Sinopse: Mundo alternativo (apesar de ser mágico). Gina é a filha do Ministro da Magia e Draco, um nobre com linhagem real. Um casamento arranjado os força a se casarem e a terem de enfrentar um grande desafio pela frente: Aturarem um ao outro...

N/A: Ocorreu um GRANDE problema. E você que está acompanhando LdS com certeza vai ficar tão puto quanto eu. O capítulo 3 deu um problema e eu tive que reescrever alguns trechos, portanto eu que já tinha posto o cap 3 no ar o deletei e coloquei um aviso explicando o porque do capítulo 3 estar fora do ar. Eis que acontece o imprevisto. Quando tudo estava bem com o cap 3, eu fui posta-lo sábado, mas ele não foi atualizado! Houve uma falha tão grande que tive que DELETAR a LdS e coloca-la novamente. Mas ai está o problema...

Os reviews...

Foram todos apagados!

Estou contando com a ajuda de vocês para isso. Vamos propor o seguinte; vocês postam reviews e eu terei que receber mais do que sete (pelo menos) POR CAPÍTULO! Se vocês colaborarem e o limite for alcançado rapidamente, eu não demorarei em postar os outros capítulos – ou seja, se o limite for alcançado terça-feira (eu estou postando agora no domingo), eu coloco o próximo capítulo no mesmo dia. Caso não aja reviews, não vai mais ter atualização.

Perdoem a maldade, mas vocês têm que entender que eu estou PUTA!

Sério, gente, não custa nada comentar!

Eu quero posta o capítulo 3 logo, e isso depende de vocês.

Laços de Sangue

Prólogo

Acordei quando menos queria abrir os olhos. Para ver na janela um dia tão chuvoso e fechado que me fez enterrar-me ainda mais no conforto dos meus lençóis de seda. Algo se moveu ao meu lado e sorri afetivamente, abraçando-me junto do corpo adormecido do meu marido. Ele dormia tranqüilamente ao meu lado, não se importando com o barulho irritante das gotas pingando nas janelas. Lúcio remexeu-se um pouco mais antes de dizer numa voz grave e sonolenta: "Mulheres tolas assistem seus maridos dormirem"

Eu ri levemente, tomando todo o cuidado para não irritá-lo logo de manhã. Os anos de convívio ao lado de Lúcio me ensinaram inúmeras coisas. Entre elas, como se viver fingindo não sentir, como sorrir querendo chorar. Falsetes que são tão apropriados para o mundo no qual vivemos. Falsetes que certas vezes incomodam, mas antes era muito mais cômodo do que agora, dezoito anos depois.

"Mulheres podem ser tolas às vezes." respondi carinhosamente, afagando seus cabelos louros.

"Não a minha mulher", retrucou ele não demonstrando a irritação habitual. "Sabe o que hoje pode significar?"

Deixei escapar um sorriso melancólico.

Eu sabia o que aquele dia chuvoso e sem sol poderia trazer para nossa vida. Sabia mais do que ninguém o que aquilo significava.

"Eu sei, querido. Eu sei."

O

Tudo o que sentiu ao abrir os olhos foi uma súbita sensação de mau agouro. O sol já não estava radiante como no dia anterior; mas ainda sim fazia um calor desagradável. Ele levantou-se da cama e notou que seu pijama estava ensopado, tal como ele todo. Seus cabelos caíam molhados por seu rosto, tampando-lhe os olhos.

Afastou as cortinas e notou que chovia. Chovia muito.

Droga de verão!, pensou aniquilando todas as suas esperanças para um dia bom e agradável. Mas desde quando se podia ter tais esperanças?

Uma batida delicada o fez voltar à realidade e quando ouviu a voz de sua mãe pensou que não havia nada no mundo que o irritasse tanto quanto ver alguém – seja sua própria mãe – antes que estivesse devidamente alinhado nas suas roupas caras e bem cortadas, seus cabelos impecáveis e sua aparência o mais sociável possível.

-Draco, querido, posso entrar?

Ele se olhou no espelho para constatar o quão desarrumado estava.

-Podemos conversar depois, mãe? – ele tentou ajeitando seus cabelos o máximo que pôde. –Não estou arrumado.

Então a porta se abriu, junto com o ranger da porta veio o ranger dos dentes do rapaz. Narcisa adentrou o quarto com sua aparência perfeita. Longos cabelos platinados que iam até sua cintura fina, um vestido branco e sóbrio escondia suas curvas não tão jovens, mas ainda sim novas. Sua mãe lhe sorriu ainda que não houvesse motivos para fazê-lo. Draco sentou-se na própria cama e soltou um muxoxo.

-Querido, você sabe que dia é hoje, hum?

Mais um motivo para jogar tudo pelos ares..., pensou sentindo seu estômago borbulhar de raiva. Mas ao invés de falar coisas impróprias que vinham à sua mente com a mesma velocidade de um raio, sorriu e disse vagamente.

