N/A: O velho drama das reviews apagadas e da história deletada. Agora um pouco menos puta, para variar. Mas mesmo assim, completamente sem motivação (há,há,há...)...O que nos leva a...
REVIEWS, por favor. Eu recebi uns dez reviews quando o limite era sete...Estou, sinceramente emocionada com a dedicação de vocês! E se possível, vocês poderiam repetir outra vez isso e quanto mais reviews, mas rápido eu atualizo. O que vocês acham?
E se me deixaram treze reviews, eu posto o capítulo três QUE VOCÊS AINDA NÃO LERAM, no dia seguinte, ou seja amanhã, ou seja (muito confusa)...quarta, creio eu.
Façam isso. Ou pelo menos pensem, porque quanto mais vocês são bonzinhos comigo, mas sou adorável para vocês!
Agradecimentos à: Morgana Manson; Jullia Malfoy; TheBlueMemory; LMP3; Flavia Fernandes; Alicia Black W Lupin; Carolilina Malfoy; Lou Malfoy; Milinhalima; Cristina Melx.
Vocês foram Tuuuudo de booomm! Amei! ;D
Laços de Sangue
Capítulo 2
Memorável
Não soube quanto tempo perdeu tentando inutilmente dormir naquela noite. Vez ou outra olhava pela janela para ver uma noite amena, tão calma quanto todas as noites de verão, as estrelas pintando o céu e o deixando iluminado. Gina decidiu, a certa altura, que não conseguiria dormir naquela noite. Não depois de tudo que havia acontecido a menos de sete horas atrás.
Levantou-se preguiçosamente e foi até a extremidade da cama, pegar seu robe que estava em cima do baú enrustido na cama de dossel. Ela o vestiu afoitamente e sem mais delonga, saiu daquele quarto com a atmosfera de tensão para andar na escuridão dos corredores.
(-------O-------)
Draco ainda estava de olhos abertos, olhando para o teto alto e primitivo do seu quarto. A Mansão Malfoy tinha cerca de duzentos anos habitando a longa linhagem da família Malfoy. Quando era pequeno, ele gostava de pensar que, quando fosse dono de tudo o que iria pertencer a ele um dia, ele iria fazer uma boa reforma na Mansão. Deixá-la menos sombria e velha. Os móveis, apesar de novos e nobres, cheiravam a mofo, tal como toda a Mansão. Ele sentiu algo parecido com inveja quando adentrou a casa dos Weasley, tão reformada e de tão bom gosto.
E ele pensou que, já que seria dono de toda a propriedade Malfoy e parte da fortuna dos Weasleys, ele poderia fazer grandes mudanças ali. E com esse sentimento, levantou da cama e pois a andar de um lado para o outro, pensando em coisas sem importâncias (como ele mesmo rotularia). Mas dali a um segundo, seus pensamentos caíram sobre Virgínia Weasley. Uma garota que, apesar de ter um belo corpo, ainda tinha em seu rosto um pouco da infantilidade. Imaginou-se casado com ela, tendo de suportar o seu gênio difícil e o que era pior; tendo vários filhos sardentos.
Quando seu pensamento foi até os filhos, Draco sorriu marotamente deixando-se pensar em como iriam fazê-los. Estava claro que depois do casamento, os dois teriam de se aturar para o resto da vida. E muito além do que isso, teriam que respirar o mesmo ar, dormir na mesma cama. Ele reconsiderou por um instante se o sexo podia compensar aquele esforço e ele sinceramente achou que não. Afinal, sexo ele poderia conseguir em qualquer lugar.
Com uma última volta pelo quarto ele resolveu que uma volta pelos jardins bem tratados da Mansão Malfoy resolveria sua insônia. Pegou sua varinha e abriu a porta. Estava dando passos realmente longos e rápidos quando algo roço nas suas pernas. Ele ascendeu uma luz com sua varinha e pode ver o velho Hodie, um elfo-doméstico da família que os servia havia anos, deitado no chão roncando. Draco pensou em chutá-lo como fazia quando era criança, mas achou que se fizesse aquilo, Hodie certamente gritaria e acordaria seus pais que o chamaria de, no mínimo, infantil. Deu meia volta e seguiu rumo ao seu destino.
