CAPÍTULO VINTE

Preparativos

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Em uma coisa, todos os professores concordaram durante toda a última semana de aulas: dar aulas era praticamente impossível diante de toda a excitação dos alunos. Eles acabaram sendo menos exigentes do que pretendiam, porém isso não os impediu de caprichar na quantidade de deveres de casa.

Finalmente chegou a sexta-feira do Baile de Inverno. No dia seguinte eles estariam embarcando de volta para seus lares. Eles nunca se lembrariam do que se passou nas aulas que tiveram pela manhã, de tão agitados e falantes que estavam. O almoço foi bastante tumultuado também, e os quatro marotos deram graças aos céus por terem a tarde livre. Resolveram fazer uma última visita a Hagrid, o meio-gigante que morava nos terrenos da escola. Sua cabana parecia um bolo coberto de glacê, assim como tudo ao seu redor que estava coberto de neve. Uma fumaça espessa que escapava pela chaminé indicava que o guarda-caça estava em casa.

Os garotos bateram na porta.

-- Quieto, Poppy - eles ouviram a voz do amigo, porém não tinham ouvido o menor sinal do velho cão de caçar javalis.

A porta foi escancarada mostrando um homem gigantesco com um emaranhado de cabelos e barba que ocultavam seu rosto quase totalmente, deixando apenas seus olhinhos negros como besouros para fora. Ele tinha as mangas arregaçadas e molhadas, além de segurar um esfregão em uma das mãos. Sua barba mexeu-se com um sorriso.

-- Olá Hagrid! - exclamaram os quatro grifinórios em coro.

-- Ora, são vocês! Entrem, ou vão virar picolés.

Eles adentraram a casa de um único cômodo do meio-gigante e foram saudados pelos latidos roucos de Poppy, um cão de caçar javalis cinzento, muito velho, que estava tremendo em meio a uma bacia cheia de espuma perto da lareira.

-- Oh, pobrezinho do Poppy! - condoeu-se Sirius, aproximando-se e permitindo que ele lambesse sua mão. - Por que você está dando banho nele com todo esse frio, Hagrid?

-- Pulgas - respondeu Hagrid simplesmente. - Então, como vocês podem ver, eu não estava esperando visitas. Vocês querem chá?

-- Não se preocupe, Hagrid, deixe comigo - adiantou-se Remo, eficiente.

-- Obrigado, Remo. Sempre tão prestativo!

-- Ora, isso não é nada - disse o garoto, corando levemente enquanto enchia a chaleira d'água e acendia o fogo com um aceno de varinha.

-- Bem, deixe-me terminar com Poppy então - disse Hagrid, ajoelhando-se em frente à bacia e passando o esfregão nas costas do cão, que gania e tremia. - Sirius, já que você está tão preocupado com ele, ajude-me, sim?

-- Claro - respondeu o outro, com outro olhar de piedade para o animal. - O que quer que eu faça?

-- Pegue aquele frasco que está ali em cima da mesa, por favor.

Sirius cheirou o conteúdo do frasco antes de entregá-lo a Hagrid.

-- Urght! O que é isso? - disse, fazendo uma careta.

-- É uma poção que o Prof. Jigger preparou para acabar com as pulgas. O coitado do Poppy estava sendo devorado vivo! Nunca vi tantas!

Nesse momento, Remo pousou a chaleira fumegante em cima da mesa e apanhou alguns copos no armário.

-- Tem bolo aí na mesa também, comam à vontade.

Pedro lançou-se no bolo com ferocidade antes mesmo de Hagrid terminar. Tiago apenas olhou meio desconfiado enquanto Remo servia o chá em canecas para todos. Ele pegou um pedaço, cheirou e arriscou uma mordida para se arrepender logo em seguida: estava duro como pedra. Remo sentou-se ao lado de Tiago e nem tocou no bolo. Ambos ficaram assistindo Sirius e Hagrid completarem sua tarefa.

-- Mas, Hagrid - começou Tiago - Poppy nunca teve pulgas, o que houve?

