Título: Fluxo Perfeito
Estilo: songfic
Música: Equalize (Pitty)
Shipper: Draco/Gina
Sinopse: loiro, lindo, milionário, sarcástico, mau... e Gina ainda reclama! Mas a verdade que ela não pode fugir é mais clara que aqueles cabelos platinados: ela não vive sem Draco Malfoy.
Disclaimer: Eu também não vivo sem Draco Malfoy! Mesmo que ele pertença a Jô.
N/A: uma D/G pintando na área, como se vocês nem apoiassem esse casal perfect, rsrsrs. Mas, não é só mais uma D/G como tantas milhares... ela tem o toque especial de uma música perfeita, é minha baby e eu amei escrever. Ah, Ly Anne Black adorou! Então, fala sério, com uma aprovação entusiástica da minha beta única e maravilhosa, vale a pena ler e TACAR REVIEWS em mim!
"Tem coisas aqui que são profundas, românticas e lindas, das quais o leitor não vai escapar sem ser irremediavelmente conquistado, como eu fui!" (Ly Anne Black)
N/A2: Leiam TODAS AS FICS da Ly, a melhor escritora desse mundão!
Fluxo Perfeito
- Por quê?Ainda quer explicações! Será que não percebe que eu cometi a maior loucura da minha vida? – e intensificou o olhar furioso - E, você, Malfoy, foi o responsável.
- Maior, vírgula, a única! - ele passou os dedos pelos próprios cabelos platinados e perfeitamente lisos, impulsionando mechas para trás - Weasley, você deveria me agradecer pelo vidão que está tendo... Veja só, quando que imaginou ter um banheiro só para você?
Gina refugiou rapidamente o olhar para a lareira descomunal da sala descomunal, evitando de se fixar na imagem sedutora do loiro. Tudo ali era descomunal, principalmente o charme de Draco. Sabia que não resistia com aqueles lances de cabelos, sobrancelhas, meio-sorrisos e sarcasmos. Era seu ponto-fraco.
Olhou, abarcando todo o espaço antigo, quilométrico e arrogante da sala de estar Malfoy. Sua opinião derrapava entre exagero e suntuosidade brega. Não se queixaria se tivesse se apaixonado por um homem simples, se morasse numa casa simples, se continuasse pobre para o resto da sua simples vidinha. Mas, não. O tal homem tinha que ser justamente Malfoy, a casinha simples tinha que ser a Mansão Malfoy e tinha que se contentar em conviver com muito dinheiro. Eram coisas que só tinham que acontecer com ela, como se não houvesse pior destino no mundo mágico.
- Pois eu preferia continuar na Toca – disse, quando voltou, com precaução, a levar o par de olhos caramelos até Malfoy, com medo que ele retomasse de súbito aqueles trejeitos insuportavelmente irresistíveis - é um lugar onde se pode chamar de lar, onde está minha família. Eu não tenho vocação para fantasma, não quero morar numa mansão mal-assombrada e ponto.
O loiro carregou a expressão, voltando a olhar o fogo que consumia a lenha, as lembranças e as interrogações sem resposta. Gina se calou, chateada, tinha a boca grande demais quando ficava brava.
- É a herança dos meus pais... – mas adquiriu, rápido, um vigor novo, acalmando a ruiva, o olhar se servindo de orgulho novamente - E, segundo a tradição Malfoy, todo herdeiro habitará a Mansão sendo sucedido por seus descendentes e assim por todos os séculos dos séculos.
- Acontece que eu não tenho sangue Malfoy, logo não preciso seguir droga de tradição nenhuma.
- É dispensável comentar que você não tem o meu precioso e nobre sangue, Weasley, entretanto... – e, sorrindo vitorioso, girou o corpo em torno do da ruiva, tomando-a pelo braço, agarrando sua cintura, e completando de modo absurdamente próximo ao ouvido - eu sei o quanto quer ter o Malfoy no nome...
Gina rolou os olhos, mas não pode evitar arrepios com a investida ao pé do ouvido. Abriu e fechou a boca duas vezes, tentou revidar, tomar juízo, abandonar aquela aventura doida de casamento, voltar para a realidade.