(-------O-------)
-Você está com uma cara péssima. – Hermione comentou casualmente enquanto remexia suas salsichas. A amiga tinha dormido na casa dos pais de Gina, no antigo quarto de Rony. As duas estavam tomando seu desjejum na cozinha já que a mesa do café tinha sido tirada meia hora atrás. –Você não vai odiar tanto estar casada, Gin. – continuou ela. –No começo é bastante estranho já que você começa a dormir com alguém ao seu lado, mas certas coisas compensam um relacionamento. Você sabe, eu e Rony sempre fomos noivos. Desde que eu me entendo por gente, sabia que ele seria meu marido. E olhe nós agora. Somos perfeitos juntos.
-Você sempre foi apaixonada por Rony, Mione. – Gina que tinha olheiras enormes por volta de seus olhos azuis disse com uma voz sem expressão nenhuma. –Afinal, como não poderia ser? Rony era o goleiro do time da Grifinória e várias garotas suspiravam quando ele passava. Além de sempre ter sido atencioso com você. Agora veja minha situação; vou ter que me casar com um Sonserino ridículo, que sempre implicava comigo e com vocês. Você tem que concordar que a situação é bem diferente.
-Mas tudo é igual no final. – Hermione retrucou não se importando com o possível desespero na voz de Gina. –Draco Malfoy é bonito, você deve ter percebido.
Sim, realmente Draco Malfoy era bonito. E Gina ficara assustada em constatar que a arrogância estampada na cara do seu futuro noivo só colaborava para que seu charme aumentasse. Afinal, os olhos cinzentos pareciam duas tempestades quando estes a olhavam sem demonstrar nenhuma afeição; e os cabelos louros platinados tão parecidos com os cabelos de Fleur...Sem dúvida ele era o rapaz com as feições mais harmoniosas que ela já vira, mas aquilo não mudava o ceticismo, a ironia e o egocentrismo que Draco tinha.
Aliás, qualquer um poderia ser belo, mas poucos podem ser bons o suficiente.
-Enfim...Ainda tenho que agüentar minha mãe ficar falando sobre grinaldas e flores...Até pensei que se eu dissesse que eu preferiria me casar em um barraco, ela seria capaz de transformá-lo em um castelo.
-Gin... – Hermione sussurrou para que nenhum elfo doméstico pudesse escutar suas palavras. –Se você realmente não quer se casar com Draco Malfoy, porque aceitou quando ele lhe pediu em casamento?
Essa era, sem dúvida, a pergunta que mais lhe fazia nas últimas horas. Gina, entretanto, não havia dividido seu temor com a amiga e perguntava-se interiormente se era conveniente dizer aquilo a Hermione. Optou por suspirar e baixar seus olhos nos ovos mexidos.
-Como eu poderia dizer não na frente de todas aquelas pessoas?
-Como se você se importasse realmente com isso...
-Talvez eu me importe. – Gina disse revirando seus olhos. –Mas isso já não é tão importante. Além do mais, não será o primeiro noivado desmanchado.
Ela olhou de esguelha para a amiga a tempo de ver a expressão pasma de Hermione. Gina quis rir, mas achou que seria no mínimo estranho devido àquela situação.
-Você está pensando em cancelar o casamento? Acho que sua mãe não vai concordar nem um pouco com essa sua loucura. Que explicação você dará aos outros?
-Hermione... Você casou com Rony e você o amava e ainda ama. Mas se caso não o amasse, você se casaria com ele mesmo assim?
Hermione umedeceu seus lábios com a língua, procurando em algum lugar daquela cozinha uma boa resposta. Mas não havia em qualquer lugar uma resposta senão em seu coração. Ela sabia, no fundo, que tivera sorte; afinal, se não amasse verdadeiramente seu marido, hoje ele não seria nada além de um ex-colega de escola.
Gina sorriu com o silêncio de Hermione e mudou de assunto. Aquela era a resposta que esperava.
(-------O-------)
Draco ainda não sabia se ria ou chorava enquanto olhava seus trajes de noite estendidos na cama. Sua mãe o olhava atentamente enquanto murmurava algumas palavras ilegíveis e fazia feitiço mudando a cor dos trajes e seu corte.
-Não, não. Ainda não está bom. Verde lhe cai melhor que negro.
-Eu gosto das minhas vestes do jeito que elas são. – ele resmungou já cansado de vê-la fazendo gestos com a varinha. –Se você me deixar escolher a cor...
