Título: Obsessão.

Autora: Blanche Malfoy, traduzida por Celly M.

Rating: M

Sumário: Situa-se no sétimo ano de Harry e Draco em Hogwarts. Draco está obcecado por Harry Potter e questiona-se sobre o que deverá fazer para que Harry apaixone-se por ele.

Pares: Draco Malfoy/Harry Potter

Retratação: Esta fic é baseada nos personagens e situações criadas por J.K. Rowling. A autora não possui direitos em nenhum desses personagens e a tradutora apenas seguiu os moldes da fic original, não modificando nenhum aspecto ou idéia.

Nota da tradutora: muito obrigada a todos que passaram por aqui, deixando suas reviews, pedindo por atualizações e tudo mais. Eu demorei mais do que esperava, mas aqui está o capítulo! Beijinhos e Orelhas Extensivas à Anniannka, Christine Annette Waters, Dark Wolf 03, Moi Lina, Kijulia, Bela-chan, Maaya M., Cecília, Gabi Potter-Malfoy e Arsínoe por passarem por aqui. Vocês merecem. E à Blanche, claro, que sempre nos presenteia com essas maravilhas!

Parte 6 – Chame de Felicidade

Aquela semana foi pura... felicidade. Todo dia eu acordava e encontrava Harry para o café da manhã. Nós conversávamos, comíamos e nos provocávamos. Eu até falei com Weasley de maneira civilizada! Eu não me importava de ficar na mesa da Grifinória, mas fiz questão de que Harry sentasse à mesa da Sonserina também.

Para todos os outros na escola, nós éramos apenas bons amigos. Para Hermione e Ron, nós éramos algo que eles não conseguiam classificar. Quero dizer, não éramos apenas amigos já que a gente se beijava na boca. E não era um beijo inocente, mas um beijo de verdade. O tipo de beijo compartilhado entre casais e namorados. O tipo de beijo que eleva o seu espírito e limpa sua alma de todos os pecados. Os beijos dele eram a minha redenção, mas também minha punição, meu prazer e minha dor.

Nós fomos para o meu quarto com a desculpa de estudar e passamos o resto do dia nos agarrando. Eu não tinha a permissão de tocá-lo de maneira mais íntima, mas de alguma maneira, eu não me importava. Eu queria cortejar Harry como se estivéssemos no século passado. Eu gostava de ir com calma com ele. Me sentia como um daqueles cavaleiros em um conto de fadas antigo. Eu sei, soa estúpido... e nada a ver comigo! Mas eu gostava. Era muito mais erótico flertar com ele de maneira inocente do que levá-lo para minha cama no primeiro encontro.

Não que tivéssemos tido um encontro. Honestamente, eu não sabia como classificar nosso relacionamento também. Nós apenas gostávamos de passar o tempo um com o outro.

Minha maior vitória foi quando ele permitiu que eu acariciasse seu rosto e lábios com as pontas dos meus dedos e depois mordiscasse suas orelhas gentilmente. Ele deitou a cabeça no meu ombro e se deixou flutuar. Eu sabia disso porque ele me contou.

Ele me disse que quando eu o acariciava tão delicadamente e mordiscava seu pescoço, sua mente viajava para um lugar pacífico e calmo. Eu adorava a maneira com a qual ele confessava isso, porque não se sentia envergonhado de fazê-lo.

Às vezes ele me deixava segurar sua mão quando estávamos estudando. Enquanto ele lia o texto, acariciava minha mão suavemente, e eu sorria tentando não encará-lo o tempo todo como um bobo apaixonado. Eu era um bobo apaixonado, mas não havia motivo para que ele soubesse disso.

No quinto dia, eu percebi que ele estava quase dormindo em cima de um enorme livro de Transfiguração e eu cuidadosamente o fechei e perguntei se ele não gostaria de dormir no meu quarto. Não havia nenhum tipo de insinuação na minha voz ou nas minhas intenções. Eu apenas sugeri aquilo porque parecia que ele não conseguiria caminhar. Ele mal teve forças para balançar a cabeça, em aceitação.

