CAP 17 A melhor recompensa
No sábado conforme o combinado Moema ia limpar a prateleira de vidros ela voltou até a sala de poções depois do almoço e entrou na Sala de Severo e o encontrou corrigindo redações então ele falou de seu modo frio de sempre.
Está atrasada! Se fosse aluna já teria lhe descontado pontos. – Moema falou encabulada.
Desculpa! Mas é que recebi carta de meu pai...ele disse que Richard vai pra África do Sul ser correspondente internacional...bem espero que ele seja feliz. – Moema sorriu apontou a varinha e falou. -Vou começar a limpar tá?. – Severo a olhou e falou.
Ei? Quem disse que vai usar varinha? Quero que limpe a maneira dos trouxas. – Moema falou meio emburrada.
Mas demora! Se você tem pressa...- Severo a interrompeu falando bruscamente.
Não tenho pressa nenhuma! Pegue o removedor e comece!. – Moema pegou um pano molhou-o com o produto e começou a limpar os vidros primeiro, olhou no fundo de um deles e viu a seguinte inscrição.
"Meirelles Vidros a arte de fazer vidros para poções"
Fabricado no Brasil
Você usa vidros brasileiros?. – Severo enquanto corrigia uma redação falou.
Sim! São de ótima qualidade. – Severo falou e depois voltou para seus afazeres quando Moema perguntou.
Já esteve no Brasil?.
Não! Quente demais! Não suporto lugares muito quentes. – Moema sorriu e falou.
É dá pra notar, você é muito branco! Ia ficar muito vermelho se fosse...- Moema fez uma breve pausa e falou em seguida. - Sinto saudades de lá eu morei no Brasil até meus dez anos, eu morava no interior do Acre bem no meio da Floresta Amazônica... lembro que eu vivia correndo pra lá e pra cá subindo em árvores,andando com os bichos, me lembro das noites de lua, as tardes com o sol bem vermelhão se pondo e o rio com água limpa, dava pra ver os peixes nadando, das brincadeiras com as primas e primos... mas meu pai foi chamado pra trabalhar na França aí tivemos que ir. – Severo escutava atentamente cada frase que Moema disse e em um dado momento fechou os olhos e se imaginou no lugar que ela descrevera observando a lua ao lado dela, beijando-a, Severo despertou de seu devaneio quando ouviu um barulho e Moema falou. – Desculpe o barulho mas esse vidro é pesado, então como eu dizia...meu pai sempre gostou de morar no campo,acho que ele pegou trauma de morar perto do mar porque quase se afogou uma vez quando era criança. – Moema agora limpava as prateleiras e enquanto limpava falou. – Credo! Tem um grude aqui nessa prateleira que não sai!. – Severo levantou foi até lá e falou.
Isto é assim mesmo! É uma mancha que tem há séculos. – Moema sorriu e perguntou encabulada.
Severo?. – Ele tinha voltado para mesa onde corrigia as redações e a respondeu com outra pergunta.
O que é?. – Moema balbuciando começou a pergunta.
Aq...aque...aquela casa das fotos era sua casa?. – Severo emburrado falou.
Era! Morei lá até completar 17 anos, e você deve ter notado que eu nunca fui milionário!. – Moema sorriu e falou.
E daí? A família da minha mãe também era pobre, não há vergonha nenhuma em ser pobre!. – Moema sorriu e perguntou. – E sua infância como que foi?. – Severo respondeu enfático.
Uma droga!. – Moema se espantou e perguntou.
Mas porque?.
Meu pai trouxa batia na minha mãe porque ela era bruxa, entre outras coisas que não quero falar agora...terminou sua limpeza?. – Moema confirmou com a cabeça estava voltando para o quarto dela quando Severo falou. – Desculpe se fui rude mas não é fácil falar sobre minha infância. – Moema sorriu fraco e falou.