-Você escolheria negro como sempre. Igual ao seu pai. – ela o cortou parecendo igualmente irritada.
Mas apesar da irritação aparente de Draco, ao ouvir as palavras da mãe, seu peito estufou em orgulho. Poucas vezes em sua vida ouvira sua mãe lhe dizer que ele, Draco, era igual ao pai e aquilo o deixava incrivelmente satisfeito.
Naquela noite Draco iria a um jantar entre as famílias Weasley e Malfoy, na Mansão Weasley. Conversariam sobre os detalhes do casamento e negócios. Draco sabia que aquela noite estava completamente perdida e apesar disso, sentiu-se aliviado em estar ocupado naquela noite já que horas antes de sua mãe entrar em seu quarto e observar todas as suas roupas, ele estava conversando com Pansy em seu próprio quarto, depois de tê-la visto aparatar no mesmo.
"Como você pode me deixar tanto tempo esperando? É simplesmente a atitude mais desleal que poderia suportar vindo de você, Draco."
"Eu tenho estado ocupado, Pansy."
"Ah, claro. Ficando noivo, por exemplo?"
"Você sabia desde o inicio que meu pai tinha planos para que eu me casasse com a filha do Ministro."
"Certo. Você vai se casar.", ela pareceu não acreditar no que dizia. "E como vai ficar nós dois? Quero dizer, você realmente deveria ter de dito que iria se casar. Assim eu aceitaria o pedido de Blaise."
"Blaise lhe pediu em casamento?", ele perguntou arqueando as sobrancelhas.
"Semana passada. Apesar de saber que sua família faliu e que na verdade está querendo se casar comigo pelo dinheiro.", ela suspirou pouco se importando. "Mas quem na verdade se importa com um detalhe?"
"Eu não.", Draco respondeu automaticamente. Sempre soube que se um dia viria se casar, seria por interesses. Ele nunca realmente acreditou que poderia amar alguém tão intensamente para ser capaz de se casar; mesmo que fosse pobre e a amasse, ele não estaria disposto a viver com uma pessoa que seria praticamente inútil.
-Draco, querido. Se vista ou chegará atrasado. Seu pai já deve estar pronto nos esperando no andar debaixo. Você sabe como seu pai é impaciente. Deixe-me ajeitar seus cabelos. – Narcisa ia avançando rumo a Draco que continuava de pé, memorizando a recente conversa com Pansy. Ele meramente a viu tocar em seus cabelos com a ponta da varinha e se viu penteado impecavelmente; seus finos e platinados fios para trás.
-Obrigado. – ele murmurou olhando para suas (agora verdes) vestes. Narcisa pareceu sorrir por trás do seu rosto sério e calmo. Quando sua mãe saiu do quarto, ele pegou suas vestes e foi até o banheiro vesti-las.
(-------O-------)
-Gina, por favor. O vestido dourado será muito mais adequado do que este. – Molly apontava desdenhosamente para o vestido negro que Gina havia escolhido. –Meu anjo...Assim todos pensarão que você está se casando sem sua vontade...
-E não estou? – ela perguntou erguendo suas sobrancelhas o mais que pôde. –Mamãe, qualquer cor, menos o dourado.
-O que tem de mal no vestido dourado, Gin?
Gina não respondeu, mas sabia perfeitamente o que havia de errado.
"Você está linda, Gin", ele sussurrou ainda olhando para ela, com aqueles olhos verdes faiscando. Ela não sabia lê-los, mas desconfiava que ali houvesse desejo. Quem sabe amor...O mesmo sentimento que sentia no momento.
"Obrigada", ela olhou para baixo, para seu próprio vestido dourado que brilhava a luz das velas de seu quarto. "Que bom que você veio."
Harry deixou um melancólico sorriso escapar. Dali algumas horas ele nunca mais poderia olhá-la nos olhos e sentir o cheiro inconfundível de rosas, nem poderia tocá-la como gostaria.
"Tudo o que você quiser, eu faço.", ele sussurrou as palavras tão baixo que Gina mal pôde ouvir. "Mas porque está vestida desse jeito, Gin? Vai alguma festa?"
"Eu me vesti assim por você.", ela respondeu desviando seus olhos dos dele.
"E porque?"
