Capítulo I- Prólogo
Ginny corria desesperada. Saiu da Igreja sem se preocupar com os convidados ou com os pais. Ou, muito menos, com a tempestade que caía lá fora. As suas lágrimas se misturavam com água da chuva que caía, deixando sua visão totalmente embaçada. Correu até suas pernas não agüentarem mais e seu corpo cair no chão.
As ruas estavam quase desertas e as poucas pessoas que tentavam se abrigar em um local, esperando a chuva passar olhavam Ginny correr e temiam que ela fosse alguma louca. Mas a mulher não se importava com nada a seu redor. Estava presa somente ao seu sofrimento.
Sempre sonhou com aquele e, afinal, qual mulher não sonharia com o seu casamento? O dia em que se uniria, supostamente, para toda a eternidade com o homem que amava. Mas seu "grande dia" acabou na hora em que o pai de Draco adentrou a Igreja, trazendo uma carta de despedida.
E tudo o que ele dizia era que estava deixando-a para se casar com outra, porque ela estava grávida e ele, como homem que cumpre suas obrigações, tinha que assumir aquele filho.
E ela? Também não estava grávida? Olhou para a barriga de quatro meses e um sentimento de ódio cresceu dentro de seu peito. Ele não tinha apenas abandonado ela, mas também o filho. E tudo por que ela não era de família rica, assim como a mulher de Draco.
Chorou por muito tempo até as suas lágrimas e a chuva cessarem. Secou o rosto e levantou-se do chão. Iria vingar-se. Se ela não foi feliz para sempre, Draco também não seria.
!DGDGDGDGDGDGDGDGDG!
No dia seguinte, levantou-se bem cedo e como se nada tivesse acontecido, desceu para tomar café com a família. Assim que colocou os pés na cozinha, a conversa entre os presentes acabou. Eles estavam muito enganados em pensar que ela não sabia sobre o quê eles estavam falando.
"Bom Dia."- falou, sentando-se à mesa.
Os outros continuaram mudos.
"O que houve com vocês?"
"Nada, querida. Nós só queremos saber como você está hoje?"- disse Molly
"Estou ótima, mamãe."
A mulher pareceu acreditar muito pouco naquela resposta, mas não disse mais nada. O resto do dia transcorreu igual ao café, pelos cantos que passava, todos se calavam instantaneamente.
E as coisas não mudaram muito com o passar dos meses. Somente depois do nascimento do filho de Ginny que o episódio do casamento pareceu ser esquecido. A criança nasceu saudável e era um menino, o qual recebeu o nome de James.
O tempo passou, mas a mágoa e o sentimento de vingança ainda permaneciam no coração de Ginny. Nos dois primeiros anos de vida do pequeno James, procurou se dedicar apenas ao filho. Quando o menino completou três anos, decidiu arranjar um emprego. Mas não seria um emprego qualquer. Seria um emprego de advogada, apesar de ainda não ter a graduação em Direito.
Procurou emprego como secretárias em várias firmas de advocacia, mas nenhuma a aceitava por ter um filho. Até que, já cansada de tanto procurar, tentou um último escritório. Foi indicada por uma secretária a esperar numa sala, depois de muitos minutos, um homem baixo, magro, de cabelos castanhos e óculos mandou que ela entrasse na outra sala.
"Bom Dia, Srta. Weasley."- disse o homem sentando-se do outro lado da mesa e apontado a cadeira de frente a ele para Ginny sentar-se.
"Bom Dia, Sr..."
"Lansten. Bem, vamos conversar sobre a Srta. É casada ou solteira?"
"Solteira."
"Tem filhos?"
"Tenho, um de três anos."
"Mas se eu admiti-la na minha empresa, tem com quem deixar a criança?"
"Sim, com meus pais. Eu moro com eles. E, Sr. Lansten, peço que não me rejeite só por ter um filho. Preciso muito do emprego."
A conversa durou mais alguns minutos, até o homem pedir para que Ginny ficasse na recepção, como uma forma de "experiência". No fim do dia, foi chamada de volta à sala do homem:
"Sente-se."- disse ele indicando a mesma cadeira.
Ela obedeceu e ele continuou:
"Srta.Weasley, é com muito prazer que informo a sua admissão nessa empresa."
"Ah, Sr. Lansten, muito obrigada!"
"Não agradeça, a Srta. conseguiu por sua capacidade. Agora, o seu trabalho será como minha secretária. Esteja aqui amanhã às 08h."
"Estarei! E mais uma vez, obrigada."
E saiu logo em seguida.
Mal podia acreditar. Enfim, começaria seu plano de vingança. Draco que se preparasse, porque agora ela estava de volta ao jogo.
!DGDGDGDGDGDGDGDGDG!
Não podia se imaginar em situação pior.
Estava casado com uma mulher que não suportava, mas tinha que agüenta-la porque foi covarde demais.
Sim, covarde. Não enfrentou os pais quando era preciso. E agora a única opção que tinha era arrepender-se.
Olhava para Milla e via o rosto de Ginny. Apesar de as duas não se parecerem nem um pouco. Ginny era muito mais bonita que sua esposa. Arrependia-se tanto por ter deixado sua amada, ela era tudo de bom que sua vida tinha, era o amor que ele só conseguia sentir por ela e por mais ninguém.
Além disso, também abandonou o filho antes de nascer. Não sabia com quem o menino (e nem se era menino) parecia. Muito menos sabia se o menino tinha chegado a nascer.
E pensar que ele fizera tudo isso por causa do dinheiro. Sim, do dinheiro que Milla tinha. Odiava-se por ser tão idiota.
Agora pagaria com o arrependimento, esse era o pior castigo.
Mas isso era o que ele pensava...
!DGDGDGDGDGDGDGDGDG!
Nota da Autora: Gente, mais uma fic...hehehehe... Reviews são bem vindas...hihihihi...Beijos!
Manu Black (Snape)
