Harry Potter e o Selamento da Vida Eterna
Capítulo I – Resgate inesperado.
Era estranho dizer que tudo estava bem, na verdade, na Rua dos Alfeneiros nada parecia bem. Harry Potter estava inquieto em seu quarto, não sabia se fugia, ou se seguia a ordem do Sr. Weasley: "Acima de tudo Harry, não seja precipitado e nem fuja. Por favor, não faça isso, seria um erro. Um grande erro, Harry". Tudo bem gostava muito do Sr. Weasley, e logicamente, obedece-lo-ia. Mas, ficar lá, trancado o dia todo, isso não era legal.
Tentava matar o tempo fazendo algum trabalho, ou lendo qualquer livro, mas não conseguia, seus pensamentos estavam muito longe dali, estavam muito longe até mesmo daquela medíocre casa. Sim, estavam em Hogwarts, sua verdadeira casa, e mais, estavam no lugar onde Voldemort poderia estar. Batidas fortes na porta do quarto o assusta e o irrita também.
- O que você quer? – Pergunta mal-humorado, para quem quer que fosse.
- Abra! – Ouve a voz de seu tio, parecia nervoso.
Bufando de raiva e tédio, sem perceber, Harry acabou abrindo a porta, sem nem ao menos encostar na maçaneta.
- NUNCA MAIS FAÇA ISSO! – Grita seu tio, ainda mais nervoso, pelo uso indevido de magia naquela casa.
- Não foi culpa minha. – Tenta se defender Harry, claramente muito confuso com o que acabará de acontecer. – O que você quer? – Pergunta.
- T-Tem "gente" te esperando lá embaixo.
- Como assim?
- Tem "gente", oras, "pessoas da sua laia", lá embaixo, te esperando na lareira! – Disse Valter, totalmente nervoso, por aquela "gente" estar em sua casa à procura de seu sobrinho.
- Ah, quem é?
- DESÇA LOGO!
Afim de não escutar mais gritos, e não ficar mais ainda nervoso. Harry sai do quarto, com dificuldade, sendo seu tio o triplo de seu peso, e estando no meio do caminho. Desceu as escadas com uma certa excitação, quem estaria o visitando? E além do mais, em pleno meio das férias?
- Harry! – Reconhecia muito bem aquele tom de voz, não podia ser de mais ninguém à não ser Rony Weasley.
- Rony! – Totalmente surpreso pela visita inesperada do amigo e de metade da sua família, Harry não conseguia parar de sorrir.
Correu para cumprimentar o amigo, e se depara com algo muito estranho, Rony, ele estava diferente. Não sabia bem o que era, mas Rony parecia com o rosto meio... Deformado.
- Ro-Rony... Está tudo bem? – Pergunta, receoso, percebendo que os outros Weasley presentes – Arthur, Gina, Fred e George. – também tinham o mesmo "problema" que seu melhor amigo.
- Não Harry, está tudo errado, você é o erro. – Diz Rony, com a voz totalmente diferente do normal.
- Ro-Rony, do que você está falando?
- Tem que ser destruído, Harry.
- Quem? Do que você está falando Rony? – Não entendia nada do que o amigo falava, algo estava errado. Algo estranho estava acontecendo, ali, naquele momento.
- Você é o erro, Potter. Você tem que ser destruído para que o Lorde triunfe!
- Lorde das Tre... Rony! – Grita, depois que o amigo avança sobre dele, e começa a sufocá-lo.
Era realmente inútil lutar, contra alguém que era mais alto, e mais forte que você. Harry não podia fazer nada, sua varinha estava lá no seu quarto e sentia que o ar lhe faltava gradativamente. Não sabia o que estava acontecendo com Rony, tudo em sua volta girava, e Rony também mudava, começava a adquirir características de alguém que, no começo, Harry nem conhecia. Mas depois, seus piores temores se confirmaram, era impossível! Voldemort estava lá, na sua casa, o matando, e os outros Weasley? Se fosse algum Weasley, eram Comensais da Morte, e um deles reconhecia de longe, uma cabeleira loira-platinada, um sorriso desdenhoso marcava seus lábios e olhos tão cinzentos quanto o céu em dias de tempestade: Draco Malfoy, também estava lá, se divertindo em ver Harry morrer.
Tudo estava escuro, finalmente morrera? Finalmente Lorde Voldemort o tinha matado, e agora o mundo estaria perdido? Sentia fortes pancadas na cabeça, será que o estavam arrastando? Uma dor de cabeça terrível fazia sua cabeça latejar, o que estava acontecendo? Não estava morto? Mas, estava tudo escuro! Sentia gotas gélidas descerem por suas bochechas, seria chuva ou estariam jogando seu corpo num rio, lago, mar? Sua dor de cabeça aumentava mais ainda, e as pancadas continuavam cada vez mais fortes. Podia até ouvir falar seu nome, mas não conseguia responder, afinal, estava morto. As batidas cada vez mais eram freqüentes e muito altas, algo estava muito errado naquilo tudo.