"Porque eu gostaria que você se lembrasse de mim assim. No meu melhor vestido, nos meus melhores dias. Eu não sei quando eu o verei novamente e se isso for uma despedida definitiva, quero que se lembre de mim desse jeito."
O sorriso dele pareceu iluminar-se.
"Não importa se você estivesse usando trapos. Não vai ser a roupa que vou guardar na minha mente e sim o que estiver escondido nela."
Ela corou, deixando que Harry a abraçasse tão forte que ela pensou que perderia o ar.
-Você está me ouvindo, Gin?
Gina olhou para sua mãe como se só naquele momento percebesse que ela ainda estava ali, escolhendo que vestido ela usaria. Ela viu um tecido verde nas mãos da mãe e revirou os olhos. Verde ficava terrivelmente feio nela.
-Está bem, como você quiser. – Molly disse jogando o vestido verde em cima da cama e saindo do quarto emburradíssima. Gina sorriu e deixou-se afundar ainda mais nas suas lembranças...
Harry parecia ter um certo poder sobre ela, como se o corpo de Gina incendiasse cada vez que ele encostasse seus dedos no corpo dela. Ela fitou-o e viu quando ele ainda a olhava com aquele mesmo olhar. Sem pensar, inclinou sua cabeça em direção a dele, fechando seus olhos e esperando que ele a beijasse.
Sentiu os lábios finos de Harry comprimirem os seus e pôde sentir aquelas já conhecidas fagulhas. Merlin, o garoto praticamente poderia mandá-la fazer qualquer coisa e ela o faria sem hesitar!
As mãos dele procuravam afoitas pelo fecho do vestido e quando achou, deslizou por toda a extensão das costas alvas e a fez suspirar. Ela ainda sentia o gosto dele impregnado na sua boca e estava indo beijá-lo novamente quando alguém bateu na porta.
"Gin, você está ai?"
E Harry se afastou rapidamente, procurando com os olhos sua capa e sua vassoura. Ele sussurrou um 'Tenho que ir' antes de abrir a janela e voar livremente num céu escuro.
"Só um minuto", a voz dela estava trêmula, assim como todo o seu corpo. Suas mãos tentavam fechar o vestido, mas estavam trêmulas demais.
"Não preciso entrar", disse a voz abafada da sua mãe. "Só queria mesmo dizer que o jantar já está pronto."
Gina pôde suspirar aliviada.
"Já estou indo", disse um pouco mais calma e feliz.
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-Um brinde aos noivos! – Artur exclamou levantando-se brevemente da cadeira onde estava sentado. Ele olhou carinhosamente para a filha que se mantinha séria todo o tempo. –Um brinde às possíveis vantagens que esse matrimonio nos dará! – completou olhando para Draco.
Gina viu, da outra extremidade da mesa, Lúcio sorrir com satisfação. Os dois andavam bem amigos ultimamente. Conversas em particular, no escritório do seu pai, olhares furtivos e comentários com segundos sentidos. Ela não sabia se aquilo poderia ser bom de qualquer maneira. Achava que seu pai era um bom homem, mas que pensava alto demais.
E daí se esse idiota tem sangue real? Nós somos ricos o suficiente, droga!
Ela olhou para Draco que estava a sua frente e se surpreendeu que o rapaz a olhava fixamente. Ele vestia vestes verdes e elegantes; Gina reparou – com seu terrível desagrado – o quão bonito ele poderia ficar com roupas verdes.
Ela continuou a afirmar o olhar, sem demonstrar que aquilo a incomodava. E foi Draco, para seu alívio, que quebrou o contato.
Grande idiota, ela pensou irritada enquanto brincava com sua comida aparentemente intacta. Qualquer um pode ser da realeza...
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Draco pensava em como tudo parecia dar errado em sua vida.
-Porque, diabos, eu tenho que ficar aqui? – sussurrou para que mais ninguém pudesse ouvi-lo além de seu pai.
-Não discuta, apenas sorria e finja que isso é tudo o que você mais quer na vida.
Não teria como discordar de uma ordem direta vinda de Lúcio, Draco apenas sorriu, mesmo que fosse a tentativa mais fracassada de sorrir. Mas ele tentou, afinal.
A Sra Weasley ainda segurava as pálidas e delicadas mãos de Narcisa, com um bondoso sorriso nos lábios.
