N/A: Eu sei que demorei pra atualizar... please não pensem que vou parar de escrever essa fic, mas é que passei essas semanas numa total falta de inspiração, e quando ela fazia o favor de aparecer eu não podia escrever. Sou meio instável mesmo, mas, fazer o quê né?

A partir desse capitulo podem aparecer alguns SPOILERS do sexto livro, por isso se você não leu e não quer saber de nada... bom a escolha é sua. Na verdade quando comecei a escrever a fic, ainda não tinha lido Harry Potter and the Half-Blood Prince, por isso as passagens e relações com o livro só começam a aparecer agora.

Fiquei tão feliz pelo número de reviews... que bom que estão gostando da fic!

Pra dizer a verdade nem sei se está tão boa assim...

Bom, vamos aos agradecimentos:

Bruna Granger Potter: Gostou? Também achei legal juntar os dois sabe? Continua lendo, viu? Beijuxx!

Laura: Sirius é muito fofo mesmo! Que bom que gostou do cap. Continua lendo, beijuxx!

Lili P. Costa: Gostou da fic? D, sério? Continua lendo! Beijuxx!

Eowin Symbelmine: Ficou curiosa? Que bom! Continua lendo, viu? Beijuxx!

Pikena: Lene se sentiu como uma garotinha de 11 anos! Mas é meio que desse jeito que agente fica quando acha que ta gostando de alguém né? Continua lendo! Beijuxx!

Renata: Sirius se aquietar? É, acho que já tava na hora né? Que bom que você está gostando! Beijuxx!

ArthurCadarn: Que bom que você está gostando! Beijus.

MahBrazil: Perfeita, sério? Que bom que você está gostando! Beijuxx!

Agora que já agradeci ao pessoal que tem a paciência de ler a fic ( mais uma vez, THANKS pelas REVIEWS!), vamos a ela:

Capitulo 5: Tédio

Os finos raios de sol inundavam o quarto, agora silencioso. O vento passava pelas janelas da sacada, fazendo com que as finas cortinas brancas balançassem. Uma pessoa normal estaria dormindo agora. Aparentemente Lílian Evans não era tão normal assim.

A ruiva ainda estava na cama, tentando em vão, voltar a dormir. Virava de um lado para o outro, mas aparentemente o sono havia desaparecido.

O problema, é que estava cansada. Sentou-se e esticou o braço, para pegar o relógio que se encontrava na cômoda do lado da cama. 6:45.

" Ótimo. Não dormi nada, e acordo super cedo. Será que Lene conseguiu dormir? Será que ela já acordou? Obvio que não. Aquela dali não acorda mais nem se o mundo desabasse. E a única pessoa que tem o organismo estranho aqui, sou eu. Quem, em sã consciência acordaria às 6:45 da manhã, num sábado, em plenas férias? Euzinha."

Lílian ainda ficou um certo tempo na cama, mas vendo que o sono, que ela duvidara que tivesse tido, já que praticamente não pregou os olhos durante a noite, tinha desaparecido, levantou-se apanhou um jeans e uma blusa no guarda roupa e rumou para o banheiro. Tomou um banho demorado, vestiu-se e saiu do quarto.

Passou pelo quarto de Lene, que se encontrava com a porta fechada. No final do corredor a ruiva se deparou com o que ela achava ser a segunda biblioteca da casa.

A sala era mais ou menos do mesmo tamanho da que ela tinha visto, mas a quantidade de livros era 2 vezes maior. Isso porque as estantes rodeavam todas as paredes e iam do chão ao teto. Nas duas pontas da sala, perto das janelas haviam poltronas vermelho sangue.

Lílian, decidiu pegar um livro em uma das estantes. Sentou-se na poltrona e começou a ler. Mas de nada serviu. A ruiva percebeu que depois de 5 minutos ainda estava lendo a primeira página, sem conseguir absorver nem uma misera palavrinha.

" Você sabe muito bem, que não vai conseguir ler esse livro. Pra que ficar teimando?

