Capitulo V: Complicações...

Na segunda-feira Camus e Milo teriam que apresentar sua parte no projeto. Outras equipes estavam trabalhando de forma semelhante e ao fim, constituiriam as seis partes do projeto.

Era um alivio para Camus poder estar em uma sala com outras pessoas e não apenas com Milo na sala em que trabalhavam. Naquele dia a ultima coisa que queria era ficar sozinho com o grego.

Durante a reunião, o coordenador do projeto determinou que seriam desenvolvidas maquetes a partir dos esboços feitos até então. As equipes passariam a interagir umas com as outras até que na ultima semana haveria uma convenção com a exposição do projeto e a construtora começaria a desenvolvê-lo na próxima quinzena.

Era um alivio ainda maior para Camus saber que não teria que trabalhar apenas com Milo nas duas próximas semanas.

E para Milo, a barreira que Camus estava colocando entre eles era insuportável.

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Shun ia a cada cinco minutos na janela ver se Hyoga estava a caminho.

"E se ele se arrependeu? E se de repente ele achou tudo terrível e não quiser mais me ver? E se...".

Pela milésima vez saiu da janela, desanimado, e foi quando ouviu a campainha tocar.

"Hyoga!"

Abriu a porta e avistou o loiro no portão, o que o fez abrir um sorriso. Acenou para que Hyoga entrasse e assim que se aproximaram, trocaram um terno abraço. Logo Shun fechou a porta e Hyoga encostou-o nela, se aproximando para um beijo, muito bem recebido pelo amigo.

Após algum tempo trocando caricias ali Hyoga guiou Shun até o sofá, deitando-o ali e se colocando por cima dele, sem parar de beijá-lo nos lábios e já avançando para o pescoço.

- Hyoga! Será que... hum... devemos... mesmo?

Tudo o que recebeu como resposta foi um olhar penetrante.

"Isso não pode estar errado! Eu gosto tanto do Hyoga!".

Deixaram-se guiar, maravilhados por aquelas descobertas.

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Na sala de reuniões, Camus olhou pela janela. Caía uma chuva torrencial. Os doze representantes estavam ali, trabalhando arduamente no projeto.

- Pelo visto a chuva vai longe. - comentou Dohko, que representava a China.

Alguns olhares foram lançados em direção à janela. Muitos dos ali presentes assentiram.

Milo olhava para Camus, que estava ao lado oposto da mesa. O representante da Suécia percebeu o olhar e sorriu enigmaticamente para ambos.

Não passou muito tempo e Aiolos se levantou.

- Senhores, terminamos por hoje.

Todos começaram a se levantar e se despedir. Camus saiu apressadamente da sala, após se despedir de todos. Estava em frente ao prédio quando um carro estacionou ali.

- A chuva está forte Camus. Quer carona?

- Non Milo, obrigado.

Milo saiu do carro, ignorando a chuva que molhava a sua roupa.

- Camus, por que está me pondo a distância? É sério, foi só um beijo, me desculpe! Eu não pude me controlar, perdão, mas... pare de agir friamente comigo! Eu pensava que éramos amigos.

- Non estou te colocando a distância mon ami. Acho que está vendo coisas onde não existem.

- Vamos sair dessa chuva. Venha, eu te levo até o hotel.

- Non, obrigado, logo o táxi vem.

Milo começou a voltar para o carro, embora relutante. Então ouviu um carro buzinar.

- Camus! Quer carona? – gritou Afrodite, o representante da Suécia.

Camus foi até o carro do sueco, que abriu a porta para ele e sorriu simpaticamente.

- Merci. – disse Camus fechando o guarda-chuva e entrando no carro sem ao menos lançar um último olhar para Milo.

"Por que Camus? Até quando vai fugir desse jeito?"

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Milo chegou ensopado em casa. Mais do que nunca, não conseguia parar de pensar no francês.

- Shun! Já cheguei. – "estranho esse silêncio. Vai ver que por causa da chuva o loirinho não apareceu...".

Subiu os degraus, louco para tomar um banho quente e se livrar daquela roupa molhada.

