CAPÍTULO VINTE E DOIS
Natal
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Na manhã seguinte, Remo achou muita dificuldade em acordar seus amigos cedo, porém isso era necessário. O Expresso de Hogwarts só sairia às onze horas da estação de Hogsmeade, mas ainda tinham que recolher todos os seus pertences antes de saírem. E eles não eram os únicos preguiçosos do castelo. Foram uns dos primeiros a tomarem café da manhã, por isso tiveram mais liberdade para conversar.
-- Cinco, sem contar a Jenkins - disse Sirius antes de colocar uma bolacha de nata inteira na boca.
-- Cinco? Bem, eu fiquei com três, além da Jenkins, é claro - disse Tiago, bebericando seu copo de leite. - E você, Rabicho?
Pedro engasgou com sua bolacha e Remo respondeu por ele, enquanto dava tapinhas em suas costas.
-- A Popkin trocou ele por um garoto do quarto ano logo na terceira música.
Sirius e Tiago gargalharam.
-- Até que ela agüentou bem. Coitada da garota, deve estar com os pés doloridos de tanto pisão que levou - zombou Sirius e voltou a gargalhar com Tiago.
Remo tossiu para disfarçar seu riso.
-- Mas e você, Aluado? Pegou quantas? - perguntou Sirius, com um sorrisinho de lado, enquanto o riso de Tiago morreu subitamente.
Remo corou e lançou-lhe um olhar reprovador.
-- Não peguei ninguém. Fiz companhia para Lily o baile todo.
-- Ah, pobre Aluado. Tenho certeza que nem beijou então - zombou Sirius, mas dessa vez Tiago não acompanhou-o nas gargalhadas.
Remo, depois de observar toda a força que Tiago empregou para colocar seu copo de volta na mesa - derrubando parte de seu conteúdo - achou prudente mudar de assunto.
-- Eu acho que aquelas bebidas que Mundungo distribuiu na festa estavam alteradas. Teve um monte de gente dizendo que você tinha pedido a Jenkins em namoro, Almofadinhas.
-- Mas foi o que ele fez - disse Pedro com os olhos arregalados. - Eu vi!
-- Como assim? Mas então ela não aceitou? - perguntou o lobisomem.
-- E você acha, por acaso, que seria humanamente possível alguém me rejeitar, Aluado? - perguntou sarcasticamente Sirius.
-- Peraí, se ela aceitou, então como você saiu com mais cinco garotas depois dela?
-- Saindo, oras! Assim que ficaram sabendo que eu estava namorando, elas simplesmente choveram em cima de mim. Foi bem interessante isso. Acho que deveria namorar mais vezes... - Sirius deu de ombros e Remo olhou-o escandalizado. - Bem, eu já terminei de comer, vamos Pontas? Tenho que caçar minhas meias pelo dormitório ainda.
-- Não só as meias, não é? - disse Tiago limpando a boca em um guardanapinho de papel. - Cuecas, gravatas, e uma infinidade de outras coisas que você espalhou por todos os cantos! Vamos. Vocês vêm?
Remo levantou-se em resposta, enquanto Pedro enfiava mais duas bolachas na boca e enchia as duas mãos antes de segui-los. Porém antes que deixassem o Salão Principal, duas garotas idênticas entraram pela porta, parando assim que os avistaram. Uma delas, a que usava os cabelos soltos, meio despenteados, estava com uma cara horrível de raiva e indignação. Cruzou os braços e encarou Sirius como se o desafiasse a se aproximar. Porém foi exatamente isso que o maroto fez.
-- Bom dia, meu amorzinho - ele deu um sorriso safado e adiantou-se em duas passadas. A garota de cabelos soltos preparou-se para gritar com ele, mas a cena que se seguiu fez com que ela ficasse sem reação por um momento.
Sirius tinha passado direto por ela e deu um beijo cinematográfico na gêmea de cabelos trançados, que parecia tão surpresa que não conseguia nem reagir.
-- MAS O QUE SIGNIFICA ISSO? - gritou a outra assim que conseguiu articular algum som, puxando Sirius pelas vestes com toda força que conseguiu reunir.
-- Ei, garota, solte minha blusa, está amassando! - disse Sirius se soltando. - Não está vendo que estou cumprimentando minha namorada? - ele voltou a abraçar Milka, dirigindo-se a ela. - Zilka, sua irmã é muito ciumenta!