-- Oh, ontem nós nos aprofundamos no lado leste da Floresta em busca de algumas plantas para a Profª. Spore. Eu dificilmente vou para aqueles lados, sabe, mas nós encontramos um gramado tão verde que chegava a ser estranho com toda essa neve caindo, não é mesmo? E então de repente lá estava Poppy rolando e se divertindo. E veja no que deu! Ficou enfestado de pulgas, o pobrezinho.

Poppy deu um ganido mais sofrido em meio à sua tremedeira e Sirius achou que cachorro nenhum no mundo deveria passar por isso.

-- Pronto, garoto, pode sair daí, mas não se sac...

Hagrid tentou impedir, porém o cão saiu espalhando água por todo o canto e se sacudiu com força, respingando água fedorenta por toda a cabana e seus ocupantes.

-- Ora, seu trapalhão! - rugiu Hagrid, entretanto não pôde deixar de rir da situação com os outros.

Num instante os garotos enxugaram o chão, limparam suas vestes e Sirius lançou um feitiço de secagem rápida em Poppy, que começou a lambê-lo com entusiasmo em agradecimento. Então eles todos se reuniram ao redor da mesa, com Poppy babando nos joelhos de Sirius, e conversaram animadamente enquanto fingiam que comiam bolo. Pedro foi o único que realmente comeu, e pagou por isso com uma baita dor de estômago.

Numa hora em que Hagrid levantou-se para colocar mais água no fogo, Sirius pegou um pedaço de bolo e atirou-o na mesa, fazendo-a quase rachar ao meio. Então eles tiveram que sufocar um acesso de riso para que o guarda-caça não percebesse.

No fim da tarde eles deixaram a cabana com os bolsos pesados do bolo que a consideração pelo amigo não deixou rejeitarem. No caminho de volta para o castelo, Tiago foi atingido na nuca por uma bola de neve de Sirius, iniciando uma deliciosa guerra entre os quatro grifinórios que durou até o pôr-do-sol. Só então eles entraram, com os ossos doendo de frio e os lábios roxos, para tomar banho e se preparar para o baile.

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Lily passou a tarde toda com agulha, linha e varinha na mão. Sua mãe tinha ficado muito entusiasmada quando ela contou-lhe que iria ao Baile de Inverno no começo da semana e mandou uma carta imensa de felicitações e recomendações juntamente com o vestido que ela tinha pedido. Era um vestido verde claro simples, um tomara-que-caia bem justo na parte de cima e com a saia levemente rodada. Lily tratou de enfeitá-lo com fitas e detalhes prateados e tingiu magicamente seu echarpe branco em prateado para que pudesse usá-lo sobre os ombros desnudos.

Alice e Marlene fizeram companhia a ela durante toda a tarde, já que seus namorados estavam em aula. Elas nem viram o tempo passar.

-- Pronto - disse Lily quando terminou de ajeitar o último laço ao redor do quadril de seu vestido.

-- Deixe-me ver - Marlene levantou-se de sua cama de um salto e ela e Alice puseram-se a admirar o resultado. - Está divino, Lily!

-- Sim, estupendo - Alice abriu os braços para dar maior ênfase à sua exclamação e acabou dando um soco no estômago de Marlene. - Oh, me desculpe, Marlene querida.

Marlene só não xingou porque estava tendo um pouco de dificuldade para puxar o ar para dentro dos pulmões. Assim que recuperou o fôlego ela disse:

-- Tudo bem, esqueça isso - fez um gesto como se não tivesse importância e voltou-se para a ruiva, que tentava conter o riso. - Ficou muito bom mesmo, Lily. Aposto que o Remo vai perder o fôlego quando puser os olhos em você.

Ela terminou com um sorriso malicioso nos lábios carnudos. Lily achou melhor ignorar o comentário maldoso, porém Alice não pensou da mesma maneira.

-- Oh, tem razão! Você ainda não nos contou essa história direito, não é mesmo?

As duas sentaram-se na beirada da cama da amiga com rostinhos sedentos por detalhes.

-- Eu já disse tudo o que tinha a dizer - calou Lily estendendo o vestido na cama alisando-o.

Marlene revirou os olhos.

-- Ora, não venha com essa de "Nós vamos só como amigos". Você não espera que nós acreditemos nisso?

-- Claro que espero, pois é a mais pura verdade. Não tenho outras intenções com Remo além de amizade.