-Como eu poderia me esquecer? O grande almoço com o Ministro da Magia. Eu sei.

-Sim, vamos comemorar o aniversário da rainha. – Narcisa continuou falando suavemente.

Ele riu interiormente; como poderia comemorar o aniversário de alguém que já morreu? Havia coisas que ele não conseguia entender, mas esforçava-se a não questionar. Afinal, a hipocrisia rondava o mundo em que vivia e dela tirava suas longas e bem dormidas noites de sono.

-Espero que esteja ciente do que isso possa significar para nossa família.

Foi aí que Draco engoliu em seco, esperando pelo pior. Afinal, nunca em seus dezoito anos houve motivo bastante forte para fazer sua mãe fazer-lhe uma visita àquela hora da manhã, quando ele estava completamente desarrumado.

Narcisa suspirou depois de ver a expressão de incompreensão no rosto do seu único filho. Depois foi escolhendo as palavras com cautela. Draco Malfoy era como uma cópia mais jovem de seu marido e os anos de casamento haviam dado-lhe tato para tratar os dois homens.

-A família do Ministro estará lá, Draco. Não finja que não sabe, pois desde sempre soube.

-Você quer dizer que...

Narcisa o olhou demonstrando por segundos a pena que sentia, mas logo após veio a habitual expressão no rosto da mãe; calma e impenetrável.

-Sim, querido. Lá você pedirá a mão de Virgínia Weasley, como manda a tradição.

O

O salão já estava lotado de pessoas nobres, com sorrisos falsos na face. Ela mordia seu lábio inferior displicente, acostumada a viver em situações como aquelas. Afinal, ela era a filha do Ministro da Magia, uma das damas mais cortejadas que se tinha notícia.

Ela via pessoas conversando cortesmente, a velha e ridícula conversa de sempre; "Como vai sua esposa?", "Seu filho continua em Paris?", "Este vestido lhe cai divinamente...".

Seu pai conversava alto e pacificamente com um homem gordo de longos cabelos negros que ria a cada palavra dita por Artur Weasley, o atual Ministro da Magia. Não pôde deixar de esboçar um sorriso desdenhoso. Aquele era um dos pretendentes que seu pai havia lhe apresentado, mas ela o julgara velho demais e disse aos cinco ventos que se casasse com ele, morreria de desgosto aos dezesseis anos.

Olhou para a outra extremidade do salão retangular, decorado por dourado e tapetes vermelhos que iam por onde quer que seus olhos fossem. Sua mãe estava conversando com cinco mulheres de meia idade, a arrogância estampada em suas caras. E quando olhou para a porta, avistou quem desejava ver; Ronald e Hermione.

Hermione acenou alegremente para ela e começaram a andar rumo a Gina, que mantinha-se no lugar em que sua mãe lhe ordenara permanecer. "Perto dos quadros da Renascença, ao lado da estátua de anjos" e lá estava ela, impaciente por falar com sua amiga e com seu irmão.

Ronald – ou Rony, como costumava chamá-lo – tinha cabelos igualmente ruivos e olhos azuis; a estatura alta e magra, sorrindo sinceramente para a jovem de pé frente a eles. Ele vestia um terno verde escuro que poderia ser confundido por negro. Ao lado dele, Hermione sorria confiante para a amiga de infância. Ela tinha cabelos castanhos e olhos negros, da altura de Gina, um pouco mais magra, mas ainda sim bonita. O vestido que usava era amarelo com rendas em lilás, simples e bonito, tal como a mulher que o vestia.

-Gina! Rony disse que hoje será um grande dia...

-Para meus pais, você quer dizer. Pois eu não faço idéia de quem será o homem com quem irei me casar.

-Não tem nenhuma idéia? – Hermione arriscou sorrindo torto, como se estivesse pesarosa pela amiga.

-Bem, tem aquele homem...O senhor McLond que está conversando com meu pai, mas acho que depois do escândalo que dei, duvido que meu pai se atreva a dar minha mão para aquele homem velho.

-Ele é bastante respeitável. – considerou Rony pensativo. –Mas deve ser da idade de Guilherme. – acrescentou rápido ao ver o olhar de repulsa da irmã.

-Não me fale em Gui! Ele me decepcionou bastante quando não veio me visitar no natal passado.

-Fleur teve um filho. O que você queria?

-Um cartão? – respondeu Gina sarcástica. –Mas eu o perdoei. Ao menos ele está do meu lado.

-Todos nós estamos, querida. – Hermione retrucou sorrindo.

Gina estava prestes a perguntar como ia o casal quando um som estridente de algo sólido bater contra uma taça de cristal soou pedindo a atenção dos convidados.

Ela viu seu pai sorrir e ser visto por todos os pares de olhos daquele salão. Ela sabia o que aquilo significava. Olhou mais uma vez para Hermione buscando apoio justamente quando mais precisava. Depois sorriu falsamente indo em direção ao pai, ficando ao seu lado esquerdo e tomando parte da atenção dos convidados.

