando no escuro. Não sabia se gritava ou não. Já gritara tanto e ninguém viera. Apenas ele. Mas ele não a libertaria. Não. Ele apenas lhe traria sofrimento. E desta vez, ela estava com medo. Podia jurar que tinha ouvido os urros e uivos que ele dera, intercalando-se com objetos atingindo as paredes.

A porta da cela se escancarou, a luz dos archotes acesos nos corredores inundando o aposento de pedra e cegando-a momentaneamente. Passos pararam no limiar.

Ela se encolheu ao ver aqueles olhos que agora aterrorizavam até mesmos seus sonhos. Mas havia algo diferente neles. Havia algo por detrás do brilho insano ostentado por eles. E ela não queria descobrir o que era. Realmente não queria.

Talvez fossem novos requintes de crueldade? Impossível. Aquele homem já atingira todos os limites de crueldade humanamente possíveis. Mas ela aprendera a não duvidar dele.

Ele soltou as correntes que lhe davam mobilidade limitada pela cela. Seus pulsos estavam agora mais leves. Ela o olhou, sem entender o que acontecia.

Parece que você tem amiguinhos poderosos, senhorita.- ele lhe disse, enquanto a puxava pelos corredores.

Huh?- ela perguntou, desconcertada.

Não se faça de tola! Seu amiguinho ordenou que você fosse solta.

Quem? Harry?

Potter! Não me faça rir! Claro que não! Você acha que eu obedeceria aquele testa rachada?

Tom...?

Esse eu não conheço. Pena, perder meu brinquedo por causa de uma memória...

Ele aparatou com ela, em algum lugar úmido e frio. E então ele começara a se afastar.

Mas quem?- Torturada, ela gritou para a noite. Não esperava uma resposta.

- Ora essa, quem mais?O Lorde das Trevas.

E então ele se fora. Para sempre, ela esperava. Mas pelo menos, Voldemort lhe fizera esse favor.

Penosamente, ela saiu do beco sujo e malcheiroso, ganhando a rua, embora cambaleasse. E então tudo ficou escuro...

Ela acordou com um sobressalto. Esperara acordar em um apartamento empoeirado, deitada em um colchão no chão, coberta por um cobertor negro e sozinha.

Em vez disso, ela acordou em uma casa limpa, deitada em uma cama confortável e com um corpo morno a seu lado. O cobertor negro não mudara, pois fora ele quem o conjurara.

Olhando ao seu redor, na escuridão, ela pôde distinguir a forma de sua filha de um ano e alguns meses no berço. A menina não estava adormecida, mas sim de pé, apoiada no berço, os olhos prateados faiscando levemente sob o luar. Ela se ergueu suavemente da cama, para não despertar Alex, desvencilhando-se cuidadosamente dos braços que a rodeavam. Quando o conseguiu, foi até a filha e a pegou no colo, levando-a consigo enquanto voltava para a cama.

E então ela meditou na ironia enquanto deitava a filha gentilmente na cama, ao lado do pai. Se não fosse por Voldemort, ela nunca teria encontrado Alex e por conseguinte, ele nunca teria lhe dado dois de seus mais preciosos tesouros: Theo e Cath.

A menina se fez confortável, subindo no peito de Alex, os grandes olhos prateados voltados para ela, que se aninhou a Alex, que a acolheu enquanto pousava uma mão nas costas de Cath.

E assim, ela dormiu novamente, após ver os olhos da filha lutarem contra o sono em uma batalha perdida, antes que Cath voltasse a sonhar. No que foi seguida pela mãe, que finalmente deixou seu passado, sua queda, como Alex chamava, para trás.

N/A

uf... Que epílogo RUIM! Tvz eu refaça ele dps, mas não garanto nada... Mas saber se precisu refazer, precisu de reviews, mm q elas sejam negativas, okay? Naum custa nada, e vocês até saem ganhando, pq aih eu tenhu como fazer uma coisa bem melhor, certo?

Eternal Requiem