Eu o peguei em meus braços e coloquei-o em minha cama. Então eu tirei suas vestes e seus sapatos. Observei sua figura esbelta por um longo período de tempo. Harry estava exatamente onde eu queria que ele estivesse, e ainda assim não estava. Nos meus sonhos, eu estava deitado com ele. Então, ele me abraçaria e me puxaria para perto do seu corpo quente. Eu suspiraria em contentamento e agradeceria aos deuses por aquele milagre. Talvez eu e ele dividíssemos os mesmos sonhos.

Mas eu não me deitei com ele. Eu dormi no sofá, ou ao menos tentei. Era difícil esquecer que meu amor estava a alguns metros de mim e eu não podia abraçá-lo da maneira que queria. Era frustrante, mas em algum momento, eu me perdi enquanto caía na terra dos sonhos.

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Eu fui acordado por soluços desesperados vindos da minha cama. Meu cérebro levou algum tempo para acordar, mas no instante em que eu percebi que os soluços vinham de Harry, eu me levantei rapidamente e coloquei meus braços em volta dele. Ele me enlaçou pela cintura e me puxou para perto de si. Eu não protestei. Por quê iria? Só estava preocupado com o fato dele acordar e perceber que era ele quem estava me tocando. Mas ele não o fez. Não imediatamente.

- Harry. Acorda, Harry. É apenas um pesadelo. Por favor, acorde, meu amor. –eu murmurei, balançando seu corpo gentilmente, como se ele fosse um bebê.

Ele abriu os olhos de repente e me encarou.

- Malfoy?

- Sim. –eu enxuguei as lágrimas dele.

Sua boca estava a poucos milímetros da minha e eu podia sentir seu hálito quente e a respiração acelerada contra meu rosto. Eu pensei que ele iria se afastar no instante em que percebesse que eu o estava abraçando. E fiquei mais do que chocado quando ele me fez deitar na cama com ele e então descansou sua cabeça no meu peito.

Tive vontade de chorar, por mais estúpido e bobo que isso possa parecer. Eu me odiava por ser tão sentimental.

- Harry, eu acho que isso não faz parte da nossa regra. –eu tinha que dizer aquilo.

- Foda-se a regra. Era uma regra idiota mesmo. Eu não sei porque você concordou com ela em primeiro lugar.

Ele parecia estar sonolento, o que provavelmente significava que ele não sabia o que estava falando. Aquela condição dele podia ser bem interessante. Eu não devia me aproveitar de um momento de tamanha fraqueza. Ainda assim, não consegui resistir.

- Eu concordei porque...

- Você me queria. Eu sei.

Eu acariciei suas costas e ele aconchegou-se em mim.

- Sobre o quê você estava sonhando, Harry? –perguntei, baixinho.

Ele retesou. Talvez eu tivesse ido longe demais. Era uma idéia ruim aproveitar a oportunidade para fazê-lo confessar algo sobre seus sentimentos. Eu deveria aprender a ficar calado. A qualquer momento, ele me chutaria da cama.

- Hagrid. –ele murmurou.

- O que tem ele?

- Por favor, não me faça dizer.

- Você precisa falar sobre isso, Harry.

- Eu sei.

Silêncio.

- Ele morreu para me salvar, você sabia?

- Não. Me conte.

Ele balançou a cabeça negativamente e enterrou-a no meu ombro. Ele parecia tão adoravelmente indefeso que eu desejava poder afastá-lo de todos os problemas do mundo e de todo aquele desespero que a vida dele havia se tornado desde o dia em que ele nasceu. Mas eu não podia fazer nenhuma daquelas coisas. E além do mais, eu não era sentimental. Eu sei que parecia que eu era, mas não era. De verdade.