O

-Ela é bonita. – sussurrou Narcisa no ouvido do filho que continuava com sua olhar impassível. –O que você acha?

-Magra demais. – disse por fim.

Após ter feito uma análise bem minuciosa da futura esposa, ele sentiu-se menos irritado. Sem dúvida Virgínia Weasley era bonita. Estava coberta por um vestido azul turquesa que realçava seus olhos azuis violetas; cabelos tão longos e vermelhos que pareciam ser colorados por mágica. Mas ele sabia que eram verdadeiros; ele sabia que seu sorriso era falso, sabia que seu corpo era delgado e bem torneado – não por deixar transparecer na roupa -, mas por já tê-la visto antes, em outras circunstâncias.

E elas eram as mais indiscretas possíveis.

Em passos longos e rápidos ele andava pelos corredores de Hogwarts em seu sexto ano, fazendo uma ronda noturna, seu distintivo de Monitor faiscando junto ao peito. Foi quando ele viu duas sombras mexerem-se estranhamente por trás de uma estátua. Ele deu mais três ou quatro passos em direção ao inusitado e vagarosamente viu que as sombras pertenciam ao jovem Harry Potter e a caçula dos Weasley. Os dois pareciam muito íntimos; Potter estava beijando o pescoço e os ombros nus da garota que tinha sua camisa aberta, mostrando a curva dos seios; a saia estava mais larga que o normal e Draco soube que o fecho estava aberto. As pernas bem torneadas estavam enlaçadas com seu parceiro que mantinha suas mãos explorando as coxas e costas da mesma enquanto ela gemia e murmurava coisas desconexas.

-Isso vale muito mais do que uma semana de detenção. – ele disse divertindo-se em ver e expressão de horror na cara da garota que corou logo após ser descoberta. Potter se afastou bruscamente da Weasley e enquanto o olhava, a ajudava a vestir suas roupas.

-Malfoy... – começou ele raivoso. –Você pode me dar quantas detenções quiser, mas se contar alguma coisa para alguém...

-O que eu ganharia guardando seu segredo? – Draco perguntou com a varinha em mãos, sorrindo abertamente.

Harry calou-se e pareceu pensar por alguns segundos.

-Uma dívida que eu terei que pagar mais tarde.

-Grande coisa – ele disse rindo e olhando atenciosamente para a garota que arfava envergonhada. –Você não parecia tão envergonhada minutos atrás...

Ela soltou um gritinho.

Depois Draco vagamente lembrava-se de luzes vindas da varinha de Harry e do som das azarações lançadas sobre ele.

Ele nunca se esqueceu de como se sentiu humilhado, depois de três ou duas azarações, ser jogado para o chão e permanecer ali, até que seus ossos voltassem a ter a força de antes.

-Draco, querido? – sua mãe lhe chamou suavemente fazendo voltar ao presente. –Está vendo seu pai? Ele está trocando algumas palavras com o Ministro, obviamente está contando sobre a proposta sua de casamento. Eles vão conversar em particular e depois você terá que pedir a mão de Virgínia Weasley em casamento.

-E se o Ministro não aceitar?

Narcisa sorriu polidamente, antes de responder num sussurro:

-É óbvio que ele aceitará, querido. Há várias coisas em jogo.

Ele suspirou conformado; levando a taça que tinha nas mãos até a boca e bebendo um longo gole do seu conteúdo.

N/A: Estive tentando fazer histórias com toda aquela lengalenga da guerra e tal, mas não consegui. Eu estava cansada de tudo tão igual, tratando-se dos mesmos assuntos...Por isso essa fic completamente não-guerra. Desculpem se isso tira um pouco do heroísmo de Harry Potter... ;)

Bem, dúvidas, reclamações...Tudo vale nessa hora.

Por via das dúvidas, vou esclarecer novamente. ESQUEÇA o Lorde das Trevas e os Comensais da Morte. Pense em um mundo mágico completamente pacífico e sem guerra; a tranqüilidade de Hogwarts, quadribol, Ministério...

Um detalhe importante. Na obra original, não existia uma família real, mas nessa fic existe e Draco tem um fraco parentesco com a família sangue-azul. No próximo capítulo tudo ficará mais claro.

E não esqueçam de revisar! Seja para me xingarem ou para dizerem "Poxa, está legal..."

Por enquanto é só isso. Até a próxima atualização.

Nota da beta... Mari, você vive me surpreendendo. Ficou ótimo! Ah, não sei se é pela fic ser AU, mas se não me engano os olhos da Ginny são castanhos, assim como os da Mione; de resto, muito poucos erros. Nem sei por que você pediu pra eu betar, moça, se está tudo bem! Só mudei uma palavra mesmo na primeira linha, pra melhorar o sentido da frase... Com uns trecos de regência verbal, eu concluí que "ver' era melhor que "olhar' ali, ok? Boa sorte e me mantenha antenada com isso!