-- EU SOU A ZILKA, SEU CAFAJESTE! - rugiu a garota, escandalizada.
Sirius largou Milka no mesmo instante levando a mão ao peito teatralmente.
-- Oh, céus! Que confusão! Me desculpe, mas vocês são tão parecidas! Além disso, meu amor, você estava com uma cara horrível quando entrou, eu nem te reconheci! O que houve, meu bem?
-- O QUE HOUVE? O QUE HOUVE? VOCÊ SÓ SAIU COM METADE DE HOGWARTS ONTEM DEPOIS DE ME LEVAR EMBORA!
-- Sim, e daí? - ele disse com uma carinha inocente que chegava a dar pena.
-- Ora, seu sem vergonha, desgraçado, cachorro - ela levantou a mão para acertá-lo, porém Sirius foi mais rápido, segurando seu braço com força.
-- Ei, ei, calma aí! Já te disse que não sou de apanhar de mulher! Agora me diga o que há de errado.
-- Como assim, o que há de errado? EU sou sua namorada!
-- Sim, você é minha namorada, não minha dona. Ora, eu já fiz a sua vontade te pedindo em namoro, agora o nosso acordo não incluía nada sobre fidelidade, que eu me lembre.
-- Como assim, nosso acordo, seu cachorro? E ME SOLTE!
Sirius largou o braço da lufa-lufa, que agora tinha as marcas de seus dedos na pele clara.
-- Cachorro sim, mas sem dona, ouviu bem? Não tente me colocar coleira. Agora, acho que nós dois já cumprimos as partes do nosso acordo. Você já conseguiu o que queria, não? Você queria atenção? Taí, um monte de gente vendo esse seu escândalo ridículo. Nosso namoro termina aqui, com todos eles como testemunhas. Assim você não corre mais o risco de ser traída, ok?
-- Mas o que está acontecendo aqui? - a Profª. McGonagall conseguiu passar pela multidão e parou ao lado dos dois, que permaneceram calados, se encarando. - Vamos, o que está havendo? Se não há nada então suponho que vocês poderiam dispersar, não? Estão bloqueando a entrada do Salão!
Os olhos de Zilka estavam rasos de lágrimas de raiva e seu rosto terrivelmente contorcido com a humilhação. Realmente havia uma multidão como platéia. Além das pessoas que tomavam café no Salão, havia várias pessoas no Saguão de Entrada assistindo ao barraco, impedidos de entrar já que Sirius e Zilka estavam bem no meio do caminho. A lufa-lufa deu um urro furioso antes de sair correndo com o rosto entre as mãos, seguida de perto por uma Milka ainda assombrada.
A platéia ficou dividida entre os que sentiam pena da garota e os que estavam satisfeitos pelo fim do namoro - em sua grande maioria garotas, é claro - mas todos começaram a se movimentar diante do olhar severo da professora. Sirius ajeitou os cabelos atrás das orelhas, alisou as vestes e saiu de cabeça erguida rumo à torre da Grifinória, seguido pelos demais marotos.
Remo estava estupefato. Quase não notou o cumprimento de Lily ao passar por eles rumo ao Salão Principal, lançando olhares desconfiados pela animação dos outros. O monitor agradeceu mentalmente pelo fato de ela não ter presenciado a cena. Apesar de que com certeza ela ficaria sabendo.
Eles subiram para o dormitório e se preocuparam em arrumar suas coisas. Remo já tinha suas coisas arrumadas desde o dia anterior, então pôs-se a ajudar Sirius a caçar seus pertences pelo aposento, achando meias nos lugares mais improváveis, como a fronha de seu travesseiro. Assim que terminaram a arrumação, saíram do castelo e pegaram uma das carroças até Hogsmeade, de onde partiriam para Londres.