Mas o brilho azul gelado da íris de Malfoy dominou sua sanidade, convencendo-a que viver sem loucuranão tem a mínima graça. O aroma sândalo-quente que emanava da pele dele, impregnando-se em seu olfato, em seus sentidos, pelo ar, veio em seguida, como um golpe fatal e desonesto acompanhado do sabor único do beijo, do contato daqueles lábios que a fazia rodar, perder a noção de tempo, espaço, de tudo.
Às vezes se eu me distraio
Se eu não me vigio um
instante
Me transporto pra perto de você
Já vi que não posso
ficar tão solta
Me vem logo aquele cheiro
Que passa de você pra mim
Num fluxo perfeito
Enquanto você conversa e me
beija
Ao mesmo tempo eu vejo
As suas cores do seu olho, tão
de perto
me balanço devagar, como
quando você me embala
O ritmo rola fácil, parece que foi ensaiado
E eu acho que eu gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é
Draco puxou-a para mais longe da lareira, fazendo-a deitar desajeitadamente no sofá e rolando sobre ela, não deixou que Gina lhe escapasse dos braços. A ruiva se agitou, tentando libertar-se, mas estava dopada pelo beijo, pelos olhos, pelo perfume, os três formando uma trindade perfeita e insuperável. Ele, então, agilmente libertou-a, sentando-se ao lado no sofá, sorrindo presunçoso e confiante.
- Nós dois... será que vai dar mesmo certo, Draco? - ela perguntou como se conversasse com sua consciência num monólogo.
- Será que eu vou ter que te agarrar de cinco em cinco minutos para te convencer! - e esboçou uma cara maliciosa, fazendo Gina negar rapidamente com a cabeça – Sabe, eu gosto quando me chama de Draco, você fica com uma cara de tonta.
- Que não supera a sua de idiota quando me chama de Gina – revidou.
- Ei, eu nunca te chamei de Gina, Gina – ele deu corda às provocações, acariciando, de leve, os longos cabelos flamejantes da ruiva.
- Hum... agora você vai ter que rever seus conceitos, Draquinho – disse, num puro cinismo, enquanto aquele frio na barriga aumentava com o toque das mãos dele.
- Não se esqueça, Gininha, que o sarcástico aqui sou eu! – e, lançou seus braços em volta do corpo de Gina, a melhor maneira de deixá-la sem argumentos - Você está ficando parecida comigo, bem que lhe alertaram que eu seria uma péssima influência na sua vida - e, soltando-a do abraço, bocejou preguiçosamente, coçando os olhos - Você pode reclamar de morar aqui para o resto da vida, mas no fundo você vai sempre achar que não existe lugar mais perfeito no mundo que esse.
- Afinal, qual é o seu problema, Malfoy? – ela questionou impaciente, se esforçando para não rir.
- O seu eu sei qual é – e fixou seu olhar em Gina, fazendo-a se perder naquela mistura de mar revolto e cinzanoturno – Você é completamente apaixonada por mim - acrescentou com expressão de doutor.
- Não mais do que você por mim... - e num ímpeto descontrolado, sorrindo, empurrou o loiro contra o encosto do largo sofá, prendendo-o num beijo demorado, vagaroso, intenso.
Adoro
essa sua cara de sono
E o timbre da sua voz
Que fica me dizendo
coisas tão malucas
E que quase me mata de rir
Quando
tenta me convencer
Que eu só fiquei aqui
Porque nós
dois somos iguais
Até parece que você já
tinha
O meu Manual de Instruções
Porque você
decifra os meus sonhos
Porque você sabe o que eu gosto
E
porque quando você me abraça, o mundo gira devagar
E
o tempo é só meu e ninguém registra a cena
De
repente vira um filme, todo em câmera lenta
E eu acho que eu
gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é
O tempo voltou a sumir, as horas pararam e o infinito se manifestou, grave e perpétuo, sem palavras, comouma canção suave que a embalava. O futuro não importa quando se tem toda a eternidade num segundo.
Eu
vou equalizar você
Numa freqüência que só
a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Pra
poder te gravar em mim
