Disclaimer: Saint Seiya não me pertence (dá vontade de chorar qdo penso nisso! Hauahuahaua)! Vocês sabem, é do Massami Kurumada e da Toei Animation, etc, etc, etc! Eu apenas gosto de "brincar" com os personagens, que mal tem nisso? Hehe! Mas a personagem Ayumi é criação MINHA! (oh, grande coisa!) Por isso não fiquem se perguntando "quem é essa aí?".

N/A: Esta é uma fic em AU e talvez tenha ficado levemente OOC, não sei, como é a primeira fic em AU que faço, pode ter ficado meio estranha! Nhaa! Preciso de reviews, ou vou morrer na duvida! Anyways, espero que gostem!

Fic dedicada a minha maninha caçula, Tassia! Te adoro Camyuxa!

Verão na Itália

Cap I – Numa tarde ensolarada!

Camus estava sentado na areia, debaixo de um guarda-sol, lendo. De minutos em minutos olhava para o mar, onde seu sobrinho Hyoga (que era mais como um filho para ele) brincava. O garoto de quatorze anos era um pouco travesso, mas obedecia ao tio. Camus o criara desde quando era pequenino e sua mãe, Natassia, morrera em um naufrágio. Natassia era irmã mais velha de Camus, que era o único parente próximo de Hyoga. Assim sendo, Camus tomou a guarda de Hyoga e criou-o como a um filho.

O francês dava meio sorrisos ao observar o pupilo a brincar. Prometera há muito levar Hyoga a praia e como um assunto de negócios o obrigara a ir para a Itália, resolvera ir um pouco mais cedo – com dois dias de antecedência - e levar o sobrinho para um passeio.

Novamente baixara os olhos para o livro que lia, quando ouviu o garoto gritar.

- Papai! Papai!

Camus rapidamente olhou e viu que Hyoga vinha correndo em sua direção. Quando o loirinho o alcançou, parou ofegante.

- Papai... tem uma garota se afogando! E o salva-vidas parece que estava distraído e não viu! Ninguém foi salvá-la e eu ia tentar, mas você disse que eu não deveria ir muito longe no mar.

Camus ficou feliz em notar que Hyoga obedecera. Não estava acostumado com a praia e se fosse muito ao fundo, poderia ele se afogar, como a criança que Camus agora via que estava mesmo se afogando. Mas o salva-vidas já ia em direção dela. Mesmo assim, Hyoga não sossegara e puxou o tio pela mão.

- Vamos ajudar, papai!

Quando se aproximaram, uma roda de pessoas já cercava o salva-vidas e a criança. Camus se infiltrou no meio das pessoas, deixando Hyoga um pouco atrás.

- Alguém já localizou os pais dessa criança? – perguntou o francês, vendo que apenas o salva-vidas ajudava a criança enquanto o resto das pessoas só observava.

O menino de olhos verdes se sentou, tossindo e cuspindo a água que engolira.

- Ti-tio Milo. Onde está ele?

- Quem está com você? – perguntou o salva-vidas.

- O meu... o meu tio.

- Onde está ele? – perguntou o salva-vidas, fazendo sinal para as pessoas se afastarem.

O garoto apontou para um loiro que vinha saindo do mar com uma prancha de surf nos braços. Camus que observava tudo, correu até o homem.

- Com licença.

O homem se voltou para Camus. Tinha um ar jovial e olhos azuis fascinantes naquela pele bronzeada.

- Sim?

- Seu... seu sobrinho acabou de se afogar. Aquele garoto é seu sobrinho, certo? – perguntou, apontando.

Milo já estava se perguntando "Que sobrinho?" quando o avistou.

- Shun! – exclamou, correndo em direção ao salva-vidas e ao garoto.

oOo

Milo perguntou varias vezes ao garotinho se estava bem. Camus logo os alcançara. Hyoga se aproximou, pois finalmente a multidão se dispersara. Encarou Milo.

- Como o senhor deixa uma garota indefesa nadando sozinha? – exclamou Hyoga, olhando feio para Milo.

- Hyoga, vamos. – disse Camus, colocando a mão sobre o ombro do sobrinho.

Milo encarou o loirinho. Shun cutucou o "tio".

- De novo, Milo-kun! Ele tá dizendo que eu sou uma menina!

- Ô fedelho, vê se coloca um óculos pois o Shun é um garoto como você e sabe muito bem se defender.

Camus lançou um olhar frio para o surfista.

- Mas ele é uma criança, deveria estar acompanhado de alguém responsável. Você não viu que ele quase se afogou?

Shun não era tão criança assim, mas Camus estava tomando as dores do seu pupilo e fazendo parecer que os garotos tinham sete anos!

Shun estava com os olhos cheio de lagrimas. Hyoga o observava. "É um menino... mas ele tem um rosto tão delicado... É tão... bonito."

- Isso não é da sua conta. – retrucou Milo para Camus. – Você deveria educar seu filho, para ele ter mais respeito com os adultos.

- Adultos? – Camus deu as costas. – Não estou vendo nenhum aqui. Com licença.

Ia puxar Hyoga para levá-lo, mas não avistou nem Hyoga e nem o outro garoto. Olhou ao redor. Hyoga puxava Shun pela mão, parecia que tinham feito amizade (bem rápido por sinal!).

- Hey, senhor perfeito! – chamou Milo, levemente sarcástico. – Agradeço que tenha se preocupado com o Shun. Quer me acompanhar numa bebida?

- Non, obrigado, eu...

- Ah... você é francês! Bem, receio que eles não sirvam vinho aqui na praia mas... nossos garotos já viraram amigos! Que tal seguirmos o exemplo? – disse Milo em tom galante.

Camus assentiu com a cabeça. Não custava ser educado.

Ficaram num quiosque próximo ao guarda-sol onde Camus estava anteriormente. Dali podiam ver os garotos, que brincavam como se se conhececem há tempos.

oOo

- Me desculpe por achar que você era uma menina... é que eu estava longe e non vi direito!

Shun baixou a cabeça.

- Tá... tudo bem.

- Você também surfa? Eu vi que o seu tio surfa.

- Ah ainda não. Lá na Grécia não vamos muito a praia.

- Você é grego? Eu sou meio francês e meio russo! – disse, apesar de se considerar mais francês e não se orgulhar muito do sangue russo.

- Eu sou japonês. Mas fui criado pelo tio Milo, que é grego.

- Ah... entendo. Então você não tem pais?

Shun ficou com uma expressão triste.

- Na-não.

- Eu também não. Mas não vamos falar sobre isso! Venha! – puxou Shun pela mão. – Vamos pular aquela onda enorme!

Passaram a tarde brincando, enquanto seus responsáveis (um deles nem tanto!) conversavam. Duas grandes amizades floresciam.

oOo

- Hyoga!

O loiro se voltou para o novo amigo, que se aproximava.

- Nós vamos nos ver novamente, antes de vocês voltarem à França? – seu olhar parecia suplicante. – Somos amigos, sim?

- Sim, Shun. – Hyoga sorriu. – Por isso, até breve.

- Vamos Shun! – chamou Milo.

Shun lançou um olhar adorável para Hyoga e acenou para Camus, logo acompanhando o tio.

Milo piscou para Camus e sorriu, acenando.

"Não... simplesmente não me permito esse tipo de sentimento.", pensou Camus, olhando seriamente para o mar.

- Vamos Hyoga, está na hora de recolhermos nossas coisas.

Logo estavam longe da praia, mas não longe das lembranças daquele passeio.

oOo

Continua...