Marlene deu uma risadinha debochada e Alice argumentou, hesitante.

-- Bem, pode até ser que você não tenha, mas e quanto a ele?

Foi a vez de Lily dar uma risadinha debochada.

-- É claro que ele também não tem segundas intenções comigo. Somos só amigos, nos damos muito bem. Estamos muito satisfeitos com nossa amizade.

-- Não, Lily. Você está - disse Marlene com seriedade, o que acabou desmanchando o sorriso debochado da monitora. - Alice tem razão, Remo pode muito bem querer algo mais do que isso.

-- Mas... ele nunca me disse nada!

-- Isso pode ser porque ele é muito tímido - ponderou Alice.

Lily sentou-se lentamente na beirada da cama com todo o cuidado para não amassar seu vestido e abriu a boca várias vezes, tornando a fechar em silêncio.

-- Vocês acham? - terminou perguntando já sabendo a resposta.

-- Um-hum - as duas concordaram.

-- E o que eu faço? Quero dizer, como faço pra saber se ele gosta me mim ou não?

-- Bem - começou Marlene - eu acho que você deveria prestar mais atenção nas reações dele quando vocês estão juntos, e essa noite será perfeita para isso.

-- Como assim? Que tipo de reações?

-- Pelas presas do vampiro, Lílian Evans, até parece que você nunca se apaixonou!

-- Bem, na verdade eu nunca me apaixonei mesmo - disse ela com uma careta.

-- Lily, às vezes você parece uma garotinha falando mal dos meninos e dizendo que nunca irá gostar de nenhum deles.

Lily fez outra careta, que parecia de algum modo confirmar que seu lema era algo como "Garotos: quem precisa deles?". Alice interveio com sua voz sonhadora e apaixonada.

-- Tente reparar se ele fica nervoso ou começa a gaguejar quando você se aproxima muito; se ele não consegue manter seu olhar diretamente nos olhos por muito tempo; se ele fica corado ou tímido quando te faz um elogio; se fica olhando muito fixamente para sua boca enquanto você está falando...

-- Se ele sai fora do ar de vez em quando enquanto olha pra você - continuou Marlene - ou se fica te olhando quando pensa que você não está reparando. Entende? São coisas pequenas, quase imperceptíveis, mas que podem dizer muito mais que palavras.

-- Está bem, eu vou tentar prestar atenção nisso tudo. Mas o que eu faço? Quero dizer, se ele estiver realmente gostando de mim?

-- Ah, nisso nós não podemos te ajudar, Lily - suspirou Marlene. - Você tem que examinar seu próprio coração. Mas preocupe-se em ter certeza primeiro, ok? Pode ser somente paranóia minha e da Alice... ou não...

Lily balançou a cabeça afirmativamente e então deu um salto e um grito, assustando as outras.

-- Oh, céus! O sol já está se pondo! Temos que nos apressar!

Foi um alvoroço para decidir quem tomaria banho primeiro e Lily acabou sendo a última. Lamentou-se por ter demorado tanto com seu vestido, senão poderia ter tomado um "senhor banho" no banheiro dos monitores. Depois elas se ajudaram com o penteado e a maquiagem, apesar de Lily ter lavado o rosto depois, sem que as outras percebessem. Ou quase...

-- Lily, o Remo já está te esperando - informou Alice, que tinha dado uma espiada para a sala comunal, procurando por Frank. - Oh! E lá está o meu Frank, ele está tão lindo. Eu já vou indo, garotas, tenham juízo.

-- Você também - responderam Marlene e Lily em coro.

-- Eu estou indo, Marlene, você vem? - perguntou a ruiva levantando-se e fazendo seu vestido farfalhar.

-- Daqui a pouco. Pode descer, não se preocupe comigo... Lílian Evans, cadê o batom que eu passei em você? - perguntou uma a garota indignada quando a ruiva já se adiantava para a porta.

Lily bufou, fazendo uma mecha solta de cabelo voar.

-- Eu tirei, é claro. Você sabe muito bem que não gosto, Marlene.

-- Ah, não, volte aqui que eu vou... Lily, não se atreva!

-- Adeusinho e juízo - Lily acenou antes de fechar a porta na cara da amiga.