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Tiago estava andando sozinho em direção à torre da Grifinória. Atravessou o quadro da Mulher Gorda sem nem perceber se tinha dado senha ou não. A sala comunal estava vazia, e o fogo estalava baixo na lareira. Já devia ser tarde para todos estarem na cama. Dirigiu-se a um dos sofás e largou-se nele, de qualquer jeito. Não tinha noção do tempo que passara ali naquela mesma posição, se fora um segundo ou uma hora, porém de repente ouviu passos. Alguém descia a escada dos dormitórios das garotas. Eram passos leves e contínuos, que foram se tornando mais perceptíveis à medida que se aproximavam. Tiago tentou erguer a cabeça para ver quem era, mas estava muito cansado. Ficou fitando o teto, esperando ouvir alguma voz ou ter algum vislumbre caso a pessoa invadisse seu campo de visão. E foi o que aconteceu. Seu coração deu um salto quando avistou Lily encarando-o de cima, com um sorriso estranho nos lábios que ele não soube distinguir. Ela piscou lentamente e começou a abaixar-se de encontro a seu rosto.
Tiago sentiu seu estômago dar cambalhotas, seu coração martelar quase dolorosamente em seu peito. A garota fechou os olhos e entreabriu os lábios, aproximando-se cada vez mais. Podia sentir sua respiração um pouco ofegante e quente. Cada segundo parecia durar uma eternidade e era uma tortura imensa para o garoto. Ele queria vencer a distância, erguendo sua cabeça, porém qualquer esforço era inútil, não conseguia mover sequer um músculo. Tiago já estava prestes a cerrar seus olhos para aproveitar melhor as sensações quando subitamente Lily desviou-se de seu curso e afundou o nariz em direção a sua orelha. Ela o estava lambendo! Lambendo, fungando e babando em sua orelha!
Tiago deu um pulo de uns trinta centímetros na cama e arregalou os olhos ao ouvir um latido. Estava fitando o teto embaçado de seu quarto - pois estava sem seus óculos - e já era dia. Virou-se para o lado e deparou-se com um borrão preto - Almofadinhas - abanando o rabo peludo e latindo alegremente para ele, enquanto Remo soltava sons engraçados pelo nariz, já que tinha a boca tampada com as mãos para sufocar o riso. Tiago encarou os amigos sem ação por um momento, em estado de choque, então se deu conta de que estivera sonhando e aquele cachorro pulguento do Sirius tinha trazido-o para a realidade da pior forma possível. Cerrou os punhos e bufou, mal-humorado:
-- Mas o que significa isso? - ele tateou a estante ao lado e colocou os óculos no rosto a fim de que sua cara de irritação não ficasse cômica devido ao esforço para enxergar.
-- Feliz Natal! - exclamou Remo em meio ao riso.
No mesmo momento, Almofadinhas pulou em cima de sua cama direto no peito de Tiago, derrubando-o para trás no chão frio e voltando a lamber sua orelha.
-- Argh! Seu cachorro babão, sai de cima de mim! - ele tentou empurrar Almofadinhas, mas ele era imenso e pesado.
Então desistiu de se fazer de durão, rendeu-se ao riso junto com Remo, enquanto sentia o focinho gelado em seu pescoço. Quando Remo se jogou para trás na cama, de tanto que ria, Almofadinhas ergueu a cabeça e deu um salto para cima da cama do outro, mudando de vítima.
-- Ei, não! Pára! Eu tenho cócegas! PÁRA!
E os dois caíram no chão, Remo rolando de rir, já quase sem fôlego.
-- Presentes! - gritou Tiago assim que avistou a generosa pilha ao lado de sua cama.
E no segundo seguinte - POC - Sirius estava de volta à forma humana, correndo até os pés da cama ao lado. O quarto de Tiago era bastante espaçoso, e no momento tinha três camas, sendo que ainda havia espaço suficiente para mais uma. Remo ficou ainda algum tempo no chão, segurando a barriga e tentando normalizar a respiração enquanto ouvia o barulho de papel rasgado.
-- Uau! Olha só pra isso!
Remo levantou o corpo do chão, apoiando-se nos cotovelos para que pudesse ver Tiago segurando o que parecia ser um pijama branco de mangas compridas e centenas de pomos de ouro agitando as asinhas.
-- Gostou? - perguntou Sirius, com a voz rouca e um sorriso convencido.
-- Se eu gostei? Adorei! E que tecido é esse?
-- É seda dos elfos. É bastante raro e muito confortável - Tiago já estava tirando a camisa de seu pijama às pressas para prová-lo no corpo. - E você, Aluado, não vai abrir os seus presentes?
-- Vou - respondeu ele, pondo-se de pé finalmente e dirigindo-se a sua modesta pilha de presentes. Assim que bateu os olhos em um deles, reconheceu a letra redondinha de Lily no cartão e rapidamente empurrou-o para debaixo da cama, escondido das vistas dos outros.