Quem disse que não estou lendo? O livro é bastante interessante por sinal.

Há é? Sobre?

Sobre, o quê?

Sobre o que o livro fala.

Bom... ele... ele aborda aspectos... hum... ta bom! Eu não consegui ler nada. Nosso cérebro deve ter atrofiado de vez. Satisfeita?

Não totalmente.

Como assim?

Você ainda não consegue admitir o porque de não estar conseguindo ler, nem dormir, nem se concentrar.

É claro que consigo admitir. Não estou conseguindo ler, porque não consigo me concentrar, não consigo me concentrar, porque estou com sono, e não consigo dormir porque a toda hora VOCÊ vem com idéias sem fundamento pra essa minha mente, que deve estar precisando de um intenso tratamento no St Mungos.

Tudo sempre é minha culpa. Sabe, acho que vou me abster um pouquinho... afinal eu não faço a menor diferença pra você...

Até que enfim ela falou alguma coisa que prestasse."

- Vejo que já descobriu a biblioteca, Lily.- Lene estava encostada a porta usando uma calça com vários bolsos azul marinho e uma blusa branca, com um sorriso divertido no rosto. Sabia que a amiga adorava livros. A ruiva teve um pequeno sobressalto quando ouviu a voz da amiga.

Marlene se sentou na sua frente. Estava com o olhar distante, perdida em seus pensamentos.

- Lene, o que houve?

- Nada Lily. Só estou cansada, só isso.

- Somos duas. Mas eu sei que você não ficaria desse jeito por causa de cansaço.

Lene virou o rosto, que até agora estava voltado para a janela e olhou diretamente nos intensos olhos verdes da amiga.

- Estou preocupada com meus pais, Lily. Eles andam estranhos, misteriosos demais, falam aos sussurros aqui em casa. Papai tem voltado muito tarde do trabalho esses últimos dias. Mamãe tem falado com Dumbledore muito constantemente. Tem alguma coisa acontecendo, tenho certeza.

Lílian pôs o livro que estivera tentando ler em cima da mesinha e voltou-se para a amiga.

- Também acho que algo está acontecendo. Sabe, tenho lido no profeta mais desaparecimentos do que o normal, e o estranho é que eles não dão muitos detalhes sobre o assunto, não fuçam a matéria sabe? Mas provavelmente não deve ser nada.

As duas ficaram caladas por um bom tempo. Lily tinha notado algo de estranho acontecendo há uns dois meses atrás, quando esses desaparecimentos começaram a dar sinais.

- Com fome?

- Morta.

As garotas desceram até a cozinha e tomaram café da manhã. Depois saíram da casa e andaram pela propriedade.

- Então... acho que já está na hora da senhorita aprender a jogar quadribol...- Lene guiava Lily por uma parte mais alta da propriedade onde existia uma linda clareira rodeada por altas arvores.

- Não... não... de jeito nenhum... até acho legal, mais vocês lá- Lílian apontou para o céu.- e eu aqui, ponto final.

- Deixa de besteira Lily.

- Mas não é besteira. Eu só não gosto de alturas.

- Por acaso você já subiu em uma vassoura?

- Bom... teve aquela vez no primeiro ano, que por sinal foi um fiasco. A vassoura nem sem movia. Então devo dizer que nunca, graças a Merlin, subi numa vassoura. Alem do mais, quadribol é arriscado demais.

- Bom, e se você ao menos tentasse voar numa vassoura? Não precisa jogar quadribol...

- De jeito nenhum. Sou muito apegada a vida.- Lílian sorriu sarcasticamente.

As garotas passaram o resto da manhã conversando. Bom, tentando conversar já que algum tempo depois os garotos apareceram.

- Bom dia garotas.- Sirius sorria, ainda meio sonolento.

- Black, são 10 da manhã. Precisa ficar com essa cara de sono?

- Falou bem Evans. São dez da manhã de um sábado.- Ele olhou de esguelha para James.- E se você tivesse sido arrancada da cama as 10 da manhã de um sábado, também estaria com essa cara.

