Capítulo IX

"Sim, você foi egoísta, mesquinha, infantil, mas mesmo assim"- disse aproximando mais o rosto-"eu ainda te amo."

"Ah, Draco, não comece..."- disse Ginny tentando se afastar, mas Draco foi mais rápido, colou seus lábios nos dela, impedindo qualquer tentativa de fuga.

Ginny tentou fugir, mas desistiu. Não podia mais negar tudo o que sentia, por isso aprofundou mais o beijo e somente quando estavam totalmente sem ar, se separaram. Ficaram se olhando por um bom tempo, até Ginny falar:

"Você vai ver o James hoje?"

"Se você deixar."

Ginny o olhou com raiva e ele completou:

"Tudo bem, sem gracinhas. Eu irei vê-lo, lá pelas 19hs, está bem?"

"Sim."- disse Ginny se levantando e indo até a porta.

Os dois se despediram apenas com um aperto de mão já que estavam na frente de Lucy, mas era inevitável perceber o olhar cheio de malícia que Draco direcionou à Ginny.

!D/G!

Chegou em casa mais cedo, afinal precisava se arrumar. Tomou um banho bem demorado e depois de escolher muito vestiu a roupa que usava normalmente no escritório, não ia se arrumar toda por Malfoy e se depois ele nem aparecesse?

Desceu as escadas e ficou esperando Draco na sala, passou o tempo brincando com James, o menino contava uma história sobre um de seus bonecos, mas Ginny não conseguia assimilar nada. Muito tempo depois, talvez até dias, ouviu alguém batendo palmas (N.A: tão moderna essa casa...huauahauahuahahua) e correu para ir vem quem era.

Seu coração quase parou quando viu Draco e Amy no portão. Foi correndo atende-los, Amy perguntou por Rony e com a permissão de Ginny ela foi até o quarto do rapaz. Draco ficou conversando com James enquanto Ginny foi para a cozinha, ajudar a mãe a preparar o jantar. As duas trabalharam em silêncio, só depois de muito tempo Molly disse:

"Querida, vou subir, estou me sentindo um pouco cansada."

"Tudo bem, mamãe."

Ginny continuou trabalhando até sentir a presença de outra pessoa na cozinha. Olhou para trás e encontrou Draco encostado na porta olhando-a:

"O que foi, Draco?"- disse ela virando-se novamente e tentando se concentrar no que estava fazendo.

"Nada. Estava apenas te observando."- disse e Ginny sentiu que ele se aproximava.

"Sei e o James onde está?"

"Saiu com seu irmão e a minha prima."- disse se aproximando mais.

"Para onde? O coitado vai ficar segurando 'vela' para os dois!"- disse Ginny começando a ficar nervosa com Draco tão perto.

"Não sei. Talvez eles perceberam que nós ainda temos algo para conversar."- disse Draco bem próximo ao ouvido de Ginny.

"Draco..."- disse virando-se, ficando bem próxima do corpo dele.

"Olhando você aqui eu lembro do tempo em que nós moramos juntos. Eu sinto tanta saudade daquele tempo."- disse Draco quase num sussurro e sem agüentar mais a beijou. A cada segundo que passava os dois se entregavam mais à paixão. Não era preciso nenhuma palavra ser proferida, os corpos já falavam por si. Separaram-se apenas quando precisaram respirar um pouco:

"Vamos sair daqui."- disse Draco.

"Para onde? Não posso deixar meus pais sozinhos."

"Eles não vão ficar sozinhos. Daqui a pouco seu irmão chega. Vamos."- disse Draco quase suplicando.

"Está bem, vamos."- respondeu Ginny um pouco incerta da sua decisão.

Os dois entraram no quarto de Draco e durante todo o percurso permaneceram calados pareciam nervosos demais para tentarem falar algo. Pararam em frente ao Hotel que Draco estava hospedado e seguiram para o quarto do rapaz.

Eles chegaram até a porta do quarto de Draco e ele olhou nos olhos dela, pedindo silenciosamente a permissão para entrar e continuar. Ela lhe sorriu timidamente, sem muita certeza, há oito anos que não sabia o que era fazer amor. E pior, com o primeiro e único homem que teve na vida e que depois a machucou tanto, mas aceitou o desafio e entrou no quarto com ele de mãos dadas. Ele parou perto da mesa de centro da sala e colocou sua chave em cima. Soltou a mão dela e se virou para encará-la. Ela mantinha a cabeça baixa, olhando os próprios pés.Ele pegou delicadamente em seu queixo e levantou seu rosto, encontrando-a vermelha.

"O que foi, Ginny?"

"Faz muito tempo, na verdade faz oito anos que...bem, você sabe."

Ele a olhou abobado. Nunca pensou que depois dele ela não tinha tido outro homem. Sorriu lisonjeado e a abraçou.

"Não se preocupe, eu vou devagar." - ele sussurrou em seu ouvido arrepiando-a toda.