A quem eu estava enganando?

- Por favor? –eu insisti.

- Eu não quero chorar na sua frente. –ele confessou, timidamente.

- É muito tarde para isso, Potter. Seus soluços me acordaram! E além do mais, eu acho que você precisa chorar. Eu prometo que não vou rir de você amanhã. Te dou minha palavra.

- Sua palavra? –ele sorriu, com escárnio. – Não acho que a sua palavra tenha algum valor, Malfoy.

Aquilo foi como uma facada nas costas.

- Isso não é verdade! Minha palavra vale muito, Potter! Eu tenho honra, sabia?

Eu estava verdadeiramente ofendido pelo comentário dele. Então, eu fiz o que já deveria ter feito desde o início. Me levantei para deixá-lo.

- Aonde você vai? –ele perguntou.

- Eu acho que vou dormir em outro lugar.

Peguei meu travesseiro e uma coberta e estava a ponto de sair dali, quando a voz de Harry ecoou pelo quarto.

- Por favor, fique. Me desculpa se eu te ofendi. Eu estava apenas te provocando.

Eu era fraco e patético. O quê mais posso dizer? Eu estava apaixonado. Pessoas apaixonadas fazem coisas estúpidas.

Eu me virei e voltei para a cama. Ele me envolveu com seus braços e eu pensei tê-lo ouvido suspirar de felicidade. Eu sorri e tentei evitar pensar em algo tolo que já vinha se formando na minha cabeça há algum tempo. E aquele pensamento veio até mim com a força de uma revelação. O quatro olhos e eu fomos feitos um para o outro. Eu podia ver as palavras brilhando bem na frente dos meus olhos. Merda. Eu odiava essa droga de sentimentalismo.

- Eu acho que nunca vou esquecer o dia em que Hagrid morreu por mim. Eu não pedi, mas ele o fez assim mesmo. Foi tudo culpa de Voldemort. Tudo de errado na minha vida é culpa dele. Eu o odiava tanto. Eu o odiava mais do que a você. –ele disse, me pegando de surpresa.

Meu coração se partiu. Ele me odiava. Ele nunca iria me amar. Ele estava abrindo seu coração para mim e eu não conseguia pensar em mais nada a não ser meus próprios sentimentos. Eu era tão egoísta. É claro que ele nunca me amaria. Eu não merecia ser amado.

- Malfoy? Você está chorando?

Eu rapidamente coloquei os dedos sobre uma das minhas bochechas e constatei que realmente estava chorando. Eu me amaldiçoei e Harry ficou me olhando, tentando entender aquilo.

- Por quê você está chorando?

- Eu não estou! –respondi, na defensiva.

- Certo, -ele disse, em desprezo. – E as lágrimas caindo dos seus olhos são... o quê?

Eu odiava quando ele ria em escárnio.

- Apenas me deixe sozinho. –respondi amargamente e dei as costas para ele.

Ele suspirou.

- Eu... eu não entendo você.

- Isso só prova que você é idiota e cego.

- Eu só estava fazendo o que você me pediu! Estava te contando o que aconteceu naquele dia! E você apenas provou que é um desgraçado sem coração que só se importa consigo mesmo!

Ele estava certo, mas eu estava magoado. Eu nunca ia admitir aquilo.

- Olha, Malfoy, aparentemente eu disse alguma coisa que te magoou. Estou certo? O quê foi?

Naquele momento, eu já havia parado de chorar. Seria embaraçoso se eu não o tivesse feito. Eu olhei para Harry e ele parecia pensativo, provavelmente tentando lembrar o que havia dito que tinha me deixado tão chateado. Aquele idiota nunca ia perceber que...

- HA! –ele gritou, de repente, quase me fazendo cair da cama. – Foi porque eu disse que te odiava, não foi?

Eu não disse nada.

- Bem, pela sua falta de reação, presumo que estou certo. Por que você se importa se eu te odeio ou não?