Lílian revirou os olhos.

- Arrancado?- Lene olhava de James para Sirius com uma expressão cômica no rosto.

- Vamos dizer que o James não consegue tomar café da manhã sozinho. Não é Pontas?- Almofadinhas sentou-se do lado de Marlene.

- Minha mãe, está convidando as duas pra almoçar lá em casa, que acham?- James passou a mão pelos cabelos bagunçados e sentou do lado da ruiva.

- Ótimo. Aquela casa ta muito vazia. Eles viajaram a negócios de novo.- Marlene de repente voltou a ter o mesmo olhar distante de antes. Sentiu a mão de Sirius sobre a sua que estava apoiada no chão.

- Eles estão bem.- Almofadinhas sorriu para ela. – Mas mudando de assunto: acho que você está fazendo um certo progresso Pontas. A Evans não te xingou ainda.

- Bom, ele tem razão Lily. Você ainda não me deu seu matinal "cai fora Potter".

- Porque você ainda não falou comigo. Já que você comentou: cai fora Potter.- Lílian falou sarcasticamente, enquanto Pontas amarrava a cara e Sirius ria.

- Almofadinhas, quer parar de rir?- James, que já estava ficando chateado com a situação dirigiu um olhar mortal ao amigo.

- OK, não precisa ficar irritadinho. Então garotas... o que vamos fazer hoje?

- Como é que é?- Lílian olhou para Almofadinhas.- Nós não vamos fazer nada hoje.

- Estamos em estado de tédio, Sirius.- Marlene apoiou a cabeça na arvore e fechou os olhos.- Alem do mais, a Lily acabou, devastou, pisou em cima da minha brilhante idéia. Então...- A garota deu de ombros.

Sirius por outro lado parecia bastante curioso.

- Que idéia?

- Fazer a Lily, andar de vassoura.

Depois de muito tempo calado, fato que estava começando a deixar Lily temerosa, James se pronunciou.

- Ótima idéia.- Virou-se para a ruiva sorrindo.

- Potter as suas ótimas idéias são o total contrario para mim. Incluindo essa daí, que não foi você quem pensou, mas só de apoiar essa idéia, já faz a minha mente, que estava cogitando em aceitar, desistir totalmente.

- E qual o problema de subir em uma vassoura? Tem medo Evans?- James sabia que testar a ruiva desse jeito era extremamente perigoso.

- Potter, se eu não gosto de subir em um pedaço de madeira, que por sinal é usado para varrer o chão, é um problema só meu.- Lílian olhou para os olhos do garoto, mais rapidamente dirigiu seus olhos para outro ponto do jardim. O olhar para James fazia de repente, borboletas brotarem do seu estomago.

James respondeu calmamente:

- Mais você não respondeu a minha pergunta.

- Não respondi porque não te interessa.

- Parem. Já agüentamos as brigas dos dois o ano todo... será que vocês não poderiam dar uma trégua por esses dias? Ou melhor só por hoje?- Sirius olhava de Marlene para os dois com o riso preso. Bom quem o conhece sabe que Almofadinhas não consegue ficar sério.

O Maroto soltou uma enorme gargalhada sem motivo algum (apenas a briga dos dois), o que fez os outros três o olharem com cara de espanto.

- Black, você enlouqueceu?- Lílian o olhava com uma expressão severa. James teve um pequeno lapso da lembrança de McGonagall quando a olhou.

- As... –Sirius tentava falar entre um riso e outro-... as brigas de vocês dois são cômicas. Ainda mais com Marlene tentando apaziguar.

Lílian não gostou nada do comentário do garoto. Afinal era o Potter que sempre começava, não ela.

"Infantil. Os dois."

- Há, há. Muito engraçado Almofadinhas. Estamos morrendo de rir, não notou?

Ficaram um tempo calados depois disso. Até que Sirius, morrendo de tédio se pronunciou:

- Sério... pelo amor de Merlin. Estamos de férias.