-Ficarei encantada em hospedá-los, naturalmente. Eu mesma me certificarei se os elfos vão aquecer a cama em que dormirão.
Draco teve que revirar os olhos. Mesmo com o prestígio e o dinheiro, os Weasleys nunca mudariam.
Então seu olhar parou em Gina, que o olhava. Parecia gostar da idéia de tê-los ali na sua casa tanto quanto Draco.
-As festas do final do ano são tradicionais para nossa família, mesmo que estejamos no final do verão e que falte um tempo considerável para as festas natalinas chegarem... Costumamos receber amigos íntimos em nossa casa. Será um prazer acolhê-los, naturalmente. Já que nossas vidas vão tomar rumos surpreendentemente próximos, hm?
Artur estava de pé, como todos eles. Segurava o braço de sua esposa que sorria em satisfação. Assim como o Sr e Sra Weasley, estavam seus pais, aparentemente tão felizes quanto os anfitriões; mas ele sabia o quanto era cansativo fingir.
A garota Weasley ainda o olhava, tão raivosa quanto ele sentia-se por dentro, mas ele decidiu que ignoraria o olhar atravessado que ela lhe lançava.
-Gin? Pode levar seu noivo até o quarto dele? – Molly perguntou. A Weasley revirou seus olhos, ainda que sorrisse.
Em todo o momento naquele jantar indigerível, Draco se perguntava o porquê de estar aceitando tudo aquilo. Ele poderia estar em sua própria casa – ou quem sabe desfrutando da companhia de Pansy -, aparentemente satisfeito por estar longe dos Weasleys e da imagem feliz pela qual aquela família era conhecida.
Mas, no entanto, ele estava ali sorrindo e pegando a mão de Virgínia Weasley, sua noiva.
Deixaram seus respectivos pais na mesma sala de visitas e foram subindo os inúmeros degraus de uma escada sem fim. Ele ofegou levemente quando subiu o último e apertou, sem querer, um pouco mais a mão de Gina. Ela o olhou de esguelha, mas pareceu não se importar.
-Agora você pode soltar minha mão, Malfoy. Eles certamente não estão escondidos nas sombras, esperando qualquer deslize.
-Certamente não. – ele respondeu se afastando dela. –Aliás, acho que você poderia fingir um pouco melhor. – ele complementou sarcástico. –Esse vestido preto como quem está em luto e seus olhares atravessados poderiam ser considerados deslizes.
-Só estava pensando em como será minha vida ao seu lado. Você sabe, se já é tão horrível quando ainda nem precisamos dormir na mesma cama, imagine quando estivermos morando definitivamente juntos, tendo que dormir... – ela engoliu em seco e ele riu.
-...juntos? – ele completou divertindo-se. –Supostamente você não se importaria com isso. Nem tem porquê temer.
Draco a viu crispar os lábios.
-O que você quer dizer com isso, Malfoy? – ela sibilou. Só então ele pareceu perceber que estavam parados frente a uma porta fechada. Ele perguntou se era ali que dormiria e ela afirmou com a cabeça, ainda o olhando de maneira assassina.
Ele levou uma de suas mãos até a maçaneta dourada e com um leve movimento, abriu-a.
-Bonito quarto. – ele murmurou olhando para o cômodo. Uma cama de dossel estava centralizada, coberta por lençóis de seda brancos. Ele via tapetes persas espalhados pelo chão e quadros que preenchiam as paredes. Achou o quarto um pouco Grifinório demais, mas não se importou. Colocou sua capa em cima de uma poltrona e tirou seus sapatos.
Gina clareou a garganta.
-Quer que eu me retire? – ela perguntou olhando-o. Ele podia sentir o olhar fixo dela em suas costas. Sorriu arrogantemente.
-Não, Weasley. Sexo agora cairia bem, o que você acha?
Nem se deu ao trabalho de se virar, mas alargou seu sorriso quando ouviu a porta bater em um banque rouco atrás de si.
N/A: Mais um capítulo. Vamos esclarecer; Draco e seus pais ficarão hospedados cerca de um mês...Ficam o Outono até o inverno com festas no final de cada mês. Cerca de cinco festas. A fic, nesse capítulo está se passando no final do verão, em meados de Agosto. No próximo capítulo, estarão em Setembro.
Tudo claro? Achei que ficou um pouco confuso, mas isso nem é tão importante assim...
