Capítulo VIII

"Alô."- disse uma voz feminina do outro lado da linha.

"Alô. Eu gostaria de falar com Narcisa Malfoy."- disse Marian

"Um momento, por favor."

Minutos depois a voz de Narcisa foi ouvida:

"Alô."

"Narcisa?"

"Sim, quem fala?"

"Marian. Já pegamos o moleque, a minha parte no trato está feita. Agora faça a sua: deixe o dinheiro no lugar combinado em uma hora. Se o dinheiro não estiver lá, a polícia ficará sabendo quem foi a autora de tudo isso."- disse desligando logo em seguida.

Narcisa apenas olhou o telefone com desprezo e subiu para seu quarto. Pegou a bolsa e as chaves do carro e partiu para o lugar onde deixaria o dinheiro.

!D/G!

Ginny passou a noite olhando para o telefone com a esperança de que ele tocasse a qualquer minuto e fosse James. Mas durante toda a noite não teve nenhuma notícia e isso a deixava mais desesperada.

Assim que amanheceu, subiu para seu quarto, tomou banho, vestiu-se e foi para a Delegacia, onde minutos depois encontrou Draco.

"E então?"- disse para Draco, que parecia tão ou mais cansado do que ela.

"Nada. Eles procuraram por todos os lugares, mas ninguém viu nada."

"E agora, meu Deus? O que vou fazer sem meu filho?"- disse chorando.

"Acalme-se, Ginny. Nós vamos acha-lo."- disse Draco abraçando-a.

"Você acha que isso é uma espécie de castigo? Por eu ter não ter deixado que vocês convivessem?"- disse se agarrando mais a Draco

"Claro que não. Você não tem culpa de nada, Ginny."- disse o rapaz, olhando-a.

Aquela aproximação a incomodava porque sabia que não tinha forças para resistir mais. Não podia mais fingir que odiava Draco, quando sentia o contrário.

"Draco..."- disse baixinho quando o rosto dele se aproximou do dela.

Os lábios estavam quase se encostando quando alguém os interrompeu:

"Sr.Malfoy?"- disse a voz do delegado.

"Sim."- respondeu Draco e Ginny pôde perceber a expressão de decepção no rosto do rapaz.

"Acabaram de encontrar um menino com as mesmas características do seu filho. Estamos indo para lá, o Sr. nos acompanha?"

"Sim."

O delegado saiu e Draco falou para Ginny:

"Volte para casa, qualquer coisa eu ligo para você."

"Tudo bem."

Draco saiu com os policiais e Ginny voltou para casa.

!D/G!

"Certo, o dinheiro está todo aqui."- disse Dean para Marian

"Então, vamos."- disse a mulher abrindo a porta do carro.

"Para onde, Marian? E o menininho?"- disse Dean entrando no carro e sentando-se no banco do motorista.

"Vamos deixa-lo em um local que possam acha-lo."

"Espero que achem ele. Esse garotinho lembra tanto o Timmy, não é ?"

"É, mas o Timmy morreu e você não devia se lembrar dele. Agora vamos. Estamos perdendo tempo."- disse Marian desviando o olhar.

Andaram por muitos minutos até Marian dizer:

"Pare."

Dean obedeceu e o carro parou em frente a uma casa.

"Pronto. Tire o garoto e deixe-o aí."

"Você tem certeza que vão achá-lo?"

"Eu não sei, Dean. A única coisa que está certa é de que se você não deixar esse moleque logo aí vão pegar a gente!"

O homem a olhou com mágoa e obedeceu.

James estava adormecido e foi deixado em frente à casa.

Segundos depois, o carro saiu em alta velocidade.

!D/G!

Draco pegou seu carro e foi seguindo o carro dos policiais. Andaram por muito tempo, até chegarem em um bairro de classe baixa. Estacionaram em frente a uma casa "humilde" e os policiais foram falar com uma senhora que estava na porta:

"Foi a senhora que ligou para a Delegacia?"- disse o delegado

"Na verdade foi meu filho."

"Tudo bem, mas então, a senhora encontrou um garoto aqui em frente a sua casa?"

"Sim. Hoje de manhã, quando fui comprar pão eu vi o garotinho deitado aqui na minha calçada. Trouxe o pobre menino para dentro, cuidei dele e depois pedi para meu filho ligar para a polícia."