Começou a beijar o pescoço dela bem devagar, contornando o pescoço dela, que estava com a cabeça pendendo para trás e os olhos fechados, tentando se conter, enquanto segurava os cabelos loiros de Draco.

Ele segurava carinhosamente e respeitosamente as costas dela, apoiando-a. Então ele subiu os beijos pelo pescoço dela até chegar à boca. Ela voltou a cabeça para a posição normal à medida que ele subia os beijos e as bocas se encontraram em um único beijo, calmo, porém profundo.

Ele desceu as mãos pelas laterais do corpo dela e a puxou para o colo dele. Carregou-a até a cama e deitou-a devagar. Deitou-se sobre ela e começou a descer uma das alças do vestido dela com os dentes, fazendo-a rir. Só ele sabia fazê-la rir diante de uma situação dessas, em que ela estava tão nervosa e tensa. Desceu uma alça e depois fez o mesmo com a outra. Depois se sentou sobre a barriga dela com uma perna de cada lado do corpo dela e começou a tirar a camisa bem devagar. Ela olhava para o corpo dele e mordia o lábio inferior. Aquilo estava torturando-a e ele sabia. Ele sorria malicioso e acabou de retirar a camisa, jogando-a para o lado. Deitou-se novamente sobre ela e voltou a beijá-la, subindo uma das mãos pela lateral da coxa dela, subindo o vestido.

Depois se ajoelhou na cama puxando-a para que ela se ajoelhasse também e acabou de retirar seu vestido. Deitou-a novamente, retirou as últimas peças de roupa q impediam que eles consumassem mais uma vez seu amor e olhou bem fundo nos olhos dela antes de falar.

"Você tem certeza que é isso mesmo que você quer?"

Em resposta ela sorriu lhe deu um beijou e sussurrou:

"Faz amor comigo, Draco."

E foi o q ele fez. Gentilmente, como se fosse a primeira vez dela. Foi doce, intenso, ardente, calmo, apaixonado, voluptuoso e inocente. Tudo ao mesmo tempo. Uma explosão de sentimentos e sensações q os dois só sentiram antes quando estavam juntos. Ao fim ele beijou sua testa calmamente e sussurrou um "Eu te amo", ao q ela sorriu e respondeu "Eu te amo também". Ele deitou de costas e ela deitou sua cabeça no peito dele, aninhando seu corpo ao do rapaz. E assim ficaram por muito tempo, descansando, pensando e saboreando o momento.

!D/G!

Chegou em casa muito tarde. Estava feliz, mas ao mesmo tempo muito envergonhada e seus pais soubessem de algo? Tirou os sapatos e entrou na casa andando na pontinha do pé. Estava na metade da escada quando a luz do abajur da sala foi acesa.

"Muito bem! Onde a Srta. estava?"- disse Rony com raiva

"Ah é você."

"Sim, sou eu Ginny! Seu irmão e exijo que me diga onde estava!"

"Não sou obrigada a dar informações a minha vida a você, mas mesmo assim eu digo que estava com Draco."

"Com esse imbecil que só te fez o mal?"

"Sim, ele mesmo! Mas quer saber, Rony? Eu não ligo mais! Passei oito anos da minha vida sofrendo, tentando dizer a mim mesma que tudo que bastava era a vingança. Eu seria feliz de novo se me vingasse. Mas o tempo passou e eu consegui me vingar, mostrei que sou uma mulher capaz, que não sou mais a Ginny inocente que Draco abandonou no altar. Mas isso não me fez feliz! Apenas fiquei cada vez mais amargurada. Mas hoje, Rony, eu voltei a sentir o gosto da felicidade. Parei de lutar contra meus sentimentos e enfim posso dizer que estou vivendo novamente! Se você me ama, apenas aceite isso!"

Rony a olhou ainda com raiva, mas lentamente sua expressão raivosa foi sendo substituída por uma expressão de derrota:

"Então você o ama?"

"Sim, muito!"

"Tudo bem, mas se ele te fizer mal de novo, eu o mato!"

"Ele não vai, Rony!"

Os dois irmãos se abraçaram e seguiram para seus quartos.

!D/G!

Já estava reconciliada com Draco há quase um mês e somente agora tomara coragem para falar a verdade para James. Pediu que Draco não estivesse presente, afinal ela era a mãe e responsável por quase tudo e seria era que daria a notícia. Quando chegou do trabalho, foi até o quarto de James e disse:

"Filho, precisamos conversar."

"Sim, mamãe. É sobre o seu namoro com o tio Draco?"

"Não filho, mas espera, como você sabe disso?"

"Ah, mamãe é tão óbvio!"

"Não, filho...essa história envolve o Draco, mas é outra. Primeiro, eu quero que você saiba que a mamãe te ama muito e nunca faria nada que te fizesse mal. Mesmo que eu tenha te cercado de carinho e amor eu sinto que falhei quando disse que seu pai havia morrido."

