Capitulo IV: Destinos cruzados!
Hyoga estava com Shun no quarto deste, vendo a coleção de mangás favorita do amigo. Shun não parava de falar sobre cada personagem, mostrava edição por edição.
Mas por mais que Hyoga tentasse, não conseguia prestar atenção em quase nada do que o garoto dizia. Não conseguia parar de olhar para cada detalhe do rosto dele.
- O que foi, Hyoga?
- Ahn? Ah, nada. Shun eu... vou buscar um copo d'água, já volto.
- Ok.
Hyoga saiu do quarto e se encostou a parede.
"Eu... o que está acontecendo com você, Hyoga?", pensou consigo mesmo antes de ir até a cozinha.
Tudo estava indo além dos limites.
oOo
Uma baladinha tocava na sala, deixando um clima romântico pairar no ar.
Milo era quem mais falava, enchia o francês de perguntas. Mas Camus já se acostumara com a tagarelice do amigo e se sentia bem para falar de si com ele.
Porém, sem explicação, um estranho silêncio ficou entre eles.
"Eu não sei o que esse francês tem. Só sei que não vou me conter mais."
Hyoga ia descer a escada, mas então ficou parado no topo, observado tudo.
Milo beijava Camus que mesmo relutante, correspondia ao beijo.
"Não pode ser... eles...".
Hyoga voltou silenciosamente ao quarto. A cena que vira há pouco lhe despertara a um só tempo, raiva e encorajamento.
- Nossa, que rápido Hyoga! – Shun sorriu.
- É... – sorriu timidamente, se sentando ao lado do amigo na cama. – Shun...
- Sim? – perguntou o garoto, levantando o olhar para Hyoga.
Hyoga se aproximou mais e Shun corou.
- Eu também queria te mostrar uma coisa, Shun.
- Hy... Hyoga...
O loiro puxou o rosto do amigo de encontro ao seu e beijou-o, a principio ternamente, logo intensificando o beijo, explorando a boca de Shun com sua língua.
"Eu acho que gosto do Shun mais do que como amigo. E não sei se isso está certo, mas ele parece sentir o mesmo."
Shun colocou os braços em torno do pescoço de Hyoga.
"Não acredito que ele... não sei que sensações são essas, mas acho que gosto muito do Hyoga, não quero perder essa oportunidade por nada."
oOo
Camus reuniu o pouco da razão que lhe restava e empurrou Milo. O beijo intenso do grego quase o fizera perder a razão e se entregar totalmente.
- Milo, eu vou embora. – Camus fez menção de se levantar, mas sua mão foi segurada pelo outro.
- Me desculpe Camus eu... você já notou, não? Sou muito impulsivo eu... perdão.
- Isso non pode se repetir mon ami. Agora tenho que ir.
Camus se levantou e foi até perto da escada que levava aos quartos. Gritou:
- Hyoga! Vamos!
oOo
Hyoga estava inclinado sobre Shun, beijando-o e tocando-o por dentro da camiseta. O japonês já estava corado e levemente ofegante.
Se sobressaltaram com o chamado de Camus.
- Hyoga, vamos! Está tarde!
O loiro se levantou, tentando controlar as batidas aceleradas de seu coração e a respiração alterada.
- Bem... eu tenho que ir, Shun.
Shun também respirou fundo, tentando acalmar aquelas sensações que Hyoga despertara nele. Puxou o russo pela mão.
- Vamos Hyoga, eu te levo até lá embaixo.
Os dois pararam no corredor e se entreolharam.
- Hyoga... será que o que aconteceu está certo? Eu... eu gostei mas... você sabe, somos meninos e...
- Shun, não somos os únicos. E acho que o que importa é que estamos felizes com isso.
Shun sorriu em resposta.
- Você tem razão.
Ouviram Camus chamar mais uma vez.
- Vamos...
Na sala, se prestassem atenção, sentiriam um clima pesado pairando no ar.
Mas então Camus educadamente pegou sua valise e se despediu de Shun e de Milo, que passou a mão na cabeça de Hyoga, bagunçando-lhe os cabelos. O garoto apenas lançou um olhar sério.
- Tchau Hyoga!
- Tchau, monsieur Milo. – olhou para Shun, que o fitava, e sorriu. – Tchau Shun. Até mais.
- Tchau... Hyoga. – respondeu em voz baixa.
Shun e Milo ficaram na porta vendo os dois se afastarem.
"Eu deveria ter controlado meus impulsos. Mas o Camus está me fazendo sentir coisas que nenhuma garota jamais fez... Droga Milo! Que está acontecendo com você?"
"Eu acho que sempre quis isso, Hyoga. Não me importa se é errado, só sei que quero ficar perto de você."
- Vamos entrar Shun. Tá na hora de você ir para a cama.
- Hora de ir para a cama? Mas tio Milo, isso era quando eu era pequeno e...
- Anda moleque. Vai tomar um banho e dormir, que está tarde.
Shun assentiu e subiu rapidamente as escadas. E Milo ficou na sala até tarde, revivendo aquele beijo.
oOo
Hyoga se trancou no quarto adjacente e Camus concluiu que o garoto fosse jogar vídeo-game. Não se importou em dizer para o sobrinho ir dormir. Tudo o que queria era dormir e apagar da mente aquele beijo, antes que fosse tarde demais.
"Acho que já é tarde demais. Me deixei levar, isso não é típico meu. Preciso me afastar do Milo antes que..."
Camus se jogou na cama e fechou os olhos, como se fazendo isso, pudesse afastar aquilo da mente.
Enquanto Hyoga olhava para o teto, deitado na cama e tudo que conseguia ver em sua mente era Shun.
oOo
Continua...
Kitsune Lina: Nhaaa! Com o Jabu? Eu até acho ele fofinho, mas nhaa, ninguém merece! U.u" Vou ficar com meu Kanoso mesmo, pode ficar tranqüila! Hehe
Pois é, o cubinho tá derretendo de vez!
Espero que gostem desse capitulo! Kisus! (o cinco talvez demore um pouco para sair)