"Certo. Por acaso esse Sr. aqui"- disse mostrando Draco- "pode ver a criança?"

"Claro. Podem entrar."- disse a velha senhora

Draco a acompanhou e a cada passo que dava sentia seu coração falhar um batimento. Chegaram na sala e logo Draco viu dois garotinhos brincando, o primeiro tinha cabelo escuro e parecia ser um pouco mais velho que James e o outro era loiro igual a James. Chegou mais perto do menino e disse:

"James?"

O garotinho olhou para trás e Draco não pôde conter sua alegria quando constatou que aquele era seu filho.

"Draco!"- falou o garoto correndo para os braços do homem.

Draco abraçou o menino e à medida que chorava ria mais alto, podia parecer loucura, mas não sabia o que fazer, se chorava de emoção ou ria de tanta alegria que sentia. Depois que o delegado pegou as informações com a dona da casa e com o filho da mesma, Draco foi para o Hotel, enquanto James foi com a polícia para casa.

!D/G!

Voltou para o Hotel exausto. Tudo o que queria era tomar banho e dormir.

Assim que abriu a porta do quarto deu de cara com Milla.

"Ah meu Deus. Quem deixou você entrar aqui?"- disse Draco com raiva.

"Amy."

"A Amy? Como ela faz isso comigo?"

"Acalme-se, Draco. Eu vim aqui apenas para conversar. Não vou pedir mais para você voltar para mim."

"Não?"

"Não, Draco. Eu pensei bem e cheguei a conclusão que nós nunca fomos felizes. Você nunca pôde me amar, não é?"

"Não."

"Tudo bem... eu já sabia..."

"Milla, o que te fez mudar de opinião tão rápido?"

"Eu apenas não quero me meter com coisas erradas."

Draco a olhou desconfiado e disse:

"Que coisas erradas?"

"Olha, não me pergunte isso, está bem? Apenas saiba que estou disposta a me separar sem confusão nenhuma."

"Você, por acaso, tem algo a ver com o seqüestro do meu filho?"

"Claro que não, Draco!"

"Certo e como você sabia que eu tinha um filho se eu nunca disse isso para você?"

Milla o olhou com aflição e disse:

"Pelo amor de Deus, não me pergunte nada, apenas saiba que não vou lhe causar maiores problemas."- disse indo em direção a porta, mas antes que alcançasse o objetivo, Draco a segurou:

"Fale! Você seqüestrou meu filho?"- disse começando a perder a paciência.

"Não, Draco. Eu não posso dizer, me solta."

"Você sabe quem foi, não sabe?"- disse sacudindo Milla.

"Sei..."

"E então quem foi?"- vendo que ela não respondia, gritou-"RESPONDE!"

"Tudo bem, Draco, mas me solta."- ele soltou e ela continuou-" Mas não diga que foi eu quem falei, por favor!Ela me mataria se soubesse!"

"Certo.Agora, responda a minha pergunta."

"Foi a Narcisa."

"O QUÊ?"

"Ontem, quando voltamos do escritório da Weasley ela planejou tudo."

"Você está mentindo. Minha mãe nunca faria isso!"

"Faria sim, Draco. Ela foi quem inventou a história da minha gravidez. Além de outras coisas que um dia você ainda vai saber. Agora, deixe-me ir, por favor."

"Está bem."- disse o rapaz sem se importar com a presença de Milla.

A mulher foi embora e Draco pensou um pouco em tudo que sua mãe podia ter feito, só para impedir que ele fosse feliz com Ginny. De repente todo o cansaço sumiu e uma súbita raiva o atingiu. Vestiu o casaco de novo e foi direto para a delegacia.

!D/G!

"Sr.Malfoy, o que está me dizendo é uma acusação muito grave e além do mais é a sua mãe."- disse o delegado

"Eu sei muito bem disso.Mas me disseram que ela é a culpada."

"E quem disse isso?"

'Minha ex-mulher."

"Certo, Sr.Malfoy. Enquanto não tivermos provas suficientes não podemos prende-la."

Draco olhou o delegado com raiva e foi para o Hotel.

!D/G!

Passara um mês desde o seqüestro de James e até aquela data nenhum suspeito tinha sido preso. Até o dia que Draco recebeu um telefonema do delegado:

"Sr.Malfoy?"

