Capítulo 6 – Reconciliações

Harry permaneceu perambulando pelo castelo por horas. Sentia tanta raiva, que poderia assassinar o primeiro que aparecesse na sua frente. Tinha perdido Gina por culpa daquela maldita sonserina. Ah se ela estivesse na frente dele agora. Ela não estaria nem viva mais, tamanha era a sua raiva.

— Ora, ora... se não é o Potter, onde está a sua namoradinha? Chorando no quarto? – disse Draco Malfoy, atrás de Harry.

— Como é que...? – perguntou Harry se virando e ficando frente a frente com o seu rival.

— Ah vai me dizer que você não desconfiou? Eu te disse que ia me vingar não disse?

— Então foi você?

— Quem mais? Com uma pequena ajudinha de Samantha e tudo estava resolvido, é fácil lhe pegar desprevenido não é Potter?

— Ora seu... – começou Harry – como ousa fazer algo assim... porque fez isso?

— Porque? Não é tão óbvio... – Draco vendo que Harry continuava a esperar uma resposta continuou – simplesmente por você ter vindo pra essa escola e ter nascido... por ter feito meu pai ir para Azkaban... por sempre se achar o máximo por ser o famoso Harry Potter... por ser o menino-que-sobreviveu. Por ter zombado de mim todas as vezes que perdi pra você no Quadribol... e por todo o resto...

Harry estava boquiaberto, Malfoy tinha inveja dele. Simplesmente tinha inveja dele. Mas isso não era motivo para destruir sua vida com Gina. Ele havia envolvido uma pessoa que não tinha nada haver com a rixa deles. E por isso Harry não iria perdoar. Nunca. Mas nunca mesmo.

— Mas isto não justifica você envolver uma pessoa que não tem nada haver com isso. Isso era problema nosso. Gina nunca te fez nada.

— Mas foi um jeito de vê-la humilhada. Aquela pobretona. Nunca mereceu o título de sangue-puro, sempre se juntou a trouxas, sangues-ruins e mestiços como você, por isso é uma vadiazinha que sai atrás de pessoas famosas, para ver se consegue subir na vida. Coisa que duvido muito. Se foi pobre até agora, vai morrer pobre.

Depois dessas palavras Harry não agüentou e meteu-lhe um belo soco na cara. Malfoy caiu para trás com a mão no rosto. Harry tinha vontade de matá-lo. Como ele se atrevia a dizer isso de Gina?

— Olha aqui Malfoy, mais uma ofensa para com Gina, e garanto que você não sai vivo. Nunca mais se atreva a falar assim dela. Ela pode até ser pobre, mas ela tem muito mais valor que você.Você não vale nada Malfoy, pode ser sangue-puro, sua família não vale o arroz que come. Não passa de seguidores de um bruxo que sai matando por aí... E seu pai é igual, não tem piedade. E merece morrer. Toda a sua família, inclusive você. Só porque têm dinheiro se acham, pois não é assim Malfoy. Dinheiro não compra tudo. Vai ver que é por isso que ninguém te ama, e você tem ódio de ver os outros felizes.

Malfoy estava tremendo de raiva. Não iria deixar o Potter sair livre dessa. Sacou sua varinha e apontou para ele.

— Agora Potter você vai me pagar. E muito caro. Crucio.

Harry foi pego de surpresa e não teve tempo de se defender. A dor de receber um cruciatus era insuportável. Pareciam mil facas entrando no corpo. Mas a dor desse cruciatus era mais amena. Doía. Claro. Mas não tão forte como a dos Comensais. Foi então que se lembrou das palavras de Belatriz, "Raiva contida não tem efeito, tem de sentir prazer em fazê-lo." Então Harry conseguiu pegar a sua varinha, e apontou para Malfoy.

Estupefaça!

Malfoy foi pego de surpresa. Não teve nem tempo de pensar em se proteger, e já havia caído no chão desmaiado. Harry levou-o até a Sala Precisa, lá o deixou no chão e pegou um pergaminho e escreveu...

Venha até a Sala Precisa. Urgentemente!

Foi correndo até o corujal, e pegou uma coruja qualquer, e pediu para que entregasse a Gina Weasley. Depois voltou correndo para a Sala Precisa. Tinha um plano e esse teria de funcionar. Quando chegou Malfoy estava tentando sair. Empurrou a porta com tudo e a fechou rapidamente. Malfoy tentou se aproximar mas Harry pegou sua varinha e apontou pra ele.