Tiago estava admirando o caimento do novo pijama através do grande espelho de seu quarto.
-- Perfeito, meu querido! - disse sua imagem arrogantemente. - Você fica elegante até de pijamas!
-- Pontas! Isso é tão... tão lindo! - ele ouviu a exclamação de Sirius, que segurava uma cueca samba-canção branca coberta de pegadas de cachorro em preto e não pôde reprimir um sorriso.
-- Almofadinhas para o Almofadinhas - sorriu Tiago diante da expressão emocionada de Sirius refletida no espelho. - Mas não é só isso, veja.
Ele apontou para um embrulhinho nada discreto que caíra na cama do maroto sem que ele reparasse. Seguiram-se mais barulhos de papel rasgado e Sirius segurou um canivete.
-- Eu. Não. Acreditoooooo - comemorou ele. - É o que eu estou pensando, Pontas?
-- Se você pensou em um canivete com acessórios para desfazer qualquer nó e abrir qualquer tranca, sim, é!
-- Uau! Valeu mesmo, amigão.
Tiago limitou-se a sorrir com satisfação antes de sumir atrás de seus presentes.
Além do presente de Lily, Remo ganhou ainda roupas modestas de sua mãe, outras nada modestas da Sra. Potter, uma caixa de sapinhos de chocolate de Pedro, uma magnífica pena auto-recarregável de Tiago e, por último, um pijama do mesmo material que o de Tiago. O seu era azul meia-noite coberto de estrelinhas minúsculas brancas e com uma grande lua minguante no peito, como um rosto de perfil - olhos fechados, nariz e boca, além de uma toquinha de dormir com pompom na ponta - que ressonava silenciosamente, como se estivesse realmente dormindo um sono profundo.
Assim que Remo pegou o pijama, ele entendeu o porquê da exclamação de Tiago. O tecido era muito leve e escorregadio. À primeira vista, parecia seda comum, mas não era gelada e era muito mais macia que o normal. Imediatamente o garoto livrou-se de seu pijama surrado e vestiu os novos postando-se em frente ao espelho também. Não tinha outro modo de descrever a sensação: parecia que ele estava nu, apesar de não sentir frio por isso.
-- Ei, bonitão, arrasou heim? - exclamou sua imagem dando uma piscadela desinibida e fazendo-o corar diante de seu próprio reflexo.
Sirius e Tiago gargalharam.
-- Só assim mesmo para o Aluado dizer uma coisa dessas - disse Sirius.
-- Mas eu não disse nada!
-- Por isso mesmo - retrucou Tiago.
Sirius já tinha desembrulhado um pacote de bolos de caldeirão de Pedro, um conjunto elegante de roupas da Sra. Potter e uma barra tamanho família de seu chocolate favorito da Dedosdemel como presente de seu irmão mais novo, Régulo. Agora desembrulhava o último pacote com um cartão de Remo, que continha um espelho quadrado simples.
-- Peraí, Aluado. Isso é algum tipo de brincadeira? Será que você me acha tão maravilhoso que pensou que seria bom eu ter um espelho sempre à mão para poder ficar me admirando? Ou talvez seja alguma piadinha para insinuar que eu sou extremamente convencido?
Foi a vez de Remo gargalhar.
-- Seria divertido, sem dúvida. E bastante instrutivo, eu diria. Mas não, essas não eram minhas intenções. É um espelho de comunicação - explicou.
-- Um espelho de comunicação? Mas então cadê o par dele?
-- Eu dei para Tiago.
-- O q... pra mim? - Tiago encarou os dois meio boiando. - Oh, esperem um minutinho.
Ele desapareceu atrás de sua pilha novamente e reapareceu com um embrulho quadrado que foi rasgado em um segundo.
-- Aqui está. E como funciona? - perguntou para o amigo.
-- Você diz o nome de Sirius para acioná-lo e vocês podem conversar e ver o que o outro está fazen...
Porém ele não conseguiu terminar sua explicação devido ao susto que levou quando teve sua visão coberta por pêlos negros sedosos e foi derrubado dolorosamente no chão por Almofadinhas. Teve então outro ataque de risos pelas cócegas.