Mesmo a água quente do chuveiro percorrendo seu corpo forte e bronzeado lembrava Camus.

"Droga! Eu nunca me senti assim. Queria esquecer aquele francês metido de uma vez por todas! Droga! Droga!"

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- Acho melhor descermos para a sala, Hyoga.

- Não, não, tá bom aqui Shun. – respondeu próximo ao ouvido de Shun, logo voltando a beijá-lo.

- Hyoga... mas o meu tio Milo já chegou e... hum Hyoga...

- Hey moleque! O que pensa que está fazendo com o Shun? Seu... seu pervertido!

Shun olhou assustado para Milo. Hyoga o encarou.

- Eu garanto que não fiz nada que o Shun não permitisse. – disse desafiadoramente.

- Ora seu! – Milo se aproximou de Hyoga, furioso.

Shun pulou entre eles.

- Tio Milo, não!

- Como pôde permitir isso, Shun?

- Eu amo o Hyoga!

- Isso... vocês não sabem o que...

- Por que está tão irritado, monsieur Milo?

- Por que isso não está certo, seu moleque atrevido!

- Parem! – gritou Shun, mas foi ignorado.

- E por acaso foi certo quando você beijou o meu pai?

- Hyoga! O que...? – perguntou Shun.

- Como você sabe? Ele te disse?

- Eu vi! Como pode ir contra nós? Eu amo o Shun! Non importa o que monsieur diga, eu non vou desistir dele!

Milo se sentou na cama, de cabeça baixa.

"Esse garoto é obstinado como eu!".

Shun se aproximou de Milo e colocou a mão no ombro dele.

- Tio Milo... é verdade que você beijou o senhor Camus? – perguntou em grego.

- Sim, Shun. Espero que não se chateie por isso. – respondeu no mesmo idioma.

- Claro que não! E eu quero que entenda que... que eu amo o Hyoga.

- Mas Shun, você é uma criança para saber dessas coisas. Além do que, logo vamos voltar à Grécia. É melhor não se apegar a esse garoto. (Milo falando que nem Camus!)

Hyoga observava os dois, sem compreender o que diziam.

- Mas eu prefiro acreditar tio Milo... que exista uma chance. Foi assim que aprendi com você e com a Ayumi-san.

Os dois trocaram um sorriso. Milo se levantou e olhou para Hyoga.

- Vamos Hyoga, vou te levar para o hotel, o Camus deve estar te esperando.

- Err... non precisa. – Hyoga lançou um olhar indagador para Shun.

- Está tudo bem. – respondeu o garoto em voz baixa. – Vamos Hyoga-chan, você não pode ir para o hotel com essa chuva.

- Está certo. Merci, monsieur Milo.

Depois de deixarem Hyoga no hotel, Milo e Shun voltaram para casa, onde tiveram uma longa conversa sobre tudo o que acontecera.

Por fim, Shun abraçou o tio e sorriu.

- Boa noite, tio Milo.

- Boa noite Shun. Vá dormir logo que você está com sono.

- Hai!

Milo permaneceu até altas horas no sofá, pensando como nunca antes.

"São apenas paixões de verão. Logo vamos voltar à Grécia e tudo isso vai acabar, Shun."

Só que o coração dele não acreditava nisso.

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Continua...

Kitsune Lina: Hehehe eu sei! Mas fica com o Milo, eu deixo! Hauahauahau Kanoso é o Kanon (forma carinhosa de chamar ele hihihihehehahhaa)... XD Tb acho o pato safado hihihi assim como acho o Camyusinhu esquisito e concordo em numero e grau que NINGUÉM resiste ao veneno do Escorpião hehehehe! XD Beijos!

Shakinha: Pois é, to mais eficiente na hora de atualizar! Nada como férias... Que bom que tá gostando! O Camus voltou a erguer a barreira de gelo, mas logo ela derrete! E os chibis tá sendo mais difícil de fazer, mas espero que esteja ficando legal o romance dos dois também! Beijos!

É isso aí... acho que antes de postar o 6, vou postar o primeiro de uma outra fic q to fazendo! Mas tentarei ser rápida na atualização das duas! Até a próxima! .-