Um trabalho para Kenshin

Capítulo 5: Aviso importante

De manhã, o ruivo foi trabalhar antes de limpar o dojo, ele estava meio desconfiado, estranhando as meninas, mas pensou ser alguma brincadeira de criança e seguiu.

Ele foi recebido pelo avô, e fez-lhe um pedido:

-...Então será q o senhor poderia deixar este servo vir trabalhar só de tarde? É q o dojo está ficando sem ninguém p/ limpar, este servo ñ teve tempo ontem e acha q ñ terá.

-Ah, claro, se vc quiser, também, pode vir só alguns dias da semana, quando for necessário!- sorriu o senhor.

Então estava decidido e para a tristeza das netas o cobiçado Kenshin ñ ia lá todos os dias.

O avô queria ir à cidade naquele dia, e como Yuna já fora, preferiu q fossem de manhã e ñ chamassem Sanosuke, pois ele poderia estar ocupado. Então foram e elas ainda ñ sabiam q Kenshin ñ viria todos os dias; o avô nem se lembrou de contar, já q ñ achou um fato tão importante.

Almoçaram num restaurante na cidade e ao voltarem esperavam encontrar Kenshin ainda em casa, porém ñ o viram.

-Vô, cadê o Himura? –pergunta Yuna.

Quando souberam, ficaram muito nervosas, principalmente, Yuna, q ñ se continha e teve q ir ao quarto p/ q o avô ñ percebesse.

-Acalme-se, Yuna, estive pensando em um método mais eficaz p/ nos aproximarmos dele. – disse Ayumi.

-Ah... Ayumi, eu estou com medo desta história. Ai, q vergonha! Ñ posso...- dizia Yumi.

-Chega! Não podemos desistir!- encorajou-se Yuna – Vamos descobrir tudo sobre ele e conquistá-lo!

-Sim! Eu vou pensar melhor nisto, vou p/ o quarto.

-E eu vou c/ a Yumi no dojo, vamos conhecer primeiro a sua casa direito, com quem mora...- sorriu Yuna.

Yumi ainda ficou meio recuando, mas Yuna a puxou pelo braço:

-Deixa de ser medrosa, qualquer coisa eu invento um plano rápido! - Yuna era "ótima" inventora de planos rápidos... aliás, de desculpas esfarrapadas, mas q até convenciam.

Yuna chegou até o avô e pediu q fosse ao dojo, falar com o gentil Sanosuke.

-Claro, meninas e vcs ñ poderiam me fazer um favor?

-Sim, vô, diga!

-Vcs podem falar com o senhor Kenshin?

Yuna ñ escondeu um sorriso. Yumi pensou: "Ai, meu Deus..."

-Então, vcs podem pedir p/ q ele venha dormir aqui esta noite com vcs? Ainda voltarei à cidade hoje. É q eu vou visitar uns primos, vcs ñ os conhecem, então pensei q seria cansativo p/ vcs, acho q eu vou dormir lá. P/ vcs ñ dormirem, sozinhas será q ele dormiria aqui?

-Aaaaaa claro!

Yuna pegando a irmã pelo braço novamente correu para o dojo.

-Isso ñ vai dar certo...- temia Yumi.

-Me segue!

Na porta do local:

-Sagaraaaaaaaaaaa!- chamava empolgada Yuna.

Sano ñ se encontrava, saíra p/ "conseguir" um pouco de grana, queriam jantar fora e ficaria chato de novo ñ pagarem e deixarem na conta do Akabeko, q já estava bem grande...

Kaoru q ainda ñ se arrumara foi à porta.

-Bom dia! Vc é a vizinha, né? O Sano ñ está no momento, deseja entrar um pouco, tomar um chá?

-Ah, claro, com licença, prazer, sou Yuna, esta é Yumi, minha irmã!

Yumi sorriu.

Elas entraram, Yuna começou a observar a limpeza da casa: impecável! Provavelmente Himura a limpava. A mulher ñ parecia ser muito caseira, aquele kimono de luta, a shinai...

-Kenshin!- chamou a bela Kaoru.