-- Tá bom, já chega, Almofadinhas - Tiago veio ao seu socorro com um sorriso radiante no rosto, empurrando o cão para o lado e ajudando o amigo a se levantar. - O Aluado já entendeu que nós estamos muito agradecidos, sim?
Remo concordou com a cabeça, enxugando os olhos.
POC
-- Mas isso deve ter custado uma fortuna, Aluado! - disse Sirius voltando a analisar o objeto, alisando sua moldura.
-- Bem, eu não tive que vender um braço, nem qualquer outra parte de meu corpo, não é mesmo? - ele disse bem-humorado e acrescentou diante do olhar preocupado dos amigos: - Eu tinha algumas economias, não se preocupem. É sério! Além disso vocês fizeram muito mais por mim.
-- Valeu, Aluado - disse Tiago sinceramente, com uma mão em seu ombro.
-- Valeu meeeeeesmo - ressaltou Sirius. - Tiago Potter! - ele ordenou para o espelho, que refletiu o teto sobre a cama do outro, já que ele tinha deixando seu espelho sobre ela.
Tiago correu até lá e pôde ver o meio-sorriso do melhor amigo refletido com perfeição - e dentes brancos - além de sua voz duplamente entoada, como um eco.
-- Alô, testando, um, dois, três, câmbio - dizia ele e os três puseram-se a rir e se divertir com o novo brinquedo. Depois de muito tempo, Tiago lembrou-se que não tinha terminado de abrir seus presentes, que incluíam um pacote de caramelos de Pedro, inúmeras peças de roupa embrulhadas separadamente para dar a impressão de maior quantidade - arte de sua mãe coruja - além de alguns artigos muito interessantes de seu pai.
Aproveitando a distração, Remo desembrulhou o presente de Lily com todo o cuidado para não chamar atenção dos demais. Era um livro grosso intitulando "Coletânea de Contos de Fada". O cartão devia ser trouxa, já que não se mexia - conforme ele constatou ao cutucá-lo - e continha uma bonita mensagem de Natal assinada com a letra redondinha da monitora. Logo que abriu o livro para folhear, ele encontrou uma fotografia onde estava com um braço passado ao redor da cintura de Lily, ambos com vestes de gala, sorrindo e acenando com empolgação. Após alguns breves segundos admirando a foto, ele suspirou, fechou o livro com o cartão dentro e colocou-o cuidadosamente dentro do malão.
Enquanto isso, Sirius caiu em um estado de semi-consciência, tentando relevar o fato de que não recebera sequer um cartão de seus pais. Provavelmente como castigo por não ir passar a data com eles. Porém acabou se convencendo de que não fazia diferença. Afinal, ganhara ótimos presentes de sua verdadeira família.
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O restante das férias se passou como um borrão de felicidade para os três garotos. A casa dos Potter estava mais para parque de diversões do que para qualquer outra coisa. Eles tinham um grande quintal coberto de neve, onde improvisaram alguns esquis e um trenó com pedaços de madeira úmida. Ficaram fazendo piadinhas sobre "colocar um nariz vermelho no Pontas e fazê-lo puxar o trenó como uma rena" até Tiago retrucar sabiamente que "lobos e cães também costumam puxar trenós". É claro que eles não fizeram nada disso, já que poderiam ser vistos pela Sra. Potter.
A piscina gigantesca da propriedade estava coberta por uma grossa camada de gelo e eles aproveitaram para patinar sobre ela. Para o alívio de Remo, as vassouras foram esquecidas em um canto, já que o tempo não estava muito favorável para quadribol. E ainda acharam tempo para os deveres, como não poderia deixar de ser. "Vocês deviam ter pensado nisso antes de me chamar." argumentara Remo diante dos protestos dos amigos.
Faltando dois dias para o fim das férias, Pedro juntou-se a eles e pôde apreciar a culinária excelente da simpática mãe de Tiago, que fazia todos repetirem suas refeições até quase explodirem.
Mas como tudo o que é bom dura pouco, num piscar de olhos eles já estavam reunidos na sala de estar com seus malões fechados e abarrotados enquanto o Prof. Dumbledore despedia-se animadamente dos Potter e acionava uma bengala como chave de portal para Hogwarts.