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-- Ai, como eu sou bonito - Sirius concluiu com um suspiro assim que os quatro garotos desceram do dormitório e tiveram todos os rostos virados para si.

Todos eles usavam vestes de gala negras, variando na cor da camisa. A de Sirius era um azul tempestuoso, quase cinza assim como seus olhos; a de Tiago era vermelho magenta; a de Remo era branca clássica e a de Pedro era amarela. Eles faziam um quarteto muito elegante, apesar do andar desajeitado de Pedro.

-- Ei, o crédito não é só seu, Oh-Poderoso-Almofadinhas - reclamou Tiago ajeitando a gravata.

-- E de quem mais seria? - perguntou ele encarando os outros de cima, com arrogância.

-- Está bem, não vamos discutir isso agora - interveio Remo, antes que Tiago abrisse a boca novamente. - Vocês não vão buscar suas damas?

-- Sim, vamos - Sirius chamou os outros e já ia se distanciando quando percebeu que estava sendo seguido só por Pedro. - O que foi, Pontas? Você não vem?

-- Vou, claro, mas é que... nós... acho que devíamos esperar o Aluado, sabe... - ele inconscientemente passou uma mão por seus cabelos, desde a nuca até a testa, fazendo-os ficar ainda mais revoltos que o normal.

Sirius revirou os olhos enquanto Pedro e Remo sorriam.

-- Ah, claro, tinha me esquecido que Aluado vai com a Senhora-Monitora-dos-Olhos-Verdes. Você vai ter tempo de babar nela durante o baile inteiro, Pontas, anda, deixa de frescura...

Porém eles ouviram uma voz conhecida soar logo às suas costas. Alice tinha acabado de descer - tropeçando nos últimos degraus - e dava um beijo apaixonado em um Frank abobalhado. Assim que o casal dirigiu-se para o buraco do retrato, uma figura deslumbrante apareceu no alto com um sorriso cheio de covinhas de quem tinha acabado de fazer uma travessura. O queixo dos quatro garotos caiu assim que a avistaram, assim como o de outros muitos rapazes que observavam na sala comunal.

Lily estava com seu vestido verde clarinho coberto de detalhes prateados muito bem arranjados, ressaltando as formas delicadas de seu corpo, sua cintura fina e o decote bem comportado, apesar de deixar boa parte do colo à mostra. As luvas eram da mesma cor do vestido, cobrindo quase todo o braço e deixando sua mão ainda mais delicada. Um echarpe prateado reluzente estava jogado sobre os ombros e caindo soltos junto aos braços ao longo do corpo. A saia abria-se levemente no quadril, dando um aspecto de leveza às ondulações, que acabavam em um sapatinho pontudo prateado com salto não muito alto. Os cabelos estavam arrumados em uma trança de lado com várias mechas soltas.

Cada passo escada a baixo parecia levar uma eternidade, ainda mais com tanta gente olhando para ela. Lily sorria, mas podia sentir as bochechas em fogo.

Os quatro marotos nem piscavam diante da aparição. Tiago parecia que ia babar a qualquer momento. Nenhum deles nunca tinha visto a monitora em outras vestes que não o uniforme da escola bastante folgado e que fazia com que ela parecesse miudinha e baixinha. Essa Lily que tinha acabado de descer as escadas parecia uma pessoa completamente diferente, apesar dos olhos verde-vivos denunciarem aquela mesma menininha teimosa.

Tiago achou que seus joelhos cederiam a qualquer momento e sentia um vazio onde deveriam estar suas entranhas. Só reparou que Remo tinha se adiantado quando ouviu a voz rouca do amigo:

-- Lily, você está... você está linda!

Linda era muito pouco. Magnífica, esplêndida, encantadora, deslumbrante... porém linda foi tudo o que conseguiu articular. Ainda mais com o sorriso acanhado que ela deu à guisa de resposta. Remo tinha o coração disparado, a boca seca e ficou admirado em ter conseguido dizer alguma coisa. Agradeceu mentalmente por ela estar de luvas, pois assim não sentiria o quanto ele estava gelado. Poderia ter-se perdido naquela visão, mas obrigou sua cabeça a permanecer no lugar, oferecendo seu braço gentilmente.