- E daí?- Lílian olhou para ele.

- E daí que eu e o Pontas somos Marotos. Você está estragando ele Evans.- James sorriu.

- O seu amigo já é estragado.- Lílian cruzou os braços.

Pontas transformou a expressão divertida que tinha no rosto em falsa inocência.

- Evans, eu não sou estragado. Sou um santo.- Depois sorriu marotamente. Lílian revirou os olhos verdes.- Almofadinhas tem razão. Vocês estão muito depressivas. Afinal só faltam nove dias para o inicio das aulas.

- Não que isso seja um empecilho para vocês se divertirem não?- Lily olhou para James.

- Bom... não. Mas pensem... nossas ultimas férias e vocês estão com essa cara?

- Tem razão... a ultima vez que vamos pra Hogwarts... nosso ultimo ano...- Marlene tinha um olhar sonhador.- É a ultima vez que vocês vão poder infligir alguma regra, sabia?

- Bem lembrado Lene.- Sirius se virou para o amigo.- Pontas, temos que fazer algo que toda a escola se lembre. Algo estodeante. Acho que nunca explodimos um banheiro não?- Ele fez um cômica expressão pensativa.

- Black! Isso é algo que se diga na frente de uma Monitora? Da próxima vez que alguma coisa acontecer vou botar o dois em detenção sem nem ao menos cogitar a idéia de que não foram vocês que fizeram o estrago.

Sirius e James sorriam marotamente. Decidiram então continuar a conversa.

- Não, acho que nunca explodimos um banheiro. Almofadinhas o nosso plano só tem um pequeno empecilho: Aluado anda ficando careta demais.

- Sempre achei que ele iria se tornar normal.- Os dois nesse ponto nem ao menos conseguiam controlar o riso da expressão no rosto da ruiva, que travava uma guerra interna entra rir ou ralhar com os dois.

- Não vou nem me dar ao trabalho de comentar as bobagens que vocês dois falam.- Lílian amarrou a cara e cruzou os braços.

- Porque você sabe que estamos brincando com você Lílian. É claro que eu não iria fazer uma coisa dessas. Não mais.- James passou a mão pelos cabelos.

- Fale só e somente por você Pontas.- Almofadinhas recebeu um olhar raivoso da ruiva.- Você estragou ele, não eu.

Lílian estava pronta para travar uma luta com o garoto, quando Marlene resolveu direcionar o assunto para outro lado.

- É sério. Vocês já pararam pra pensar que não vamos voltar mais para aquela escola? Que vamos ter que encarar um mundo novo, sem a segurança que só Hogwarts é capaz de dar? Que mais da metade das pessoas que todos os dias vemos provavelmente nunca mais vamos encontrar? Que nossa vida vai mudar completamente?

- Deixa de ser drástica Lene.- Almofadinhas olhou estranhamente para a garota.- Que tal irmos almoçar?

- Almofadinhas, é incrível como você consegue fugir de um assunto delicado.

- E é incrível meu caro Pontas, como você tem andado sensível demais. Será que o animal tomou conta de você James?

Pontas fez uma careta para o amigo. Lene sorriu. Lily apenas revirou os olhos.

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A mansão dos Potter era mais ou menos do tamanho da de Marlene. Excerto a cozinha. Esta, era duas vezes maior que a outra, com utensílios que a ruiva nem sequer sabia que existiam. Quando chegaram, a senhora Potter estava de costas para a porta, por isso não os viu de imediato.

- Chegamos Srª P! - Sirius com todo o seu bom humor e fome foi logo se sentando na enorme mesa de madeira. O garoto jurou ter ouvido a ruiva murmurar algo como "folgado" antes da mãe de James chegar a sala em que eles se encontravam.

Catherine Potter, uma senhora de lindos olhos esverdeados e cabelos castanhos presos em um coque frouxo, sorria abertamente ao ver os amigos do filho. Mas o que mais lhe chamou atenção, pois não a conhecia e ainda sim tinha a certa impressão de já ter ouvido falar, foi a garota de cabelos ruivos e olhos verde vivo.