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N.A. Uhuhuahuahuaha espero que vocês tenham gostado da lição que o Sirius deu na Zilka! Pois é, eu tinha que encaixar esses artefatos incríveis - espelho de comunicação e canivete - na história e achei que ficariam perfeitos como presentes de Natal. Os pijamas... sem comentários! O Pedro ficou de fora porque eu realmente não consigo achar presentes interessantes para ele - além de muitos doces, por isso nem precisa dizer, não é mesmo?
Nessa CADÊ VC? Ai, espero que seu pc não esteja dodói de novo... É, eu percebi que vc gosta de verde rsrsrs, que bom que gostou do visual da Lily - e da camisa do Sirius kakaka. Yupii vc gostou do baile! Pois é, deu um trabalhão mesmo pra reescrevê-lo. Mas valeu a pena só pra ouvir seus elogios! "A sua fic é a melhor" PLOFT! (Amy desmaiando). Valeu Nessa! Beijos pra vc! E vê se aparece!
MiLa ChaN olá! Ops... eu sei que maltrato demais o Remo, mas... ai... eu simplesmente não consigo evitar. A idéia da fic, quando ela ainda era um bebê na minha cabeça, era fazer ele se apaixonar pela Lily. Não posso prometer que não vou fazer ele sofrer, mas nesse capítulo ele já está bem feliz, vc não acha? Fico feliz que esteja gostando! Continue lendo! Beijo!
Miri oh, eu também sofro ao fazer o Remo sofrer, mas ele é feliz, gente! Ele tem os amigos dele! Está abrindo mão de algo, mas Tiago e Sirius fariam o mesmo por ele, eu acho... Nesse capítulo Remo já está um pouco mais happy. E... bem... ele ainda vai sofrer um pouquinho... me desculpe...
Lili P. Costa que bom que está gostando! Continue acompanhando! Beijo.
Mione Lupin oh, eu imagino que sua pulseira seja linda sim! rsrsrs não é todo preto com amarelo que fica feio, não! Eu tinha uma blusa amarela linda que usava com preto! Ficava show também! Você chorou no baile? Oh, me desculpe... Espero que tenha gostado da lição que o Sirius deu na Zilka! uhuahuahuaha Bem, o nome das gêmeas foi um lapso de imaginação! Eu estava tentando inventar nomes e... acabou saindo isso! Não sei se inventei, na verdade, mas em todo caso... que bom que gostou!
LeNaHhH cruel? Eu? Imagine... uhuahuahuahua Que bom que você gostou do pedido de namoro! hehehe e o Tiago não conseguia tirar os olhos da ruivinha, né? Hummm isso vai dar casamento... :-D Beijos!
Tete Chan 21 provas? O.o caracoles! Adorei o leitora babona kaakakaka eu fico realmente feliz que vc goste tanto assim da minha fic! E ainda estou esperando a sua, heim! Yeah, o Sirius é bem cafajeste mesmo! Mas é assim que todas nós gostamos dele ihihihihihi. Amo seus reviews! Kissus!
Lika Mafoy é o Sirius se superou mesmo! Ai, como ele é lindo! Sirius e Poppy, ohohoho! E viva o Dumblie! Taí a Zilka enraivecida! Agora ela é a primeira EX do Sirius kaaaaakakaka e... recompensar o Remo... hummm o-ow! O.O Vamos esperar pelos trigêmeos no quadribol! hehehe! Beijoka.
Elisa olá! Ficou curiosa, né? Hummm espero que tenha gostado do mico que a Zilka pagou na frente da escola toda ihihihi! Valeu pelo elogio e pelo incentivo! Espero que continue acompanhando! Bjus!
Por favor, puxem minha orelha se eu esqueci de alguém! Eu amo os reviews de vocês, vocês sabem... valeu gente! Atualização no próximo sábado. Até lá!
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No próximo capítulo...
-- Heim? - insistiu utilizando-se de todo o seu poder persuasivo.
Um sorriso espalhou-se lentamente pelo rosto de Tiago e um brilho conhecido perpassou seus olhos por trás das lentes redondas.
-- É... eu acho que não faria mal tentar...
-- Yeah! Sabia que você concordaria comigo - comemorou o maroto mais alto, levantando-se.
-- Mas o Aluado vai ficar danado da vida com a gente... - argumentou Tiago.
-- Ah, deixa que eu cuido dele depois. Ele vai acabar cedendo, como sempre.