- Você me odeia? –perguntei em um sussurro.

Foda-se, Draco! Se controla!

- Se eu te odeio? –ele perguntou.

- É.

- Não.

Prendi minha respiração em antecipação. Eu sabia que ele iria dizer alguma coisa para destruir meus sonhos. Eu sabia.

- Quero dizer, eu odiava, mas depois... você não é a pessoa que eu achei que fosse. Eu não sei. Talvez a guerra tenha mudado você, como mudou todo mundo. Como me mudou. Eu também não sou a mesma pessoa que era antes. Talvez eu seja mais como você. Como você era antigamente.

- Não, você não é! –eu me virei para encará-lo. – Você não faz idéia do que é ser como eu. Todo mundo acha que você é sombrio, Harry, mas eu não consigo ver essa escuridão em você. Até você acha isso, mas você está errado! Eu sei isso por experiência. Tudo o que conheci na vida foram pessoas sombrias, e você não é uma delas. Você nunca vai ser uma delas! Você está deprimido, triste, chateado com a sua vida, com o seu destino, mas você não é sombrio. Você não é mau.

Wow! De onde eu tirei coragem para falar aquilo tudo para ele? Ele estava sem fala. Não sabia o que pensar de mim. Eu também não sabia! Eu nunca achei que era o tipo de pessoa que daria sermão em alguém, ainda mais dar um sermão em Harry Potter. Eu pensei que ele precisasse de um abraço, mas agora eu acho que ele precisa de um sermão. Ele não era sombrio, ele estava apenas confuso sobre o que deveria sentir a respeito da bagunça que era a sua vida. Eu entendia.

- Como você pode saber? –ele perguntou, desconcertado.

- Olá, Potter! Sou eu! Draco Malfoy! Eu sei tudo sobre a escuridão! Eu cresci lá! –sorri, em escárnio.

- Tudo bem! Não há necessidade de ser sarcástico.

- Vamos apenas dormir, tudo bem? –eu deitei novamente na cama e esperei que Harry deitasse ao meu lado, mas ele não o fez. – O quê, Potter?

- Como você pode saber mais sobre mim do que eu mesmo?

Oops. Ele me pegou. Será que eu deveria dizer a ele que o amava? Deveria confessar que durante os últimos sete anos eu estudei cada gesto e cada movimento dele, até que os conhecesse de olhos fechados? Humm... Certo, até parece! Eu achei mesmo que não. Harry não estava preparado para ouvir aquilo. Ele provavelmente teria um ataque cardíaco se eu dissesse alguma coisa.

- Eu não sei. –dei de ombros. –Acho que sou um bom observador.

Ele deitou ao meu lado e ficou olhando para o teto. Então eu lembrei de algo que ele havia me dito antes de ter me acordado, e eu ponderei se deveria discutir aquele assunto. Eu queria, apesar de achar que ele não iria gostar.

- Potter. –eu o chamei.

- Eu reparei em uma coisa. –ele disse, de repente. – Você me chamou bastante de Harry!

Meu rosto ficou vermelho e eu me segurei para não sair correndo.

- E daí?

- É engraçado. E eu acho que ouvi você dizer 'acorde, meu amor'. Você disse isso?

Ok. Agora eu podia ver fumaça saindo pelas minhas orelhas, tal como nos desenhos. Como é que ele ouviu aquilo? Eu achei que ele estivesse dormindo!

- Eu achei que você estivesse dormindo! –protestei, sabendo que estava me entregando.

- Bem, eu estava. Mais ou menos. Você disse aquilo? –ele perguntou, me olhando diretamente nos olhos.

- E se eu disse?

- Você disse?

- Por quê você se importa? –perguntei, irritado.

- Eu não me importo!

- Ótimo. Porque eu não disse. Você estava sonhando, Potter. –menti.

