Capitulo VII: A decisão final

- Foi hoje o fechamento dessa etapa do projeto. – comentou Hyoga, enquanto alisava os cabelos de Shun.

- Daqui a pouco eles devem chegar. Estou com medo do que possa acontecer agora.

Shun estava deitado no colo de Hyoga. Estavam na sala ouvindo música. Sabiam que podia ser o último dia que passariam juntos.

- Eu também. Mas eu quero que você não esqueça que despertou algo em mim que eu jamais pensei existir e que jamais esquecerei... eu me sinto muito feliz com isso e...

- Hyoga!

- O que?

- Prometa que vai tentar manter contato.

Shun se levantara e estava com o rosto próximo ao de Hyoga.

- Eu só prometo se você prometer também. – respondeu Hyoga com um sorriso maroto.

- Ok, eu prometo.

- Eu também prometo, Shun.

Beijaram-se, como que para selar aquela promessa.

- Mon Dieu! Você sabia, Milo?

Camus olhou assustado para Milo, que apesar de não responder, mostrava em seu olhar que sabia.

Apesar de aparentar calma, o ruivo estava muito nervoso. Shun e Hyoga olhavam para eles, que estavam próximos a porta.

- Por que esconderam isso de mim?

- Papai... – Hyoga saiu do sofá e foi até Camus. – Como eu poderia dizer que estava apaixonado pelo Shun? Ele é um garoto como eu, como eu ia dizer isso a você? Tive medo! – disse em francês.

- Você deveria ter me contado, Hyoga. – olhou para Milo. - Ou pelo menos você, mon ami.

- Me desculpe. – respondeu Milo.

Shun foi até os três.

- A culpa é toda minha, eu...

- Não Shun! – Hyoga passou o braço em torno do ombro dele. – Ninguém tem culpa de nada aqui.

- Eu não estou condenando ninguém. Mas vocês deveriam ter me contado.

Camus deu as costas a todos, indo em direção a porta, por onde saiu rapidamente.

- Papai!

Hyoga ia atrás dele, mas Milo segurou-o pelo ombro.

- Deixe-o ir, Hyoga. Ele vai precisar de um tempo.

oOo

Quando Hyoga voltou para o hotel, Camus estava em seu quarto. Apenas saiu na porta e disse:

- Hyoga, prepare suas malas.

- Ma-mas... papai, quando vamos?

- Amanhã à noite.

- Mas você disse que íamos só na sexta-feira! – era terça-feira.

- Não discuta Hyoga, vá arrumar suas coisas.

- Oui.

Hyoga entrou em seu quarto e abriu as malas, jogando todas as roupas lá, sem o menor cuidado. Não se importava com nada daquilo, sua única vontade naquele momento era ver Shun mais uma vez.

Sentou-se na cama e se perdeu nas lembranças daquelas semanas que desfrutara na companhia do amigo.

"Não sei se vou suportar não te ver!"

Pegou o telefone e discou.

- Shun?

- Sim, Hyoga!

- Eu só estou ligando para avisar que vou embora amanhã à noite. – disse com ar triste.

- Amanhã?

- Sim, meu pai acaba de me avisar.

Um silêncio pairou entre os dois.

- Se eu conseguir, amanhã passo aí para me despedir.

- Tá, eu vou esperar.

- Boa noite, durma bem Shun.

- Você também Hyoga.

- Até mais.

- Hyoga!

- O que?

- Eu te amo.

- Eu... eu também.

Desligaram e Hyoga se jogou na cama. Nunca se sentira assim tão triste desde a morte de sua mãe.

oOo

- Eu não posso fazer nada, Shun.

- Mas tio Milo!

- Você sabe que eu tenho motivos de sobra para querer que eles não partam logo.

- Então por que não tenta titio?

Milo foi em direção a escada.

- Está tarde Shun, é melhor você ir dormir também.

- Tá. – respondeu cabisbaixo, seguindo o loiro.

"Eu só queria ficar perto do Hyoga."

oOo

Quando Hyoga e Shun se viram no dia seguinte, trocaram um longo e apertado abraço. A despedida estava próxima e eles não precisavam falar sobre isso, pois sentiam no ar.

Estavam se olhando e tentando escolher as palavras para um diálogo quando Milo apareceu na sala.

- Hey vocês dois! – colocou a mão no bolso e tirou uma carteira. – Tomem! – entregou umas notas para Shun. – Vão tomar sorvete, passear... façam o que quiser! – sorriu.

Os dois meninos se entreolharam, perplexos, mas logo foram sutilmente empurrados para a porta.

- Divirtam-se! – gritou Milo acenando.

Quando fechou a porta, Milo se recostou a parede e deixou as lágrimas correrem livremente por sua face morena.

