Capítulo 3 – Preguiça

pre.gui.ça 1. propensão para não trabalhar; 2. aversão ao trabalho; indolência; 3. epiceno mamífero desdentado, de pelagem espessa e movimentos lentos..

Por toda a semana após o jogo Virgínia sentia os olhos frios te observando, e não podia evitar, observava o loiro platinado também. Queria saber o que estava acontecendo, queria saber por que esse súbito interesse da parte do sonserino, do dela também na verdade, afinal, era só vê-lo que seu coração saltava e ela fingia que nada estava acontecendo. Suas amigas sentiam que Virgínia estava meio estranha ultimamente, - mais do que já havia mudado nas férias - mas preferiram não comentar nada com ela, vai ver ela havia descoberto sobre Harry, que estava se por aí com uma nova garota, mal sabiam elas que Virgínia já havia percebido, mas não dava a mínima, ela estava mais preocupada em saber se um certo rapaz estava vendo alguém.

Era quarta-feira e como sempre Virgínia estava atrasada para a aula de poções, não que realmente se importasse, afinal, quanto menos tempo na masmorra em companhia de Snape melhor. Andava despreocupada, pensando na desculpa da vez, quando foi puxada pela cintura para uma sala qualquer.

- Ai! Ahn? Quem me puxou? Faz favor de acender uma vela ou a varinha ou – foi interrompida por uma mão tapando sua boca, ela sentia um aroma... esse perfume... ah, ela conhecia esse perfume, que era tão bom quanto seu dono.

- Não grite. – sim, a confirmação, ninguém mais ninguém menos que o habitante constante de seus sonhos.

- Malfoy.

- Olá Virgínia. Lumos. – e num flique sua varinha se acendeu. Agora estava bem melhor, Gina via que estava em alguma sala de aula que não era mais usada, se sentou em uma mesa.

- Posso saber o que eu estou fazendo aqui?

- Hum...eu vi você passando e achei que a gente não tinha um momento a sós há algum tempo.

- Um momento a sós? Você é louco Malfoy.

- Draco.

- Quê?

- Me chame de Draco, eu não te chamo de Virgínia?

- Eu não vou te chamar de Draco, e você me chama de Virgínia porque quer, não vou proibir, afinal é o meu nome mesmo.

- Que seja então.

- Pois bem, não vai me dizer afinal o que quer comigo?

- Conversar.

- Conversar? Eis uma coisa que eu não esperava de você.

- Oras, por que não? Eu sou algum tipo de extraterrestre por acaso?

- Não, mas você pode ser confundido com um trasgo... não no físico, mas no intelecto quem sabe.

- Virgínia, se eu fosse um trasgo, ou tivesse alguma semelhança com um eu não teria te escolhido.

- Me escolhido? Escolhido pra quê?

- Pra mim.

- Hahahaha. Eu não sabia que Malfoys tinham senso de humor.

- Eu não estou rindo, estou?

- Aff.

- Eu quero você.

- Pois fique querendo, inclusive eu tô indo, tenho aula de poções agora. – mas não fez nenhum gesto que indicasse isso.

- Sua aula já começou.

- Eu sei.

- Então pronto. Não vai.

- É... eu realmente não tô afim de aturar o Snape hoje. Mas e você?

- Eu? Transformações, eu invento uma desculpa qualquer pra McGonagall depois. – e nisso se sentou ao lado de Virgínia.

- Então, o que nós vamos fazer enquanto isso?

- Nós?

- É. Já que você me puxou aqui, me fez perder a aula, arruma alguma coisa.

- Eu tenho uma ótima idéia.

- Que seria?

- Isso - e beijou a ruiva pela segunda vez.

"Putz, como esse cara beija bem."

"É de se esperar, já que todas as garotas do castelo ficam atrás dele."

"Eu não tive que ficar atrás dele."

"Então aproveite ué, você precisa de se divertir um pouco afinal."

"É... mas e se eu for usada?"

"Ai santa estupidez, simples, usa ele também."

"Pode funcionar, afinal, o que eu vou querer com um Malfoy né? E COMO ELE BEIJA BEM!".

O beijo de Malfoy era diferente de todos que ela havia experimentado, não que tivessem sido muitos, além do Miguel e do Dino ela só havia beijado um garoto da Lufa-Lufa de seu ano, não durou muito, eles ficaram por mais ou menos uma semana e Virginia se encheu dele, o menino era bonito, mas vivia atrás dela e uma coisa que Virginia detestava era garoto-chiclete. De qualquer forma, o beijo de Malfoy era diferente, de certa forma fogoso, mas era forte, era inexplicável, simplesmente encaixava perfeitamente com o dela, e com ela.

- Uau ruivinha. – a garota enrubesceu – eu quero outro desses.

- Eu não sei nem porque nós fizemos isso Malfoy, nunca iria dar certo mesmo.

- Mas eu não vejo problemas em ficar.

- É... afinal, você nunca iria querer alguma coisa com uma pobre Weasley.

- Nem você com um esnobe Malfoy.

- Eu tenho que ir.

- Por quê?

- Aula de DCAT.

- Ah... então me encontre aqui às 7.

- Talvez. – e saiu.


Já no salão comunal...

- Onde você estava Gi?

- É, estava com algum garoto?

- Ou simplesmente fugindo da aula?

- Eu acho que ela estava na cozinha gente, nunca vi alguém comer tanto que nem ela e continuar magra assim.

- Emily, Megan, Chloe e Sophie, eu não estava em lugar nenhum, nem com um garoto, nem fugindo e nem na cozinha, ok?

- E estava onde? – disse Megan.

- Er...eu já disse...lugar nenhum...

- Isso não é possível Gi, mesmo no mundo mágico. – constatou Chloe.

- Ah... por que tanto interesse?

- Porque nós somos curiosas, simples. – respondeu Sophie sorrindo.

- Eu digo, mas vocês tem que prometer não dizer a ninguém nem me criticar.

- O que você fez dessa vez? – Emily se fez presente.

- Eu... eu vou contar do começo então... eu tava indo para a sala de poções, quando...

- VIRGINIA MOLLY WEASLEY, PERDEU A CABEÇA FOI? – todos no salão comunal viraram suas cabeças para o grupinho de meninas.

- Vamos para o dormitório.


n/a : não gostei muito desse cap / mas acontece que o que eu tinha pensado em escrever iria fugir muito da história ou do "pecado", então ficou assim mesmo