Nós deitamos um ao lado do outro, mas mantivemos uma certa distância entre nossos corpos. Ele estava chateado, eu podia perceber, mas eu também estava.

- E se eu tivesse dito? –perguntei, em um sussurro.

- Não ia fazer nenhuma diferença. –ele disse.

Eu sabia! Ele acabou de partir meu coração, o desgraçado!

- Eu vou voltar pro sofá. –decidi.

- Por quê?

- Ah, por favor! Presta atenção, por Merlin!

Eu me levantei e para minha surpresa e deleite, ele me puxou de volta. Nossos corpos se tocaram e nos fitamos. Eu me arrepiei.

- Você está gelado. Apenas entre embaixo das cobertas e vamos dormir, tudo bem? –ele disse.

- Potter...

- Será que você só tem sexo na cabeça?

- Não! –é claro que sim! Eu era um garoto saudável de 17 anos.

- Então entra aqui.

Assim o fiz, contra minha vontade. Harry podia ser bem mandão quando queria. Eu coloquei uma grande distância entre nós dois. Não queria arriscar tocá-lo acidentalmente. Aquilo iria arruinar ainda mais as coisas. Foi então que eu lembrei do que queria perguntar antes que ele houvesse me interrompido.

- Potter? Era verdade? A regra que você criou... você acha que é idiota?

E então eu entendi o que a expressão "silêncio sufocante" significava.

- Sim. –ele disse tão baixinho que eu mal pude ouvir.

- Tudo bem então. –respirei profundamente e disse, como se aquilo fosse uma bomba. – Isso quer dizer que eu posso te tocar?

- Você quer?

Eu estava realmente ficando irritado com ele respondendo as minhas perguntas com outra pergunta.

- Apenas me responda, Potter!

- Eu achei que já havia respondido.

Então eu tinha permissão para tocá-lo. EU TINHA PERMISSÃO PARA TOCÁ-LO! FINALMENTE!

- Mas não muito. –ele disse.

E meu mundo desabou novamente. Eu suspirei, em derrota.

- Deus, Potter, por quê você não joga logo o feitiço da morte em mim? –eu disse, amargo. – Você parece uma maldita virgem! Aposto que até mesmo Granger é mais liberal com Weasley do que você é comigo! Tudo o que você me deixa fazer é beijá-lo. Vai pro inferno!

Ele não disse nada e eu fiquei curioso por seu silêncio repentino. Olhei pra ele. Ele retribuiu meu olhar. Vi algo brilhar em seus olhos e não soube como não havia percebido antes o que ele estava tentando me dizer.

- Merda! Você é virgem! –eu exclamei, perplexo.

- Não é preciso fazer estardalhaço por causa disso, okay?

- Não...eu-eu...tudo bem, de verdade. Nada de-de mais... –eu gaguejei.

- Mesmo?

- Sim.

E não era. Honestamente, eu estava surpreso, mas não tão surpreso. De repente, tudo fazia sentido! A maneira como ele beijava, com a boca fechada, e a forma como agia, como se não soubesse o que fazer com as mãos. Ele era virgem! Ele não estava em negação, então! Estava apenas assustado! Ou talvez não. Eu estava confuso.

- Obrigado. –ele disse.

- Por quê?

- Por entender.

- Tudo bem. –eu não sabia mais o que dizer.

E então, depois de outro silêncio opressivo, ele disse o que eu estava querendo ouvir.

- Malfoy, eu posso tocar em você?

Continua...

Vocês não querem me matar não, né? Não se esqueçam que eu sou uma mera tradutora, não coloquem a culpa pelos "cliffhangers" maníacos da Blanche! LOL. Bem, o próximo capítulo já está traduzido e eu prometo que o posto rapidinho se as reviews vierem rápidas também. Aliás, parafrasendo a fofíssima Dee-Chan23: "Dedinhos felizes digitam mais rápido!"

Até a próxima!

Em: 08-10-2005