Capítulo 4 – Orgulho

or.gu.lho 1. conceito elevado que alguém faz de si mesmo; 2. amor-próprio exagerado; soberba, altivez ; 3. brio; 4. ufania.

"-- Então basicamente o que você está me dizendo é que você vai engolir seu orgulho idiota e ficar comigo?

-- Bom, eu diria que sim, afinal, namorar uma Weasley não seria exatamente ser orgulhoso.

-- Me ofende e quer ficar comigo, é um Malfoy mesmo.

-- Eu não quis dizer isso, eu me orgulho de você, eu digo, ah, você me entendeu sim.

-- Sim. Eu só queria ver a reação do meu namorado.

-- Então você aceita?

-- Claro Draco. – o loiro sorria, não o costumeiro sorriso debochado, mas um sorriso sincero, ela podia ser uma Weasley, uma grifinória, não interessava, ela era linda e perfeita para ele. Mas o mais importante, ele gostava dela, e pelo visto ela também gostava dele."

-- Draco, acorda!

-- Ahn?

-- Engraçado... eu nunca imaginei que um dia fosse ver um Malfoy sonhando acordado.

-- Eu não estava sonhando acordado, eu estava pensando oras.

-- Pensando em quê?

-- Esquece.

-- Que seja. – a ruiva se sentou no pé de uma árvore, eles estavam em um dos lindos jardins de Hogwarts, porém um jardim mais escondido, onde os casaizinhos da escola costumavam ir. Era agora 7 da noite, não havia mais ninguém ali fora, só se podia transitar fora do castelo até as 6 e provavelmente todos ainda estavam jantando. – Afinal, você me chamou aqui pra quê?

-- Bem... – o loiro estava de pé, fitando um pequeno córrego que passava graciosamente – eu vim te propor uma coisa, não exatamente propor, acho que fazer um pedido.

-- Um pedido? Ok, agora você está me assustando.

-- Eu estou falando serio Weasley. – "Weasley, a quanto tempo eu não digo isso? Nem mais lembrava... é, ela é uma Weasley... será que eu vou conseguir?".

-- Continue.

-- Eu quero namorar você.

Gina não esperava isso.

"Namorar? Um Malfoy? Ela nem imaginava que ele SOUBESSE essa palavra, e, imagina o que ele deve ter engolido pra dizer isso? E agora?"

-- E aí? Não vai dizer nada?

-- Você quer namorar comigo?

-- Weasley, você é morta de fome mas não é burra. – "Idiota! Eu tinha que abrir minha grande boca Malfoy!"

-- Vou ignorar isso.

-- Desculpe Virginia, – Draco se sentou ao lado da ruiva – mas bem, você sabe que as vezes isso vai acontecer, afinal, são anos e anos de educação Malfoy, anos e anos ouvindo falarem mal dos Weasley, mas eu vou mudar, pelo menos tentar eu irei...

"Ele fala como se eu já tivesse aceitado, é um Malfoy mesmo."

-- Mas... como isso vai funcionar? Você quer que a gente fique se escondendo pelos cantos, se encontrando tarde da noite, esconder tudo dos nossos amigos?

-- Bom, sim.

"Arrogante."

-- Por quê?

-- Ah Virginia, usa a cabeça! Um Malfoy, uma Weasley, um sonserino, uma grifinória, eu não ia me espantar nem se os professores tentassem nos separar.

-- Isso não aconteceria, muitas pessoas estariam contra nós, mas isso não nos impediria, não é Draco? – disse ela sugestivamente.

-- Não sei, um deles poderia contar às nossas famílias, e aí como fica? Sem contar que você tem irmãos demais, e eu sou um só.

-- Tá com medo é?

-- Claro que não. – o loiro voltou à sua pose arrogante habitual – Mas isso não seria bom para nenhum dos dois.

-- Eu fico pensando... será que na verdade você não está com VERGONHA de namorar uma Weasley? Porque você sabe, "Weasleys são pobres e se reproduzem como coelhos".

"Vamos ver o que ele diz agora".

-- Eu não tenho vergonha. – mas ele não parecia muito à vontade ao dizer isso, não que tivesse vergonha da garota, ela era popular, linda e inteligente, mas, não iria pegar muito bem para um Malfoy... claro que ninguém ousaria dizer alguma coisa, mas ele sabe que todos iriam falar, e muito.

-- Sei... já que é assim, eu aceito, mesmo escondido, antes assim do que nada. – a ruiva sorria, como ela gostava dele!

-- Obrigado por me dar uma chance. – ele murmurou. A garota logo abraçou o rapaz, que agora começava a mostrar o seu lado não-Malfoy, e assim, abraçados, ficaram por um longo tempo, até que fosse muito tarde e tivessem que voltar a seus dormitórios.

"Fiz de mim o que não soube, e o que podia fazer de mim não o fiz".