"Camus...", cerrou os punhos e então respirou fundo. "Isso não é hora de ficar sofrendo Milo!", disse para si mesmo e resignado, subiu para o quarto de Shun.

oOo

Camus olhou para as malas empilhadas em um canto do quarto de hotel. Ia esperar Hyoga voltar e sairiam dali às 20h.

"Apenas romances de verão. Agora vou voltar para minha França e esquecer estas bobagens."

Sentou-se na cama e ficou olhando para o nada.

E então o telefone tocou.

oOo

Já ia entardecendo. O sol dava lugar a lua e as estrelas apontavam no céu.

Hyoga e Shun pararam em frente ao singelo sobrado azul.

- É hora de eu ir, Shun. Diga ao monsieur Milo que agradeço por tudo e que peço desculpas por qualquer coisa. E você... – se aproximou e olhou nos olhos de Shun. – Se cuide, ok?

- Hyoga! – Shun abraçou-o com força. – Eu vou sentir sua falta, mas sei que seremos fortes e nos reencontraremos. Mande lembranças a seu pai.

- Oui.

Trocaram um delicado beijo e Hyoga foi se afastando. Tentaram conter as lágrimas e a tristeza que sentiam.

Quando perdeu Hyoga de vista, Shun foi caminhando lentamente para dentro de casa. Chegou em seu quarto e parou na porta, espantado.

- Tio Milo o que...?

oOo

- Pronto, Hyoga?

- Sim papai.

- Vamos, um táxi nos espera.

Hyoga lançou um último olhar ao quarto de hotel. Sem suas coisas espalhadas ali não lembrava nada mais do que um quarto de hotel.

- Vamos papai.

Durante o trajeto inteiro até o aeroporto, Hyoga e Camus não trocaram uma palavra. Olhavam perdidamente pela janela do táxi, como se quisessem gravar os momentos que haviam passado ali e só daquela forma fossem capazes.

No aeroporto, Camus pegou os bilhetes que já fizera a reserva e eles se sentaram, aguardando o vôo.

"Vôo 172 para Paris. Embarque pelo portão 9."

- Papai, não é o nosso? – perguntou Hyoga, estranhando a tranqüilidade de Camus, que nem se movera.

Antes que Camus respondesse, duas pessoas pararam na frente deles. Hyoga olhou espantado.

- Olá rapazes! – Milo sorriu. – Estamos atrasados?

- Por pouco mon ami. Ainda está em tempo.

Shun sentou-se ao lado de Hyoga e sorriu.

- O que estão fazendo aqui? – perguntou em voz baixa para Shun, completamente confuso.

- Você ainda não tem idéia, Hyoga-chan?

"Vôo 368 para Atenas. Embarque pelo portão 7."

Camus se levantou. Hyoga olhou confuso para todos. Shun o puxou pela mão.

- Vamos Hyoga!

Milo percebeu o quão confuso estava Hyoga e sorriu.

- Dizem que os romances são propícios no verão e que depois acabam. Bem, o verão ainda não acabou e nem acho que certas coisas venham a acabar. – disse Milo olhando para Camus.

Camus sorriu para Milo e Hyoga e os quatro seguiram, rindo e animados, sem pensar no amanhã, apenas seguindo seus corações.

..FIM..

N/A: A cada 1000 anos eu faço um final q presta. Esse não foi um deles, eu acho! XD Mas espero que tenham gostado.

Respostas as reviews – pt final hehe

Kit-chan: Hehehe... então foi bom q não tive um troço, assim continuo escrevendo fics, vc continua lendo e comentando e todas ficamos felizes nhaaa! Hehehheehe XD Realmente, os franceses amam a beleza, por isso o Camus ama o Milo! \o/ Espero que tenha gostado das "ceninhas" entre Hyoga e Shun! E sim, o pato é muuuuito safado! Perverte o Shunzin! Hahahaha Beijos guria!

Cardosinha: Que bom que gostou da fic ser centralizada nesses dois casais! Acho ambos mto fofos, por isso achei interessante colocar tudo numa fic só! E pra vc ver, as "crianças" foram mais rápidas! Hihihihi Demorei um pouco para postar, mas pq estou com outra fic em andamento e porque tava sem tempo também. Espero que tenha curtido o final! Beijos!

Shakinha: Que bom que continuou lendo a fic! Dessa vez fui mais lenta pra atualizar, mas como é ultimo capitulo, faz bem manter um suspense! Hehe E aí, jah sabe qual casal gostou mais? Beijinhus pra ti!

Bom gente... acabou u.u Mas em breve to de volta com mais fics (coisa de programa de tv)! Beijos e muuuuuito obrigada pelas reviews, me incentivaram muito! Kisus!