Eu entendo!. - Moema olhava para os lábios finos de Severo, seu coração acelerava e ela pensava "Eu quero tanto seus beijos" "Quero você!" "Mas sei que é em vão, você não gosta de mim". – Severo interrompeu os pensamentos dela quando falou.
Você arrumou perfeitamente a prateleira,merece ser recompensada por isso. – Moema ficou encabulada e falou.
Não quero dinheiro! Não se preocupa!. – Severo olhou-a fixamente nos olhos e falou.
Quem falou em dinheiro? Vamos passear em Hogsmeade no final do mês. – Severo olhou para Moema que ficou contente e falou.
Que legal! Demais!. – Severo se retirou em seguida ela entrou no quarto e começou a gritar feliz, gritou tão alto que Severo ouviu da sala de poções e ele sorriu.
Moema estava nas nuvens ansiosa pelo fim do mês que parecia demorar a chegar mas a espera era aliviada pelas conversas com sua tia e com Severo mesmo, os dois conversavam mais folgadamente nos finais de semana Moema falava de tudo com ele,Severo já escolhia mais sobre o que ia falar. - No dia anterior ao passeio em Hogsmeade os dois aproveitaram a hora do almoço para dar uma volta no jardim.
Ui! Já tá gelado!. – Moema tentava esquentar as mãos nos bolsos de seu casacão de lã azul. – Severo que estava ao seu lado falou.
Provavelmente amanhã o tempo não melhorará!Pode ser que chova. – Moema o olhou e para provocá-lo falou.
Eu vou começar a ensinar poção do amor pros alunos do sexto ano!. – Severo olhou-a sério e falou.
Os alunos não precisam dessas tolices!. – Moema começou a rir.
Eu sabia! Fiz isso só pra te irritar...você fica cha...cha...chaaatchim!. – Severo interrompeu-a e falou.
Fico Chato? Isso já sou a muito tempo!. – Severo franziu o rosto e Moema falou.
Não é chato é...ahhh! Charm...charmoso, fica charmoso assim, adoro e admiro a sua inteligencia ...amigas podem achar os amigos charmosos, inteligentes... você não acha?. – Moema ainda estava envergonhada e Severo fez um pouco de silêncio antes de falar.
Charmoso?Inteligente? Bem a maioria me considera intragável! Quanto a inteligência...bem muitos concordam que sou inteligente,meticuloso. – Os dois encostaram nas paredes de uma das estufas Moema sorriu e perguntou.
E eu o que você acha de mim?. – Severo sorriu com malícia e falou.
Você é provocativa e perturbadora, impulsiva e inteligente mas sinceramente acho que pensa em um monte de bobagens!. – Moema ficou envergonhada riu e se fazendo de inocente perguntou.
Bobagens? Que tipo de bobagens?. – Severo olhou-a e falou num sussurro.
Você sabe! Você não tem nada de inocente nessa sua cabecinha!. – Moema sentiu um calor subir, ela virou-se para Severo e sorriu maliciosa quando falou.
Ahhh! Como se você também não pensasse bobagens?. – Severo chegou muito perto dela e falou em seus ouvidos num sussurro.
Não sou de ferro! Claro que penso... penso em tantas bobagens...ahhh! É bom...às vezes pensar em uma mulher...principalmente se for assim cor de canela, com olhos verdes penetrantes. – Severo chegou no pescoço dela e roçou os lábios. – Moema então pensou "Que loucura de homem minha Nossa!" "Faço o que você quiser!" "Agora!" Os dois se aproximaram cheios de desejo e Severo ainda sussurrando.
Você sempre consegue o que quer não é?. – Moema num sussurro derretido falou.
Consigo!. – Severo estava inclinado na direção de Moema e ela ia beija-lo,quando Severo afastou-se dela, segurou-a olhou nos olhos dela e falou na mesma voz suave.
Calma!Vai ser da minha maneira! Sabe tudo que é muito bom e refinado deve ser vagarosamente saboreado, Severo saiu de perto de Moema deixando-a ali morrendo de vontade.