E pelo corredor aproximava-se o belo espadachim ruivo, já pronto p/ sair, chamando a atenção das três.

-Sim, Kaoru. – Chegou na sala –Ah, senhoritas!

-Kenshin, pode, por favor, nos trazer aquele chá q vc acabou de fazer? E venha tomar conosco.

Kenshin logo voltou com tudo numa bandeja e as serviu, mas preferiu ñ ficar ouvindo a conversa das meninas, talvez também Kaoru ficasse mais amiga das gêmeas.

-Ah, Himura, preciso perguntar uma coisa, o vô q pediu: vc pode dormir esta noite lá em casa? O vô vai visitar uns velhos parentes e pousará lá, então ñ gostaria q dormíssemos sozinhas.

Yuna ñ ria, apesar da emoção q explodia em seu peito, continuava séria.

Kenshin fitou Kaoru q ñ escondeu sua desaprovação.

-Ah,... este servo...pode conversar com o avô das senhoritas?

-Claro! –disse terminando seu chá e levantando-se.

Yuna chegou perto de Kenshin e intimamente tomou-lhe o braço:

-Vamos aproveitar agora q ele ainda está em casa!

Yumi ficou muito envergonhada pela atitude da irmã, mas levantou-se e seguiu do lado dela.

-Até mais tarde, Kaoru, foi um prazer conhecê-la.

-Tchau... –Kaoru respondeu com olhos vermelhos de ciúme, mas ñ deixou quieto –Kenshin, ñ demore.

-Ah, sim, Kaoru, srta. Kaoru...

A moça ficou de braços cruzados esperando-o no portão, despediu-se, mas ñ tão feliz quanto se apresentou.

Yumi percebeu como Kenshin a chamara diferentemente das outras e se intrigou.

-...Então o senhor quer mesmo q este servo durma aqui por esta noite?

-Por favor, sr. Kenshin, elas vão se comportar, são muito educadas, prometo.

O espadachim ñ teve com ñ aceitar...

E assim, ao voltar p/ casa, Kaoru ñ deixou de perceber em seus olhos uma inquietação...

-Ah ,ñ!

Ele entrou e foi seguindo na frente até seu quarto ouvindo as mil e duas reclamações da shihandai.

E finalmente no cômodo, onde ele já ajeitava suas roupas p/ levar:

-...E outra: eu ñ quero dormir longe de vc, Kenshin... –disse com voz doce agora.

Kenshin a fitou e tocando delicado em sua cintura a beijou amorosamente querendo provar seu fiel amor pela lutadora.

-Ñ quero ficar sem isto... –sussurrou ela abraçando-o.

-Ñ vai, Kaoru, prometo vir bem cedo p/ cá.

-Ñ! Quero agora, daqui a pouco, mais tarde, sempre!

-Saiba q estarei pensando em vc por toda a noite e nem vou dormir, Kaoru.- falou baixo.

-Eu também... ai, só de pensar q vc ñ estará aqui me dá um desespero, uma angústia... também ñ vou dormir, aliás, acho q vou chorar a noite inteira. –confessou fechando os olhos e apoiando a cabeça em seus ombros.

Beijaram-se novamente, agora era mais intenso.

-Eu amo vc, Kenshin...

O ruivo deixou suas roupas, com as quais dormiria esta noite, num canto e conduziu-a a um lugar onde poderiam sentar-se.

Continuaram incansavelmente com o beijo.

Kaoru já caminhava com as mãos por dentro de seu kimono, sentindo as cicatrizes de seu peito enquanto ele sentia sua pele quente das costas e sentia vontade de nunca mais se separar daquele corpo.

E foi ficando cada vez mais tentador aquele doce beijo q agora era uma chama a percorrer suas veias, a ferver-lhes o sangue e fazer com q desejassem mais...

Enquanto isso, Yuna e Yumi corriam até o quarto p/ contar a feliz notícia à Ayumi.

-Ah, meninas, q boa notícia! Mas vejam, - disse-lhes mostrando um papel com alguns cálculos e rabiscos –há um lugar no fundo de nosso terreno q fica fácil à visão de dentro do quarto, q talvez seja dele, no entanto é muito difícil perceber nossa presença de lá, ninguém nos verá.