- Mãe, esta é Lílian Evans.- James sorria para a ruiva.

- Muito prazer senhora Potter.- Lílian sorriu.

- O prazer é meu querida.- Ela sorriu e passou as costas da mão no rosto da ruiva. Depois se virou para o filho com uma expressão um pouco preocupada:

- James, seu pai anda meio atarefado no trabalho, e eu recebi um chamado urgente do hospital, por isso não vou poder comer com vocês, mas é só falar com a Jinks que ela prepara o que vocês quiserem.

- Aconteceu alguma coisa mãe?- Pontas estava começando a se sentir preocupado. Fazia semanas que o pai não parava mais em casa, e sua mãe vinha recebendo chamados urgentes do St. Mungus a toda hora.

- Bom... tem havido mais acidentes que o normal no hospital... mas não deve ser nada.- A senhora Potter acrescentou ao ver a expressão preocupada no rosto do filho. – Me desculpem mesmo por não poder ficar com vocês. E você, Lílian... – ela chegou um pouquinho mais perto da garota.- Tenho umas fotos de James ainda bebê que tenho a certeza de que você adoraria ver.- Ela sorriu e piscou para a ruiva. Lílian ainda meio atordoada, sorriu.

Marlene se aproximou das duas:

- São realmente fofas as fotos, Lily. Você tem que ver. Mostra um outro lado do Pontas que conhecemos.

- O que vocês estão cochichando aí?- James, de braços cruzados, olhava com uma expressão duvidosa para as três.

- Nada querido, estava dizendo apenas que adorei conhecê-la, não é mesmo Lily?- A ruiva percebeu um pequeno traço do sorriso maroto que tanto conhecia.

- Claro. Bom trabalho senhora Potter.- A ruiva sorriu ao ver a expressão no rosto de James.

Catherine deu um beijo no filho "mãe realmente não... não precisa..." e em Sirius, acenou para as garotas, e com um estalo, desaparatou.

James repentinamente saiu da sala.

- O que ele foi fazer?- Lene sentou-se em uma das cadeiras.

Sirius meramente balançou os ombros.

- Não tenho a mínima idéia. Mas seria melhor ele apressar a Jinks... tô morrendo de fome.

- Sirius será que dá pra ser menos folgado?

Almofadinhas fez uma careta para a garota. Lílian balançou a cabeça.

Ultimamente, tem se sentido diferente. Estranha. Confusa. Sobre o quê? Bem, sobre tudo. A ruiva tem se pego com uma freqüência enorme, pensando na vida... no que vai ser depois de Hogwarts, nesse ultimo ano na escola, e surpreendentemente, toda vez que pensa nesses assuntos, sente um incrível aperto no coração... sente que vai perder uma das melhores coisas que aconteceu em sua vida. Logo ela, que sempre pensou no futuro, agora deseja que ele demore a chegar.

Foi desviada desses pensamentos pelo garoto de cabelos arrepiados que acabava de entrar na sala trazendo uma cesta aparentemente bastante pesada.

- Vamos?- James sorria marotamente.

- Vamos? Pontas ainda nem comemos, e você já quer sair?- Sirius tinha uma expressão que misturava fome, surpresa e uma pontinha de raiva estampada no bonito rosto.- Você por acaso quer me matar de fome?

Marlene, que ainda estava sentada murmurou um "drástico nada, né?", mas ela deveria saber que mexer com um Sirius mal alimentado é perigoso demais.

- Marlene, será que você não tem outra pessoa pra encher o saco não?- Almofadinhas virou-se para a garota.

- E, será que você Black, não poderia parar de reclamar por pelo menos um instante apenas?- Marlene agora tinha se levantado, suas bochechas brancas rapidamente mudaram para vermelho.

- Parem os dois. – James falou, com a voz um pouco mais grossa. Depois voltou ao habitual tom maroto.- Afinal, quem briga, aqui sou eu e a Lily.- Pontas passou a mão livre pelos cabelos. Lílian revirou os olhos.- Pensei em fazermos um piquenique, mas se algum dos dois tiver algo contra...