"E ele não morreu?"- disse James com os olhinhos brilhando.

"Não, James. Seu pai está vivo. E você o conhece."- disse começando a sentir as lágrimas embaçarem a sua visão.

"Por acaso é o tio Draco?"- disse agora chorando.

"É sim, meu filho! E eu sinto tanto por não ter dito antes!"- disse Ginny chorando também.

O menino não respondeu nada, apenas abraçou Ginny e chorou mais.

"Desculpe-me, querido! Eu nunca quis que você sofresse!"- disse chorando muito mais.

Depois que os dois se acalmaram, James conseguiu dizer:

"Mamãe, agora que sei quem é meu pai não podemos ficar mais separados!"- disse o menino começando a se alegrar.

"Concordo, querido, mas não sei se Draco irá aceitar!"

"Claro que vai, mãe! A senhora tem o telefone dele?"

"Sim."

"Então, vamos ligar para ele!"

Ginny discou o número do Hotel e atendente falou ao que James respondeu:

"O Sr. Draco Malfoy está?"

Ficou calado e disse:

"Então, quando ele chegar, diga que o seu filho está lhe esperando."

Depois desligou o telefone.

James foi para a sala esperar Draco, Ginny tomou um banho rápido e depois também foi para a sala.

Os minutos passavam se arrastando, até que foi ouvido o som da campainha. Ginny correu para atender e viu que era Draco. O homem parecia ainda não acreditar no que estava havendo, ele fitou a mulher, os olhos acusavam que ele esteve chorando, Ginny apenas indicou a sala e ele entrou.

Assim que o menino viu Draco entrando correu para ele e os dois ficaram abraçados. Ginny não era capaz de proferir nenhuma palavra, observava a cena emocionada. Até que pai e filho olharam a mulher parada na porta e abriram os braços para ela. Ginny correu para abraça-los também e assim permaneceram muito tempo.

!D/G!

Amy casou-se com Rony e não podia ser mais feliz. Rompera relações com a sua "família",agora considerava como parentes apenas os Weasleys e o primo Draco. Formou-se, mas não teve muito tempo para exercer a profissão já que optou por cuidar dos filhos. (N.A: é machismo, mas fazer o que...ela quer ser do lar, então deixa...hehehehehe)

Narcisa continuou presa, mas com o desprezo da família acabou ficando louca e morrendo na prisão.

Lúcio não agüentou por muito tempo a solidão e acabou convidando Milla para morar na Mansão Malfoy, com a única condição de que os dois dormissem no mesmo quarto. (N.A: huahauhaua...eles não se casaram porque sogro não pode se casar com nora.)

Zabine separou-se da mulher e enfim pôde se casar com Lucy.

Draco rompeu, definitivamente, as relações com sua família. A única pessoa com quem falava era com Amy, sua quase irmã. Com o rompimento dos laços com a família Malfoy, saiu do escritório do pai e ele e Ginny montaram um escritório para os dois.

E Ginny não podia estar mais feliz. Enfim se casou com Draco e os dois e James foram morar em uma casa um pouco afastada da cidade. Saiu da empresa do Sr.Lansten, mas não rompeu laços com ele e nem com sua família, afinal agradeceria a ele até morrer tudo o que ele tinha feito por ela. Junto com Draco, construiu um escritório de advocacia e em pouco tempo tornou-se o melhor de toda a cidade. Depois de dois anos casada, teve o segundo filho dos dois, era uma menina, a quem foi dado o nome de Emma e aparentemente era a cara de Ginny, com os cabelos cor de fogo, mas ninguém sabia ao certo qual o temperamento que ela herdaria.

A única coisa que lamentava era o tempo que perdera, se talvez tivesse ido atrás de Draco ele nem tivesse se casado com Milla. É claro que ele também tinha sua parcela de culpa, mas os dois agiram de maneira errada. Mas descobrira, a tempo, que não conseguiria nada com o ódio, a amargura, o rancor e que além de qualquer vingança, pôde ser feliz.

FIM

Nota da Autora: Pára tudo! Ta ruim o final, né? Eu sei! Mas isso eh produto das poucas reviews...soh 8 e o mínimo era 10...beleza...estou postando e tb não vou mais implorar por reviews, quem quiser manda, quem não quiser, não manda...mas p/ quem manda, mandou, mandará: eu agradeço muito muito muito! Eu não seria nada sem reviews( tah e eu sou algo?), a review inspira o autor a escrever! Por isso eu suplico tanto! Mai tudo bem...

Agradeço a todo mundo que leu, mandou review, me rogou praga por eu escrever tão mal, quis me matar (pelo mesmo motivo)...enfim...obrigada, amo vcs!hehehehehe

Beijos e até Enquanto eu não te via e Para sempre!

Breve: Lançamento! (obvio...hahahahahahahha)

Manu Black