-Ah, q legal! Apesar de eu ñ estar entendendo nada! XD Vou confiar em vc!

-Ah, ñ, gente é muito perigoso, acho q eu ñ vou ñ ...

-Affff, fala sério, vc vai sim, Yumi, nem q eu te arraste.

-Vamos nos acalmar e testar se isso vai dar certo, só q é preciso q uma de vcs fique perto da janela do quarto dele p/ tentar nos enxergar. Se for difícil mesmo, iremos mais seguras.

-Eu ñ...

-Tá, eu vou, afinal se alguma coisa der errado, sei inventar alguma desculpa. –disse Yuna.

E assim, logo q o avô saísse todo confiante e despreocupado, Yuna ia ao terreno dos vizinhos.

Mas de repente viram q alguém estava no quarto, q realmente era de Kenshin.

-Gente, tem alguém lá dentro.

Sem testar nada correram Yuna, Ayumi e Yumi p/ o tal lugar, e realmente dava p/ ver lá dentro, como era tarde ñ viam muito bem no fundo do quarto, mas o suficiente p/ perceberem o cabelo escarlate do espadachim.

-O quarto é dele mesmo.- confirmou Yumi.

E de repente, viram também um Sanosuke espalhafatoso chegar no dojo.

-Puta, acho q daqui ele vai ver a gente, vamos sair rápido!- avisou Yuna.

Elas entraram na casa.

-Meu, sério, acho q eu ñ vou mais ficar fazendo isso, ñ...- temia Yumi.

-Calma, deu tudo certo, por pouco...

Ayumi nada dizia, só olhava p/ fora.

-Meninas, vão tomar banho e eu vou preparando o jantar.- disse Ayumi, ainda meio pensativa. "Acho q ele ñ estava sozinho no quarto..."

As outras duas foram e Ayumi foi ao quintal recolher umas roupas, ouviu vozes vindas do local onde ele se encontrava, entretanto ñ as entendia. Observou o cômodo e agora acenderam uma lamparina lá dentro e Ayumi viu Kaoru!

"Hã! Eu jurava q era ele q estava ali..."

E logo depois, viu Kenshin! Ele abaixou e pegou algo, saiu do quarto levando a lamparina.

" Ah, estavam no quarto escuro sozinhos? Ai, meu Deus, ñ é possível, será q são namorados?"

Ayumi correu falar com as irmãs, ao terminarem o banho:

-Yumi, Yuna, vcs ñ acreditam! Eu vi aquela moça, a Kaoru, né, dentro do quarto do Kenshin! E estavam sozinhos no escuro!

-Hã?- disseram admiradas ambas.

-Tem certeza?

-Aham!

-Ai, gente, -murmurou baixo Yumi –eu acho q é verdade sim, ... vc ñ viu, Yuna, como ele a chamou só de Kaoru quando chegou na sala sem saber q nós estávamos lá, e depois a chamou de senhorita Kaoru, como nos chama?

-Ah...

-Ñ acredito!- gritou Ayumi.

-É verdade, agora estou lembrando...

-Ah, ñ! Isto ñ ficará assim! Deixa, a hora q ele vier aqui nos conhecerá de verdade!

-CRUZ, GENTE!- falou Yumi –Ñ somos assim.

-É verdade, mas seremos, Yumi.- disse Yuna concordando com a irmã.

O avô chegou até elas:

-Yumi, Yuna, Ayumi, eu já vou indo, comportem-se, por favor, e boa noite, o jantar está pronto e ainda quente, ñ poderei ficar, prometi acompanhar meus primos esta noite, a prima está fazendo um banquete!- dizia feliz.

Ele saiu e elas ficaram à espera de Kenshin.

No dojo...

-Kenshin, eu ñ quero, sério...- choramingava Kaoru andando atrás dele pelo corredor.

-Kaoru, é melhor vc ir se arrumar, logo o Sano está aqui p/ vcs irem jantar.

-E vc?