Lene e Sirius se entreolharam.

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Pouco tempo depois, já na imensa clareira em frente ao lago, os quatro conversavam animadamente. Sirius e Marlene, Lily notou, com uma cordialidade fora do normal.

- Aquela vez, com o Snape, foi realmente cômica... coitado, ele ficou com as orelhas vermelhas, saindo bolhas pelo resto do dia...

- Não achei nada engraçado. Vocês dois mechem demais com ele.- Lílian cruzou os braços. – Sempre foi assim, não?

- Assim como?- Almofadinhas perguntava com a boca cheia de empadão.

- Almofadinhas, eu sei que você está morrendo de fome, mas não precisa ser porco né? – James o olhava com uma expressão que lembrava vagamente Remo.

- Virou o Aluado agora? Então Evans, o que você quis dizer com "sempre foi assim..."?

Os dois olhavam para a garota com o olhar maroto.

- Aqueles feitiços... eles são do Snape? Sei que vocês não o inventaram, e bom... ele é um ótimo aluno em feitiços e poções.

Os garotos se entreolharam. Era verdade que alguns feitiços eram de propriedade de Snape. Mas o que fazer se o ranhoso não fazia bom uso deles?

- Bom... – Pontas olhou nos verdes olhos da garota. Agora com uma expressão inquisidora a refletir.- Tá. O.K. Alguns daqueles feitiços poderiam... eram dele.- Sirius o olhou com uma expressão de "Você enlouqueceu!", James apenas balançou os ombros. O que podia fazer se os olhos da ruiva o enfeitiçavam?

- Vocês... como... que irresponsabilidade... criancice... tudo bem que ele não é... mas isso não é desculpa para... – Lílian falava desconexamente.

- Nós não roubamos os feitiços do ranhoso. Que por sinal, são muito melhor aproveitados por nós. Na verdade ele é que esqueceu o livro na sala de poções. O Aluado, como um excelente monitor apanhou o livro e entregou a McGonagall. – Sirius fez cara de anjinho.- Nesse meio tempo, demos uma pequena olhadinha.

- Usando os próprios feitiços do garoto contra ele mesmo.- A ruiva os olhou decepcionada.

- Não nos olhe assim! O ranhoso é muito pior que nós.- James ajeitou os óculos, que insistiam em escorregar para a ponta do nariz.- Não chamamos ninguém de você-sabe-o-quê...

- Não somos da sonserina...

- Não apoiamos a arte das trevas.- Lílian olhou para Pontas com um olhar duvidoso.- Se você tivesse lido o livro saberia.- O garoto num ato de conclusão, cruzou os braços.

O resto da tarde foi relativamente calmo. Para não dizer entediante. Lílian em algumas horas se pegou pensando em problemas que tentava de alguma forma esquecer. Não eram realmente problemas, mas sim, suposições. Desde abril, ela vinha notando desaparecimentos estranhos, as vezes mortes, sem explicação. Mas o profeta não as botava em evidencia, ao contrario, parecia querer esconder isso do mundo mágico. Depois que ficou de férias notou nos noticiários mais mortes de trouxas que o normal. Será que alguma coisa estava para a acontecer? Ou isso é apenas imaginação?

Pensou em Hogwarts, em Marlene, Remo e até mesmo em Sirius e James. James... Mas o que estava acontecendo? Por que agora, a perspectiva de deixar a escola lhe causava um sentimento que não sabia descrever? Por que estava sentindo um sentimento que lutou 6 anos para não acontecer?

" E afinal, onde é que foi a segunda parte de minha consciência? Ela inventa de desaparecer justo quando estou precisando dela..."

N/A: e então, gostaram? Tadinha da Lily, ela tem filosofado demais não?

Deixem reviews, e please não me matem por ter demorado a atualizar. Lembrem-se que só funciono a base de reviews!

Beijuxxx

Paty Evans