-- Vamos?

-- Sim - respondeu ela simplesmente, ignorando os outros rapazes que ainda a olhavam estupefatos.

Com uma pontada de sua consciência, Remo lembrou-se dos amigos e virou-se para eles antes de começar a caminhar:

-- Vocês não vêm?

-- Oh, olá pra vocês - cumprimentou Lily com um sorriso não tanto caloroso.

Sirius e Pedro pareceram despertar àquelas palavras e acenaram para a ruiva.

-- Vão na frente - respondeu Sirius, parecendo um pouco envergonhado de si mesmo pelo "momento babaca". - Tiago?

Tiago ainda estava com a boca aberta acompanhando o casal com um ar sonhador. Sirius agitou a mão em frente a seus óculos fazendo-o sacudir a cabeça.

-- Heim?

-- Limpe essa baba, Pontas!

Tiago levou a mão aos cantos da boca tolamente, fazendo Sirius e Pedro gargalharem. Ele não disse nada, porém depois disso ficou um pouco rabugento e Sirius não se atreveu a fazer mais piadinhas da cara do amigo. Achou prudente que eles pegassem alguns atalhos para não precisarem seguir Remo e Lily até o Salão Principal já que Tiago parecia ainda um pouco impressionado.

Em poucos minutos eles alcançaram o primeiro andar e entraram pelo corredor que dava acesso às cozinhas. Três garotas vinham de encontro a eles. Heloísa Popkin, a acompanhante de Pedro, usava um vestido azul meia-noite que não poderia combinar menos com a camisa amarela do grifinório. As gêmeas Jenkins estavam muito bem produzidas, com os cabelos presos em coques no alto da cabeça e as franjas soltas, chegando aos olhos rasgados. Uma estava de rosa e a outra de azul bebê, apesar de o modelo do vestido ser idêntico. Pareciam duas menininhas meigas e delicadas, porém depois do impacto causado pela visão de Lily, Tiago não conseguiu se impressionar com elas.

-- E agora, qual é a sua e qual é a minha? - murmurou o maroto entre dentes enquanto se aproximavam das garotas sorridentes.

-- Por mim tanto faz - Sirius deu de ombros. - Vamos deixar que elas escolham.

Eles pararam em frente às duas e Sirius tratou de pôr seu melhor sorriso galanteador no rosto bem feito.

-- Vocês estão encantadoras, meninas.

-- Sim, encantadoras - repetiu Tiago sem ter vontade de dizer mais alguma coisa.

-- É - concordou Pedro.

Sirius não demonstrou sua irritação com as risadinhas idiotas que seu elogio provocou nas três garotas e ofereceu o braço a ninguém em especial.

-- Vamos?

A gêmea de azul adiantou-se aceitando seu braço com um sorriso angelical no rosto ao mesmo tempo em que sua irmã aceitava o braço do Tiago com um pouco menos de desenvoltura. Os três casais puseram-se a caminhar de encontro à música que vinha do Salão Principal.

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N.A. Tra-lá-lá-lá... hum? Por que vocês ainda estão aqui? Esperando minhas notas? Bem, então lá vai: eles estão maravilhosos, não estão? Exceto o Pedro... vestes de gala pretas com... amarelo? Blergh! Eu fui cruel com o Rabicho, mas ele mereceu... E a Lily deixou o Tiago babando, literalmente! Uhuahuahauhua Não quero torturar muito vocês, então vou parar por aqui.

Nessa, valeu por ter me ajudado a dar um nome para o Poppy (ai que fofo!).

Ah! Eu sei que o próximo capítulo está logo ao lado, mas... eu adoraria receber reviews! E... só pra não perder o costume:

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No próximo capítulo...

Então inesperadamente ele parou de dançar e segurou uma das mãos da garota entre as suas.

-- Zilka Jenkins, você aceita ser minha namorada? - ele só torcia para ter acertado o nome, ignorando todos os olhares que suas palavras tinham atraído.

Os casais que dançavam ao redor deles até se esqueceram do que estavam fazendo e assistiam à cena boquiabertos. Tiago era um deles.

-- Sim - ela respondeu em voz alta, tentando em vão disfarçar sua satisfação exacerbada.