"Sim."

"Estou ligando para avisa-lo que um dos responsáveis pelo seqüestro do seu filho foi preso. O nome dele é Dean Cleaver e ele apontou sua mãe como a mandante do crime, além de indicar a cúmplice dele. Uma equipe de policiais já foi prender a tal cúmplice e agora vamos até a sua casa, o Sr.gostaria de estar lá quando isso acontecer?"

"Sim. Estou indo agora."

Foi para a Mansão Malfoy e quando chegou já avistou os carros da polícia estacionados. Entrou e pôde ouvir os gritos da mãe. Chegou na sala e viu o delegado prendendo Narcisa.

"Filho! Fale com eles! Eu não tenho culpa de nada!"- dizia a mulher aos berros.

"Você não é mais minha mãe, Narcisa. Eu sei muito bem que foi você quem seqüestrou meu filho. Eu poderia perdoar tudo, menos isso."

Narcisa continuou berrando enquanto os policiais a levavam. Draco apenas a olhou pela última vez e foi para o Escrtório de Ginny.

!D/G!

"A Srta.Weasley, por favor?"- disse para Lucy.

"Um minuto, vou anunciá-lo."

Lucy levantou-se, foi até a sala de Ginny e poucos minutos depois voltou:

"Pode entrar, Sr.Malfoy."

Draco entrou na sala e encontrou Ginny em pé, atrás da mesa.

"Sente-se, Draco."

"Obrigado, Srta.Weasley."

"Não é possível. Você ainda está chateado?"

"Eu? E por que estaria se você só tem me tratado com muito carinho e amor?"- disse irônico.

"Poupe-me, Draco. Se veio só para me atrapalhar, pode ir embora."

"Eu pensei que fosse importante saber que prenderam os culpados pelo seqüestro do nosso filho."

"E é muito importante. Então, quem era?"

"A mandante, foi minha mãe e os outros eram desconhecidos da gente."

"Sua mãe?"

"Sim, mas eu devo dizer, Srta. Weasley, que não tive nada a ver com isso."

"Eu sei."

"Sabe?"

"Sim. Eu acho que errei muito ao impedir que você visse James."

Draco permaneceu calado.

"Ele também sente a falta de um pai, mas eu nunca tinha percebido isso. Sempre pensei que minha presença já fosse o bastante."

Draco continuou calado.

"Esse seqüestro, esse tempo sem falar com você me fez pensar se essa minha sede por vingança era uma coisa boa."

"E qual a sua conclusão?"

"Eu conclui que fui egoísta, só pensei na minha dor e na solução para ela, não me importei com as conseqüências que minhas atitudes acarretariam."

"Eu concordo."- disse Draco

"Concorda?"

Draco se levantou e apoiou-se na mesa, ficando com o rosto quase colado com o dela.

"Sim, você foi egoísta, mesquinha, infantil, mas mesmo assim"- disse aproximando mais o rosto-"eu ainda te amo."

"Ah, Draco, não comece..."- disse Ginny tentando se afastar, mas Draco foi mais rápido, colou seus lábios nos dela, impedindo qualquer tentativa de fuga.

!D/G!

Nota da Autora: ai ai ai, como eu sou uma pessoa má! Hihihi Isso é a vingança por só ter recebido 4 reviews! HUMPF! Muito triste com isso...viu? Snifs snifs... Booom, esse capítulo é o penúltimo, logo o próximo é o último (brilhante dedução) eeeee daqui para o final de semana eu escrevo, pq as provas estão chegando e vou ficar sem atualizar fic durante mais ou menos duas semanas, ok?

Obrigada às pessoas que mandaram reviews, amo vocês, hein, povo?hehehehe E para quem não mandou, que coisa feia hein, muitta maldade isso! Mas eu amo vocês também, ta? Huahauhaua É sério:D

Olha, não pensem que eu não estou mais respondendo as reviews que eu recebo, é que agora ou respondo por email ou pelo endereço que o ff . net inventou, por isso, se esse é o motivo da falta de reviews, está aqui a explicação! Eu não sou uma autora mal agradecida... :(

E é isso..se esse capitulo não tiver 10 reviews, LEIAM BEM, 10 reviews, não tem ultimo capítulo! Hohohohohohoho ;D

Beijos,

Manu Black