Mais batidas e sua cabeça latejava ainda mais, tentava abrir os olhos, mas não conseguia. Suas pálpebras pareciam de ferro, ou estava realmente morto, ou então era algum feitiço que Voldemort lhe aplicará antes de desmaiar, mas, queria saber para onde o estavam levando, pois, sua cabeça doía muito, e sentia galos se formarem na sua nuca.
- ABRA LOGO ESSA DROGA DE JANELA, HARRY!
Ouvirá alguém gritar seu nome, espera aí! Conhecia essa voz, era muito familiar! Talvez fosse sua imaginação ou talvez o feitiço de Voldemort estava lhe causando alucinações. Pois, estava ouvindo perfeitamente a voz de Fred Weasley, um pouco estranha e abafada, mas ainda assim era a voz de Fred Weasley.
- ABRA LOGO HARRY, SENÃO EU ESTOURO ESSA JANELA. – ouviu Fred ameaçando quebrar a janela de seu quarto, e finalmente abrira os olhos.
Suava frio, sentia sua roupa colar em seu corpo todo, a camisa ensopada assim como o travesseiro, o suor não parava de escorrer pelo seu corpo, o cabelo muito molhado, parecia que tinha acabado de sair do banho. Olhou para a janela, e lá podia ver a silhueta de seus amigos, Fred, George e Rony Weasley, todos estavam com uma cara preocupada, parecia que Harry tinha feito algo errado.
- Vamos Harry! – disse Fred mais uma vez, já com a varinha em punho.
- Calma, calma. – disse Harry se levantando de sua cama, e abrindo a janela.
- Como vai Harry? – pergunta Fred, com um sorriso no rosto.
- Ahn...
- Não muito bem, pelo que se vê.
- Bem...
- Seu material está lá embaixo?
- Espera! O que vocês vieram fazer aqui?
- Viemos te levar pra casa, Harry. – disse George, pela janela do motorista.
- Como assim? E os seus pais?
- Foram eles que nos incentivaram a vir te buscar.
- Não estou entendendo...
- Te explicamos depois, Harry, entra logo, e vamos pra casa. – diz Rony, abrindo a porta do carro voador.
Só agora Harry parou para ver que "carro" era aquele, estranhamente voava, e se parecia muito com o carro de quase cinco anos atrás, o qual não teve um final muito feliz.
- É... Esse carro... – diz, apontando para o mesmo.
- Calma Harry, é outro carro, diferente daquele. É do mesmo modelo, mas papai o ganhou do ministério exatamente para isso. – disse George.
- O Ministério?
- Explicamos isso depois, venha logo Harry! – o apressava Rony, quando Fred já tinha colocado o malão de Harry, seu material escolar, e a gaiola de Edwiges, vazia, dentro do carro.
Sem pressa, Harry sobe na mesa-de-escrivaninha onde fazia seus deveres, e pulou para o banco detrás do carro ao lado de Rony.
- Nossa cara, você precisa de um banho. – comenta o amigo, tapando o nariz.
- Falando nisso, estava tendo um pesadelo, Harry? – pergunta Fred, se virando para olhá-lo, já que estava no banco do passageiro.
- Sim, eu acho...
- Como assim?
- Nada de importante, agora me expliquem, o que está acontecendo?
Os três ruivos se olharam, estavam proibidos de falarem uma única palavra, antes de chegarem à Toca. Sabiam, muito bem, que Harry iria pedir explicações a viagem inteira, e o rapaz teria que entender isso, era uma parte do plano, a qual Harry teria que esperar até chegarem à Toca para saber de todos os detalhes e o motivo desse resgate.
- Não podemos Harry, quando chegarmos em casa, você saberá de tudo. Tenha paciência. – disse Rony, tentando de alguma forma consolar o amigo, ou seja, lá o que fosse.
Não conseguia ficar quieto, o resgate, o ministério estava envolvido nisso. O sonho... O sonho, só de pensar nele lhe causava arrepios, não conseguia imaginar algo tão terrível. Não conseguia imaginar que Voldemort, algum dia, pudesse saber o verdadeiro paradeiro de seu "karma". Se bem que, Voldemort tinha vários contatos, com certeza se precisasse seguir os passos de Harry, seus comensais da morte estariam de prontidão para isso, não tinha dúvida alguma de que Malfoy seria o primeiro a se "candidatar" ao cargo de "guarda-costas" de Harry Potter.
- Acorda Harry, o que há com você? – pergunta Rony, o olhando estranho.
- Nada, Rony, nada... Mione está lá na sua casa também?
- Não, mas vai para lá, quando estiverem faltando duas semanas para o começo do ano letivo, por quê?
- Nada, preciso falar com ela, só isso...
- Sei...- Disfarça, voltando-se para o irmão.- Fred... Já chegamos?
- Quase lá maninho quase lá.
Não sabia o que fazer, o suor frio ainda continuava, e não conseguia achar uma explicação para aquele fenômeno em seu corpo. Estava confuso, aquele sonho, pareceu tão real, não tinha coragem de encarar Rony. Ainda temia que tudo aquilo também fosse um sonho. Estava saindo da Rua dos Alfeneiros, sem seus tios saberem, deveria estar feliz. Mas não estava. Nada parecia real, nada...
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Novíssima fic de HP, essa eu prometo atualizar com freqüência XD
Boa leitura