— Se você tentar qualquer movimento, garanto pra você que terei o prazer de estuporá-lo de novo – Malfoy procurou a varinha nos bolsos mas não as encontrou – está procurando isso? – disse Harry mostrando a varinha nas suas mãos. Malfoy tentou pegá-la, mas Harry conjurou um feitiço e o jogou no chão.

Harry fechou os olhos e se concentrou, pensou em Veritasserum, e logo apareceu um frasco com a poção na suas mãos. Agora teria de esperar. E rezar para que Gina viesse.

Não passou muito tempo e Gina entrou pela porta. Mas ao ver Harry se virou para voltar. Harry segurou seu braço. Gina tentou se soltar.

— Gina preciso te mostrar uma coisa.

— O que você quer Harry? Não quero ver mais nada já vi o suficiente por hoje.

— Gina, deixe-me explicar, não tive culpa foi ela que me beijou, tudo não passou de um plano sórdido do Malfoy. E posso comprovar isso.

— Como? – perguntou Gina.

— Assim. – Harry saiu da porta e mostrou Malfoy. Que estava em pé perto da porta.

— O que essa doninha tá fazendo aqui? – perguntou Gina surpresa.

— Eu não estou aqui por que quero, sua pobretona. – disse Malfoy irritado, já estava de saco cheio de ficar ali e ainda teria de agüentar as ofensas daquela garotinha? Não nem pensar.

— Você fala por bem ou por mal Malfoy? – perguntou Harry mostrando o frasco com a poção.

— E quem disse pra você que eu vou falar? – disse Malfoy desafiadoramente.

Harry perdendo a paciência o estuporou novamente e o forçou a beber a poção. Depois o acordou.

— Pronto, agora é só fazer o teste. Você bolou um plano para separar eu e a Gina.

Malfoy parecia estar hipnotizado. Tinha os olhos vidrados. E olhava o nada.

— Bolei um plano para separar vocês sim.

Nisso Gina arregalou os olhos. E olhou para Harry. Harry a olhou como se dissesse, compreendeu agora? Não podia ser.

— Qual era exatamente o plano? – perguntou Gina.

— O plano era que Samantha, fosse até o Potter e o beijasse, e quando a Weasley chegasse, fingisse ser amante dele. Como Samantha é apaixonada pelo Potter foi fácil convencê-la a fazer isso. Foi só dizer a ela que se separasse o Potter de Gina Weasley, o teria para ela.

Nesse momento Harry arregalou os olhos. Não podia acreditar que aquela garota gostava dele. Se gostava porque tinha de fazer aquilo? Quando se gosta não gosta que a pessoa seja feliz, independente de com quem seja? Que belo jeito de gostar, que a garota tinha.

— Mas porque fez isso? Eu nunca fiz nada pra você! – disse Gina inconformada.

— Eu fiz porque você e sua família mancham o nome dos bruxos se juntando com essa gentinha, que vocês andam.

Gina sentiu o sangue ferver. Malfoy merecia uma bela de um lição. O rosto de Gina se iluminou.

— Harry quanto tempo dura o efeito da poção?

— Acho que uma hora... ou algo do tipo... porque?

— Porque eu tive uma idéia.

Gina pegou um pergaminho e escreveu. Harry tentava ver mas Gina não deixava. Gina foi até Malfoy, e colou o pergaminhos nas costas dele, de uma forma que não pudesse tirar. Malfoy se levantou em vão tentando tirar. Mas nada conseguiu. Gina conjurou um feitiço para que os outros pudessem ver o que estava escrito menos o próprio Malfoy.

Harry olhou e viu que estava escrito, Perguntem-me o que quiserem, pois responderei. Harry riu. Até imaginou o tipo de pergunta que farão a ele.

— Pode ir Malfoy. – disse Gina.

Malfoy foi imediatamente embora. E por todo o caminho de volta até as masmorras, recebeu perguntas cretinas, e sem poder controlar as respondia. E os outros riam da cara dele.

Harry e Gina se entenderam. E passaram o resto do dia rindo de Malfoy que por mais que tentava, não conseguia deixar de ser a chacota de Hogwarts. O namoro dos dois se tornou mais sério, e depois de terminarem Hogwarts, Harry se tornou auror e conseguiu derrotar o Lord das Trevas. Gina virou professora em Hogwarts. Professora de Defesa Contra as Artes das Trevas. E arrumaram uma casinha pra morar. Só não tiveram filhos, pelo menos ainda. Mas logo, logo, viriam uma nova turma de marotos...

.: FIM :.