-Tudo bem, eu tomei chá, ñ estou com fome... vou lá ficar com as meninas, acho q o avô delas já saiu, ñ podem ficar sozinhas.

-Ñ vou mais jantar também!- declarou emburrando num canto da parede.

O ruivo virou-se, sorriu e tocou em seu rosto:

-Eu quero ver sempre um sorriso aqui... Kaoru...

Ela o abraçou forte.

-Ñ, ñ quero ficar longe de vc... ah...Kenshin...- esfregava os olhos de lágrimas.

-Kaoru,... o q é isso?- falava delicado –Vc nunca fez assim... é só uma noite... – e beijou-a.

-Volta aqui mais tarde...- sussurrou com seus lábios juntos dos dele.

De repente, Sanosuke q conversava com Yahiko q acabara de chegar entrou na casa, chamando-os. Kaoru ouviu e empurrou Kenshin p/ dentro de seu quarto, p/ q Sano ñ soubesse q estavam juntos pelos corredores.

-Sim, Sano.- falou Kaoru recompondo-se do momento triste q deixava seu rosto vermelho.

-Vamos...?

-Ñ, ñ vamos mais, vá vc e o Yahiko, o Kenshin ficou indisposto e eu vou ficar acompanhando-o.

-O q deu nele?

-Ñ sei, acho q teve um dia muito cheio e ficou com dor de cabeça do nada.

-O Kenshin com dor de cabeça? Estranho... ele está bem mesmo?

-Sim, só está cansado... podem ir vcs...

-Ah,... então tá. Vou eu e o Yahiko e acho q a raposa vai também.

-A raposa ouve muito bem!- disse Megumi q chegara do nada, como se brotasse do chão no meio do corredor (e na fic também).

-O q há com o Kenshinzinho?

-Ah, nada com q se preocupar, dor de cabeça passageira...

-Acho q vou vê-lo...

-Não, vamos logo, Megumi.- disse Yahiko ñ acreditando também na história, q ouvira pela metade e pensando q a professora quisesse ficar com o espadachim a sós, tratou de empurrar todos p/ fora e saírem logo.

-Vcs são burros?- disse o menino já no portão da casa – A Kaoru quer ficar mais a sós com o Kenshin, vamos deixá-los em paz e sair. – e seguiu na frente dos dois marmanjos admirados com a perspicácia do garoto. ( cá entre nós, quem ñ pensaria nisso?...)

No dojo Kamiya...

-Kaoru, pode abrir a porta agora?- pergunta Kenshin dentro do quarto.

-Claro.- suspira a garota.

-Kaoru, por q mentiu?

-Ñ queria q ninguém soubesse q vc dormirá lá.

-Por q?

-Imagina! Se o Sanosuke souber, vai querer acompanhá-lo e acho q esta história ñ daria certo, então vc vai lá e quando eles voltarem ñ vão entrar no seu quarto, pois acham q vc está com dor de cabeça. Assim, amanhã vc terá q voltar BEM cedo p/ q ñ saibam! Vc fala q a dor de cabeça passou e fica tudo certo!

-É, mas e se as meninas falarem p/ ele, eles conversam.

-Peça p/ q ñ contem nada.

-Por q eu pediria?

-Por q se ñ... ah, num importa, vc ñ quer q ninguém saiba. Por favor, Kenshin, vai... quero q vc volte bem cedo amanhã, viu?

-Tá bom, este servo voltará cedo p/ servir à sua senhorita.- disse Kenshin dando-lhe um último beijo. –Agora preciso ir.

Kaoru o acompanhou até o portão do dojo e lá, observando se ninguém os via o beijou vorazmente.

-Calma, este servo volta logo.

E como se ñ bastasse, agora foi ele q a tomou pela cintura.

Ela sentiu um aperto no coração...

-Acho q é por q faz muito tempo q ele ñ dorme fora de casa... –disse p/ si mesma.

Kenshin foi se distanciando do dojo e Kaoru lembrou-se de quando ele partiu p/ Kyoto...

"Calma, dessa vez ñ é nenhum Makoto Shishio q Kenshin vai encontrar..." pensou a shihandai.

Talvez fossem piores q um Makoto Shishio...